Tequila Branca escrita por Van Vet


Capítulo 14
Surpresa no Domingo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!

Estamos no quarto sábado seguido de postagens sem atrasos e eu estou muito feliz por estar conseguindo avançar. Queria mandar um super agradecimento as poucas, mas queridas pessoas, que vem comentando. Isso é tão importante para mim. Obrigada de coração.

Para quem ainda continua tímido ou com preguiça, eu digo: não se sintam assim, vamos todos interagir porque essa fanfic está começando a entrar na reta final.

Um ótimo feriado de Carnaval e boa semana para todos!



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Hermione pensou seriamente em ignorar a ligação de Rony no Domingo de manhã como havia ignorado no sábado à noite. O problema, contudo, era que ela não poderia terminar o namoro ignorando-o. “A atitude tem que partir dele” ela ouvia Dorah dizendo na sua cabeça. O segundo motivo, e o que mais vinha deixando-a preocupada, era que ela estava sentindo bastante saudades e não havia um sentimento mais preocupante quando o objetivo era o oposto.

Ela se encontrava dentro do seu apartamento, do seu vazio apartamento, toda enrolada num edredom pesado, o ar condicionado forte, tentando ler Os Miseráveis de Victor Hugo no sofá. Eram oito horas da manhã e o telefone tocou de novo, desta vez caindo na secretária eletrônica.

— Oi Hermione. Eu sei que você está em casa, porque o porteiro me avisou há alguns minutos que a Srta. Granger não colocou a cara pra fora do apartamento desde ontem de noite. — a bela voz de Rony encheu a sala — Será que ainda está brava comigo? É... nós brigamos, mas pelo que me lembro fizemos as pazes, não é? Porque aquela madrugada de sexta para sábado, e a manhã seguinte, me deu a entender que estávamos bem... — ele deu uma pausa, certamente esperando ela correr para o aparelho — Se você puder atender quando ouvir isso... É que hoje eu estava pensando num passeio para gente, sabe.

Hermione empurrou o edredom pra longe e rumou para o aparelho lembrando das palavras da chefe sobre estragar tudo.

— Oi Ron.

— Ah, bom dia. Estava dormindo?

— Com toda a certeza — disse, alisando a capa do livro — Hoje eu estou um pouco cansada, Ron. Você não quer vir uns filmes comigo? — ela estava pensando em colocar um acervo romântico intragável por toda a manhã para entediá-lo.

— Nada disso. Hoje nós vamos sair...

— Prefiro ficar em casa.

— Eu também prefiro muitas coisas, mas nem sempre elas ocorrem do jeito como planejo. — ele parecia se divertir.

— O que tá acontecendo com você?

— Já tomou café?

— O quê? Ron... Você não? — Hermione encarou a porta da sala.

— Estou chegando em cinco, quatro...

— Você tem que ficar fazendo essas aparições surpresas, né?! — disse irritada, bateu o telefone no gancho, saiu do sofá e rumou para porta, abrindo-a antes dele bater.

Rony sorria-lhe, animado. Numa mão segurava um imenso copo de café e no outro um saco de papel com alguma guloseima calórica. Vestia sapatos esporte, jeans escuro e uma leve camiseta branca, que destaca seus cabelos e seus olhos.

— Porque você faz isso? — a morena resmungou e pegou o café.

— Puro e forte. E de nada. — disse ele fechando a porta atrás de si e a acompanhando até o balcão da cozinha onde depositou as rosquinhas. — Não parece que você estava dormindo.

Hermione sentou no banquinho, pegou a rosquinha e ficou encarando o rosto dele, que havia se escorado pelos cotovelos e observava-a atentamente.

— Aonde você quer me levar?

— Para um passeio fora de Manhattan. Curte andar de moto?

— E você tem uma por acaso? — questionou, a boca cheia comendo o doce.

— Aluguei. Vamos pilotar por aí e comer num lugar bem diferente.

— O que tem em mente, Weasley?

— Apenas confie em mim. — ele molhou os lábios e sorriu galante.

