That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 10
Da onde não deveríamos ter saído.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA!!! Eu me enrolei demais, não consegui postar antes... Desculpa mesmo! Eu sinto muito! Aproveitem um capítulo GIGANTE!
Boa leitura e muito obrigada por tudo, gente. Vejo vocês lá em baixo.



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Draco permaneceu estático enquanto um sorriso triunfante aparecia no rosto da morena. Mas seus olhos estavam tristes. O loiro não se mexeu, mas a encarou com raiva, a fazendo desviar o olhar. Ele havia a feito uma proposta! Esquecido parte de seu orgulho! E ela Simplismente não aceitou para ser "politicamente correta"!

– Tem razão Granger. Você é muito pior que que as outras garotas. - soltou, ou melhor, rosnou, antes de sair batendo a porta e largando, dessa vez a garota, sem palavras.

Decepcionada, era isso que ela estava. Esperava que Draco fosse perceber que ela merecia mais. Mas,

Pensando bem, o orgulho do menino tinha sido jogado na lama. E ele fora dispensado. Ok, talvez ele precisasse de um tempo.

Foi o que Hermione pensou, claro. Mas na cabeça de Draco, ele precisava de uma vingança.

_____

Hermione caminhou lentamente pelos corredores, em direção ao dormitório de Gina. A colega de quarto da ruiva, Lillá, estava fora.

– Mione!- saudou a amiga, que recebeu um suspiro como resposta. - Aí, Gi... Sabe, o Draco pediu, ou melhor, deixou a entender que ele queria ficar comigo...

– AÍ MEU DEEUS! Você ta namorando o Malfoy???

A morena negou rapidamente, rindo:

– Era escondido. E eu não quero isso pra mim, Gi. Faz muito pouco tempo! Eu sei que eu sinto alguma coisa por ele- E Merlin, isso é tão difícil de admitir!- Mas eu não posso ser a "amante" do Draco.

– Amiga,- começou a ruiva, sorrindo solidária- Eu entendo que pode parecer absurdo para você ele pedir que vocês continuem as escuras. Mas pensa no lado dele! Ele é filho de Lúcio Malfoy, Hermione! Você acha que os pais dele vão aceitar, assim fácil, ele estar com uma nascida-trouxa? Eu odeio ele- confessou- Odeio mesmo e você sabe. Mas eu sei também que, se ele te propôs isso, não é porque ele não quer te mostrar, e sim porque ele tem medo disso! Se você sente algo por aquele cara de fuinha, aceita. Mas não conta nada pro meu irmão nem pro Harry.

As duas riram e Hermione agradeceu a amiga, dando um abraço nela.

– Você é demais, sabia?

– É, me dizem isso as vezes...

– Sua convencida- a morena deu um tapa na amiga, rindo- Eu tenho que falar com ele.

E a garota saiu do quarto, parando na porta ao lado. Sua cabeça estava a mil. Como ela iria falar? Draco estava furioso! Ela devia fazer o que? Teve uma ideia. Iria escrever.

A garota correu até a biblioteca e escreveu um bilhete, em papel de carta. Estava decidida a deixar o mesmo em cima da cama do loiro que, quando chegasse, poderia ler.

Sorridente e radiante, a garota saltitou até o quarto, se perguntando qual seria a reação do garoto.

Suas dúvidas foram interrompidas por uma voz, que saia de seu dormitório.

– Draco, vamos lá!

E era uma voz feminina. A face da garota ficou branca e ela abriu a porta, a escancarando. Olhou rapidamente para o lado de Draco e viu o garoto aos beijos com uma Corvinal, na cama.

– SAIAM DESSE QUARTO- a morena gritou, roxa de raiva.

Logo, a menina virou para trás, e Hermione pode reconhecer Raise Wills. Draco parou bruscamente o beijo e encarou a menina, que a encarava de volta com os olhos marejados.

Wills tentou reatar o beijo, mas Draco jogou a loira para o lado, soltando, frio:

– Sai, Raise.

A garota bufou e olhou com ódio para Hermione, saindo pela porta:

– Depois a gente continua.

Draco se levantou e encarou novamente a colega de quarto, que dessa vez já tinha algumas lagrimas escorrendo.

– Hermione eu...

Ela não ouviu mais. Saiu correndo pela porta já aberta, deixando cair no chão o bilhete.

– Hermione!- o loiro tentou a alcançar, mas não conseguiu.

