Amor Por Acaso escrita por TatiHufflepuff


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá meu amorees!! Voltamos pra mais um capítulo de APA!! Espero que vocês gostem do que eu preparei pra você aqui, porque não vai ser focado no nosso casal preferido dessa vez. Me digam nos comentários o que acharam, é muito importante pra mim!
Quero dar as boas vindas aos leitores novo, convidar todos a comentarem e falar pros fantasminhas saírem das sombras, vocês serão recebidos com muito carinho!
Dedico esse capítulo pras lindas do grupo do whats, vocês fazem meus dias mais alegres! Amo vocês ;****



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Neville chegou em seu quarto pensando em como iria encarar o amigo sem rir. Todo o lance da aposta feita com os amigos o deixava animado e por mais que parecesse que ele só queria ganhar, sabia que se entender com Hermione era o que o amigo mais desejava no momento.

Ao abrir a porta do quarto, escutou a voz de Rony e logo percebeu que ele estava conversando com alguém pelo telefone. Curioso, resolveu bancar o espião e escutar tudo na surdina.

— Então quer dizer que todos sumiram? - Perguntou o ruivo sem entender — É, agora que você mencionou, não esbarrei com Neville e minha irmã o dia inteiro.

Opa, ele está conversando com a Hermione, preciso ouvir melhor.”, pensou o moreno se aproximando pelas costas do amigo, sem conseguir controlar um sorrisinho mudo.

— Sim, eu sei que é esquisito, mas o que eles poderiam… - Pausou uns segundos escutando o que Hermione dizia do outro lado da linha — Um complô? - Perguntou espantado — Por que raios fariam isso? - Mais uma pausa — Não, Mione - ele continuou sorrindo — Acho que você está exagerando dessa vez.

Ah!!! Se você soubesse que Hermione tem razão, Palito de fósforo, estaria se corroendo agora.”

— Não, o Neville não ficou no quarto hoje. - Prosseguiu o ruivo — A Luna até já me mandou uma mensagem perguntando por ele. Mas você sabe como ele é, não sabe?

Neville encarou o amigo com as sobrancelhas arqueadas. “Como assim - você sabe como ele é? Que história é essa?”, pensou o moreno levemente revoltado.

— Mas eu não mandei mensagem pra falar sobre teorias de conspiração. - Comentou Rony — Queria confirmar a data da nossa aula essa semana.

“Boa Roniquinho! Me deixe orgulhoso!”, comemorou o espião tentando não fazer barulho.

— Essa terça? - O ruivo parou por uns instantes — Eu posso sim. Que horas está bom pra você? [...] — Às 18:00 horas? [...] Combinado então. [...] Não precisa se preocupar, eu levo o violão. [...] Não, Mione, eu não vou te ensinar a tocar “Parabéns pra você”. - O ruivo sorriu bobamente — Vamos começar com alguns acordes básicos, depois nos preocupamos com a música [...] — Ta bom, no seu quarto ou no meu?

“ Ah! Garoto esperto!”, por mais que tentasse evitar, Neville não conseguiu ser tão silencioso ao comemorar dessa vez, chamando a atenção do amigo.

— Não - o ruivo continuou irritado ao descobrir o espião — O idiota do Neville não nos deixaria tocar em paz. Melhor no seu. [...] — Sim, está tudo bem por aqui. Foi só uma barata que eu acabei de encontrar atrás da porta - Rony continuou a conversa enquanto observava Neville dando beijos em seu próprio braço encenando coisas tão ridículas quanto Rony não se lembrava de ter visto antes — Te vejo depois, então [...] Outro pra você! Boa noite.

— Barata? Como você ousa? - Indagou Neville irritado quando o amigo desligou o celular.

— Você não presta, Longbottom! - Exclamou o ruivo tacando uma almofada no amigo.

— Tá irritadinho, é? - Provocou o moreno.

— Não vou nem perder meu tempo. - Disse Rony decidido.

— A Luna me procurou, é? - Neville perguntou deixando claro para Rony que havia escutado toda a conversa.

— Você já ouviu - Rony respondeu mal criado — Pra que ta perguntando?

— Não seja tão irritadinho - O moreno fez graça — O que ela disse?

— Ela só mandou uma mensagem pra mim te procurando. Você não estava com o celular?

— Ih, pior que estava, mas coloquei no silencioso e nem me dei conta de que estava tocando. - Concluiu Neville finalmente pegando o celular.

— Mas agora que estou me dando conta… - Começou Rony pensativo — Você ainda não me disse quais são suas intenções com a Luna. - Provocou por fim.