***

Rony sentiu a brisa maravilhosa de uma manhã de Domingo batendo contra seu peito, enquanto atravessava a cidade de moto. Hermione abraçava-o pelo tronco, as mãos pequenas e delicadas pressionando seu tórax, parecendo muito curiosa com o percurso. Eles atravessaram o coração de Nova York e se deslocaram para trânsitos mais amenos e paisagem mais esparsas. Após duas horas, os arranha-céus tinham sumido, a poluição dera trégua e o Oceano Atlântico podia ser contemplado na beira da estrada, sem nenhum obstáculo de concreto e pedra ocultando-o.

O editor pegou a próxima saída que os levou para o interior de Long Island, a sudeste, entrando em locais bem arborizados e pacatos pelo condado de Suffolk.

Estacionou dez minutos depois num bairro pitoresco, repleto de casinhas simples de quintais amplos com gramado e cerca branca. Rony desligou a moto e esperou Hermione descer.

Ela saiu da moto, tirou o capacete e fitou-o intrigada:

— Suffolk? É sério? O que fazemos nesse bairro?

Ele desligou a moto, tirou o capacete também e disse:

— O pessoal tá nos esperando.

— O pessoal? Que pessoal? — ela tinha um “quê” de pânico na voz.

Rony preferiu não responder, mas mostrar. Pegou a namorada pela mão, subiu as escadas da casa que haviam estacionado na frente e tocou a campainha. Embora Hermione não percebesse, porque ele disfarçava tudo com um semblante bem-humorado, o ruivo estava muito nervoso. A primeira e última vez em que levou alguém para conhecerem fora no colegial, com uma namoradinha estupida que na semana seguinte o traiu.

Para Hermione deve ter sido bem estranho ver outro homem tão ruivo quanto ele abrindo a porta para recebê-los, ela fez uma expressão bem perturbada de início. Para Rony era apenas seu irmão mais velho, Gui, que ele abraçou cheio de saudades.

— Ei, Rony, maninho! — Gui exclamou saudoso.

De dentro da casa ele ouviu os sobrinhos, provavelmente Louis e James, gritando “O tio chegou! O tio chegou! ”.

— Essa é minha namorada, Hermione Granger. — Rony apresentou a morena para o irmão.

Hermione apertou a mão de Gui um tanto atordoada.

— Isso é uma grande honra! — ele exclamou lançando um olhar bem surpreso para Rony. — Vamos entrar, vamos, vamos.

Gui colocou-os dentro do hall e dos fundos da casa três crianças correram esbaforidas para receber os visitantes. Os sobrinhos, filhos de Gui, Gina e Percy respectivamente, agarraram-se as pernas de Rony fazendo a maior algazarra. Depois de liberado dos abraços e abertos das crianças, ele encarou Hermione que estava com o queixo quase no chão.

— Vem, tio, tá todo mundo aqui já. — incentivou James, puxando-o pelo braço para o quintal.

Nos fundos, mal divisaram a porta-balcão e uma dúzia de rostos conhecidos os esperava sorrindo e vindo cumprimentá-los. Rony olhou mais uma vez para sua namorada, pálida, e a ouviu dizer mortificada:

— O que é isso?

— Minha família. Hoje é aniversário do meu sobrinho, Mione. Conheça a família Weasley!

Ao acordar aquela manhã Rony sabia que queria levar Hermione para eles. Sabia também que não tinha nada a ver com a aposta, não era mais uma forma patética de fazer ela se apaixonar. Na verdade, estava correndo o risco de acontecer o oposto, pelas expressões do rosto dela. Entretanto, a trouxe porque quis mostrar para todos a incrível garota que parecia estar conquistando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Como acham que Hermione vai se comportar perante aos Weasley? Será que ela vai ficar brava com o Rony por ter armado isso?

Para quem gosta de oneshot vão conferir, e se puder comentar, na minha mais nova Romione. Um beijão para todo mundo!

https://fanfiction.com.br/historia/676431/Um_Encanto_Para_se_Desapaixonar/



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