The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Demorei mais do que o esperado (sim, sou uma vergonha como escritora... shame ,shame, shame!) mas aqui está o novo capítulo da fic! Eu tinha intenção de terminar ela este ano mas infelizmente isso não aconteceu então com fé nos deuses, ano que vem eu termino XD. Mas é que ainda irá rolar algumas coisas aqui na história, Cruello e Igraine terão que se deparar com mais alguns percalços e também é necessário mostrar mais algumas coisas antes de tudo se encaixar em definitivo.
Um dos incentivos que me ajudou na criatividade para este capítulo foi ter finalmente encontrado o ator perfeito para ser o Cruello. Ele é tão maravilhoso e tão perfeito que eu não consigo olhar pra ele e não relacionar com o personagem. Em breve comento sobre ele aqui.
Agradeço á todos os leitores que não abandonaram a fanfic mesmo eu demorando para atualizar. Mas quem me acompanha no face sabe que to na correria e os mais íntimos tem conhecimento dos meus trabalhos em feltro que tem me ocupado bastante.
Mas chega de choramingo e vamos á história. Espero que gostem!



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~*~

Igraine precisou olhar mais uma vez toda a galeria de imagens  que estava na tela do computador, ainda sem conseguir acreditar.

— Sou eu mesma? Sério?
— Pode acreditar. Você tem beleza e atributos que não enxerga mas eu sim. E eis a prova.

Igraine estava deitada de bruços na grande cama king size no apartamento do rapaz, com um notebook á frente. Já Cruello estava debruçado na janela, fumando um cigarro.

— Eu...eu nunca me achei tão bonita e ...sexy...mas essas fotos..os fotógrafos fizeram milagre!
— Já falei para você parar com essa auto depreciação e começar a enxergar melhor a si mesma. Você está com Cruello Devil agora e se não fosse alguém com atributos excepcionais, Cruello Devil não estaria fazendo tanta questão de exibí-la e fazê-la se notar.
— ...por que você esta se referindo á si mesmo em terceira pessoa?

  Cruello apagou a bituca do cigarro  em um cinzeiro e se aproximou, deitando-se de bruços ao lado de Igraine, olhando as fotos.

—  As fotos da Mabel ficaram magníficas. Ela soube captar bem os seus ângulos e seu jeito na câmera. Pensando bem...acho que você deveria fazer alguns ensaios fotográficos temáticos, quem sabe até algo sensual.
— N-nem pensar! – Igraine corou. – Eu não consigo ter desenvoltura diante de uma câmera! E meu corpo não é bom!
— Ele parece muito bom para mim. – falou Cruello olhando para a bunda e o contorno da cintura da namorada.
— Eu não sou nenhuma modelo, não sou uma garota fitness...eu tenho um pouco de estria, não tenho silicone e ainda tenho pochete!
— Pochete?!

  Igraine sentou-se na cama, levantando um pouco a blusa e abaixando um pouco a saia, pegando com a mão uma gordurinha na barriga.

— Isso! É uma pochete de banha! Eu tento cuidar do meu corpo da melhor forma que posso mas sempre procurando priorizar minha saúde primeiro. Mas não consigo perder isso e não vou arriscar fazer uma lipo e acabar morrendo na mesa de operações! Aaaah! Não acredito que comecei a ficar paranoica com aparência! Isso deve ser consequência da pressão que Scarlet, a mídia e o seu fandoom colocam em cima de mim! E você também!
— Eu não te pressiono.
— Lógico que pressiona, não seja cínico!
— O que eu faço é incentivo para que se cuide e se valorize. Não precisa ficar obcecada mas pelo menos permanecer nos trinques e modelar o que precisar.
— Eu jamais vou ser igual ás modelos da Devil’s!
— ...eu não disse para você ser igual á elas!
— Mas eu sei o quanto você nota cada mínimo defeito nelas! Fulana tem estrias, beltrana está com pelanca, cicrana está acima do peso, deltrana precisa fazer um tratamento nas pontas duplas do cabelo...e ai da coitada que tiver mais celulite do que o mínimo aceitável!

— Elas são minhas funcionárias, logo eu posso e vou exigir total perfeição delas. Isso é necessário para o trabalho e a imagem de alguém que esteja usando peças da Devil’s e constantemente representando a marca! Elas estão sendo pagas para isso! Eu sou perfeccionista e no meu trabalho quero que tudo esteja bem feito! Agora, você não precisa ficar toda remodelada e se submetendo á inúmeros procedimentos estéticos.
— Mas você mesmo antes do desfile ficava querendo que eu fosse impecável!
— Impecável diante da imprensa porque era o momento de apresentá-la á mídia.

