That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 15
Maldito amor


Notas iniciais do capítulo

Olá, amoras! Novamente, muito obrigada pelos comentários! Amei todos eles!!
Espero que gostem do capítulo e não me matem por ele! Boa leitura!



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Quando Hermione chegou no quarto, esperava encontrar Draco e contar do seu dia, ouvir do dele. Mas a porta que unia os dois quartos estava fechada. E Draco nunca fechava aquela porta.

A garota andou até sua cômoda e viu o motivo da separação. Um bilhete, escrito com tinta prateada.

“Hey, pequena

Me desculpe não poder passar o dia com você hoje, mas era realmente importante.

Me encontre as 20h na sala precisa, tenho uma surpresa

Do seu D. M.”

Hermione suspirou. Droga, droga, droga. Ela tinha dado um bolo no loiro. E, pelo visto, era algo importante.

A garota se encaminhou a sala precisa, que ainda estava como Draco a deixara. Ao entrar, se arrependeu de não ter voltado ao quarto para ver se Draco estava bem.

A mesa, posta para dois, ainda era iluminada pelas diversas velas que enfeitavam a sala. Só percebeu cerca de 3 minutos depois, mas quando entrou, uma musica começou a tocar. E de novo, droga. Era a musica deles.

Sentimentos são, como uma canção, para a Bela e a Fera...

Tudo havia sido planejado por Draco. Ele havia se dado o trabalho de conseguir comida, arrumar a sala e enfeitiçá-la para tocar uma música. Draco havia conseguido vinho para os dois. E, para o desespero da morena, a garrafa estava.

A musica mudou e Hermione só se sentiu mais destruída pela próxima.

Esta agora são gentil e tão cortez....

Como é que eu não reparei nenhuma vez?

Idiota. Era assim que ela se sentia. Como ela pôde duvidar dele, achar que ele não estava nem aí? Droga, Hermione. Só restava a ela dormir e, ao acordar, esperar que ele a ouvisse. Antes de se deitar, chegou a tocar na Maçaneta da porta, mas não entrou na parte de Draco. Ela nem sabia o que dizer. Não merecia o perdão dele e sabia disso mas, ao mesmo tempo, precisava que ele a perdoasse.

Aquela noite demorou a passar para ela.

Quando abriu os olhos depois de uma noite mal dormida, Draco suspirou ao perceber que o dia anterior fora mais que um pesadelo. Como flashes, as lembranças da decepção que ele viveu passaram e, inconscientemente, o garoto enterrou sua cabeça no travesseiro.

Por que, por que tudo tinha de ser mais complicado com ele? Por que ele tinha que ser o garoto sem escolhas, o sem amigos, o do mal? E por que diabos ele tinha que se apaixonar por ela? Justamente por ela?

Ele foi retirado de seus devaneios com o soar do despertador. Tratou de se arrumar o mais rápido possível e sair antes mesmo de cruzar com Granger. Não conseguiria olhar naqueles olhos cor de avelã e não se decepcionar. Não conseguiria olhar naqueles olhos e não se sentir um inútil.

Ao chegar no salão, logo sentou entre Nott e Pansy. Zabini andava distante nos últimos dias.

– E aí, cara? Como foi a noite??

– É, Draquinho! Já está comprometido?

– Estou uma ova, Parkinson. Calem a boca os dois que eu não estou para conversa. - os amigos logo perceberam que algo havia corrido de forma errada e tentaram ao máximo animar Draco. Mas não conseguiram.

Quando Hermione entrou para tomar o café, o olhar dela se direcionou para a mesa da Sonserina, mas o garoto não olhou de volta. Pelo contrário, fez questão de sair. Mas a morena não podia deixar aquilo daquela forma. Ele tinha de saber que ela não teve culpa alguma! E, com isso, correu atrás dele.

– Draco! Draco!- gritava, sem se importar em quem veria. Logo, alcançou-o e puxou seu braço, o fazendo parar.- Me escuta.

– Me larga, Granger. Agora.- suas palavras tinham tanta raiva que ela soltou-o para raciocinar.

– Me escuta. Só escuta, por favor.- implorou, sem ter coragem de o encarar.

– Escutar você dizer o que? Que estava muito ocupada ontem? Eu já entendi tudo, e muito bem. Agora, se me da licença, tenho que ir para o meu quarto. - e ele seguiu, quase correndo, deixando-a para trás. Mas Hermione não desistiu.

– Esqueceu que é o meu quarto também?- perguntou, abrindo a porta de correr.

