Secrets of wolves escrita por Dark Phoenix


Capítulo 13
I Don't Want To Be


Notas iniciais do capítulo

um cap bem emotivo pra vs



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I don't wanna be anything other than what I've been trying to be lately

Emma POVs:

Eu estava deitada sobre uma maca do hospital de Beacon Hills. Meus olhos quase não ficavam abertos. Eu não conseguia lembrar de muita coisa, só pequenos flashs de Stiles tentando me levantar depois que um dos guerreiros de Maya ter atirado uma faca em mim. Eu me lembro que pulei na frente da faca, pois ela ia acertar Stiles. Lembro de Katie lutando com toda fúria. Lembro de Isaac e Scott sendo atacados, mas seus ferimentos curavam rápido. Fechei os olhos novamente. Quando eu os abri vi Cameron. Estou morta?

–Cameron? – eu disse com a voz fraca.

–Emma, olá. – ele disse e sorriu.

–Eu morri? – eu perguntei a ele.

–Não. – ele disse.

–Então onde eu estou? – eu perguntei.

–No hospital, eu sou coisa da sua cabeça. – ele disse.

–Por que você estaria vindo da minha cabeça? – eu perguntei.

–Adoraria dizer que é porque você me ama e não viveria sem mim, mas você sente muita culpa. – ele disse e parou. – Principalmente pela minha morte.

–O que vai fazer agora? – eu perguntei.

–Eu não sei. – ele disse e deu de ombros. – A cabeça é sua, as respostas são suas, mas tem uma coisa que eu preciso te dizer. Nem todos os problemas do mundo são culpa sua Emma.

Eu despertei. Ainda estava no hospital, eu estava ligada há algumas maquinas e Sebastian estava sentado na cadeira na minha frente. Meus olhos encontraram os dele. Sebastian se levantou e foi até porta.

–Ela acordou. – ele disse e Katie e Stiles entraram junto com minha mãe na sala.

–Emma minha filha, como você está? – ela me perguntou.

–Eu estou bem, como Scott, Isaac e Jack estão? – eu perguntei.

–Eles estão bem. – disse Stiles.

–O que houve comigo? – eu perguntei.

–Você teve muito sangramento por causa da facada. – disse minha mãe. – E eles tiveram que fazer uma cirurgia pra fechar.

–E por que o Stiles parece mais doente que eu? – eu disse notando o quanto ele estava pálido e parecia fraco. Como se não comesse há dias.

–Ele doou sangue pra você. – minha mãe disse. – o sangue dele foi o único compatível.

–Obrigada Stiles. – eu disse.

–Foi o mínimo que eu podia fazer, você salvou a minha vida. – ele disse.

–Mãe, pode chamar os outros. – eu disse a ela. – Eu quero vê-los.

–Tudo bem. – ela disse.

Ela saiu e logo depois Scott, Isaac, Lydia, Sebastian, Allison, Derek, Cece e Jack entraram. Eu vi que todos pareciam cansados. Essa brincadeira de gato e rato com o meu pai estava esgotando não só a mim, mas todos eles também. Quando eles entraram eu tratei dizer logo.

–Vamos acabar com isso de uma vez. – eu disse.

–Do que está falando? – perguntou Jack.

–Temos que acabar com isso de ciclo de poder, sacrifícios de bruxas. Eu estou cansada. – eu disse.

–Vocês contaram pra ela? – perguntou Cece.

–Não. – disse Stiles.

–Contaram o que? – eu perguntei.

–Emma, você ficou desacordada por um bom tempo. – disse Katie.

–Quanto tempo? – eu perguntei.

–O medico disse que seu caso era instável. – disse Allison.

–Quanto tempo? – eu gritei.

–Cinco dias. – disse Katie.

–Cinco dias? – eu repeti. – O feitiço vai ser feito amanhã.

–E o seu pai deixou uma mensagem pra eu, você e o Sebastian. – disse Katie.

–Ele disse que se nós nos entregarmos amanhã nenhum dos nossos amigos morre. – disse Sebastian.

–O que vamos fazer? – perguntou Emma.

–Eu tenho um plano. – disse Stiles. – Quer dizer, eu e Lydia temos um, mas precisamos da ajuda de todos.

–Vocês topam? – perguntou Lydia.

Todos assentiram.

[...]

De noite eu recebi alta e fui pra casa. Eu estava no meu quarto tentando me distrair um pouco quando minha mãe bateu na porta.

–Emma, o Stiles quer te ver. – ela disse. – Posso o deixar subir?

–Claro. – eu respondi sentando na minha cama.

Stiles bateu uma vez na porta e eu o mandei entrar.

–Oi. – eu disse.

–Oi Ems. – ele me disse e sentou na cama na minha frente. – Eu só vim pra ver se você está bem.

–Eu estou ótima Stiles. – eu disse e sorri. – E você como está?

–Eu estou bem. – ele disse meio confuso.

–Eu quero dizer, você e Lydia tem passado um bom tempo juntos... – eu comecei.

–Emma, não comece com isso. – ele disse me parando.

–Começar com o que? – eu perguntei.

–Ficar com ciúmes, Lydia é uma amiga. – Stiles disse. – Eu nunca te dei motivos pra sentir ciúmes dela, você por outro lado vive me dando motivos pra achar que o que eu e você temos não é serio.

–Do que está falando? – eu disse agarrando um travesseiro. – Eu... Eu nunca... Eu nunca quis dar essa impressão.

–Mas deu. Você e o Cameron. – ele disse. – E agora você e o Sebastian.

–Eu até entendo eu e o Cam, porque ele e beijou quando eu estava bêbada, mas eu o Sebastian. Isso é ridículo quando se fala alto. – eu disse. – Eu sei que às vezes eu não mostro os meus sentimentos, mas é você Stiles. Sempre foi você.