  Cruello percebeu que Igraine amuara.
— Raposinha, você não precisa virar uma modelo ou uma crossfiteira. Essas mulheres sem estrias, celulites, gordurinhas e coisa do tipo são produtos fabricados e artificiais. E na verdade a impecabilidade é tudo edição de foto.
—  Eu sei mas você...
— Pare com isso! Eu gosto do jeito que está seu corpo...mantenha ele. – ele passou a mão por baixo da camisa dela apertando sua pele. – Eu gosto de ter carne na medida para pegar...
— Ai! Você me beliscou!

  Cruello se afastou, voltando-se para o notebook.
— Você chegou a ler os comentários nas fotos e matérias que foram postadas acerca do desfile?
— Não preciso ler para saber que estão metendo o pau em mim! Quando souberam do nosso caso naquela época em que nos flagraram aos beijos, um monte de fanáticas e fanáticos por você vieram me criticar com...

  Cruello buscou algo na tela do computador e então empurrou o notebook novamente para ela.
— Leia.
  Á contragosto, Igraine obedeceu. Respirou fundo para controlar o emocional e começou a ler. Aos poucos sua expressão tensa foi dando lugar á surpresa e enquanto passava as fotos para ler.
— ...o...o que é isso...?
— Elogios, daah!
— Eu sei que são elogios! Mas...cadê os xingamentos? Você apagou para que eu não visse e ficasse me sentindo mal? É muita consideração de sua...
— Eu não fiz nada disso! Para começar, não tenho autoridade em cima desses sites e páginas para sair apagando comentários! O que você está vendo é isso mesmo. Elogios....elogios á mim, obviamente, á Scarlet e á você também.
— Mas...
— O óbvio aconteceu. Quando você foi flagrada comigo, as pessoas não sabiam quem você era e como era uma foto sem qualidade, começaram a julgar simplesmente porque é isso que as pessoas fazem para cima de celebridades. E como se tratava de mim e todo o status quo que possuo, o rage para cima de você foi grande. Até porque, sou Cruello Devil, monamú. Sempre relacionam minha imagem com o melhor.
— Mas! – ele continuou, um sorriso no rosto. – Eu mostrei para eles que Cruello Devil não comete enganos e tem bom gosto. Sua presença no desfile mostrou o que você realmente é: essa mulher bonita, deslumbrante e gostosa. Que combina com Cruello Devil!

  Igraine corou com os elogios mas deixou escapar.
— Mas eu não sou barraqueira...
— Está insinuando que eu sou barraqueiro?! Enfim, o caso é que você foi aprovada pela opinião das pessoas...até a imprensa te fez elogios. E isso é muito bom.
— ...me chamaram de bonita, sensual...elogiaram...minhas curvas?! “Cruello tem bom gosto...”— ela murmurou descendo a lista de comentários da foto em que ela estava junto de Cruello. – “Casal tendência do momento”...olha esse aqui! – ela umedeceu os lábios. – “Devo confessar que quando vi as fotos da tal Igraine pela primeira vez, julguei que ela era feia e inferior para o Cruello mas vendo agora, to queimando minha língua porque ela é um mulherão, se eu fosse hétero super pegaria”...e esse aqui... “Ela é muito linda, só espero que ela seja uma pessoa bonita por dentro também.” E em resposta á esse comentário alguém escreveu “Ela é...soube que ela trabalha em uma ONG que ajuda animais abandonados...” ...caramba! Já estão sabendo quem eu sou!

— Óbvio, a fama ganha força na internet. Na certa te investigaram pelo Google e Twitter...quando querem, os internautas são melhores do que a Scotland Yard e o FBI juntos. Isso me faz pensar que você deverá começar a moldar sua imagem nas redes sociais, vou pedir para Scarlet me ajudar com isso e...
—  ...esse nick...é a Yumie.
— Sua amiga?!
— A própria! E ela está deixando um comentário me elogiando á cada foto!
— Essa garota daria uma boa assessora. – Cruello estreitou os olhos, pensativo.  -  Ela poderia pensar em largar aquela ONG e vir trabalhar na assessoria de marketing da Devil’s.
—  Eu estou chocada em deparar com toda essa...visibilidade...
— Eu já disse antes e digo de novo: trate de ir se acostumando! Irei entrar em contato com a equipe de fotografia da Devil’s e separar algumas peças de roupa para você e realizamos um ensaio no estúdio da empresa mesmo.
— Mas pra que isso agora? Eu já fui fotografada na festa do desfile e as pessoas estão me elogiando, não preciso ficar aparecendo na mídia o tempo todo e nem quero!
—  Vai fazer SIM! Aceita que dói menos, queridah! Agora coml icença que vou tomar banho.

