No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 32
Sexy Peeta


Notas iniciais do capítulo

Ei peoples! Tudo bom?
Acho que a partir desse capítulo vocês vão começar a gostar mais ;)



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Katniss -

– Kat - Peeta me chamou quando a enfermeira saiu do quarto.
Ela havia acabado de dar uma pequena dose de calmante para meu pai e trocou seus curativos.
– Fala - Respondi, com a cabeça apoiada na cama segurando a mão de papai.
Peeta colocou as mãos em meus ombros - Vai deitar um pouco no sofá. Eu fico de olho em vocês enquanto descansa.
Desde que Peeta chegara, vigiei meu pai para o caso dele acordar. O mesmo acordou por alguns minutos, os quais pude apresentar Peeta e conta-lo de meu plano para ficar como acompanhante. A todo momento, o loiro ficou no sofá, ao lado da porta para nos dar privacidade, algo que achei um belo ato de sua parte.
Deitei no sofá e Peeta ocupou meu lugar na cadeira ao lado da cama. Meus olhos começaram a pesar enquanto eu olhava meu "namorado de mentira" examinar os machucados de papai. Seus olhos claros pareciam tensos, contrastando com sua pele bronzeada pelo sol. Peeta era de fato um rapaz bonito. Lindo na verdade.
Começei a reparar em seus ombros largos e fortes, presos pela camisa branca apertada estilo "mamãe quero ser forte", que realçava seus músculos e o peitoral largo.
Mas que merda Katniss! Quando foi que começou a ficar pervertida assim?
– Kat? - Ouvi o loiro me chamando e retirei os dedos dos olhos que tinha colocado a pouco.
– Sim?
Ele sorriu. Aquele sorriso galanteador que mais parecia ser o sorriso natural dele. Talvez fosse um dom que tinha, ser um verdadeiro galã.
– Parece faminta - Ele falou, olhando tão profundamente em meus olhos que quase me senti nua.
– Estou um pouco. Mas vou esperar Blaine chegar para me trazer algo.
– Se quiser, pago um lanche.
– Não precisa. Muito obrigada.
– Kat, por favor. Toma - Ele levantou e tirou uma nota do bolso da calça - Por favor, aceita.
Bufei e peguei a nota - Quer que eu traga algo?
– Um doce se der. Mas não deixe de comprar algo para você.
– Tudo bem... - Falei e saí do quarto.

Não demorei na cantina, comprei apenas um saquinho de biscoito com doce de goiabada e dois sucos de caixinha. Procurei pelo doce que Peeta pediu e entre os que encontrei havia um de doce de abobora com coco, ameixa, damasco, nozes e morango com chocolate. Optei pelo ultímo. Era um potinho de plástico com pedacinhos de morango e calda de chocolate, servido quente. Quase levei um para mim, mas faltaria um pouco de dinheiro. Paguei tudo e resolvi subir pela escada, ja que fiquei sentada um bom tempo.
Não precisei de mais do que dez minutos para subir e entrar no quarto 512 com a foto de minha família.
Para minha surpresa, meu pai havia acordado e a enfermeira havia colocado uma máscara na boca dele para ajudá-lo a respirar.
– Aqui - Entreguei a ele o suco de cauxinha e o doce.
– Obrigado. Amo doce de morango - ele disse sorridente
Virei-me para meu pai olhando no fundo daqueles olhos idênticos aos meus. Ele me olhava com muito carinho e meus olhos começaram encher d'agua. Era horrível a sensação de ter o homem que me protegeu a vida toda, fragilizado numa cama de hospital sem ter a certeza de que ele voltaria.
Beijei sua testa e puxei outra cadeira para sentar ao seu lado. Apoiei o saquinho de biscoitos e os ofereci a Peeta, que negou educadamente. Furei meu suco e beberiquei, enquanto mordiscava os biscoitos e olhava meu pai pegar no sono outra vez.
Passei o dedo por sua mão significativamente maior do que a minha, delineei os machucados que eu sabia serem piores do que aparentavam. A marca da aliança ainda estava ali, graças ao pequeno aro de ouro ele não queimou um pequeno pedaçinho da pele. Se ao menos estivesse usando as luvas de motoqueiro...
– Acho muito bonito esse amor que sente por ele... Da pra ver que o ama e até daria sua vida - Peeta falou mordendo o canudo da caixinha.
Eu ri pelo ato, nunca imaginaria isso dele.
– Desculpe, maus hábitos nunca somem - Disse o loiro com um meio sorriso.
– Relaxa - Lhe mostrei meu canudinho todo mordido também.
Ele riu e começei a notar que apenas de passar o dia com o loiro, me sentia bem ao lado dele. Ainda sem entender o real motivo dele ter se disponibilizado, eu agradeci.
Pude passar o dia ao lado do meu pai - mesmo que uma boa parte do tempo ele estivesse dormindo - e por incrivel que pareça, gostei que Peeta estivesse lá. Fomos amigos na infância, e me lembro de brincarmos muito na escola, até mesmo quando puxava minhas tranças.
– Quer? - Peeta me estendeu a colher com alguns pedaçinhos de morango e bastante calda. Só então percebi que ele havia colocado a cadeira do meu lado.
Comi e no mesmo instante me arrependi de não ter levado um para mim.
– Quer mais? Nós dividimos. - Olhei para ele querendo dizer que sim, mas ao mesmo tempo dizer que não precisava.
Acabei nem respondendo pois ele variou as colheradas entre mim e ele, colocando sempre muito chocolate na minha colherada.
– Por que está fazendo isso? - Perguntei
– Você gostou do doce, mas só trouxe um...
– Não - ajeitei-me na cadeira, virando para ele e colocando os pés no assento, fazendo meus joelhos ficarem colados no peito - Quer dizer, estar aqui, ter aceitado ficar ...
Ele sorriu - Creio que já respondi isso
– Quero uma resposta sincera - Falei séria
Ele tirou o sorriso do rosto ficando sério. Por Deus que homem é esse?
De todas as expressões que ele tinha, essa era a mais sexy. Os olhos pareciam ficar azuis claros, mas geralmente eram castanho-esverdeados. As sobrancelhas grossas, o nariz másculo, a boca meio avermelhada... tudo estúpidamente sexy.
Mas que merda Katniss! Merda! Seu pai acamado e você babando em um cara...
– Acha que não estou sendo sincero? - Ele falou com uma voz rouca que me causou um arrepio e chegou mais perto de mim.
Começei a me sentir como um ratinho sendo ameaçado pelo gato, quase como se ele estivesse prestes a me apanhar.
– Nã-não... - Gaguejei - Só parece que tem algo mais...
O maldito deu um meio sorriso e riu - Talvez, mas o que precisa saber até aqui é isso.
Ele se afastou e eu agradeci mentalmente.
O loiro pegou a mochila que usava na escola e me deu alguns papéis de fichário com uma letra preguiçosa, outras folhas coloridas e com a escrita em rosa e caprichada.
– Essa é a matéria que tem perdido nos ultimos dias. Copiei todas as aulas que faz comigo, procurei Delly e Madge e elas me deram as outras. Se faltar alguma posso conseguir pra você.
Eu sorri - O que quer em troca de tudo isso?
– Bem, eu aceitaria mais algumas aulas. Parou com o trabalho de tutora, mas eu preciso de aulas ainda, e isso lhe renderá alguns pontos ainda.
– Tem certeza de que vai me aguentar falando sobre coisas chatas?
– Só se você estiver disposta a me aturar - Ele me olhou com aquele meio sorriso que não tive como negar.
– Okay, amanhã pela tarde trazemos os livros.
Ri com o entusiasmo dele. Mal parecia o Peeta Melark da escola que dormia nas aulas e não se importava com nada. Eu o mudei? Ou apenas ajudei?

