No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 2
Treino


Notas iniciais do capítulo

Everdeen, obrigada pelo primeiro comentario rs'



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No vestuario, coloquei a bermuda e a camiseta do time, um azul escuro com branco e vermelho e rumei a quadra, encontrando com meu time.Thresh era o goleiro, Cato e Titus eram os alas e eu o atacante. Os outros jogadores costumavam ser revezados, ou seja, um jogo participava e no outro ficava no banco, levando em conta que muitos queriam vagas em faculdades pelos jogos, mas nem todos jogavam bem o suficiente para serem fixos, como eu e os outros tres que citei. Nosso treinador, Haymitch, era muito exigente. Durante os aquecimentos ele sentava em nossas costas e mandava fazermos 50 flexões com ele em cima e sem reclamar. Ele pesava uns 83 quilos, era alto e forte, não posso negar que o cara sabe o que está fazendo. Em dois meses Thresh, Cato, Titus e eu ja estavamos em muito boa forma.
Eu estava fazendo abdominais e a supervisora veio me chamar, dizendo que a diretora queria ter uma conversa séria comigo.
– Não tem como esperar não? Estou no meio do treino
– Não mocinho, ela esta te chamando agora. Nesse instante.
– Eu sei o que "agora" quer dizer - murmurei bufando, alto o suficiente para ela ouvir.
Segui para a saida, sabendo que ela estava atras de mim, já que ouvia o tilintar de chaves, o molho que ela carregava pendurado nas calças balançava devido a maneira de andar, ela parecia o Jack Sparrow andando, jogando o cabelo para tras e a cintura para frente, sem falar na maneira dos pés. Homens andam com as pernas uma do lado da outra, afinal, temos algo entre as pernas ne? Mas mulheres deveriam andar com os pés um na frente do outro, mostrando que não tem nada entre as pernas, estou certo? Mas a supervisora andava como um homem, o que a tornava engraçada as vezes.
Mas aquele "tlim tlim" das chaves me incomodava bastante. So era bom quando aprontavamos algo, e esse barulhinho irritante era o aviso para correr e não ser pego.
Abafei uma risadinha quando lembrei do que ja aprontei,sabendo que a supervisora me acharia estranho se me pegasse rindo sozinho.
Por fim, chegamos a sala da diretora e a supervisora saiu do meu pé, indo pelos corredores e levanto o "tlim tlim" com ela. Suspirei, olhando a porta com a escrita "Effie Trinket" minha querida diretora. Posso dizer com toda a sinceridade que eu gosto dela. Senhorita Trinket, ou apenas Effie, como ela preferia ser chamada, fazia o tipo de pessoa que sabe do poder que tem, mas sabe o respeito que deve ter para com um aluno, ou um empregado da escola, e isso me agrada nela. Sem falar no dom que ela tem de fazer você se sentir a vontade seja quão grave for a situação.
Bati na porta e logo ouvi o melodioso "entre", e ao abrir a porta, peço licença e a fecho. Adimito que graças a minha mãe tive muitas aulas de etiqueta, mas so as uso na sala de Effie e em casa.
– Sempre bem vindo querido Peeta. Sente-se.
Reparo nas roupas dela enquanto me sento. Trinket poderia ser uma marca de roupas muito famosa. Ela gosta de roupas coloridas e que chamem a atenção, mas sem cafonisse. Effie realmente sabia combinar.
– Por que mandou me chamar? - pergunto um tanto preocupado, ja que não me chamam muito.
– Bem querido, não tenho uma noticia muito boa- dizia ela com aquele tipico sorriso torto de quem quer fingir que esta tudo bem, mas não esta. - Suas notas estão caindo Peeta... Claro que você não era um aluno nota 10, mas ao menos conseguia notas medianas. Agora ja está de recuperação em duas matérias, beirando uma terceira. Se continuar assim vai ficar reprovado.
Ela dizia tudo isso sentindo um aperto no coração, eu via isso pela sua voz que era sempre animada, agora se referia a mim com melancolia. Eu sabia que se reprovasse, não iria conseguir uma bolsa na faculdade e meu pai não pagaria minhas dividas, logo eu teria que Trabalhar... Nunca trabalhei, mas acho que não precisava citar isso.
– Effie, me perdoe, mas eu faço o que posso - tentei iludi-la, mas sabendo que nada adiantaria ja que ela sabia do meu desgosto pelo estudo.
– Eu não posso te ajudar, sabe disso ne? - eu assenti. Ela não podia mudar minhas notas e nem chantagear os professores.
– Mas vamos ver pelo lado positivo -Dizia ela tentando me reanimar - em geografia e historia, você se sai muito bem!
Novamente assenti. Eu realmente era bom, ja que meu pai, um grande politico, achava muito importante que seu filho soubesse desses assuntos.
– O que posso sugerir a você, é que procure os mentores.
– Mentores? - perguntei confuso.
– Sim querido, são alunos, a maioria do mesmo ano que você que ajudam os alunos de outros anos. Isso conta pontos em algumas matérias, mas só as que ja passou.
–Então de que adianta os pontos?
– Por que é uma ajuda aos menores, e é bom para melhorar o boletim. -ela disse um tanto animada, depois me explicou que eu poderia dar aulas de geografia e historia, para melhorar o boletim e ter aulas das outras materias para as provas.
Sai da sala dela com dois papeis nas mãos, um da indicação de mentores para as materias que nem abri, resolvi ver depois, e o segundo era de possiveis alunos para as materias que sou bom, mas também não abri este. Enfiei os papeis rapido no armario e corri pois estava atrasado para o treino.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)