Cruello se levantou e foi para o banheiro. Igraine suspirou, colocando o notebook sobre a mesa de cabeceira e pegando o próprio celular. Digitou a senha do wi-fi (“Best_Devil”) e então percebeu a situação em que se encontrava. Estava em uma noite de sexta-feira no apartamento de Cruello Devil, mais precisamente na cama dele, descobrindo por fotos o quanto poderia ficar bonita e atraente. E que seu nervosismo ante a opinião pública se mostrou desnecessário.
   Aquilo era um tremendo alívio. Tinha certeza que não saberia lidar com comentários maldosos e vexatórios sobre si. 

   Notou a notificação no celular e verificou. Era Javier.
   Nos últimos dias, haviam conversado muito tanto na ONG quanto depois, pela internet e até mesmo telefone. Javier se mostrou alguém não apenas entendido em qualquer assunto relacionado á proteção de animais e meio ambiente e tinha um jeito muito gentil, divertido e extremamente prestativo. E atencioso: respondia rápido ás mensagens e estava sempre interessado ao que Igraine tinha a dizer e ela também estava aprendendo muito com ele.

— Bom, eu vou desligar a net aqui. – ela falou, gravando o áudio. – Mas já te desejo um bom final de semana e espero que goste da série que indiquei.
  Não demorou para ela receber uma mensagem dele em áudio.
“ Vai curtir uma balada no final de semana?”
— Ah não! Não tenho muito pique para essas coisas. Eu estou na casa do Cruello e depois ainda vou ver o que fazer no final de semana.”
“ Ah, entendi...vocês estão curtindo muito então, não é? Bom, não vou atrapalhar vocês. Vou começar a assistir a série aqui e aí já te mando mensagem dizendo o que achei. Responda quando puder e vocês dois se comportem!”

    A voz dele parecia um pouco vaga no começo mas ficou um pouco divertida no fim. Igraine agradeceu e depois deixou o celular junto do notebook, deitando a cabeça no travesseiro. Escutou o chuveiro ser ligado e soube que Cruello demoraria um pouco: depois do banho ele sempre se submetia á seus tratamentos cosméticos de beleza para “hidratar a pele do rosto”.
  Controlou o riso. Namorar com um metrossexual não era fácil, mas se for para manter todo aquele pedaço de carne de primeira linha, valia á pena.
  Mas se Cruello era tão cuidadoso com a própria aparência, ela talvez devesse também começar a se cuidar mais.

   Se levantou e tirou a roupa, ficando apenas de lingerie azul-marinho e observou a si mesma no grande espelho que ocupava a metade da maior parede. Ficou ali, se olhando e se medindo, encolhendo a barriga, apertando os peitos e empinando a bunda.
  E foi então que notou. A porta do closet de Cruello estava aberta.
   Aberta.

  Quando percebeu, a curiosidade já a havia vencido e estava dentro do closet. Quando acendeu a luz, não conteve uma exclamação de surpresa.
  Era enorme e lotado. Tudo dividido em sessões. Camisas, casacos, calças, ternos...tudo separado por estilo e cores. A predominância eram peças pretas, mas havia muitas peças vermelhas e brancas. E de toda cor também, com direito á mesclas e degradês ou brilho. Os tecidos eram tão diversos que a tentação de tocá-los era grande e assim ela o fez, sempre com cuidado e procurando não tirar nada da ordem.

    As gavetas eram lotadas de meias, cuecas e cintos, tudo devidamente dobrado. Cruello era mesmo tão organizado assim ou seria trabalho da arrumadeira? Não...Cruello era enciumado demais com as próprias coisas e trabalhava com moda, era ele que tinha senso de organização.
  “Muito maior do que o meu...”— concluiu, desiludida.

   Continuou explorando o closet, se perguntando se Cruello já conseguira usar todas aquelas roupas  afinal, pareciam novas. Uma parte do closet tinha uma porta e ao abri-la um pouco, percebeu que eram os casacos. Casacos de pele.
  Fechou a porta com força, as mãos apoiadas na mesma. Não queria ver aquilo e se enfurecer. Tampouco brigar com Cruello.
  Respirando fundo, tratou de diminuir a raiva e voltar a explorar o closet. Havia uma parte ali que pareciam fantasias de tão estranhas as peças pareciam. Quando Cruello usaria aquilo?

— Ele é um estilista notavelmente afetado e herdeiro da Devils, é isso. Não sei por que ainda me surpreendo...
  Encontrou então os sapatos. E eram muitos sapatos. De todos os tipos, modelos e cores. Todos colocados cuidadosamente um do lado do outro. Igraine viu, inclusive, a famigerada bota de cano longo e salto agulha.
  Por quê, minha deusa?

  No final do closet havia uma espécie de enorme penteadeira e ao observar as portas e gavetas da mesma, se deparou com uma quantidade exorbitante de maquiagem. Confessava que não era uma consumidora voraz de maquiagem mas ver tudo aquilo, inúmeros pincéis e produtos ficou com vontade de experimentar tudo aquilo. Mas percebeu, pelo espelho, a forma voraz que olhava para tais coisas e tratou de se recompor.
  Afinal, aquele closet era de Cruello ou de alguma estilista afetado? Ambas coisas.

