That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 17
Caro destino... - Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Olá, mi amores! Muito obrigada pelos comentários do capítulo anterior, ri muito com vocês, sério!
Duas cositas:
1- o cap. não é grande por que ele é a parte 1. É assim: os acontecimentos por Draco. No próximo, vamos ouvir a Mione. E então voltamos aos tamanhos normais de capítulos.
2- Pelo amor de Merlin, não se acostumem com essa rapidez. Acho que consigo postar ainda essa semana a parte 2, mas depois aperta o tempo. CONTINUAMOS com o combinado de 1 cap por semana, ok?



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Aquilo estava se tornando insuportável. Hermione e Draco não se olhavam, não se falavam, mas viviam pensando um no outro. Irônico, não? Mas o orgulho interferia demais. Nenhum dos dois o deixaria de lado, por mais doentio que fosse eles ficarem separados.

Hermione, incomodada, resolveu dar um basta na situação, ao mesmo tempo anseando uma resposta que não receberia e querendo se livrar do diabo de sua vida, vulgo, Draco.

Seus passos a levaram até a porta fechada lentamente. Passou a mão pela extensão da maçaneta branca, se lembrando das primeiras vezes em que a tinha girado. Eram todas para gritar com o sonserino. Todas irritadas, bravas. Todas provocadas. Todas cheias de um amor comprimido.

De repente, a garota de 17 anos se sentiu como uma menininha de 11, temendo ir para Hogwarts. Ao entrar no trem, ela não sabia o que viria pela frente, se seria ruim, bom, se seria igual. Estava morrendo de medo, mas ansiosa. Sabia que, o que quer que fosse, seria novo. E Hermione se sentia exatamente dessa forma. A maçaneta seria girada e ela enxergaria, pela primeira vez em quatro dias, a realidade.

Mas afinal, era necessário. As mãos dela foram ágeis e, quando se deu conta, já estava com a porta aberta. Ela respirou fundo, olhando para os pés e, aos poucos, subiu o olhar, num misto de curiosidade e mágoa.

– Granger?- o garoto, que estava deitado na cama, exclamou assustado. É, engana-se quem pensa que Draco superara tão fácil. Para ele os dias também custavam a passar, a raiva vinha e voltava.

O problema é que com a chegada de Astoria, tudo tinha ficado pior. A loira parecia o perseguir para todo canto e, dessa forma, ele se trancava no quarto, seu refúgio. O problema é que o refúgio de um problema o fazia encarar outro. Na verdade, seria mais fácil para Draco sumir, desaparecer. Seria mais fácil jogar tudo para o ar, ou ainda reatar com sua parceira de quarto. Mas ele era um sonserino, e sonserinos nunca saem perdendo.

– Er.... – ela limpou a garganta, nervosa- Eu acho que a gente precisa conversar.

Já esperava uma atitude grossa ou uma expulsão, mas o Malfoy só concordou com a cabeça, fazendo menção para ela entrar e cerrar a porta. A morena obedeceu e encostou-se na mesma, cruzando os braços e encarando os olhos cinzas que tanto a amaldiçoaram e a tentaram nos últimos dias. Aquilo era uma luta e quem cedesse primeiro daria início a (in)esperada conversa.

– Então... O que quer?

– Não agüento mais isso, Malfoy.- ela desabafou, mas em um tom que deixou bem claro que toda e qualquer intimidade entre os dois havia sumido.- Já está tudo difícil, e ainda chega aquela Astoria se jogando para cima de você e....

– Espera- o loiro abriu um sorriso maroto. Ela tinha admitido estar incomodada. – Você está com ciúmes, Granger?

– Ciúmes de você? Nunca!

– Que bom que não é iludida.

– Mas, pelo visto, você é, não? Por que só uma pessoa completamente iludida e egocêntrica como você seria capaz de pensar que o mundo gira em torno dela - ela respondeu grossa e morrendo de raiva.

– Pelo menos eu tenho motivos para isso. Existem pessoas que se interessam por mim.- ele rebateu, no calor do momento, mas logo se calou frente a expressão surpresa e magoada de Hermione.- Granger, eu não quis dizer isso...

– Mas disse. E é bom saber que pensa assim.

Droga. Qualquer resquício de chance para uma reconciliação havia sumido. E ótimo. Tinha sido por culpa dele.

– Olha, foi mal, ok? Eu estou cansado de brigar com você, sangue-ruim.- soltou ele. Sua real vontade era a abraçar e dizer que era mentira e que ele era a prova viva disso, uma vez que ele gostava dela. Mas não era possível. Não mais.

– Eu também estou, Malfoy.- de alguma forma, a voz dela conseguiu sair decidida e com um desprezo enorme. Sangue-ruim não era nem um xingamento comparado ao tom em que ela pronunciara o sobrenome do garoto. Tom de mágoa, de raiva, de nojo. Tom que ele não ouvia há um mês.- Uma trégua, então? Voltar ao “ódio” de sempre.

– Ótimo. – foi só o que recebeu de resposta do loiro, que encarava não mais seus olhos, mas o teto.

Mas que droga, Malfoy. Esquece ela logo!

É, a missão esquecimento não estava sendo tão fácil assim. Na verdade, estava sendo impossível. Por Merlin, que encanto essa garota tinha? Como, por Merlin, ele não conseguia desapegar?

– Ok, então eu vou indo. – ela concluiu, caminhando até a porta. – A propósito, a sua prima é bem legal. – comentou, antes de sair. – Falo sobre a Lorena, não sobre a outra.

– É, eu sei. – concordou o garoto, sorrindo ao pensar nos momentos que já vivera com ela. Com certeza, a melhor parte de sua infância. – Ela é marota.

– Isso é um insulto?- questionou, levemente provocando-o para admitir que os marotos eram bons.

E é claro que ele achava. Quando criança, o maior sonho dele era ser um maroto. Não no sentido “seguir os passos do Potter, Black, Lupin...” mas sim no sentido de ser livre, ser quem ele era. Se sentia feliz em saber que pelo menos a prima conseguiu manter essa essência. Mas não iria dar a chance à Hermione.

– Entenda como quiser. – e ela saiu, fechando a porta.

Você vai perdê-la.

Ele nunca a tivera, na verdade.

Ela te ama, seu babaca.

E ele também o amava. Mas, por deus, nunca admitiria isso. Nunca a si mesmo, nunca a ninguém, nunca em voz alta.

E você está perdendo ela.

Aquela voz estava para enlouquecer Draco. Ela jogava as verdades na cara, era nada mais nada menos que sua consciência. Mas, por Merlin, por que essa voz, maldita voz, tinha que dizer o que era errado?

– Caro destino, se você quer ferrar com a minha vida, sei lá, faz um desastre acontecer. Mas eu não to com paciência, nem com saco, nem com humor para brincadeiras com o coração- disse o garoto para o alto. Mal sabia ele que o destino sabia exatamente o que estava fazendo. Ele já tinha sido testado para desastres.

Draco Malfoy precisava aprender a amar e ser amado. E, para isso, o destino primeiro teria que dar uma mãozinha a uma tal de Hermione.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Espero vocês nos comentários, suas lindas