That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 20
Nós dois contra o mundo


Notas iniciais do capítulo

AMORAS, vou dizer uma coisa: EU AMO VOCÊS DEMAIS, cara. Sério mesmo! 237 comentários ( não chegou a 250, mas não tem problema) e DUAS RECOMENDAÇÕES!!
Muito obrigada a:
Kep: Minha querida, eu já falei contigo por MP e nunca vou conseguir achar as palavras para te agradecer direito. Sério você é uma das leitoras que vem estado comigo em toda a trajetória de TNLWH e eu tenho um carinho enorme por você :) Muito obrigada pela recomendação lindíssima, estou muito feliz mesmo de perceber que você tem mesmo gostado. Um beijo da tua extraordinária :*
Caarol Malfoy: garota, valeu mesmo! Eu recebi a sua recomendação e fiquei sorrindo que nem boba, e meu deus, foi a sua primeira ( e foi para a minha fic)! Ainda não consigo acreditar nisso. Obrigada mesmo, amore mio :*
O capítulo ( gigante) é para vocês duas em especial!!
Boa leitura!
P.S. Não sei se tem só brasileiros ou portugueses lendo isso, mas aí vai: A COPA JÁ É DO BRASIL!



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Hermione Granger andando ao lado de Draco Malfoy já era estranho. Mas, de mãos dadas? Isso era histórico! Os dois atravessavam o corredor com as mãos entrelaçadas e sorrisos bestas no rosto, como crianças ao ver uma partida de quadribol.

Todos que passavam olhavam curiosamente para o casal, que parecia não se importar. Alguns alunos mais novos riam, outros se assustavam. Os mais velhos pareciam ter visto algo apavorante.

– Credo- comentou o garoto baixinho, soltando uma risada- Parece que essas pessoas viram Merlin de cueca de bolinhas pela cara delas. – e ele voltou a andar, ouvindo logo em seguida uma gargalhada vinda da morena. Ela teve de por a mão na boca e conter o riso, mas ao encarar o namorado quase caiu no chão.

Ele a encarava divertido, com um sorriso realmente verdadeiro estampando sua face. Só de ver a namorada rindo daquele modo, tão espontâneo, verdadeiro, ele já se sentia o garoto mais feliz do mundo. Abraçou-a de lado, seguindo pelos corredores. Pararam em frente ao portão que dava para o salão principal. A risada cessou e a mão que Hermione segurava sofreu uma pressão um pouco maior.

– Nos temos que entrar lá e...- começou ela, baixinho.

– É, eu sei. Estou morrendo de medo também- ele admitiu, mas logo puxou a mão da amada – Mas pela gente eu faço o que for. Vamos lá, pequena? – ele sorriu para ela, que assentiu e deixou ser conduzida, passando pela porta.

Hogwarts parou. Todos os alunos, que tomavam café e conversavam animadamente, direcionaram seus olhares para a grifinória e o sonserino. É, eles eram contrastantes juntos. Loiro e morena, vermelho e verde, dourado e prata, Granger e Malfoy.

Alguns cochicharam entre eles, discretamente. Outros, sorriam. Hermione pode ver a cara de indignação de Astória e sorriu ainda mais abertamente com isso. A loira se levantou e caminhou irritada para a saída, batendo o pé.

O resto da mesa da sonserina estava perplexo. Todos com a boca aberta, comentando como e porque aquilo acontecera. Draco procurou com o olhar os melhores amigos e, ao encontrar o sorriso de satisfação de Pansy e a piscada de Nott, se acalmou. Seus amigos estavam com ele.

Mas o mesmo não podia ser dito sobre Hermione. Ela encarou a mesa leonina, com a esperança de ver algum sorriso. E viu, afinal. Gina sorria abertamente, embora um tanto quanto surpreendida. Alunas mais novas suspiravam e falavam da sorte da morena por ter o “gato da escola, gostoso de Hogwarts”. Mas logo que ela avistou Harry, seu sorriso morreu aos poucos.

O garoto encarava a cena surpreso, desesperado, como quem procurasse uma reviravolta, o anuncio de que tudo tinha sido uma pegadinha. Mas no fundo ele sabia que isso não iria acontecer. Então seus olhos verdes encontraram os castanhos de Hermione e lhe lançaram tamanha indignação que seria impossível descrever.