Neville encarou Rony sem saber o que respondia. A verdade é que depois de começar a conversar com frequência com Luna, estava se sentindo diferente. Não saberia explicar o que era, mas Rony era a pessoa menos aconselhável para saber disso agora.

— Você não é o pai dela, não tenho que dizer nada. - Disse ele tentando fugir do assunto, mexendo no celular aparentemente muito interessado em algo.

— Huuum, acho que alguém finalmente conseguiu fisgar o Don Juan de quinta! - Rony brincou com o moreno.

— Ora, não encha o meu saco! - Ele respondeu irritado — Vá ver se estou na esquina.

— A vingança é doce… Extremamente doce. - Comentou Rony marotamente.

— Não tem vingança alguma, até porque, eu nunca serei molenga como você. - Neville andou pelo dormitório, tentando fugir da conversa constrangedora.

— Ah é? Então me diga, Longbottom… Você já a convidou pra sair? - Rony continuou, seguindo o moreno.

— N-não… - Gaguejou ele — Mas é só uma questão de tempo pra isso.

— Neville Longbottom gaguejando? - Questionou o outro enquanto arqueava a sobrancelha — Acho que temos o velho Neville de volta! - Comentou rindo.

— Não sei do que está falando. - Disse se fazendo de desentendido.

— Não sabe? Pois eu vou refrescar sua memória. - Rony se apressou e foi em busca de um álbum de fotos e antes de prosseguir, o abriu — Neville Longbottom, calouro do curso de biologia - Começou folheando o álbum — Gordinho, tímido, responsável, sério e levemente gago. Ficava no quarto praticamente todas as noites jogando no computador. Ele dividia o quarto comigo, mas depois de levar um fora da menina que era afim, ele se foi. - Pausou dramaticamente e continuou — Dizem que os alienígenas o abduziram e colocaram um magrelo saradão e irritante no lugar! - Concluiu sem conseguir mais segurar as risadas.

— Sabia que você me achava gostoso - O moreno rebateu irritado. — E posso te dizer com toda certeza, esse Neville chato e 100% responsável morreu mesmo! - Exclamou antes de ouvir o telefone tocar.

— Olha ai - Rony continuou brincalhão — Foi só falar da Luna que ela já ligou.

— Vai suspirar pela Hermione, vai, Palito de fósforo - Neville respondeu enquanto atendia o celular.

Quando Neville falou de Hermione, Rony se lembrou que haviam marcado a sua primeira aula. Mesmo que a amizade dos dois estivesse indo de vento em polpa, ele sempre ficava nervoso ao saber que a encontraria.

Aproveitou que o amigo atendeu o celular para procurar na prateleira da sala alguns livros de acordes que pudesse usar com Hermione, mas parou a procura assim que ouviu o tom estranho que Neville usou ao responder no aparelho.

— Hanna, não estou entendendo nada. [...] Hei, calma. Ta tudo bem? Por que você está chorando? [...] Sim, eu to no campus. [...] Claro, estou saindo daqui agora, fique calma, ok? [...] Hanna, fica calma, por favor. Você está me deixando preocupado. [...] — Onde você está? [...] Você ta sozinha ai? [...] Então não sai daí, eu estou saindo agora mesmo pra te buscar. [...] Nem pense nisso! Não, Hanna, você não está em condições de voltar sozinha [...] — Eu já estou indo, não saia dai.

— Ta tudo bem, cara? - Perguntou Rony preocupado.

— É a Hannah, não sei o que aconteceu, mas acho que é sério. - Comentou rapidamente já pegando as chaves do carro — Vou encontrar com ela naquela praça perto do Hospital.

— Tão longe? - Rony continuou com os olhos arregalados — O que ela está fazendo lá?

— Não sei bem, não entendi direito. Ela não parava de chorar - O moreno continuou encarando o amigo.

— Quer que eu vá com você? - Rony se prontificou.

— Não precisa, valeu. - Agradeceu já abrindo a porta do quarto — Só vou buscar ela. Volto já.

Rony viu a porta se fechando e o barulho o deixou atônito. Ficou pensativo sobre o que Hanna poderia ter. No mesmo instante pensou em mil e um problemas de saúde que via pela internet e, em sua consciência, pediu que não fosse nada de tão grave com ela.

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Neville diminuiu a velocidade do carro assim que se aproximou do Hospital, avistando a praça mais à frente. Ficou atento para encontrar a loira e sentiu um aperto no peito ao reconhecê-la em um banco afastado das pessoas que praticavam caminhadas e brincavam entre si. Ela destoava no ambiente alegre e familiar e ainda chorava, ele percebeu quando ela levou os dedos aos olhos, os enxugando.

