Secrets of wolves escrita por Dark Phoenix


Capítulo 1
Round and round


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem, e obriga por dar uma chance :3link da música: https://www.youtube.com/watch?v=JD92Ui_PWKQ



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Round and roundI won't run away this time

Katie POVs:

Abri os olhos no banco de trás do carro. Uma sensação de que as coisas não estavam boas me percorreu. Corro os olhos pelo banco da frente e vejo minha mãe e minha tia Melissa conversando. Eu abro um sorriso tímido e tia Melissa sorri de volta. Vejo a placa dizendo “Bem-vindo a Beacon Hills” ficar pra trás. Depois de alguns minutos ela para de dirigir e para em uma casa.

–Chegamos. - tia Melissa diz sorridente para mim. Eu somente assinto com a cabeça.

Tia Melissa saiu do carro e eu e minha mãe ficamos sozinhas lá enquanto nos soltávamos dos cintos de segurança.

–Sabe Katherine, seria mais fácil se você fosse um pouco mais educada. – ela disse e eu dou de ombros. – Puxa Katie, já faz mais de 8 anos. Eu sei que você não superou, mas não desconte nos outros.

Quando eu tinha 8 anos meu pai morreu. Todos devem achar um trauma superável para qualquer um, mas eu não consigo superar o que houve principalmente porque ninguém acredita em mim. Eu vi meu pai morrer, não foi uma droga de ataque de animal, era uma coisa estranha. Não era humana. Era um monstro. Desde o que aconteceu eu tentei contar para as pessoas, mas ninguém nunca acreditou em mim. Então eu achei melhor não falar mais sobre isso. Hoje em dia eu tenho 16 anos, quase 17.

–Eu nunca vou superar, não até saber quem matou o meu pai. – eu disse.

–Katherine não comece, sabe que foi um ataque de animal. – ela disse.

–Acredite no que quiser. – eu disse enfurecida.

Peguei a mochila e saí do carro. Um garoto moreno de olhos castanhos estava parado na porta da casa.

–Katherine esse é o seu primo Scott. – tia Melissa disse.

–Oi. – ele disse e sorriu.

–Oi. – eu respondi.

–Scott ajude a Katie com as malas. – ela disse e ele assentiu. – Leve pro quarto de hospedes.

Eu segui Scott enquanto ele levava minha mala para um quarto. Ele a colocou no canto do quarto. O quarto era modesto, tinha uma cama de casal com uma colcha roxa e quatro travesseiros enormes. Uma penteadeira do lado esquerdo e uma janela do lado direto. As paredes eram cinza escuro e claro.

–Tem um banheiro aqui. – ele disse apontando uma porta no quarto.

–Certo. – eu disse.

–Você vai estudar em Beacon Hills comigo, certo? – ele perguntou e eu assenti. – Quer uma ajuda no primeiro dia? Tipo, com esse negocio de ser novata e ...

Eu sorri e assenti.

–Você não é do tipo que fala muito, né? – ele perguntou e eu ri.

–Não muito. – eu disse e ele sorriu.

–Bom, se precisar de algo eu estou no quarto aqui da frente. – ele disse.

–Certo. – eu disse. – E obrigada.

–Por quê? – ele perguntou.

–Por me ajudar aqui e porque vai me apresentar na escola amanhã e tudo mais. – eu disse. Ele veio até mim e me abraçou.

–Pra quê serve a família? – ele disse e eu ri. – Se você falar mais amanhã vai ser mais fácil.

–Ta bom, eu falo mais. – eu disse.

Pergunto-me porque eu nunca tentei falar mais. Isso iria agradar a minha mãe. Acho que era por isso, eu não falava para irritar a minha mãe, por não acreditar em mim, mas agora é vida nova, eu estou de volta a Beacon Hills. E vou descobrir o que aconteceu. Scott saiu do quarto e então eu recebi uma mensagem no meu celular.

Estou em Beacon Hills. Vc já chegou?

Xoxo Emma

Logo respondi:

Cheguei, te vejo amanhã na escola?

Xoxo Katie

Minutos depois ela respondeu:

Claro, vou dar uma passadinha na policia pra ver alguns arquivos e começar a investigar.

Xoxo Em

Eu respondi:

Okay, ótimo

Xoxo Katie

Guardei o telefone e Scott apareceu na porta. Ele bateu duas vezes e colocou a cabeça para dentro.