Malfoy voltou para o dormitório, um tanto atordoado. Ele tinha conseguido! Uma vingança perfeita, marcada. E também, Wills não era nada feia. Mas algo dentro dele o culpava por ter feito a morena chorar.

– Mas que droga- suspirou, fechando a porta e sentando no chão.

Viu, ao seu lado, um pedaço de papel, meio amassado, prateado. Com letras pretas, o nome Draco estava escrito de maneira doce.

" o que diabos?..." Ele pegou a folha, e percebeu que era um bilhete. Abriu-o com cuidado e o desamassou.

" Querido Draco,

Eu sei que, provavelmente, você não vai querer falar comigo agora. Mas por favor leia até o fim.

Me desculpe pela minha atitude mais cedo. Eu estava com medo, com raiva... Sei que não deve ser fácil para você assumir que estamos juntos. Nem pra mim, admito.

Mas eu gosto de você. Não sei se estou gostando mesmo, mas eu estou disposta a tentar. Mesmo escondida.

Mais uma vez, desculpe.

Hermione"

Confusão. Era a palavra que explicava o sonserino naquele momento. E arrependimento, ah, essa palavra também.

Ela queria ficar com ele.

Idiota.

E ele ficou com a Maise.

Burro.

Na frente dela!

Tapado.

Mas que droga de voz irritante!

Eu sou só a sua conciência.

Vaza! Apesar de não admitir, Draco dava toda a razão a Hermione se ela nunca mais falasse com ele. Mas, por Merlin, ele não aceitaria isso assim.

O garoto levantou e dobrou novamente o bilhete, suspirando.

– Parabéns, Draco. Perde a garota. Isso aí.- ele falava consigo mesmo, baixo e com raiva.

Pegou a primeira coisa que viu pela frente e tacou em direção a porta, com uma força descomunal. O abajur se quebrou em milhões de cacos. O vidro estava espalhado pelo chão. "ótimo. Além de tudo, ainda consegui ter que fazer trabalho de empregada". E o garoto se abaixou para limpar o quarto.

– Aí, caral**- soltou, olhando para a mão, que ardia. Ele a havia cortado. Mas talvez merecesse aquilo. E mais. Draco se viu, pela primeira vez, perdido completamente. Sentou no chão de novo e não fez mas nada, só continuou lá. Pensando. Se matando por dentro. E tudo isso por causa da Granger.

O garoto acabou adormecendo, até uma ruiva chegar gritando:

– O QUE VOCÊ FEZ COM ELA, MALFOY?

____________

Hermione saiu correndo pelos corredores e logo topou com Harry. O Moreno a encarou confuso, mas não pediu explicações. Abriu os braços e deixou a melhor amiga chorar.

– Quer me contar o que aconteceu?

A garota negou, afundando a cabeça no peito do amigo. Harry entendeu e assentiu, a abraçando.

Depois de cerca de cinco minutos, Hermione siau do abraço, agradescendo e foi procurar Gina. É, elas precisavam conversar.

Quando ia bater na porta, Gina já abriu-a, como que prevendo a visita. A ruiva suspirou ao ver o estado da morena, já jurando morte ao Cara-De-Fuinha que, com certeza, era o motivo do choro.

– O que aconteceu?- perguntou, a puxando pra dentro e sentando as duas na cama.

Hemione começou a narrar os fatos na medida do possível, vez que a morena sempre se engasgava no próprio choro quando falava do ocorrido.

– Eu vou matar aquele desgraçado!- concluiu a garota, se levantando.- Fica aqui, ouviu?

E saiu, batendo a porta. Chegando no quarto de Hermione e do Malfoy, a menina parou, abrindo a porta devagar. Se deparou com uma cena inesperada. Um abajur despedaçado e espalhado pelo chão e um garoto dormindo, com o rosto vermelho e a mão ensanguentada. Gina pensou em voltar depois, mas logo tirou a ideia da mente. Quanto mais sofresse, melhor.

– O QUE VOCÊ FEZ COM ELA, MALFOY?

O garoto despertou num pulo, encarando a Weasley assustado:

– O que você quer, Weasel?

– QUAL É O SEU PROBLEMA? – a ruiva berrou, se aproximando- Você não gosta dela, seu babaca? Então por que fez aquela proposta idiota? Você pode até não se importar, comensal, mas EU me importo com a minha amiga.

– CALA A BOCA- berrou o loiro de volta, enraivado- Eu não devo satisfação à você! SAI DO MEU QUARTO

– Pode até não dever para mim, Malfoy, mas deve para a Mione. Não sei como nem porque, mas ela sente algo por você. E eu juro por Deus que, se eu a vir chorando por sua causa de novo, eu quebro essa sua cara de fuinha. Juro que quebro- e dizendo isso, a garota se afastou e bateu a porta, fazendo um estrondo.