 
Explorou mais um pouco, notando que as peças eram supostamente separadas por estilos: moderno, clássico, esporte, temático, espalhafatoso... então notou uma parte que pareciam ser roupas mais antigas ou usadas. Possuíam um estilo mais urbano, mas um urbano meio..ultrapassado. E então encontrou ali no cabide uma jaqueta de couro surrada mas com um bordado atrás que a fez retirar do cabide de imediato. O nome “Devs” fora bordado na parte de trás e Igraine acariciou com cuidado. Lembrou-se do dia que o conhecera, há dez anos atrás. Quem diria que tornaria a encontra-lo...e que ele seria Cruello?
  Se repreendeu várias vezes por não tê-lo reconhecido mas também...Devs ou melhor, Cruello, mudara totalmente nesse tempo. Não apenas fisicamente mas principalmente na personalidade.  Mas isso não importava. Porque agora estava namorando com ele.

  Sorrindo, abraçou a jaqueta contra si, aproximando o nariz para sentir o perfume da mesma, se lembrando do dia em que conhecera Devs e passara um dos melhores dias da sua adolescência. Se soubesse que só o encontraria novamente dez anos depois e totalmente diferente, teria dado um jeito de ficar mais tempo na cidade naquele dia. Quem sabe aceitando passear mais por Londres e terminar a noite londrina nos braços dele de um jeito bem...íntimo.
  Igraine deu um gemidinho. Como seria Devs naquela época? Talvez intenso e um pouco selvagem...será que ele deixaria que ela passasse as mãos por seu moicano, o desfazendo por completo.
— Você está se excitando com a minha jaqueta?

  Igraine sentiu o sangue gelar e se virou, encarando Cruello que estava na entrada do closet a encarando com os braços cruzados e vestindo um roupão vermelho de seda.  Percebeu a situação em que se encontrava: de calcinha e sutiã dentro do closet de Cruello agarrada á antiga jaqueta de couro dele. Seu rosto se avermelhou de vergonha.
— É eu sair por alguns minutos para você invadir meu closet...
— Me desculpa, eu não...!

   Cruello ergueu a mão em sinal para que ela se calasse.
— Eu imagino o quanto meu closet desperta a curiosidade e posteriormente o fascínio nas pessoas afinal, eu tenho muito bom gosto e peças de excelente qualidade, algumas são únicas e exclusivas. Desenhadas e confeccionadas por mim. Mas se queria fazer uma tour pelo meu closet poderia ter me falado e eu seria um bom guia para explicar cada peça para você.
— Eu não sei o que me deu, quando vi já estava aqui dentro.

   Cruello coçou o queixo e continuou, irônico.
— Mas pelo visto já teve uma peça que te agradou.
— Eu...eu...eu achei ela por acaso! Nun-nunca pensei que você teria guardado uma peça de roupa da sua época de rolês e coisa do tipo! Mas acho que fez isso porque ela tem um valor sentimental e te lembra do passado, não é?
— Pelo visto você também demonstrou um sentimento por essa jaqueta. – ele se aproximou, devagar. – A lembrança do “Devs” te excita ao ponto de você estar seminua dentro do meu closet?
— Hah....e que...n-não! Eu tinha tirado a roupa para me ver no espelho e...
— Igraine, não precisa mentir sobre isso. – ele riu. – Não há problema em se excitar comigo, isso é natural e muitos sentem isso. Mas você tem uma vantagem.
— ...tenho...?

  Ele confirmou com um sorriso. Desatou o nó do roupão e deixou que a peça fosse ao chão. Igraine prendeu o ar, medindo-o de cima abaixo.
— Pode tocar em tudo, da forma que quiser.

  Igraine permaneceu estática, segurando a jaqueta em mãos enquanto Cruello esperava, ambas mãos na cintura.
— ...se...se vira...
— Ora, Igraine! – ele resmungou com certo divertimento mas se virando. – Já estamos tendo um relacionamento íntimo há meses e você ainda com esse pudor de...AIE!

  Cruello sentiu um forte tapa em sua bunda e voltou-se para Igraine, a tempo de vê-la recolhendo a mão para dentro da jaqueta. 
— E-eu...eu sempre quis...digo...é que ela é grande e...
— Não há problema algum em bater na minha bunda mas poderia avisar!
— ...desculpa... – ela murmurou cobrindo a boca com a jaqueta.

   De súbito, Cruello  tirou a jaqueta das mãos da garota jogando-a em um canto qualquer. Ele então se aproximou de Igraine que soltou um gritinho quando ele a pegou no colo e a colocou sobre um dos ombros,  a levando para fora dali.
— O que..o que você está fazendo, seu tarado!

