Cause I, I can be everything you need

Emma POVs:

Stiles me levou até o Jeep dele. Eu tinha parado de chorar feito uma garotinha. Nem sei como eu me prestei ao papel de garotinha chorona. Stiles parou o Jeep na frente de uma casa, que eu imagino que seja a dele, e nós dois ficamos sentados no carro sem dizer nada.

–Emma... – Stiles começou a falar, mas eu o interrompi.

–Por favor, não faça isso. – eu disse olhando para ele.

–Você nem sabe o que eu ia dizer. – ele me disse.

–Você ia me perguntar se eu sei alguma coisa sobre alguém tentando me matar, mas a resposta é eu não sei. – eu disse.

–Não, eu ia perguntar se você está bem e depois dizer que não tem como aquilo que aconteceu ser por sua causa. – ele disse e eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

–Oh, então me desculpe. – eu disse.

–Nem me conhece e já fica levantando falso. – ele disse brincando e eu ri.

–Meu Deus, só você pra me fazer rir numa situação dessas. – eu disse.

Descemos do Jeep e entramos na casa. Era uma casa simples, mas eu sempre adorei casas simples. Eu nunca tive uma casa, sempre foram apartamentos e coisas do tipo. Casas como a do Stiles me lembravam de famílias, eu nunca tive uma família de verdade. Sempre fui só eu e a minha mãe. Eu segui o Stiles por uma escada e fomos até o quarto dele. Ele foi até o armário, pegou uma blusa branca de mangas compridas e me entregou.

–Acho que você quer uma coisa mais confortável pra dormir. – ele disse.

–Sim, obrigada. – eu disse e fui para o banheiro que tinha no quarto dele. Tirei os sapatos e depois a roupa da festa. Fiquei apenas de sutiã e calcinha. Vesti a blusa de Stiles e sai do banheiro. – Acho que ficou boa.

–É, está te cobrindo. – ele disse e eu olhei para baixo. A camisa ia até um palmo da minha cintura e as mangas passavam das minhas mãos. – Não que você precise se cobrir... quer dizer, não que eu queira ver você sem roupa... não que.

–Stiles, não fale mais nada. – eu disse rindo. – Eu entendi o que você quis dizer.

–Serio? – ele disse.

–É, quer dizer, mais ou menos, mas está tudo bem. – eu disse.

–Ah okay, se você quiser dormir a minha cama é bem confortável e tudo mais. – ele disse.

–Onde você vai dormir? – eu perguntei.

–No sofá, mas não tem problema eu me viro bem. – ele disse.

–Não. – eu disse. – Sua cama é bastante grande. Cabemos os dois nela.

–Se você insiste. – ele disse.

–E além do mais, eu não iria conseguir dormir sozinha depois do que houve. – eu disse.

–Claro. – ele me respondeu.

Eu deitei na cama e Stiles deitou ao meu lado. Ele tirou apenas os sapatos para deitar.

–Stiles, seria estranho se eu pedisse pra você me abraçar? – eu disse.

–Não, você deve estar precisando de um abraço pra se sentir segura. – ele disse e eu ri.

Eu estava deitada de costas para ele e ele com o braço em volta da minha cintura. Nem sei como eu consegui dormir depois de tudo isso, só sei que eu adormeci.

[...]

Acordei com a luz do sol invadido minha cara. Olhei para o braço envolvendo minha cintura. Virei um pouco e percebi que Stiles ainda estava dormindo. Ele era tão calmo, tão bonito. Eu dei um pequeno sorriso. Fui ao banheiro no quarto do Stiles e tomei um banho. Enrolei-me na toalha. Stiles adentrou o banheiro com uma das mãos cobrindo os olhos e a outra segurando uma roupa.

–Eu juro que não estou vendo nada. – ele disse e eu ri.

–Tudo bem, eu estou de toalha. – eu disse.

–Ah, okay. – ele disse tirando a mão do rosto. – Lydia trouxe umas roupas pra você, ela disse que não são muito o seu estilo, mas era uma das poucas que ela tinha que ia caber em uma pessoa alta como você.

–Ah obrigada, Lydia está ai? – eu perguntei.

–Está na sala. – ele me disse.

–Certo. – eu disse.

