That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 14
Somente uma garrafa vazia


Notas iniciais do capítulo

Tenho duas coisas importantíssimas para falar:
A primeira é a real razão de eu estar postando hoje: recebi uma recomendação. "ah, Clara, mas isso é normal" pois é, não para mim. Eu escrevo no Nyah! desde 2012 ( bem, não sei se considero aquilo bem uma "escrita", ta mais pra "mal-escrita") e o meu sonho sempre foi receber uma recomendação. Toda vez que eu escrevia uma, ficava pensando a reação do autor ao lê-la. E segunda-feira a CarolElenaSalvatore me deu a oportunidade de saber por mim mesma a reação.
Eu só tenho a agradecer pelas lindas palavras, Caca. Realmente, você não tem noção de o quão feliz eu fiquei. Querem seguir o exemplo dessa linda? Brincadeira, gente. ( mas se vcs quiserem).... Caca, dedico a ti esse capítulo :)
a Segunda coisa é sobre as personagens que vocês mandaram. Eu li sim todas as fichas e meu deus, vocês são criativas demais! Ainda não defini qual entrará na história, mas tenho 2 observações
1- Duas pessoas me mandaram só a ficha, sem comentário sobre o capítulo em si. Eu já havia falado sobre isso. Não iria considerar, e não considerei. É uma pena que elas não tenham comentado, tendo em vista que as ideias eram realmente boas.
2- TALVEZ ( leiam dez vezes a primeira palavra da frase) eu misture duas personagens. Por exemplo, pegue o nome de uma, características de outra... Mas ainda não sei. Vocês saberão de tudo em primeira mão, garanto!
Boa leitura!



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Draco Mafoy não era o tipo de cara de quem você poderia esperar receber uma surpresa. Mas, veja bem: não era esperado que ele ficasse com Granger e, a partir disso, tudo era possível.

O garoto estava irritado por ter visto Hermione e o cara-de-cenoura no refeitório, pela manhã. Os dois eram amigos, tudo bem. Mas também eram ex-namorados! E Draco era... bem, ele tecnicamente não era nada. Não era namorado, pois não tinham oficializado a relação; não era amante, pois Hermione não aceitava tal condição; tampouco eram amigos. Eles se gostavam, é claro. Mas essa confusão não estava fazendo bem para nenhum deles.

– Nott, Pan, preciso de ajuda. – declarou, enquanto os 3 subiam as escadas.

– Fala aí, cara.

– Preciso que vocês me ajudem a fazer um surpresa.- os dois indagaram Draco com o olhar e este começou a contar, nos mínimos detalhes, seu plano.

– Eu consigo fazer isso, sim. – concordou Pansy, sorrindo.

– Ainda não acredito que o meu melhor amigo está com a sangue-ruim! O que deu em você?

Naquele momento, Draco esqueceu que Theodore Nott era seu amigo. Ouvir o insulto a Hermione o fez parar bruscamente de andar e segurar Theo pela camisa, o olhando ameaçador.

– Não ouse proferir uma palavra à ela, Nott. – falou entre dentes – Se você gostar de viver. Eu juro que se ouvir você chamá-la de novo de sangue ruim eu te mato. Eu juro pela minha honra que eu te mato.

– Draco! Para com isso- Pansy interveio, assustada- Olha, sei que Theo não fez por mal. É novidade pra gente também, seu idiota. Todo mundo precisa de um tempo pra se acostumar. – mesmo contrariado, o loiro soltou bruscamente Nott, que cambaleou.

– Foi mal, cara. Não achava que você gostava tanto assim dela. Mas eu vou ajudar. Prometo. – Draco somente assentiu.

– Nem eu sabia que gostava tanto assim dela. Mas, independente da porcaria do tempo que vocês querem, eu exijo que a Hermione seja tratada como gente, como nós. Entenderam bem?

– Relaxa, Draco.

– É, Draquinho. A sua princesinha não vai ser maltratada. Podemos ser odiáveis, mas a amizade vem acima de tudo. – Pansy abraçou os dois amigos. – Se você diz que ela é desse jeito, então a sabe-tudo deve até ser legal. Agora parem de brigar porque temos uma surpresa para preparar! – Draco sorriu, imaginando qual seria a reação de Hermione à surpresa e os 3 seguiram para Hogsmead, mesmo sendo uma terça-feira de aula. Afinal, nem tudo estava mudado.