Ao seu lado, Ronald Weasley não estava muito diferente. Gritava com Gina, tentando ter algum tipo de explicação. A ruiva só sorria e tentava acalmá-lo, divertida.

– Hey- Draco sussurrou, baixo. - Vem aqui, pequena- ele puxou o corpo dela para si e lhe tascou um beijo de tirar o fôlego, literalmente. A garota não demorou para se entregar e, aos poucos, eles foram ouvindo murmúrios. Se separaram e viram que, envolta deles, milhões de alunos se atropelavam.

– Eu sempre soube que iria acontecer- se pronunciou Luna Lovegood, sorrindo.- Linda aliança, Hermione. Felicidades. – e ela saiu, saltitando.

– Finalmente, cara!- Theodore Nott abraçou Draco e fez com ele um estranho toque. O moreno e direcionou à namorada do amigo.- Prazer, Nott. Theo Nott. – ela sorriu em resposta e ele abriu espaço para a Parkinson, que vinha, para a surpresa de Hermione, também sorrindo.

– Finalmente mesmo, Draquinho! – ela sorriu e encarou a morena, com a cara mais simpática Possível. – Pansy Parkinson. Não que eu goste de você, grifinória. – já esclaresceu, fria. – Mas esse idiota gosta, então podemos nos esforçar, não?

– Claro. Prazer, Pansy. - ela balançou a cabeça, como se tentando entender o que acontecia a sua volta.

Pansy Parkinson não estava apaixonada por Draco Malfoy! Ela mesma estava! Aquilo era estranho demais, mesmo quando falando de um mundo mágico paralelo.

– Desencalhou, amiga!- ela foi surpreendida por um super abraço de uma cabeleira ruiva e logo reconheceu Gina.

Draco riu com a declaração e ficou observando as duas, que ainda se abraçavam. Ela sussurrou algo no ouvido de Hermione e se virou para Draco, séria.

– Escuta aqui, Malfoy. Eu juro que se você magoar a minha melhor amiga,eu te castro, ok? – ele engoliu seco, concordando e a ruiva sorriu para ele maleficamente, saindo logo em seguida.

– Hermione, quem diria, em? – Lorena os abordou, para a surpresa do loiro. – Eu espero que você seja feliz, mesmo. Gostei de você. Mas eu vou te avisar uma coisa: esse daí é mestre em decepções. – ela direcionou um olhar indecifrável ao primo e saiu, em busca de Luna e Gina.

A morena indagou Draco, que por sua vez deu de ombros, como quem diz que explicaria depois sobre o assunto. Seus devaneios foram interrompidos por dois garotos abrindo espaço na multidão e berrando, irritados.

– Você pode me explicar que palhaçada é essa, Hemione?– Rony foi o primeiro a se manifestar, com a face quase tão vermelha quanto seus cabelos.

– Olha aqui, cara de cenoura... – começou o loiro, já grosso, mas foi interrompido pela namorada, que o calou e respondeu ela mesma.

– A pergunta foi para mim. – esclareceu. – E Ronald, eu não sei o que te fez pensar que você tem o direito de contestar isso, mas aí vai a resposta para a sua pergunta. A resposta é que eu e Draco estamos namorando. E estamos muito felizes juntos. – ela sorriu e viu a expressão de Rony mudar de raiva para tristeza rapidamente. O ruivo abaixou a cabeça e recuou um passo, dando espaço para o moreno.

– Mas eu tenho, Mione. Namorando o Malfoy? Hermione, ele é um comensal!

– Olhe, eu sei que parece estranho, mas eu estou feliz de verdade. Isso não conta nada, Harry? – ela perguntou, não com um tom de arrogância, mas de súplica. Ainda guardava rancor de Rony, mas Harry era seu porto seguro. – Ele mudou, eu juro. Confia em mim, Harry. Sou eu!

– Eu sei, eu sei- ele coçou a cabeça, ainda confuso. – Mas é tudo tão estranho! Eu preciso pensar, Hermione. – o amigo ainda deu um sorriso amarelo para ela antes de sair andando, seguido por Rony.

– Perdi a fome- alegou Hermione, soltando a mão do namorado e caminhando em direção contraria.