Stiles saiu do quarto e eu me troquei (roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=120149536&.locale=pt-br ). Eu não sabia o por que de eu me sentir meio estranha com Lydia e Stiles. Na festa na noite passada, Allison me contou que o Stiles sempre foi louco pela Lydia e isso me fazia sentir um pouco de inveja dela. Eu não queria me sentir assim. Respirei fundo e olhei para o espelho do banheiro. Uma garota como a Lydia teria qualquer um que ela quiser e eu não posso fazer nada. Saí e vi os dois conversando na sala.

–Tentou perguntar a ela? – Lydia perguntou.

–Claro, ia ser uma conversa amigável. – Stiles disse usando de seu sarcasmo habitual. – Ei Ems, como vai? E a proposito sabe por que alguém iria querer matar você? Se for um ser sobrenatural poderia dizer de que tipo?

–Stiles, você ao menos tentou. – ela disse a ele.

–Eu tentei, mas ela estava mau, uma pessoa morreu, Lydia. – Stiles disse e se levantou. – E garota disse exatamente “eu disse a eles que eu não era a Emma”.

–E depois ela disse “eu não sou a Emma”. – eu completei.

–Emma, há quanto tempo você está ai ouvindo? – Stiles me perguntou.

–Desde a parte que a Lydia perguntou se você tinha ao menos tentado me perguntar. – eu disse. Eu sabia que algo estranho estava acontecendo, mas não que era algo sobrenatural. De toda forma agora eu tinha uma vantagem. – E a respostar ainda é eu não sei. E obrigada pela roupa, Lydia.

–De nada, melhor irmos pra escola. – ela disse. – Estamos atrasados.

–Claro. – eu disse.

Então nós três fomos até o Jeep de Stiles para ir para escola.

Katie POVs:

Eu estava elétrica. Eu, Isaac, Scott e Allison ficamos esperando Stiles, Emma e Lydia chegarem a escola. Eu fiquei mexendo na minha roupa (http://www.blog.bigchilli.com.br/wp-content/uploads/2012/02/pretty-little-liars-looks-aria3.jpg) para tentar diminuir a minha ansiedade. Eu me acalmei quando eu vi o Jeep de Stiles chegando. Stiles e Lydia na frente e a Emma vestida de Lydia atrás.

–Você está bem? – eu perguntei a Emma.

–Estou Katie. – ela disse.

–Eu estou me referindo à roupa. – eu disse e Emma riu.

–Cortesia da Lydia. – ela disse. Stiles e Lydia se juntaram com Isaac, Scott e Allison um pouco longe de nós duas. – Ela estava lá na casa do Stiles e eles estavam conversando sobre mim.

–Sobre você? – eu disse meio confusa. – O que eles disseram?

Emma me contou o pedaço da conversa de Stiles e Lydia, mas quanto mais ela me contava mais eu achava que eles eram loucos. Mais coisas sobre seres sobrenaturais. Eu queria acreditar que eles eram louco e que não podia ser nada disso, mas eu sabia que eles estavam certos, não há nada de normal em Beacon Hills.

–Okay. – eu disse. – E o que sugere que façamos.

–Vamos confronta-los. – Emma disse. – Vamos descobrir por nós mesmas o que está havendo.

–Vem comigo, eu sei como podemos descobrir isso. – eu disse.

–Como? – ela me perguntou.

–Eu ouvi o Scott falando o chefe dele sobre o seu colar e ele disse algo como... – eu disse tentando lembrar exatamente o que Scott falou. – “Acha que o colar dela é mágico ou só esta coberto de wolfsbane?”

–Mágico? – Emma perguntou arregalando os olhos. – eles conversam sobre seres sobrenaturais e eu que tenho um colar mágico.

–Bom, em todo caso. – eu disse. – Temos que ir falar com o Deaton.

–Depois da aula, ta bom? – Emma disse e eu assenti. – Agora vamos pra lá fingir que não achamos que eles são uns malucos.

–Ótimo e eu me esqueci de dizer que adorei a sua roupa. – eu disse rindo.

–Vamos logo. – Emma disse marchando na frente.

[...]

Depois da aula de química com a Emma eu tive de educação física com o Isaac. Saí do vestiário e ele sentado em uma das arquibancadas do ginásio. Ele olhou para mim e eu dei um sorriso tímido, sem mostrar os dentes.

–Oi. – eu disse chegando perto dele.

–Oi. – ele respondeu e eu sentei ao lado dele. – Ah, Emma está bem?

–Hurum, ela só está meio preocupada, a policia vai ligar pra mãe dela hoje. – eu respondi. – Ela estava evitando isso.

–Ah, sinto muito. – ele disse. – Já tem uma pista de quem pode ser?

