Amor Por Acaso escrita por TatiHufflepuff


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

N/A: Hello! Bom, mesmo achando que uma galera desistiu de ler a fic, continuarei postando, quem sabe não retornam, né?
E vc leitor novo, não se acanhe! Seu comentário é muito importante pra que eu saiba o que está achando de tudo isso!
;***



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A aula de patologia clínica se arrastou miseravelmente para Hermione. Por mais que gostasse da matéria, não conseguia se concentrar em nada do que o professor a sua frente falava. Pensava na festa e no garoto ruivo misterioso e quando percebia que mantinha um sorriso bobo em seus lábios, tentava se focar no professor novamente.

A atenção durava apenas alguns minutos, mas em vez de tentar forçar a memória para se lembrar de mais detalhes da noite anterior, seus pensamentos iam direto para Córmaco. Sabia que não podia continuar com ele, não poderia perdoar sua traição.

Quando tentava pré estabelecer seu discurso de término, ouviu o professor terminar a aula e finalmente dispensar a turma. Hermione assinou a lista de frequência e saiu. A aula tomara toda a sua manhã e ela só havia se dado conta do fato quando ouviu seu estômago roncar. Ligou para Astoria e após combinarem de almoçar juntas, foi ao encontro da amiga em um dos restaurantes que ficavam no campus da Universidade.

— E ai, como você está? - Perguntou Astoria enquanto se sentavam a mesa.

— Já tive dias muito melhores, se quer saber. - Hermione respondeu carrancuda.

— Hey, não precisa descontar seu bom humor em mim! - Exclamou irônica.

— Me desculpe, Tory. - A garota disse sinceramente — É só que eu sei o que tenho que fazer, mas não sei se estou preparada para isso.

— Pois então espere e tome a atitude quando estiver pronta. Você disse que daria um tempo a ele, não precisa fazer nada agora.

Hermione sorriu fracamente para a amiga e agradeceu pelo apoio. Se levantou da mesa após terminar seu almoço para pegar sua sobremesa. “Estou merecendo um belo brigadeiro hoje!”, ela exclamou arrancando risos da amiga de infância.

Astoria estava terminando de beber seu suco quando ouviu alguém chamando seu nome. Quando se virou, teve que respirara fundo para não voar no pescoço de Córmaco, que mantinha a maior cara de “cachorro que caiu da mudança” do mundo.

— Boa tarde, Tory. - Ele disse com simpatia — Mione está almoçando com você?

— Não me venha com essa de “Tory”, McLaggen! - Ela exclamou irritada. Detestava pessoas sonsas e isto só aumentava a vontade de voar no pescoço do loiro a sua frente — Eu sei muito bem o que você fez e quero que você saia daqui antes de Hermione voltar pra mesa.

— To... Quero dizer, Astoria. - Ele começou sério — Me entenda, eu preciso muito falar com a Hermione. Tenho que me explicar, pedir desculpas.

— Você não tem que explicar porcaria nenhuma. - Ela afirmou com a expressão carregada — E o que você fez não tem desculpas, então acho que você pode dar o fora daqui. Minha amiga já se estressou o suficiente pela semana inteira.

— Não vou sair daqui sem falar com ela.

— Pois eu acho que você se enganou. Se você não der o fora daqui imediatamente eu vou arrumar uma quizumba tão grande que você vai se arrepender de ter trocado meia palavra comigo.

— Você não teria coragem.

— Quer mesmo me desafiar? - Ela indagou em tom ameaçador.

Com receio e dizendo que não desistiria, Córmaco foi embora deixando Astoria com um largo sorriso vitorioso no rosto.

______________________________________________________

O dia de Hermione passou e ela nem ao menos se deu conta. Preocupada com o fato de não ter prestado atenção em nenhuma das aulas, rumou para a biblioteca onde tentaria se concentrar em seus estudos pela primeira vez no dia.

Pegou um dos milhares de livros de patologia clínica da biblioteca e se sentou em uma mesa vazia. Finalmente conseguia se concentrar e tudo fluía tranquilamente. Estudar e escrever seus resumos estavam ajudando a morena a relaxar pela primeira vez naquele dia. Muitos poderiam achar que Hermione era estranha por relaxar ao estudar, mas ela sabia que para atingir seu objetivo e ser uma boa médica veterinária, ela tinha que se manter focada e aprender o máximo que podia.

O silêncio da biblioteca foi quebrado e a concentração de Hermione foi junto quando Córmaco chamou seu nome.

— Meu amor, podemos conversar um instante? - Ele perguntava com a voz baixa.