A noite Blaine chegou com um terno preto, camisa social azul clara e uma gravata azul marinho com listras pretas que eu dei a ele de aniversário. Colocou a pasta de escreitório no chão e afrouxou a gravata respirando fundo.
– Trabalhou muito? - falei ajudando-o a tirar o terno.
– Bastante... Mas pode ir. Ben ja está vindo. Mamãe quer ajuda em casa, vai lá.
– Eu fico mais um pouco, não tem problema.
– Como papai passou a tarde? - Meu irmão jogou o corpo musculoso e duas vezes maior do que eu no pequeno sofá.
– Com dor, mas ao menos os resultados parecem bons. Ele acordou umas duas vezes, conheçeu Peeta, mas logo precisou colocar a máscara.
– Ele parece menos pálido. Os resultados do exame de sangue chegam na semana que vem okay? Provavelmente não vou estar aqui, tenho umas reuniões importantes.
– Vou falar com Ben. Caso ele não possa eu vejo se Peeta pode ficar comigo.
– Acho que ele gosta de você - Blaine falou rindo
– Claro que não! Está louco?
Ele gargalhou - Que outro cara ficaria num hospital o dia todo se não gostasse de você?
– Bem, o Cato talvez...
– E a conversa que tiveram outro dia?
Lembrei-me de que Cato foi para minha casa e contou que sentia algo por mim.
– Depois conto o que aconteceu - Falei colocando meu casaco - Ja vou - Dei um beijo em meu irmão, na testa de papai e chamei Peeta que havia pego no sono sentado na cadeira.
– Que horas são? - Falou o loiro esfregando os olhos e esticando as pernas.
– Sete. Blaine chegou e daqui a pouco Ben chega.
– Okay - Ele se levantou e esticou tanto que a camisa subiu até o umbigo, mostrando um leve tanquinho e uma linha fina e rala de pelos da mesma cor do cabelo dele.
Involuntariamente segurei a respiração e saí andando até a porta apressada.
Meu irmão e Peeta se despediram e o loiro entrou comigo no elevador.
– Quer uma carona para casa? - Ele ofereceu, apertando o botão do térreo.
– Agradeço...
– Você está diferente.
– Diferente como?
– Quieta...
Dei de ombros. Era proposital, quanto mais quieta, menos me aproximaria deste loiro estúpidamente sexy que começou a brincar com minha sanidade.
Nunca fui do tipo safada, atirada, exibida ou algo do tipo, sempre fui quieta, tímida e procurava chamar o mínimo de atenção, mas justamente agora, o Mellark resolveu me atiçar, mesmo que sem querer.
Pim! Quarto andar.
Silêncio
Silêncio
Pim! Terceiro andar e um banque no elevador.
Apertamos todos os botões do painel, mas nada aconteceu.
Ótimo, presa em um elevador com Peeta Mellark.
Tem como piorar?
– Estou sem sinal - Peeta falou checando o celular.
É... sempre há como piorar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem ;)
Se houver algum erro me avisem ok? Não tive tempo de revisar tudo, por que se eu não postasse logo isso ia demorar uns dias :/