   Percebeu que era jogada na cama e logo Cruello estava sobre si e, ao sentir a proximidade do corpo dele e a forma como ele a encarava, Igraine retesou o corpo. Como ele poderia ter uma expressão de ameaça e mesmo assim continuar tão atraente?
  Filho da puta.

— ...desculpa...se o tapa doeu...
— Bata de novo.
— Quê?!
— Não precisa ficar de pudores quando está entre quatro paredes comigo. E agora não estamos no sofá da sua casa ou em um maldito celeiro! Vamos repetir o que aconteceu na mansão Devil mas dessa vez com um pouco mais de... putaria.
— ...eu...eu...
— Ora por favor, Igraine! – ele começou, abrindo o fecho do sutiã dela. – Estamos no meu quarto depois de eu te pegar no flagra se excitando só de lingerie com minha jaqueta nas suas mãos...eu me ofereço todo para você e olha que essa oportunidade é como ganhar na loteria! E você fica desdenhando?
— Não estou desdenhando!
— ...pois parece.

  Silêncio. Cruello manteve os olhos fixos em Igraine, parecendo realmente um pouco irritado. Então, ele sentiu um tapa mais forte em sua bunda e crispou os lábios. Com uma das mãos, Igraine puxou os cabelos dele para trás e com a mão livre lhe deu mais um tapa, vendo-o sorrir de prazer.
— Você é mesmo um ordinário! – exclamou ela com surpresa e até um certo...contentamento.
— Você ainda não sabe o quanto.
  As palavras dele saíram em um sussurro e um sorriso compartilhado por ambos.

~*~


— Sinceramente, não faz sentido você querer voltar para sua casa!
— Eu só estou preocupada! E estou com um sexto sentido que me diz que preciso ir para casa!

  Ambos estavam sentados na grande cama, e enquanto Cruello olhavba emburrado para o relógio na cabeceira (- Por que acorda tão cedo depois de ontem?) Igraine voltou a atenção para o celular.
— E precisa ir logo cedo?! Depois de ontem eu preciso dormir mais horas para descansar!
— Estou preocupada também com a DoisTons e o bebê! Tentei falar com a Nanny mas ela não me responde ás mensagens e não atende nem o celular e nem o telefone de casa! Lógico que vou me preocupar! Pode ter acontecido algo grave...o bebê pode ter passado mal e ela chamou ajuda mas a Yumie tá com o celular desligado e qualquer problema a gente sempre liga pra ela! Ou de repente a Nanny pode ter passado mal! Eu não posso ficar nessa dúvida!

  Cruello tampou o próprio rosto com o travesseiro. Eram 7 de manhã e Igraine o acordara preocupada falando em cachorro, Nanny e o carralho á quatro. Ela conseguira colocar até o  nome daquele afetado do Javier mas ele estava sonolento demais para entender o motivo.

— Você não precisa ir se não quiser. Eu posso chamar um táxi e aguardar na recepção do prédio até que...
— Vai sair no começo da manhã do meu apartamento e pedir a porra de um táxi e esperar na recepção do prédio?! Ficou maluca?! Acha que vão pensar o quê?! Que eu te dispensei como uma garota de programa?! Já imaginou se  te fotografam e espelham boatos na internet que estou te tratando como uma qualquer?! Imagine o artigo mais venenoso que Patrick Star pode fazer? Todo cuidado é pouco! Desde o fim do desfile ele não procurou me difamar uma única vez e o artigo dele no site sobre o desfile da Devil’s me pareceu perigosamente e suspeitamente imparcial.
— Mas...

— Eu vou te levar. Já que provavelmente quando você reencontrar aquele rato branco não vai querer voltar mas quem sabe com a minha presença ali eu consiga abrir seus olhos para fazê-la enxergar o  óbvio que é melhor ficar comigo do que com um filhote de cachorro que só caga e dorme.
— ...eu estou me sentindo mal porque....
— Porque está querendo sair daqui depois da noite e madrugada de sexo intenso que tivemos.
— ...porque ainda não consegui escolher um nome para o  bebê. – Igraine voltara a verificar o celular, sem sequer notar o comentário de Cruello. – O Javier me passou uma lista de nomes mas eu não queria um nome referente á alguma divindade da mitologia...

   Igraine ergueu os olhos para Cruello, que penteava os cabelos. Houve um momento de silêncio.
— Não OUSE colocar meu nome artístico ou qualquer referência á nobre família Devil naquele vira-latas!
— Primeiro, vira-latas não é ofensa! – rosnou Igraine.- Segundo, não vou colocar um nome “Devil” naquele filhote tão fofo e gordinho que mais parece um rocambole de amor e fofura! Talvez eu coloque Devs no nome dele para me lembrar que...
— Ficou maluca?! Devs é um nome que marcou a cena alternativa londrina nos rolês há 10 anos atrás! Não admito! Eu registrei esse apelido como meu permitindo que eu processe qualquer pessoa o utilize! Era só o que me faltava!
— ...acho que vou chamá-lo de...Fofucho.

