A Troca escrita por Tina Granger, Angel_McFellou


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

eu ja mencionei, que voces devem culpar meus professores? é, eles brigavam comigo só porque durante aquelas aulas TOTALMENTE DESINTERESSANTES EU PUXAVA UM LIVRO PARA LER!



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Havia um jovem loiro, de olhos azuis, que corria como se o vento lhe calcasse os pés. Embora rápido, era muito silencioso. Em especial por conta dos inúmeros homens, que sabia estar em seu encalço.

Pela primeira vez em seus vinte anos, agia conforme sua cabeça. Corria pois sabia, que não haveriam outras oportunidades como aquela, de ser não o herdeiro do trono, mas de ser um jovem como outro qualquer.

Sua mãe fora sempre a imperatriz, mesmo nos momentos íntimos. Nunca pensara apenas nela mesma. O povo, suas obrigações haviam regido sua vida, desde antes de assumir o trono.

Ele sabia, no entanto, que houvera um único momento na sua vida que ela não fora a soberana escrava. Caso contrario, ele não existiria.

Parou por alguns instantes, retomando  o fôlego, que já teria que gastar. O treinamento que fazia, desde que aprendera a andar, administrado por sua mãe e vários senseis que ela providenciara, pelo visto não fora suficiente. Tivera os melhores senseis.

Mas embora o dinheiro pagasse muita coisa, não comprara a vinda do Ninja Lendário,  senhor dos Sapos, o ero-sennin,  pervertido numero um, como ela afetuosamente chamava, quando descansava ao seu lado, um leve sorriso nos lábios.

Nesses breves momentos, o jovem sabia que ela relembrava seu passado. Ele sabia que ela tivera que fazer uma escolha, quando jovem. Ou ficava ao lado do homem que amava, seu pai ou então  o trono passaria para as mãos do homem mais sem escrúpulos que poderia haver.

Ela por mais que doesse seu coração, havia escolhido o povo, sua responsabilidade. Quando questionada o porque disso, que seu pai não pudera seguir com ela, ela suspirava, os olhos tornavam-se opacos.

- Eu tinha as minhas responsabilidades e ele tinha as dele. – eram as únicas palavras que conseguia arrancar dela. Ele tivera inúmeros atentados a sua vida, salvando-se por conta das habilidades treinadas por sua mãe.

Embora tivesse certa fragilidade de saúde, a imperatriz era feita do mais firme diamante. Que ninguém duvidasse disso.

O jovem retomou a corrida, pensando quanto tempo teria para armar mais uma armadilha. Ele fora um aluno aplicado, embora travesso.  Tivera muitas repreensões, castigos, ao longo de sua vida estudantil.

E agora, todas as traquinagens lhe foram suficientes para escapar. Ia em direção a seu pai, buscar ajuda. Por mais que desejasse ficar ao lado da mãe, estava fazendo isso a pedido dela.

A principal recomendação dela fora: volte vivo. E isso ele pretendia fazer, não importava quanto os homens de Ichigo tentassem mata-lo. Ele iria até a Vila da Folha, pedir ajuda a seu pai.

Haijame jamais falhara antes no cumprimento do dever, não seria a primeira vez que aconteceria. Não quando sua mãe, encontrava-se adoentada, sendo pressionada para escolher alguém que não fosse ele, seu único filho, para assumir o trono.

Ela realizara um trabalho magnífico, os conselheiros concordavam. Mas cometera os três  pecados imperdoáveis em sua posição. O pecado de casar-se com um estrangeiro, tendo um filho dele. E o que fora mais inadimissivel para eles. O fato de negar a casar-se após a anulação – providenciada por eles obviamente – ter sido aprovada.

Ela ainda o amava. Ainda sentia em suas mãos a maciez do cabelo loiro; o calor dos olhares que ele lhe lançava, esquentava ainda suas faces. Seus lábios não haviam conhecido outro gosto, alem do dele.

Permanecera totalmente fiel ao homem que amara na juventude.

 Haijame parou, estava a beira de um precipício. Mais alguns passos e ele não cumpriria a promessa feita a mãe. Estava começando a costear o precipício, quando dez homens se aproximaram dele, kunais nas mãos. Se lutasse, morreria. Se atirasse-se no precipício, talvez houvesse uma chance de chegar ao pai, afinal o precipício tinha em seu fundo um rio.

Sorriu para eles. O sorriso que sua mãe jurava que era de seu pai.

E pulou para o precipício, com o coração apertado, revendo por instantes, as mulheres mais  queridas para ele. Sua mãe e a jovem com quem esperava casar-se um dia.


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