– Essa é a minha parte, então se não se importa, eu quero mantê-la fechada.

– Me importo sim, Draco! Da pra você me ouvir? Eu não vi o bilhete, Draco. Eu não vi. Quando vi, era tarde demais. Eu... Eu pensei que você tinha se esquecido de mim e então fui passar o dia com os meus amigos, assim como você fez! Eu nunca quis te machucar...- naquele momento, ela se segurava para se manter em pé.

– Como eu uma ova, Hermione. Eu estava com Nott e com a Pansy sim, mas sabe fazendo o que? Uma surpresa para você! - ela não pode disfarçar a surpresa na face- Isso mesmo, para você! E aí, os seus amigos pelo menos sabiam que estávamos ficando?

Ela não respondeu, só abaixou o olhar.

– É o que eu pensei. Eu passei o dia inteirinho pensando em você. Briguei com Nott por você, joguei meu orgulho na lama pra te ver feliz. Eu queria te pedir em namoro, Hermione. Eu fiz tudo por você e você nem ligou. Nem me procurou, nem ao menos deve ter lembrado de mim. É difícil para mim, sabe? Falar pros meus amigos que eu estou ficando com você. Mas eu falei e, acredite, eu me orgulhei de falar isso. Eu queria que você se orgulhasse de mim. Que você me visse de outra forma. Eu estava pronto para assumir a gente para todos, mandar todos irem se danar e não ligar. - Draco proferia as palavras com uma sinceridade extrema, que faziam ambos sofrerem. Cada frase cortava em mil pedaços o coração dos dois.

– Sabe, Granger- ele continuou- Eu realmente achei que fosse dar certo. Mas foi bom. Eu pude perceber que o amor é mesmo uma porcaria e que ele não vale nada. Eu me arrependo de tudo que a gente viveu junto. De tudo. Eu me arrependo de ter te salvado aquela noite. Eu me arrependo de ter me apaixonado por você. Mas agora, eu posso garantir: não vai mais acontecer.

– Draco, por favor...- ela mal conseguia falar. Ouvir tudo aquilo a tinha destruído completamente. Seus joelhos falhavam e a porta era seu único apoio. - Me desculpa. Eu te amo, Draco. Eu nunca quis isso...

– Você já disse que nunca quis isso- ele respondeu, tão rápido quanto grosso- Mas aconteceu.

– Aconteceu porque eu não sabia! É tudo novo demais, você não entende? Eu nunca pensei que choraria por você, que brigaria com você por isso! Eu nunca pensei que te amaria, Malfoy! Nessas ultimas duas semanas eu fui a garota mais feliz do mundo, eu te juro. - as palavras se misturavam a soluços dados pela morena- Mas ainda é tudo novidade. Eu nunca imaginei que você estaria fazendo algo para mim! E me desculpe mil vezes por isso.

– Você nunca imaginou isso, não é?- disse, cínico. - Só mais uma prova de que você não me conhece.

– Eu te amo. Nunca na minha vida eu falei tão sério. Eu não sei de mais nada. Não sei o que vai acontecer agora, não sei se vão aceitar. Mas eu te amo. Não cabe mais amor aqui dentro.- ela se aproximou de Draco que, por sua vez, a encarou nos olhos. Hermione pode ver, por entre as lágrimas, que os olhos cinzas também estavam molhados.

– Eu te amo também, Granger. Mas não da mais. Eu não consigo. Só me deixa em paz, ok? - ele desviou o olhar. - Vai embora. - disse, mais alto e a garota se ajeitou para sair. - Vai embora, Granger!- dessa vez, gritou e ela obedeceu, saindo pela porta e fechando-a lentamente.

Draco observou as mãos da menina fecharem a porta e levarem, com elas, seu coração. Começava a acreditar que o problema estava justamente ali. Afinal, tudo dava errado. Ter um coração o fazia se machucar, ter sentimentos, sofrer. E, por mais absurdo que fosse, Draco tinha descoberto esses sentimentos todos com Hermione. E ah, como desejava não tê-los sentido nenhuma única vez.

Naquele momento, queria apagar de sua memória a morena dos olhos de avelã e, ao mesmo tempo, a queria de volta. Maldito amor, maldita paixão, maldita grifinoria!


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Notas finais do capítulo

Não me matem, por favor! Era necessário, eu juro!
E logo a nova personagem entrará em cena, fiquem ligadas!
Um beijo, nos vemos nos comentários!