  Cruello revirou os olhos. Esse tipo der nome sem graça era tão típico de Igraine. Deveria lembrar de não permitir que ela escolhesse nomes no futuro.

~*~

  Após terminarem de se arrumar, Cruello dirigia pelas ruas de Londres ainda se sentindo meio sonolento. Após dar uma cortada seguida por uma ultrapassagem ousada, ele olhou de soslaio para Igraine, esperando que ela estivesse assustada e com a mão na maçaneta da porta, como sempre fazia. Mas ela nem parecera notar, entretida em verificar algo no celular.

— ..o que tanto vê aí?
— Hum? Ah é que estou acertando com Javier os últimos detalhes para o retorno á liberdade da raposa que resgatamos. Yumie disse que ela já está bem para voltar e foi marcado de fazermos isso amanhã.
— Vão libertar aquele demônio laranja?! É como soltarem um criminoso de alta periculosidade!
— Nossa, que exagero. A raposa só te atacou aquele dia porque estava assustada.
— Ela te mordeu!
— Ah mas já está sarando! Não foi um ferimento profundo e o Javier me indicou uma pomada ótima que está ajudando muito na cicatrização. Ele me disse que essa pomada ele usou quando foi ferido por um lobo que ele tentava soltar de uma armadilha. Mas no caso dele, o  ferimento foi mais grave e até hoje ele tem a cicatriz na coxa.
— Escuta, sobre ontem...

  Igraine sentiu o rosto corar e se ajeitou no banco, mesmo não conseguindo se mexer muito por conta do cinto de segurança.
—  O que foi? – Cruello continuou. – Foi bom. Na verdade, muito bom, bom pra caramba em todas as vezes...e você está com vergonha? Sério?!
  Ela não respondeu. Cruello trocou a marcha do carro.
— Qualé, Igraine! Não foi nada absurdo! Muitos casais fazem tudo o que fizemos, é normal! E foi bom, você gozou de um jeito, eu gozei...está tudo certo!
— Ai Cruello, você poderia ser mais discreto pra falar essas coisas...
— Olha eu entendo que você seja uma garota com pensamentos púdicos embora eu tenha tido a prova cabal ontem que por trás disso há uma depravadinha.

  Igraine olhou distraída para a janela do carro.
— Não precisamos ficar falando disso...
— Eu acho que devemos. É bom para sabermos o que mais podemos fazer, saber como você gostou que eu toquei, você saber onde eu gostei, essas coisas...e te garanto que tenho muitas coisas em meu closet que podemos ir experimentando.
— Acho bom pararmos de falar nisso.
— Por quê? Eu gosto quando você fica corada. Principalmente na cama e de preferência olhando para mim enquanto estamos transando. Não sabe como isso me excita!

  Igraine encolheu-se no banco, sabendo que estava corando justamente agora que não queria. Pior que o constrangimento nem era pelo que Cruello dizia ou porque estava se lembrando de certas coisas da noite anterior, mas sim por seu corpo estar reagindo de uma forma positiva demais á tais lembranças recentes.
— Chega desse assunto não precisamos ficar falando disso aqui...

  Cruello riu.
— Que eu saiba neste carro só está eu e você. Patrick Star não vai pular do banco de trás dizendo “Pegadinha do Star!” e agitar um celular onde gravou nossa conversa. E não há nenhum espírito no banco de trás também!
  Nesse momento ele olhou para o retrovisor e viu Cruella Devil no banco de trás, olhando para ele de uma forma assassina.

— Carralho!
  Cruello pisou no frio de súbito fazendo os pneus cantarem. O celular de Igraine pulou para o painel e ela se agarrou a porta assustada. Cruello  olhou para o banco de trás assustado e esfregou os olhos.

— Christian, você tem que parar de dirigir igual um maníaco! Qualquer dia vai acabar sofrendo um acidente e ...o que aconteceu? Você está pálido.
— ...eu...pensei ter visto uma coisa mas foi alucinação, só pode...e não me chame por esse nome!
— Alucinação?! Cruello, você está usando drogas?! É cocaína naqueles potes de pankake?!
— Não! – ele esfregou os olhos. – Acho que é só sono, não tem nada. Se não tivesse decidido ir embora tão cedo...
— Quando chegarmos em casa podemos comer alguma coisa. Pode ser que você tenha tido uma vertigem de fome.
— ...não estou com fome. Não tenho fome de manhã.
— Mas você precisa comer! A refeição da manhã é a mais importante do dia. – falou Igraine, decidida a focar neste assunto e não no anterior. – Já passa horas sem comer por estar dormindo e agora vai esperar mais horas até o almoço? Não pode, o estômago tem que trabalhar para...
— Chegamos, chega desse assunto.

