No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 12
"Eu preciso da ajuda desse infeliz"


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpem a demora para postar. É que fui viajar.
Bem, vou recompensar vocês pela demora ta?
Não sei se alguem viu, mas postei sem querer o capitulo errado, mas agora esta certo :p
É muito bom saber que estão gostando da fic, fico suuper feliz por isso



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491842/chapter/12

Apaguei minha resposta pela milésima vez, amassando um pouco a folha do caderno. Geografia realmente não era meu forte. O relógio ja marcava 23:47 da noite e estava exausta. Decidi tomar um banho rápido e deitar ja que no dia seguinte eu teria aulas novamente com Peeta. Só o nome dele já me deixava emburrada, imagine nas aulas.
Fiz um coque no alto da cabeça, retirei minha roupa e liguei o chuveiro, deixando a água quente relaxar meus músculos e o vapor deixar o vidro embaçado, permitindo que eu fizesse desenhos nele, um mal habito que tenho desde criança.
Quando saio, ouço meu celular tocar e atendo sem ver quem é.
– Alo?
– Oi. É a Katniss? - uma voz máscula familiar surgiu do outro lado da linha.
– Sim. Quem é? - Juro que conheço essa voz!
– É o Peeta Mellark. Tudo bem?
Droga! Como esse ser conseguiu meu número? Droga! Droga! Droga!
Tampei o bucal do celular no peito, respirando fundo enquanto conto até dez para livrar minha fúria, geralmente consigo parar no 6, mas agora precisei ir até o 10.
Quando coloco novamente o telefone no ouvido novamente ele esta me chamando - Estou aqui. O que quer Mellark?
– Calma tigresa. - Ele riu, me fazendo contar até 5 - So quero pedir desculpas pelo modo que te tratei hoje na biblioteca, por não ter prestado a atenção que devia e por ter saído sem lhe dar explicação.
– Okay. Só isso? - falei, reunindo toda a pasciencia que ainda me restava.
– Bem, eu queria tentar de novo ter aulas com você.
Por essa eu não esperava - Como?
– Mas não tem como ser na biblioteca. Tem que ser aqui em casa.
– Mellark, não sei que tipo de brincadeira sem graça está aprontando, mas se for assim prefiro manter minhas notas da maneira que estão, do que ir a sua casa te dar aulas.
Ele parecia ter bufado do outro lado da linha - Olha Katniss, eu sou seu mentor de geografia e história. Aliás o único disponivel, e sei o quão mal está indo.
Olhei para meu dever de geografia que a pouco estava tentando fazer, infelizmente eu lembrava sim disso. Eu não tinha saída. Por mais que eu odiasse assumir, eu precisava das aulas dele. Ainda mais com minha prova de segunda chamada chegando, eu faltei no dia das provas das duas matérias que não sou boa pois peguei uma gripe, marcando assim a segunda prova na mesma semana da recuperação. Por fim disse:
– Okay. Mas qual o problema de termos as aulas na biblioteca?
– Eu estou de atestado - Lembrei da gota de sangue no tênis dele.
– O que você tem? - estranhei minha voz se mostrando mais preocupada do que devia.
– Amanha te mostro. Pode ser?
– Pode. Depois das aulas eu passo ai. Preciso levar o que?
– Meus livros estão aqui, menos o de história, então traga o seu e seu caderno.
Assenti, lembrando só depois que ele não podia ver o movimento, então soltei um "uhum" e ele me disse que poderia almoçar lá, dando assim mais tempo de estudo, o que estranhei por que ele parecia interessado de mais em estudar.
– Katniss, posso te fazer uma pergunta?
Me espantei, mas deixei-o fazer a pergunta.
– Por que me odeia?
Respirei fundo e contei até dez - Não lhe responderei por telefone.
– Okay, amanhã conversamos. Sei que deve estar cansada, perdão por ligar a essa hora, e por meu comportamento.
Ele realmente sabia me pegar de surpresa, quem diria que Peeta Mellark o garanhão da escola e relaxado sabia pedir perdão - Não se preocupe com isso, já esqueci.
– Não parece - a voz dele soava duvidosa.
– Boa noite Mellark. - E desliguei.