–Às vezes não é o que parece. – eu disse.

–Eu sempre digo o que eu sinto por você. – eu disse irritada. – Você é quem nunca diz.

–Emma, você não sabe quantas vezes eu fiquei lá sentado do seu lado enquanto você estava desacordada, prometendo a mim mesmo que quando você acordasse eu ia te dizer o quanto você é importante pra mim. – ele chegou mais perto de mim. – Eu amo você Emma Winters.

–E eu amo você Stiles Stilinski. – eu disse.

Puxei Stiles pra perto de mim e nós começamos a nos beijar. Ele deitou por cima de mim. Stiles ficou no meio das minhas pernas. Eu puxei a camisa de Stiles pela barra até tira-la. Eu encarei a barriga dele, ele começou a beijar meu pescoço. Eu senti meus pelos arrepiarem a cada toque da boca dele com o meu corpo. Tirei minha blusa e Stiles me olhou receoso.

–Emma, eu... – ele começou, mas eu beijei seus lábios para fazê-lo parar.

–Tudo bem. – eu disse. – Eu quero.

Stiles encarou-me e abriu o botão da minha calça.

Katie POVs:

Quando a Emma teve alta eu fui para casa. Sentei no meu quarto e comecei a pensar em como ia ser amanhã. Nós íamos por o plano em pratica, eu estava nervosa. Não sei se era possível, mas eu estava sentindo todas as emoções humanas que eu podia. Alegria pois depois de amanhã tudo finalmente ia entrar nós eixos, medo pois tudo podia dar errado, preocupação pelo outro que estavam no plano e corriam perigo.

–Katie? – disse Isaac na minha porta.

–Oi. – eu disse.

–Posso entrar? – ele perguntou.

–Pode. – eu disse.

Ele entrou e sentou na janela do meu quarto. Ficamos algum tempo em silêncio absoluto.

–Às vezes eu penso como seria. – disse Isaac. – Como eu seria se eu nunca tivesse me tornado um lobisomem. Eu que escolhi isso, sabe.

–Você escolheu? – eu perguntei. – Por quê?

–Eu tinha medo. – ele disse. – Meu pai sempre foi muito duro comigo. Quando eu fazia algo errado eu ficava trancado em um freezer no porão da minha casa. Eu odiava isso.

–Eu sinto muito. – eu disse e me sentei na frente dele na janela.

–Quando o Derek chegou me oferecendo uma forma de resistir ou de revidar eu não pensei duas vezes. – disse Isaac. – Eu achei que eu queria o meu pai morto. Eu queria mata-lo, mas...

–Mas você não o matou não é mesmo? – eu perguntei.

–Não, outra pessoa usou um dos monstros malucos da cidade pra mata-lo. – ele disse e olhou para o céu. – Outra pessoa a quem ele fez mal. Eu sei que ele era desprezível, mas eu não consigo não me sentir mal pela morte dele. Ele morreu, porque saiu atrás de mim.

–Ele era seu pai Isaac, por mais que a gente queira tem algumas pessoas que você nunca consegue odiar ou deixar de se sentir mal por ela. – eu disse. – Mas Isaac, por que está me contando isso?

–Porque eu acho que eu posso morrer amanhã e alguém tinha que ouvir o que eu tenho a dizer. – ele disse. – Alguém que eu sei que vai sobreviver.

–Eu nem sei se eu vou sobreviver. – eu disse. – Se o plano der errado, eu morro, a Emma e o Sebastian também morrem.

–Emma, você se importa muito com ela né? – ele disse. – Como você e ela começaram a ser amigas?

–Quando o meu pai morreu todos insistiram ser ataque de animal, mas eu sabia que não era. Ele morreu na minha frente. Era um lobisomem e eu tinha só oito anos. – eu disse vendo a cena diante dos meus olhos. – Ninguém nunca acreditou em mim, ninguém.

–Sinto muito. – ele me disse.

–Então eu me mudei e a Emma apareceu. Ela acreditou em mim no minuto que eu contei pra ela. – eu disse. – Ela sempre esteve do meu lado, sempre foi uma parte de mim.

–É difícil conseguir uma amizade assim. – ele disse. – É muito difícil.

–Ela não é minha amiga, o Jack é. – eu disse e ele me olhou confuso. – A Emma é minha irmã.

Isaac sorriu. Ele sentia as mesmas coisas que eu. Todos nós sentíamos. Ninguém estava bem com o que ia acontecer amanhã. Até o pôr-do-sol tudo ficaria bem, mas depois disso ninguém sabia. Nós poderíamos estar todos mortos antes do próximo nascer do sol. Tudo era incerto, toda essa tristeza entre nós era consequência do que podia vir amanhã. Um dia tudo estava bem, eu era uma adolescente normal e no dia seguinte minha vida estava em risco. Eu nem conseguia mais pensar como uma adolescente normal. Em outra circunstância eu não aguentaria ficar no mesmo cômodo com Isaac sem enlouquecer, mas agora o amanhã pode nem existir.

–Eu sei que é. – ele disse. – Eu sei que uma daria a vida pela outra.

–Isso é bom. – eu disse.

–Eu tinha um bom amigo também, mas os gêmeos o mataram. – ele disse e deu uma risada sem humor. – O nome dele era Boyd. Eu odiei aqueles dois por tanto tempo até perceber que isso não o traria de volta.

–Nada trás os mortos de volta. – eu disse. – Só as lembranças.

–É eu sei. – ele me disse. – Eu tenho que ir. Boa noite.

–Boa noite Isaac. – eu disse e ele saiu do meu quarto.

Amanhã o dia ia ser cheio.


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Notas finais do capítulo

comentem