Ela olhou para o rapaz e sentiu o estômago revirar. Como ele pôde traí-la daquela maneira? Sempre foram sinceros um com o outro, sempre se respeitaram e se amaram tanto que ela jamais poderia imagina que ele seria capaz de um ato como aquele. Percebeu então que era a hora de colocar tudo o que sentia para fora, não ficaria calada como ficou na noite anterior.

— Meu amor? - Ela indagou nauseada — Como você se atreve a me chamar dessa maneira depois do que me fez ontem?

— Mione, por favor, deixa eu me explicar. - Ele pediu tentando permanecer tranquilo, mas sequer esperou que ela respondesse — Por favor, me entenda, estamos namorando há tanto tempo e Padma sempre se jogava em cima de mim...

— Não me diga, sério? - A morena perguntou extremamente sarcástica.

Os olhares começavam a ser atraídos para o casal que nem ao menos tinham percebido que não falavam mais com a voz tão baixa.

Ignorando o comentário de Hermione, Córmaco continuou seu discurso de defesa.

— De uns tempos pra cá, estava em dúvida sobre o que queria. Padma me falava coisas que me deixavam dividido entre nosso relacionamento e a vida de solteiro. Me mandava mensagens contando das festas e de como todos estavam se divertindo e como seria ótimo se estivesse junto com nossos amigos.

— Mas é claro que ela queria, aquela piriguete indiana estava louca pra mostrar os dotes dela pra você! - A morena exclamou perdendo cada vez mais sua paciência.

Não demorou muito para que a bibliotecária se aproximasse e pedisse para que os dois se retirassem da biblioteca. Hermione saiu do local bufando de raiva, nunca havia sido expulsa da biblioteca e jamais pensou que isso pudesse acontecer um dia. Toda a paciência que estava tentando guardar, se esvaiu quando sentiu a mão de Córmaco em seu pulso para que ela não o deixasse ali sozinho.

— O que você quer agora? - Ela perguntou sem um pingo de paciência.

— Terminar de me explicar.

— Não acha que você já se explicou o suficiente?

— Me deixe concluir, por favor! - Córmaco suplicou com os olhos desesperados. Hermione bufou e pediu para que ele continuasse e foi o que fez — Eu acabei caindo em tentação porque estava em dúvida sobre o que queria, mas acredite em mim, Hermione, eu me arrependi no momento em que tudo acabou. Eu te amo, quero ficar com você!

— Córmaco, por acaso você acha que eu sou idiota? - Hermione perguntou calmamente, para desespero de Córmaco.

— Claro que não, meu amor, o que te faz pensar isso?

— Você realmente achou que eu ia querer ficar com você depois do que eu vi ontem? - Ela perguntou retoricamente — Eu nunca me senti tão humilhada em toda a minha vida! - Ela começou a elevar cada vez mais a voz e sentir os olhos encherem de água — Eu sempre disse a você que aquela piriguete se atirava em você! Você que era burro demais pra perceber isso!

— Eu não quis fazer você se sentir assim, me desculpe! - Ele pedia em vão.

— Não, Córmaco, eu não vou desculpar nada! Você deveria ter pensado nas consequências dos seus atos, devia ter me respeitado da maneira que respeitei você todos esses anos e ter conversado comigo antes de fazer essa palhaçada toda! E se quer mesmo saber, você não está pedindo desculpas por se arrepender do que fez, está se desculpando por ter sido idiota demais para ser pego. - A morena afirmou sem dó, se fizesse Córmaco sentir um terço do que ela a fez sentir, estaria satisfeita.

— Hermione, você não sabe o que está falando! Estou arrependido, eu amo você!

— Ama nada, Córmaco! - Disse ela exaltada — Quem ama respeita e você não se deu ao trabalho de me respeitar quando dormiu com aquela vadia! Eu jamais namoraria alguém que me trai, sempre disse isso pra você.

— Pensei que você me amasse e que pudesse passar por cima disso.

— Homem nenhum vai me fazer passar por cima dos meus princípios. Se você realmente me conhecesse, nem teria se dado ao trabalho de me pedir desculpas, aceitaria que nosso namoro terminou e que a culpa disso foi única e exclusivamente sua. - Ela concluiu aos berros se distanciando do agora ex-namorado e seguindo seu caminho pelo corredor.

— Sabe que eu não vou desistir de você, não é? - Córmaco gritou decidido.

Hermione parou onde estava e com a voz calma novamente se virou para o loiro e respondeu.

— Sabe Córmaco, eu sei que você queria me mostrar o quanto gosta de animais, mas não precisava fazer como os indianos e idolatrar as vacas. Afinal, se você tivesse conversado comigo, saberia que eu gosto mais de animais de pequeno porte.

E deixando o rapaz sem reação, continuou seguindo pelo corredor sem saber se chorava ou se entregava a leveza que começava a sentir em seu peito.


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