Antes de sair, Draco rabiscou um bilhete para Hermione. Seria a melhor surpresa de todas.

__

– Hermione! – Gina chamou pela amiga, que estava ainda no quarto. Sabia que o cara-de-fuinha não estava, então não hesitou em entrar. – O que está acontecendo, Mi?

A garota estava lendo, tranquilamente. O horário da tarde tinha ficado vago pois, aparentemente, Simas havia explodido ( de novo) uma das salas de aula. Ela levantou o olhar do livro, fitando a amiga.

– Não aconteceu nada, Gina. Só quis ler um pouco hoje. Sei que vocês adoram passar as tardes perto da cabana de Hagrid, mas hoje não estou com humor.

– Não esta com humor para os seus amigos, é?- retrucou a ruiva, sentando na cama ao seu lado. – Vamos lá, Hermione, ninguém aqui é estúpido. Fala logo.

– É que eu não consigo, Gina!- desabafou a garota, em um tom de voz elevado- Não consigo ficar perto do Harry e do Ron sabendo que estou traindo eles! Não consigo ignorar o Draco quando ele passa! Eu não consigo ficar bem com essa mentira!- sua voz foi se abaixando, até ficar embargada.

– Ei, não precisa chorar, Hermione. Olha para mim. Eu entendo que está sendo difícil para você conciliar tudo. Mas você não pode simplesmente esquecer que quando você mais precisou, foi o Harry e o meu irmão que estavam lá pra te ajudar. Foram eles que te levantaram. Ok, você pode até não contar ainda, mas se afastar deles por isso seria muito egoísta da sua parte.

Gina poderia ter mil qualidades, mas a sinceridade era a melhor delas. Era ela que sempre abria os olhos de Hermione e jogava tudo na sua cara, sem medo nem ressentimento. A morena caiu em si e resolveu descer e passar a tarde com seus amigos. Gina estava certa: ela podia amar Draco, mas nunca deixaria isso interferir na amizade dos quatro.

A tarde passou tranqüila, entre risadas e conversas sobre coisas como o formato das nuvens.

– Estava sentindo falta dessas tardes, sabem?- Harry comentou, se deitando na grama.

– Eu também- concordou Gina, apoiando a cabeça em seu ombro. – Sabe, dessas tardes que a gente faz ‘nada’. Querem passar a noite fazendo ‘nada’ também?

– Nem dá, Gi. Hoje eu e o Harry temos que ver mais um dos filmes da aula da Caridade. Querem ver com a gente?

A proposta pareceu tentadora. Gina aceitou na hora, mas Hemione hesitou. Estava bem interessada em passar a noite conversando com eles, mas ao mesmo tempo ainda não tinha visto Draco desde o café. Mas, afinal, ele sabia se cuidar, não? Tinha 16 anos, não precisava de babá!

– Eu adoraria ir,meninos! – e os 4 seguiram para o quarto de Harry, onde passaram uma animada noite assistindo “Procurando Nemo”.

__

Draco teve que admitir: Nott e Pansy eram geniais. A sala precisa estava completamente arrumada. Uma mesa posta para dois, com um jantar roubado do salão. Haviam colocado um grande lustre composto somente de velas. Conseguiram até mesmo um vinho, clandestinamente. Estava tudo programado. Os 3 conseguiram a musica que Draco queria e ele estava com sua roupa mais formal. Agora restava esperar as 20h.

Durante meia hora, o garoto ficou especulando qual seria a reação de sua amada ao receber o bilhete. Mal sabia ele que ela não tinha ideia de que o garoto estava a esperando. Tampouco sabia que ela estava com seus amigos grifinórios.

O relógio bateu 20h. 20h30, 21h. E a garota não chegava. O ânimo de Draco foi diminuindo e a frustração crescendo. Ela o havia dado um bolo!

A garrafa de vinho sobre a mesa era a melhor opção naquele momento. O garoto a abriu e tomou um gole, e mais um, e mais um. Era verdade o que diziam: para afogar as mágoas, use vinho. A água é pura demais para servir de consolo.

E, naquela noite, todas as palavras ensaiadas e os sorrisos esperançosos se transformaram em nada mais que um borrão e uma garrafa vazia.


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