  Igraine suspirou, tirando o cinto e saindo do carro. Cruello ainda olhou uma última vez para o banco de trás pelo retrovisor antes de fazer o mesmo.
— Não precisa ficar atrás de mim.

— Aquele sue vira-latas pode pular e não quero encher minha roupa de pêlos caninos!
— Desde que DoisTons teve o bebê, Furacão tem ficado no quintal aos fundos. Ele é bonzinho mas meio estabanado, pode machucar sem querer o filhote.
  Ela abriu a porta e notou o silêncio na casa. Avistou, no canto da sala, DoisTons em sua caminha,abanando a cauda mas não se levantando porque o filhote mamava vorazmente.
— Olha só pra isso... resmungou Cruello. – Parece um rato sugador, não entendo o que há de fofo...
— Ele é lindo, você que não entende nada de fofura! Nanny! Nanny, cheguei!

    Assim que entrou na cozinha, ela avistou a mulher, que tomou um susto e apressou em fechar o roupão que vestida.

— Minha nossa, Igraine!  Que você está fazendo aqui?!
— ..eu moro aqui.
— Não estou me referindo á isso! Você disse que só voltaria hoje no final do dia ou talvez amanhã porque iria ficar na casa do Cruello! Por que acabou voltando?!
— Eu fiquei preocupada! Você não respondia á mensagens, não atendia o celular, o telefone de casa estava mudo...pensei que poderia ter acontecido algo com a DoisTons ou com você!
— ...eu...eu...estava em casa mas...mas eu quis deixar o celular desligado para...ás vezes é bom ficar longe da tecnologia e das redes sociais.
  Ela riu, mas parecia um riso nervoso.

— Mas e o telefone de casa?
— B-bom...ontem ventou bastante pode ser que tenha danificado o fio, não sei...mas está tudo bem, você pode ir que eu ficarei aqui este final de semana, de olho na DoisTons e no filhote.

  Nanny empurrava gentilmente a garota para a sala.
— Você pode voltar para o apartamento do seu namorado e curtir o final de semana com ele.
— Ah, Nanny eu já estou aqui não vou voltar. E também amanhã irei com a Yumie e o Javier, devolver á liberdade a raposa que a ONG resgatou. E eu quero me preparar, me afeiçoei muito á raposinha, sei que vou acabar chorando na despedida...
— Tá doida, menina?! Isso é só no domingo! Você  tem o sábado inteiro para passar com aquele homem maravilhoso! E vai perder a chance?!

— Eu ...eu .... “já aproveitei tanto que minhas pernas estão doloridas e descobri impulsos em mim que pensei que nunca faria...”
O melhor que você tem a fazer é ir embora, está tudo bem aqui. Vai aproveitar esse bofe...é o Cruello Devil e não um cara comum! Porque você faz isso, Igraine? Já parou para pensar quantas pessoas gostariam de ter a sua sorte? Faça bom uso do que a vida te ofereceu, escuta seu coração e dá  bastante pra ele!  Oh, bom dia senhor Cruello!
— ....gostei do que disse sobre minha pessoa. – Cruello se adiantou. – E gostei também do conselho que você deu á ela.
— Cruello!
— Ora, pelo menos alguém entende a importância que se tem ao ficar comigo!  Sempre achei que essa sua governanta tinha um fogo nos olhos pra cima de mim mas concordo com ela e você deveria ouvi-la, Igraine. – ele se voltou para Nanny. – Acredita que depois de uma grande noite que tivemos ela já quis vir pra cá como se eu fosse um garoto de programa que ela usou e depois queria dispensar!
— Igraine, como você pôde?!
— Ele tá fazendo drama!

    Cruello passou por Igraine, fazendo um gesto de provocação.
— Reclama com essa minha mão que você ontem adorou dentro...
— ...espere...

  Tudo foi rápido. No momento que Cruello passou por Igraine e colocou a mão na maçaneta do banheiro, Nanny tentou se adiantar desesperada para detê-lo mas não conseguiu. Ao abrir a porta do banheiro, Cruello se deparou com Valder terminando de se enrolar em uma toalha.
— HAAAAAAAAAAH!
— AREEEEEEEE!!
— VALDER?! O que você tá fazendo no meu banheiro?!
— Eu..eu..
— Eles estão de caso, Igraine! Isso é óbvio!
 O quê?! Como assim?!

~*~


— E é isso, Igraine. Eu e Valder estamos saindo há alguns meses.
  Todos estavam sentados na sala após tanto Valder quanto Nanny estarem devidamente vestidos.