Ela não conseguia decidir o que sentia. Estava, por um lado, feliz de mais, sonhando. Estava namorando o garoto que amava, estava sendo amada. Mas por outro, estava destruída. Em todos os seus planos de vida, desde os 11 anos, o trio estava sempre incluso... Será que para ter o amor ela teria que desistir da tão valiosa amizade? Será que isso valia a pena?

Entrou em seu quarto e fechou a porta, sentando na cama. Desta vez não derramou lágrimas, não chorou. Só encarou o branco da imensa e extensa parede e refletiu sobre tudo e sobre todos, até a porta se abrir com uma ruiva preocupada.

– Hermione? Posso entrar? – ela perguntou, cuidadosa. A amiga fez um gesto que sim e ela entrou, sentando ao seu lado.- E então, senhorita Malfoy? Me conta tudo! – Gina imitou a voz das garotas patricinhas de Hogwarts e Hermione começou a contar seus últimos dias, suspirando. Quando chegou no beijo e no pedido em namoro, um sorriso estampava seu rosto e a amiga também sorria abobada.

– E foi isso, eu acho.

– Ai meu deus! Isso é tão fofo!- ela exclamou, se deitando e suspirando. – Quero um desses pra mim, Mi! Mas de preferência, não um Malfoy, obrigada. – ambas riram – Mas e essa cena no refeitório? Hermione, está TODO MUNDO comentando! É sério, vocês viraram O assunto da escola! Se apresentaram com estilo, em? Essa é a minha garota!

As duas fizeram um high-five e sorriram uma para a outra, até Hermione tomar novamente a palavra.

– Mas Gi... E o Harry e o Rony? E se eles não me perdoarem, em?

– Hermione, relaxa. Eu conheço o meu irmão. Ele foi um canalha com você, claro, mas já se arrependeu. Ele está com raiva porque ele foi trocado na cabeça dele. Mas logo ele entende. E o Harry... Ele te ama, Mi! Você é a melhor amiga dele há o que, seis anos? Ele está inseguro, assim como eu, por conta de... –ela hesitou- Qual é, ele é um Malfoy! Mas o testa-rachada tem sentimentos... Relaxa que vai dar tudo certo.

Naquele momento, a morena agradeceu mais uma vez por ter Gina em sua vida e abraçou a amiga forte, agradecendo. A ruiva nem respondeu, só retribuiu o abraço e logo se levantou, alarmada.

– Vamos logo, senhorita Malfoy. Temos aula!

E ambas seguiram para a primeira aula: DCAT, em conjunto com a sonserina.

Durante o trajeto, murmúrios eram ouvidos por onde Hermione passava. Parecia que até os quadros estavam falando dela. E aquilo era extremamente incomodo. Mas ela seguiu sorrindo, até entrar na sala, atraindo toda e qualquer atenção para si. Todos a encaravam, como que esperando uma reação. Ela, por sua vez, não falou nem expressou nada. Só buscou com o olhar um local para sentar, uma vez que naquele semestre as duplas eram sempre modificadas.

Identificou que a única carteira vaga era do lado de Draco, que sorria largo para ela. Ela sorriu de volta, envergonhada e caminhou até a mesa, onde foi recebida com um selinho.

– Se você ficar chamando atenção assim todos os dias, vou ficar com ciúmes. – Draco sussurrou, enquanto ajeitava os materiais da aula.

– É horrível, parece que todos estão falando sobre nós! – ela murmurou de volta, apoiando a cabeça nos braços.

– Preço de namorar um sonserino, pequena. Atraímos atenção naturalmente!

– Já estava sentindo falta do Draco egocêntrico – suspirou ela, rindo baixo.

– Saudades eliminadas com sucesso!

A aula passou voando e os dois acertaram perfeitamente os passos. Faziam uma ótima dupla, afinal.

– Estão dispensados.- a voz entediante de Snape ecoou a sala e todos saíram em disparada para o próximo horário, que era livre para todos os sextanistas.

Hermione se afastou do namorado para ir até o jardim de inverno poder pensar. O problema é que seus pensamentos foram impedidos pela chegada de Alex e Astória, que pareciam cuspir fogo pela boca de raiva.