Ele estava falando algo ainda, mas não prestei a atenção, com certeza eu não morreria por isso.
Joguei o celular na cama e pus uma camiseta de um dos meus irmãos. Não sei de qual dos dois era, só sei que vi, gostei e peguei.
Nessa hora alguem bate na porta e entra antes mesmo de eu falar que podia.
– Ah, achei minha camisa - Ben, meu irmão do meio, perturbado, mas provavelmente meu preferido.
Eu amava os dois na verdade, mas Benjamin era mais próximo. Principalmente depois dele quebrar uma perna e eu ficar ajudando-o com comida e sair do tédio.
– Pirraça - Ele me chamou pelo apelido "carinhoso" me abraçando - Papai não está bem.
– O que ele tem? - Fico preocupada com meu pai.
Ele teve um acidente de moto ha alguns meses, tendo tres costelas fraturadas e alguns cortes nas pernas que eram mais profundos do que imaginavamos.
Ben me apertou contra seu peito - Está com febre, pouco mais de 40 graus.
– Eu gostaria de poder fazer mais por ele. - meus olhos estavam mareados, eu realmente amava meu pai.
– E você pode. Vai ser uma excelente médica
– Obrigada Ben - sorri fracamente.
Ele parecia realmente ter orgulho de mim, sempre tive o desejo da medicina e eu sei que meu pai tambem era a favor disso. Ben gostaria de se especializar nessa área, porem tinha medo de hospitais e preferia ser um grande advogado.
– Estude Kat. Seja excelente em todas as matérias para ser chamada pelas melhores universidades que existem, e se tornar uma médica incrivel que sei que sera.
Quando percebo ja estou chorando no peito de meu irmão. Sei que ele e papai adoram minha paixão pela medicina e querem que eu seja feliz, e ainda poderei cuidar de meu pai.
Ben acariciava meus cabelos, beijando o topo de minha cabeça enquanto balançava levemente nosos corpos de um lado ao outro, como se estivesse ninando um bebe.
– Ben...
– Shi.. Ele vai ficar bem Kit Kat. Ele vai.
O abraçei mais forte ja soluçando. Ben parecia entender meus pensamentos, e sabia que quando se tratava de nosso pai eu não podia nem ter a ideia de perdê-lo. Mas graças a Deus tenho um irmão maravilhoso que me apoia. Os dois são maravilhosos, mas só agora, pois quando pequenos, brigavamos bastante.
Mas tenho certeza de que ambos serão maridos excelentes, assim como também serão grandes pais.
– Durma um pouco pirraça - Ben beijou o topo de minha cabeça me tirando da linha de pensamentos - Amanha tem aula para nós dois.
– Obrigada pela força Ben - Sorrio e ele sai do quarto, me deixando sozinha.
Só então percebo que eu estava apenas com sua camisa e a roupa intima. Não que eu tivesse vergonha dele, mas não pegava bem. Por minha sorte, ele era bem alto, medindo 1,89 e eu tinha pouco mais de 1,60, o que fazia a camisa pegar a baixo de minhas coxas.
Me joguei na cama e peguei o celular, percebendo que uma das 3 mensagens recebidas era de Peeta.

" Traga uma roupa, preciso estudar a tarde toda. - Mellark"

Estranhei. Ele estava aprontando algo, porém não fazia questão de descobrir o que era.
Respondi as mensagens de Delly e Mad, coloquei o celular no criado ao lado da cama e fechei os olhos numa tentativa frustrada de dormir.
Meu pai. Faculdade. Notas. Todas as matérias. Peeta Mellark. Foi apenas nisso que consegui pensar em apenas trinta minutos, mas que pareceram tres longas horas.
Respondi a mensagem de Peeta:

" Okay. Espero que não esteja aprontando nada ou eu quebro suas pernas - Everdeen"

Em alguns minutos ele respondeu :
" Não será dificil - Mellark"

" Durma Mellark. Se tiver sono amanhã vou te bater - Everdeen"

" Ja salvei seu número Everdeen. Não se preocupe, terei bastante tempo. Boa noite - Mellark"

Depois dessa não respondi mais as mensagens, nem mesmo as de minhas amigas.
Respirei pesadamente, sabendo que eu precisava da ajuda daquele infeliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tava com saudade da narração da Kat
Gostaram? Comentem ;)