That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 1
Fogo


Notas iniciais do capítulo

Não é a primeira fic, mas a primeira Dramione long.Espero que gostem.



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Já era noite. No corredor, só era possível enxergar duas pessoas, vestidas com trages verdes e pratas. Aproximando-se, era possível detectar quem eram. Um sorriso triunfante estampava o rosto de Draco Malfoy e, ao seu lado, Pansy Parkinson mantinha sua posição de garota-mimada. Porém, por trás de sua face superficial, seus olhos brilhavam olhando para o loiro ao seu lado.

Os dois sorriam e falavam sobre qualquer besteira, quando de repente um vulto atropelou os dois, derrubando Draco.

– Olha por onde anda!- berrou Malfoy, se levantando- Espera, Granger?

A menina, se recompondo, direcionou o olhar para os sonserinos. Seu cabelo estava um tanto quanto despenteado, e seu uniforme desarrumado. A face da grifinória estava vermelha, e os olhos derramavam lágrimas.

– Chorando pelos cantos, sabe-tudo?- provocou.

– Cala a boca, Malfoy.- ela respondeu fria, voltando a correr.

Parkinson segurou a mão do amigo rindo, debochada:

– Essa não presta nem pra correr.- e os dois assentiram, voltando a andar.

– Estou com sono- declarou a garota, indicando que iria para o dormitório.

– Boa noite Pann.- se despediu o loiro. A morena piscou sorrindo, se virou entrou no dormitório.

Agora era somente ele, nos corredores. Afinal, sempre havia sido. No começo, os corredores de casa, não explorados por ninguém. Por muitas vezes o pequeno Draco se via distante por um dia. Somente sua mãe sabia em que andar ficava seu refúgio, embora o local exato nunca tenha sido apresentado a ninguém.

Quando passou a frequentar a escola, tornou dela seu porto seguro. Vagava noite a dentro nos corredores escuros, sempre se escondendo e rindo sozinho das estrelas. A torre de astronomia, ah, seu maior esconderijo. Definitivamente, não havia um aluno sequer que conhecesse Hogwarts como Draco Malfoy.

Caminhando pelo terceiro andar, o loiro parou em frente a escada. Sentou-se no primeiro degrau e encarou a parede, escura. Tão calmo, tão silencioso. Às vezes, Draco desejava que sua vida inteira fosse assim.

Não se sabe ao certo quanto tempo o garoto ficou lá, aproveitando “seu” espaço, até um grito agudo vir. Um grito desesperado, que transmitia uma mensagem: fogo.

Se levantando assustado, o loiro indentificou de onde o grito vinha: da torre de astronomia. Qualquer pessoa correria, certo? Afinal, o fogo poderia chegar onde ele estava. Mas algo naquela voz desesperada o intrigou. Não sabia quem era, mas Draco precisava salvar aquela pessoa, que jurava ser uma garota.

Em uma questão de segundos, gritarias vinham de toda parte. Os alunos foram instruídos à evacuar a escola. Lógico, ninguém sabia que havia alguém fora da cama. O fogo se alastrava, e o menino, quase em uma missão suicida, corria em direção à ele. Ou melhor, a torre.

A respiração ficava cada vez mais difícil. Os pulmões do garoto já estava cheios de fumaça. Mas ele continuava a subir e a subir.

– Ei! – berrou, na esperança de ouvir alguém.

Não veio resposta, mas uma tosse fraca. Draco apressou o passo. Os degraus areciam não acabar nunca. Mas eles acabaram.

O fogo era alto, não permitia quase nenhuma passagem. Subindo em um velho baú, que ainda não havia sido dominado pelas chamas, ele avistou um corpo. Uma garota, viva.

Ele foi, de atalho em atalho, chegando perto da menina desconhecida. Por vezes sentia sua pele queimar mas, naquele momento, nada importava. Finalmente, sua mão alcançou o pulso da menina, e ele suspirou ao ver que ela ainda tinha batimentos. Seus cabelos cobriam sua face, a tornando irreconhecível.

Malfoy puxou o corpo para seu colo. Os olhos da menina encararam o loiro, e ela tossiu de novo. Mesmo com toda sua arrogância, naquele momento Draco sorriu ao ver a menina viva.

Colocando a grifinória no colo ele correu. Por muitos momentos, ele tropeçou, mas não deixou de correr por nenhum segundo. O tempo foi contado. No momento em que Draco pisou fora da torre, uma explosão veio por trás dele, o derrubando. Ele manteve seu corpo protegendo o da menina, e pode perceber o quanto ela era pequena. O loiro tirou os cabelos da face escurecida dela e apreciou a beleza dela, por alguns instantes.

Somente quando conseguiu levantar conseguiu ver quem era. Perplexo, e com os olhos arregalados, somente quatro palavras sairam de sua boca:

–Eu salvei Hermione Granger.


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