–Ainda não, eu acho. – eu disse.

–Fitch, Lahey! – o treinador gritou do outro lado do ginásio. – Pra corda agora!

–Ele sempre grita assim com vocês no treino? – eu perguntei a Isaac.

–Sempre. – ele me respondeu e eu ri. – Vamos, temos que subir em uma corda idiota.

Corremos até o meio do ginásio e começamos a subir pelas duas cordas. Ele era bem rápido, mas eu também era boa em cordas. Eu passei o tempo todo pensando se ele também era parte daquela loucura toda de seres sobrenaturais.

–Está muito devagar. – ele disse rindo do outro lado. Eu nem tinha percebido que ele já estava descendo.

–Estou tentando não te envergonhar. – eu disse. – Imagine, um dos melhores jogadores do time de lacrosse perdendo pra uma garota na subida da corda da educação física.

–Ah é? – ele desceu o mais rápido que podia e eu fui atrás.

No meio do caminho eu parei. Minha corda havia descido um pouco. Ele já estava no chão. Eu olhei para cima e vi que a minha corda estava se partindo, então comecei a descer o mais rápido que eu pude, mas a corda se partiu e eu vi o meu fim. Fechei os olhos com medo do que ia acontecer, eu não podia fazer mais nada além de rezar. Mas eu senti dois braços me envolvendo. Abri meus olhos e encarei um par de olhos azuis. Eu estava no colo de Isaac, ele salvou a minha vida.

–Isaac... – eu tentei dizer, mas ele me colocou no chão e eu monte de pessoas juntaram-se a minha volta. Perguntando se eu estava bem e tudo mais. Então me levaram a enfermeira.

[...]

A enfermeira me examinou, disse que eu tinha torcido o pulso, mas fora isso ela disse que eu estava bem. Ela saiu para poder assinar minha ficha e eu fiquei sentada na maca. Então Isaac entrou.

–Você está bem? – ele me perguntou.

–Estou, graças a você. – eu disse. – Obrigada.

–De nada. – ele disse. – O treinador disse que a corda estava velha e por isso ela se partiu.

–Ah, entendi. – eu disse. – Acho que eu só tive azar por pegar a corda ruim. Ou sorte por ter um herói por perto.

–Eu não sou um herói. – ele disse. – Não mesmo.

–É sim, meu herói. – eu disse e o pulso começou há doer um pouco. – Ai.

–O que foi? – ele me perguntou.

–Eu torci o meu pulso. – eu respondi. – Ele está doendo um pouco.

–Posso tentar uma coisa? – ele disse.

–Claro. – eu estendi o pulso pra ele.

Ele pegou o meu pulso, Isaac me fez olhar para o outro lado. Aos poucos a dor foi passando.

–Obrigada, está melhor agora. – eu disse.

–De nada. – ele disse. – Tudo que eu quero é que você fique bem.

Eu e Isaac ficamos nos encarando por alguns segundos. Então ele chegou mais perto de mim. Ele ficou entre as minhas pernas. Então ele me beijou. Minhas mãos foram para o cabelo dele enquanto ele apertava minha cintura contra a dele. Ele me apoio na maca e eu cruzei as pernas em volta da cintura dele. O beijo dele era bom, ele explorou cada canto da minha boca.

–O que está acontecendo aqui? – disse Scott entrando na enfermaria. Eu e Isaac nos separamos rápido.

–Scott, não é o que parece. – eu e Isaac dissemos ao mesmo tempo.

–Então vocês não estavam se beijando? – ele disse.

–Ta bom, talvez seja o que parece. – disse Isaac.

–Vem cá. – disse Scott puxando Isaac pelo pescoço.

Eles foram lá pra fora e eu vi os dois conversando lá fora. Bom o Isaac estava falando e o Scott gritando. Mesmo sem ouvir os dois eu sabia que aqui não ia acabar bem. Olhei para o relógio e eu notei que a as aulas já estavam quase na metade e que ia ser hora do almoço logo. Saí da enfermaria e fui até os dois.

–Para Scott. – eu disse entrando no meio dos dois. – Foi só um beijo.

–Só um beijo? – Scott disse. – Parecia que vocês estavam se comendo.

–Scott, qual é o problema? – eu perguntei. – Eu quis beijar o Isaac e ele quis me beijar, não há nada de mal nisso. Fica calmo e vamos todos almoçar.

Eu disse e saí puxando Scott comigo para o refeitório.