–Katherine, o almoço está pronto. – ele disse. – Você vem?

–Sim. – eu respondi me levantando da cama. – E Scott...

–Sim? – ele disse.

–Pode me chamar de Katie. – eu disse e sorri.

–Okay, Katie. – ele sorriu.

[...]

Terminei de almoçar e fiquei arrumando mais algumas coisas. Depois me arrumei para dar uma corridinha. Eu acabei indo correr na floresta porque era mais calmo. Então eu ouvi uns barulhos estranhos, parei de correr e fui andando devagar até o lugar de onde o barulho veio. Era atrás de uma pedra. Vou de vagar para lá, com cuidado para não fazer barulho, então dou de cara com um par de olhos claros. Eu me recuperei do susto e encostei-me à pedra. O garoto de olhos claros olhou assustado para mim.

–Você está bem? – ele perguntou.

–Estou, foi só um susto. – eu disse.

–Desculpe, eu juro que não queria assustar você. – ele disse e sorriu. Ele passou as mãos no cabelo e meu Deus aqueles olhos. – Eu só estava...

–Você não precisa explicar nada. – eu disse. – Eu só levei um susto. Achei que ninguém vinha aqui.

–É, eu também. – o garoto disse. – Eu sou o Isaac. Isaac Lahey.

–Eu sou a Katherine Fitch, mas pode me chamar de Katie. – ela disse.

–Você é nova por aqui, não é? – ele perguntou. Eu ponderei um pouco.

–Sim e não. – eu respondi e ele riu. De novo aquele sorriso dele é perfeito. – Eu morava aqui quando mais nova, mas então eu me mudei e agora voltei.

–Ah, - Isaac falou. – assuntos inacabados?

–Quase isso. – eu disse. – Bom, Isaac eu tenho que ir. Eu estou de hospede na casa do meu primo, então tenho que ser boazinha.

–Claro, ah, eu vejo você na escola? – ele perguntou e eu ri.

–Claro, acho que nós nos vemos amanhã na escola. – ele riu.

–Eu espero que sim, Katie. – ele disse.

Fui de volta para casa. Tomei um banho e fiquei esperando alguma mensagem nova de Emma.

Emma POVs:

Cheguei a Beacon Hills e tive logo quer procurar um hotel, mesmo que seja só um dia. Para começar a investigação sobre a morte do pai da Katie resolvi que eu precisava da autopsia em mãos. Depois eu ia cuidar sobre o meu próprio dilema familiar. Eu fui até prédio da delegacia à noite. Eu esperei todos irem embora. Por sorte alguém deixou a janela aberta, o que facilitou a minha entrada. O único problema era chegar à janela, pois era a do primeiro andar. Resolvi escalar a parede da delegacia. Subi com cuidado, quando cheguei à janela eu me apoiei na parte de cima e inclinei as pernas para dentro, depois coloquei o corpo todo para dentro. Peguei meu celular e comecei a iluminar o caminho. Fui até o lugar dos arquivos e comecei a procurar.

–Onde estão vocês? – eu disse alto.

Eu procurava pelos casos encerrados. Mexi nas gavetas, mas não consegui encontrar nada.

–Onde estão as drogas dos arquivos de casos resolvidos? – eu disse alto fechando a gaveta com força.

–Há mais de 10 anos na primeira gaveta de onde você está olhando e há menos de 10 anos na gaveta abaixo da que você queria quebrar. – eu gelei. Eu me virei e encarei um garoto. Ele devia ter a minha idade. Tinha cabelos castanhos escuros e olhos também castanhos.

–Eu posso explicar... – eu disse.

–Serio? Pode mesmo? – ele me perguntou incrédulo. Que raiva, ele estava certo eu não tinha nenhuma explicação realmente boa para dar.

–Ta bom, eu não tenho, mas você não sabe meu nome. – eu disse a primeira coisa que veio a cabeça. – Não pode me denunciar e você também invadiu a delegacia.

–Meu pai é o xerife. – ele disse. “Droga, ele é filho do xerife” eu pensei. – Eu vim pegar o celular que ele esqueceu aqui.

–Você ainda não sabe quem eu sou. – eu indaguei ganhando tempo.