– Escuta aqui, Granger.- começou a Malfoy, com a arrogância de sempre. – SAI de perto do meu Draco, ouviu? Ele pode até ter tido uma queda por você, apesar de eu não ver o porquê. – ela riu debochada apontando a morena.

– Escuta aqui você, Astória. Fale o que você quiser, mas quem está namorando o seu querido Draco sou eu. Ele me escolheu. Então, se eu fosse você, manteria distancia da minha vida, entendido?- Hermione replicou, com uma raiva fora do comum. A loira a olhou indignada e foi defendida por Alex, que até então permanecera calada.

– Ah, queridinha. Como assim ele te escolheu? Você é a primeira opção dele hoje, entende? Mas logo, será a segunda, será descartada. Afinal, isso já aconteceu uma vez, se lembra? Eu era melhor para ele, agora a Ast é a melhor para o Draco. Espere e verá, queridinha. – ela falou com uma voz um tanto quanto cruel, mas sem encarar a morena nunca. Parecia não querer realmente dizer aquilo, mas dissera, de qualquer forma.

Por essa Hermione não esperava. Não esperava relembrar o passado, ou melhor, ser relembrada dele. Não esperava se deixar abalar por Alex e Astória. Mas seus sentimentos falaram mais alto e ela largou as duas sorrindo vitoriosamente e saiu correndo, com os olhos ardendo. Ignorou todos os comentários e murmúrios e logo encontrou Draco, conversando com Nott. Ela não pensou duas vezes: se jogou nos braços dele.

O garoto, atordoado, abraçou a namorada de volta, demorando a perceber a situação. Quando notou que sua capa da Sonserina estava ficando úmida, segurou-a com força e tratou de tirá-la logo dali.

– Eu tenho que ir, Theo.- ele se despediu rapidamente e foi até o quarto dos dois, onde sentou-a na cama dele. – O que aconteceu, Hermione?

Ela não respondeu, só se levantou novamente e retomou o abraço. Draco afagou seus cabelos castanhos e sussurrou em seu ouvido:

– Me fala o que aconteceu, por favor... – mas não recebeu explicação.

– Promete que nunca vai me trocar por outra qualquer?

– Que pergunta é essa, Hermione? – ele chegou até a rir em sua orelha, mas notou que havia sido realmente uma pergunta séria. – É claro que eu prometo. Prometo, juro, ok? Agora me explica o que aconteceu direito, por favor...

– Foram a Astória e a Alex, Draco. – ela disse, em meio ao choro. Ao ouvir o nome da prima mais velha, Draco fechou a cara e suspirou, sentando em sua cama e a trazendo com ele.

– Olha, ela é louca. Louca, ok? Não acredite em nada que a Astória diz, pequena. Entendeu? Se foi isso, pode parar de chorar já, que aquela garota não merece nenhuma lágrima sua.

A menina deu um pequeno sorriso e tentou controlar o choro, com sucesso. Respirou fundo e abaixou a cabeça, derrotada.

– Mas não é só isso, é tudo! Os comentários, as pessoas... Todo mundo olha para mim como se eu tivesse feito algo errado, Draco! O Rony não quer nem olhar na minha cara e o Harry está bravo! O que eu fiz, em?

O loiro não respondeu, só assentiu com a cabeça. A verdade é que não tinha uma resposta. Ele sabia que as dificuldades apareceriam uma hora ou outra. Naquele momento, o máximo que podia fazer era ficar do lado dela, e era isso que faria.

– Hey, princesa. Calma. Eu sei que está difícil. Eu sei, ouviu? – ele começou, tentando ser o mais doce possível. – Mas você nunca estará sozinha. Porque eu te amo. E a partir de hoje, somos nós, não eu ou você. Se o mundo virar as costas pra você, então seremos nós dois contra o mundo.


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Notas finais do capítulo

E aí, as reações foram como o esperado? Só pra esclarescer: esse cap foi mais focado nas reações individuais, nos próximos vocês verão Hogwarts em guerra! MUAHAHAH Enfim, o dia de postar será.... SEXTA!!! ( postando uma hora antes porque eu preciso ir dormir, hehe)
Um beijo enorme, queridas! A meta de 250 comentários continua, em? Vejo vocês lá!