Aquele era o dia de “bater portas na cara do Malfoy”, só pode. O garoto permaneceu calado e sentado, pensando nas palavras da Weasley.

É, Draco. Até a Weasley fêmea sabe mais do que você.

E, naquele momento, tudo que o herdeiro dos Malfoy mais queria era explodir tudo. Inclusive a si mesmo.

O loiro nem sequer cuidou de sua mão ou levantou do chão. Só soltou um suspiro de frustração e olhou para o relógio, imaginando quando, e se, Hemione voltaria.

___________

– Está avisado- afirmou Gina, ao chegar de volta ao quarto.

– E aí?

– Sabe que eu odeio ele e ele me odeia. Grosso como sempre. Mas Mi, ele tava num estado que, se não fosse o Malfoy, me daria pena. Sendo ele, eu só fico alegre- concluiu, rindo, mas logo prosseguiu- Ele estava jogado no chão, dormindo. Estatelado do lado dele, tinha um abajur e, do seu lado, o bilhete que você escreveu. Acho que ele leu.

– Ele quebrou o abajur? - a garota soltou, boquiaberta.

– Acredito que sim. Até machucou a mão, sabe? Enfim. Achei que ele ia me matar quando chamei ele de comensal e disse que ele não se importava com você. Não que eu tenha tido medo, mas eu sei lá. Ele pareceu estar com tanta raiva da vida, que eu achei melhor deixar quieto.

A morena assentiu, mas seu pensamento estava no garoto loiro jogado no chão do quarto. Caramba, ele havia quebrado o abajur! E se machucado. Por mais magoada que estivesse, e a garota estava muito, ela se preocupava com Draco. Mais até do que consigo mesma. E isso a estava deixando louca.

– Eu tenho que vê-lo.

– Hemione, não...

– Eu vou- disse, convicta de sua decisão- Caso nada der certo, eu posso dormir aqui, né?

– Sempre pode- confirmou a ruiva, sorrindo e abrindo a porta.- Boa sorte com o seu Romeu, Julieta.

– Cala a boca, Ginerva.

– É GINA!- a morena pode ouvir e riu, se dirigindo à seus aposentos.

Quando abriu a porta, percebeu a bagunça. O cenário era o que sua amiga a tinha descrito. Mas pior. Draco, que olhava para o chão, a encarou, com receio.

– Credo, Malfoy- ela se referiu a ele pelo sobrenome. Não era muita coisa para os outros mas, entre os dois, aquilo significava que a coisa estava feia.- O que aconteceu aqui?- e a menina se abaixou para catar os cacos que, desde aquela hora, estavam jogados no chão.

– Me desculpe...- começou o loiro, mas foi interrompido.

– Não quero falar sobre isso.- ele assentiu- Conseguiu se cortar com esses cacos, ainda? Caramba, Malfoy. Vem aqui.

Ela se aproximou dos dois, o que encheu o menino de esperanças. Pegou co cuidado a mão pálida de Draco e a examinou. O corte havia sido pequeno.

– Vai lavar isso, eu cuido do quarto.

– Não é justo, fui eu que quebrei o abajur...

– Grande estrago, percebi- ela comentou, sem encarar o garoto, que já caminhava em direção ao banheiro. - Pode deixar, é sério, Malfoy.

– Voltamos para o Malfoy?- a voz de Draco falhou, temendo a resposta.

– Você nos fez voltar para o Malfoy. De onde, sinceramente, não deveríamos ter saído, não?

A voz de Hermione saiu tão segura que Draco acreditou nas palavras da menina, entrando de vez para lavar a mão cortada. Mal sabia o sonserino que a garota escondia, por trás dos olhos, uma tristeza tão grande...

Assim que a porta foi fechada, Hermione se permitiu encarar o teto e sentir seus olhos arderem, molhados. Enquanto catava os cacos de vidro no chão, pensou o quanto o abajur e seu coração estavam parecidos: completamente despedaçados.


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Notas finais do capítulo

Gente, foi só eu pedir que os comentários vieram, não é? Será que a mágica acontece de novo? Podem reclamar da demora, eu sei que pisei na bola. Mas espero que tenham gostado. O capítulo mais triste até agora, mas necessário. Se tudo desse certo, seria clichê demais.
"Oi, eu li" continua o pedido.