–Loira, alta, olhos cinza e irritantemente bonita. – eu fiz uma cara confusa. – Seu tipo não é muito comum por aqui. Eu te acharia fácil.

–Então eu pinto o cabelo de castanho e me escondo. – eu disse.

–Boa ideia. – ele disse. – Mas eu não vou te entregar. Eu costumo fazer o oposto do certo.

–Serio? – eu perguntei.

–Serio, mas seja rápida. – ele disse. – Eu preciso do arquivo, qualquer que seja o que você quer, pra amanhã à noite. Antes que o meu pai perceba que um dos arquivos foi passear.

Eu abria a gaveta e procurei o arquivo. Achei o que queria e fui com o garoto para o lado de fora. Até sair do prédio acho que nos escondemos de uns três policiais. Escondi o arquivo no meu casaco e quando chegamos ao lado de fora ela disse:

–Você não vai me dizer qual foi o arquivo que você pegou? – ele me perguntou.

–Não. – eu disse e pude ver a indignação nos olhos dele. – mas obrigada...

–Stiles – ele disse. – Meu nome é Stiles.

–Eu sou a Emma. – eu disse.

–É nova por aqui, não é? – ele me perguntou.

–Sim, eu sou nova. – eu disse.

–Motivos de vir para Beacon Hills, fora roubar arquivos confidenciais da policia. – ele disse e sorriu.

–Eu vim ajudar uma amiga e fugir da minha mãe. – eu disse.

–Por quê? – ele perguntou curioso.

–Paciência Stiles. – eu disse. – Você ainda vai ouvir muitas explicações de mim, mas por enquanto...

–Por enquanto eu vou ter que formular minhas próprias teorias. – ele disse.

–Isso ai. – eu disse. Inclinei-me sobre o rosto dele e depositei um beijo na bochecha dele. – E obrigada mesmo.

–De nada. – ele disse sorrindo. – Se precisar de um parceiro de crime.

–Okay, eu te vejo por ai Stiles. – eu disse e fui correndo.

–Eu te vejo por aí, Em. – ele disse.

Eu não sei por que eu sorri. Só sei que eu sorri quando ele me chamou de Em. Que besteira, eu ficar sorrindo por causa de um apelidozinho bobo. Principalmente, por que eu devia estar com raiva, eu não dei liberdade ao Stiles para me chamar de Em. O Stiles, eu devia uma a ele. Peguei-me pensando nos olhos dele no caminho para o hotel. Ele era realmente bonito. “Emma, foca no arquivo do xerife e esquece o filho dele” eu repeti isso mentalmente no resto do caminho. Cheguei ao hotel e comecei a ler o arquivo. Comecei observando as fotos, tentei não ficar enjoada com todo aquele sangue e gargantas cortadas. Liguei para Katie. Deu dois toques e ela atendeu.

–Oi amiguinha. – eu disse rindo.

–Para com isso, Ems. – ela disse rindo. – Oi.

–Adivinha o que eu tenho em mãos? – eu disse.

–Você conseguiu pegar os arquivas do caso do meu pai? – ela disse surpresa do outro lado da linha.

–Não seja tão sem fé. – eu respondi pegando o laudo da autopsia. – Eu consegui, mas preciso devolver amanhã à noite.

–Certo, tire umas fotos e me mande. – ela disse. – E antes que eu esqueça, onde você está ficando?

–Num hotel. – eu respondi. – Depois eu procuro um lugar mais fixo.

–Promete? – ela me perguntou do outro lado da linha. – Não vai fugir dessa vez?

–Prometo, esse lance tem haver comigo também, lembra? – eu disse.

–Lembro. – ela deu uma pausa. – Eu tenho que ir. Te vejo amanhã na escola?

–Claro, até amanhã. – então ela desligou.

Conferi minhas mensagens e e-mails, mas não tinha nada de novo. Tirei as fotos dos arquivos. Uma coisa me chamou atenção, o pai da Katie tinha sido morto por um “puma”, mas no laudo o animal era desconhecido, mas era algo parecido com um lobo, bingo. Eu era um das poucas pessoas, talvez a única, que acreditava na Katie, pois eu tive a minha própria experiência com o que quer que sejam essas coisas. Então resolvi ir dormir, bancar a Sherlock Holmes me deixou cansada e, além disso, amanhã é o meu primeiro dia no colégio de Beacon Hill.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comentem e até o próximo :D



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