Procurou um local para estacionar e desceu. Caminhou na direção dela e não entendeu o porquê de ela ter entrado em prantos novamente, assim que o viu. Seus ombros balançavam e todo o seu corpo tremia.

— Hanna - Ele sentou ao seu lado colocando a mão sobre o seu ombro — O que aconteceu?

Hanna não disse nada, mas abraçou Neville muito forte. O moreno pôde sentir que o coração dela batia apressado e que respirava com dificuldade por conta do choro. Ela dizia frases desconexas, o que aumentou ainda mais a preocupação do rapaz que se esforçava para compreender o que ela queria falar.

— Aconteceu alguma coisa com os seus pais? - Foi a primeira coisa que veio à mente de Neville e depois da resposta negativa de Hanna, se sentiu um pouco mais aliviado. — Por que está aqui sozinha?

Hanna até tentou explicar, mas estava muito nervosa e novamente começou a chorar. Neville a interrompeu.

— Hanna, eu preciso que você tente se acalmar. - Pediu — Eu não vou poder te ajudar se não conseguir te entender. Quer que eu te leve de volta pra faculdade, pra sua casa?

— Não - Ela respondeu enfática, com os olhos arregalados — Pra casa não.

— Quer que eu pegue água pra você? - Ele continuou. Não sabia o que fazer.

— Não. - Repetiu após respirar fundo.

— Então o que eu posso fazer pra te ajudar? - Ele olhava seriamente para a garota.

— Você só precisa me ouvir, tudo bem? - Perguntou ela conseguindo finalmente se controlar.

— Tudo bem - Neville concordou ansioso.

— Eu… - Respirou, enxugando as lágrimas que ainda caíam — Eu estava resolvendo umas coisas, comprando uns livros… Essas coisas.

Ela parou de falar e Neville a olhou. Não disse nada, embora estivesse curioso, e ao perceber que ela não continuava, acariciou o seu braço mostrando compreensão.

— Tudo bem… - Ele falou empático — Não precisa falar se não quiser.

— Não… - Ela o olhou ansiosa — Eu preciso falar. Só me dá um tempinho.

— Certo. Quando você se sentir bem.

— Estava em uma livraria - Ela continuou um tempo depois — E estava muito quente. Eu passei mal. Isso já vinha acontecendo há algum tempo, mas não tinha perdido os sentidos…

— Você desmaiou? - Ele pareceu preocupado.

— Sim - Ela respirou novamente — Um dos funcionários da livraria tinha carro e me trouxe até o Hospital. Perguntou se eu queria chamar alguém, mas eu achava que era apenas um mal estar por causa do calor.

— E…? - Ele incentivou quando ela parou novamente.

— E um médico me atendeu - Ela voltou a chorar — Desculpe, Neville - Disse com a voz abafada pelo peito do rapaz — Eu não queria nada disso acontecendo com a gente, me desculpe…

— Desculpar o que, Hanna? - Ele perguntou acariciando a cabeça da garota — Você não me fez nada.

— Eu sei que o que temos não é nada sério e eu não quero que você pense que eu fiz isso de propósito.

— Hannah, você está me deixando realmente preocupado… Você não fez nada comigo, por que está falando essas coisas? Não estou te entendendo.

— Neville - Ela falou se afastando do abraço, o olhando nos olhos. Seus olhos estavam vermelhos — Eu não fiz nada com você, nós que fizemos durante as férias.

— Do que você está falando? - Neville perguntou preocupado, a consciência do que ela tentava dizer finalmente chegando.

— Eu… - Ela chorava — O médico fez uns exames.

— Hanna… - Ele estava realmente tenso.

— O que eu vou fazer? Meus pais vão me deserdar. Eu nem me formei ainda… - As mãos cobriam os olhos que choravam ainda mais.

— Tudo bem - Neville a abraçou novamente, protetoramente — Nós vamos resolver tudo, não se preocupe. Eu vou ficar do seu lado.

— O que vamos fazer com uma criança, Neville? - Ela perguntou, a voz novamente abafada pelo abraço.

— Eu não sei, mas vamos dar um jeito. - Ele disse sem prestar atenção nas próprias palavras. A realidade escancarando a porta, e o desespero batendo no peito.


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Notas finais do capítulo

N/A: E ai, o que acharam? Espero que tenham gostado!!
Não esqueçam de comentar e até semana que vem! ;****

Ps: E mais uma vez convido vocês a se juntarem ao nosso grupo no face, é bem divertido por lá, eu juro de mindinho!
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