— Nós iríamos te contar... – falou Valder. – Mas é que não sabíamos direito como e...
— Estávamos esperando o momento em que você estivesse mais tranquila, mas foi acontecendo tanta coisa na sua vida que eu não sabia como abordar o assunto.
  - Péra...vocês estão juntos desde quando, especificamente? Tipo eu já conhecia o Cruello ou...
— Foi antes. – murmurou Valder. – Foi um pouco antes de eu começar a ser escravi, digo, ser empregado na Devil’s.
— Se está tão ruim trabalhar lá, peça demissão!
— Cruello, não faça o assunto mudar!  Como eu nunca percebi que vocês estavam de caso esse tempo inteiro?!
— Se você não reconheceu que eu era o Devs, ia notar o caso deles?! Você é meio tapada, Igraine. AI!

  Igraine dera um tapa na coxa de Cruello pelo comentário.
— Eu não posso acreditar....durante todo esse tempo e você nunca me contou, Nanny? Eu sempre conto tudo para você! Contei até como foi minha primeira...
  Cruello a encarou com a sobrancelha erguida.

— O que importa é que eu estou me sentindo enganada! Nanny! Então em todas as suas folgas, você saía com o Valder ás escondidas?! Ou quando eu ficava fora de casa, você trazia ele pra cá?!
— Se bobear eles estavam transando na sua cama...
— Que absurdo! – Nanny se enfureceu pelo comentário de Cruello. – Isso nunca! Esta foi a primeira vez que Valder passou á noite aqui! Chamei ele apenas para assistirmos alguns filmes de terror porque não gosto de assistir isso sozinha!
— Só ver filme? Há, vá! -  o empresário riu.
— Eu juro...juro que jamais poderia imaginar que vocês dois...como isso aconteceu?!
— Igraine, peça os detalhes depois. É óbvio que eles se conheceram por sua causa, acabou rolando clima e na primeira oportunidade da folga deles foram se encontrar e coisa e tal. Um clichê de filme romântico.
— Igraine... – Valder começou, constrangido. – Você está brava por eu e Nanny estarmos juntos?
— N-não! Eu fico feliz, de verdade. Porque eu adoro vocês! Só estou me sentindo...
— Tapeada. – respondeu Cruello.
— Não foi nossa intenção! –Nanny se adiantou.
— Eu sei, mas é que acabei descobrindo isso de uma forma tão...chocante.
— Chocante fui eu ter visto meu funcionário se enrolando em uma toalha no seu banheiro!

— Mas...vocês... – Igraine começou, escolhendo as palavras. – A diferença de idade...
— Nem é tanta assim! – Nanny colocou ambas mãos na cintura. – E nos damos muito bem, temos muitos gostos em comum. E idade é apenas um número, Igraine!
— Nisso eu concordo. – pontuou Cruello. – Eu mesmo em minha adolescência me envolvi com uma mulher mais velha e posso dizer que foi uma experiência muito valiosa para...
— Não precisamos ouvir suas confissões sobre isso aqui!
— Nossa, que tom de voz mais azedo! Está com ciúmes?

  Igraine respirou fundo para responder. Só de pensar um jovem Devs nas mãos daquela mulherão sinistra que conhecera no desfile (e que estava acompanhada do amante que ela pensou que era filho dela) já era o suficiente para lhe subir o sangue de raiva. Durante dez anos imaginou como seria ter intimidade com aquele punk de moicano e fora aquela bruxa que tivera o proveito.
  Para sua sorte, a campainha tocou e ela se levantou irritada, pensando que o melhor seria afastar o pensamento sobre isso.

  Mas quando abriu a porta, as duas pessoas que ela viu e  que lhe sorriam e diziam “surpresa!” eram as que ela jamais pensara que poderiam estar realmente ali.
   Ah, não.

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Notas finais do capítulo

E o capítulo terminou aqui. Agradeço mais uma vez á todos que estão lendo e gostando da fanfic. Cada novo leitor me deixa muito feliz e cada novo comentário me motivam a continuar mesmo eu com toda essa correria e sobrecarga que venho tendo ultimamente. Prometo continuar dando o meu melhor!
Enfim..o tempo passou tão rápido e eu com tanta coisa para fazer que acabei podendo atualizar a fanfic só agora. Esse capítulo foi bem difícil de fazer porque, embora eu tivesse mais ou menos as ideias gerais não estava conseguindo transcrevê-las. As ideias foram surgindo aos poucos e houve partes que não utilizei e serão colocadas em capítulos posteriores. Mas creio que essa foi uma decisão boa para poder manter a estrutura da história.
Se tiverem comentários, elogios, críticas construtiva,s sugestões e tudo o mais, so entrarem em contato ou deixar nos comments! Isso ajuda muito!
Até o próximo capitulo!



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