Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 34
Mágoas


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capítulo no meu celular em vários lugares diferentes, na minha casa, durante um chá de bebê que aconteceu na casa da minha madrinha, na casa de um amigo da minha mãe e num carro.
Espero que gostem!
Desculpe pelos erros!
Boa leitura!



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Cinco Meses Depois...

Termino de tomar banho e me encaminho para o meu quarto para me arrumar.

Hoje é um dia muito importante para todos nos, e estavamos muito ansiosos para que esse dia chegasse. Suspiro e termino de arrumar o meu cabelo. Sinto o meu celular vibrar ao meu lado.

- Alô?

- Oi, Kat. – Gale me cumprimenta, ouço um choro de criança ao fundo. – Acho que eu não vou poder ir, sinto muito.

- Tudo bem, Gale. – falo com um tom compreensível.

- Crianças, por favor! – briga Gale ao telefone. – Eu sei, mas não podemos ir, papai tem que trabalhar.

- Quem esta chorando? – pergunto a ele.

- Damon e Elisabeth. – responde voltando a falar comigo. – Estão fazendo o maior escandalo aqui.

- Coloque eles na linha. – peço. Depois de alguns segundos de silêncio ouço um fungado perto do celular. – Alô, Damon?

- Oi. – fala soluçando de tanto chorando.

- O que acha de vir comigo?

- Sério? Você vai nos levar? – pergunta esperançoso.

- É só você falar com o seu pai que eu levo você e a sua irmã.

Ouço uns chiados e uns gritinhos de comemoração.

- Tem certeza, Kat? – pergunta inseguro.

- Claro que tenho! As crianças ficariam arrasadas se eles não fossem! – falo sorrindo. – Vai arruma-los.

- Obrigado, Katniss. – agradece. – Vou levá-los na sua casa, ok?

- Ok. – confirmo e desligo.

Suspiro e saiu do quarto, vejo as crianças ensaiando cada um com o seu instrumento a Sinfonia No 5 - 1 Allegro con brio. Sorriu vendo o esforço deles em não errar as notas, olho para o sofá e vejo Peeta observar as crianças com um sorriso enorme no rosto. Vou ate ele e me sento ao seu lado, sua atenção se volta para mim.

- Como? Quando? – pergunta sem entender.

Conto tudo a Peeta, des do dia em que brigaram na escola ate o dia da apresentação do dia das crianças. Ele me ouve com atenção se falar nenhum palavra, sua mão agarra a minha e vejo em seu olhar o arrependimento e a frustação. Quando termino de contar fico quieta esperando que ele fale.

- Queria ter feito parte disso na vida deles...

O interrompo envolvendo seu corpo nos meus braço, ele retribui me apertando ajudo a ele. Afundo meus dedos nos cabelos rebeldes de Peeta.

- Você já faz parte. – falo acariciando seus cabelos com os dedos.

Ouço a campainha e me afasto dele.

- Vou atender a porta. – aviso.

Vou ate a porta e a abro. Gale esta parado na frente da porta, com as roupas do hospital, esta de mãos dadas com Damon e Elisabeth, eles estão muito impaciente ao lado do pai.

- Entrem crianças. – falo e elas correm para dentro da casa.

- Sinto muito por não poder ir, tenho uma chamada de emergência do hospital. – explica ele. – Uma mulher entrou em trabalho de parto.

- Eu entendo. – falo com um sorriso.

- Obrigado por se dispor a levá-los.

– Não tem de que.

Ele sai e eu fecho a porta, vou para a sala. Peeta olha para mim sem entender o que os filhos de Gale estão fazendo ali sem os pais. Explico a ele e nossa atenção vai toda para as crianças.

Eles param de tocar quando vêem quem esta ali, Emilly corre e abraça com toda força de seus pequenos bracinhos o corpo de Damon, ele retribui a apertando devolta. As crianças ficam observando curiosas a interação dos dois, para eles é muito estranho esse negócio de se abraçar por mais que eles façam isso direto entre eles, mesmo assim é curioso de observar.

Quando Elisabeth e Damon percebem que todos estão observando, eles se afastam e sorriem olhando para baixo.

Colocamos eles no carro e fomos para a grande apresentação das crianças.

A dois meses atrás recemos uma ligação de um caça talentos, perguntando sobre as crianças. Foi uma alegria muito grande quando ele chamou meus filhos e os meus sobrinhos para fazer uma apresentação no grande festival infantil. O homem disse que poderíamos levar quem quiséssemos para o show. Naquela noite quase não conseguimos dormir.

Peeta suspira ao meu lado e agarra minha mão, leva aos lábios.

Quando chegamos no grande salão, vemos Finnick e Annie com as crianças, e junto a eles estava Prim com Penny e Rachel, eles estão sentados nas primeiras cadeiras. Um aperto no coração me faz suspirar, queria que meus pais estivessem aqui, queria minha família completa aqui, mas isso nunca vai ser possível. Tem cinco meses que eu não vejo meus pais e esta me machucando muito, tento odia-los, mas não consigo, incomoda quando os vejo na televisão, pois estão tão longe de mim. Dês de que voltei para o Estados Unidos não falei com eles, e não sei o que machucaria mais, eles me ignorarem quando eu tentasse conversar com eles, ou se eles me ameaçarem igual ao os pais do Peeta.

Tem bastante gente aqui, e todas elas parecem fazer parte de algum programa de televisão ou algum filme ou seriado, todos arrumados e chiques.

Sinto a mão do Peeta apertar a minha como se quisesse chamar a minha atenção, olho para ele e o vejo olhar para o outro lado do salão, sigo o seu olhar e me deparo com o Marvel.

- O que ele esta fazendo aqui? – pergunta Peeta surpreso.

- Vem, vamos nos sentar. – falo e puxo ele pela mão.

As crianças correm para ficarem do lado dos meus sobrinhos e das garotas, deixando eu e Peeta sozinhos. Abraço ele com um braço só, ele retribui me beijando na testa.

Nos sentamos e logo Finnick, Annie e Prin nos cumprimenta. Um homem se aproxima de nós, ele é alto, de cabelos castanhos e olhos verde. O terno e gravata caiu muito bem no corpo dele.

- Olá, Sr. e Srta. Mellark. – nos cumprimenta com um sorriso gentil. – Fui eu que liguei para vocês meses atrás. Meu nome é, Henry Stanford.

Eu e o Peera nos levantamos para cumprimenta-lo. Ele estende a mão.

- Muito prazer. – fala Peeta apertando sua mão.

Aperto sua mão quando Peeta a solta.

- O prazer é todo meu. – fala de um modo gentil. – Preciso que as crianças Mellark e as crianças Everdeen venham comigo, daqui a pouco é a hora da apresentação, tenho que prepará-los.

Henry vai ate meu irmão e Annie e os cumprimenta.

Quando vou me levantar para acompanhar as crianças, Peeta estendi o braço na minha frente impedindo que eu de algum passo.

- Eu vou, amor. – fala e beija de leve meus lábios.

- Tudo bem. – falo sorrindo.

Volto a me sentar quando Peeta e Henry vão embora com as crianças. Suspiro e sinto um beijo na minha bochecha, me pegando de surpresa. Olho para o lado e vejo Elisabeth e Penny olhando para mim com os olhos brilhantes e carinhosos.

- Onde eles foram? – pergunta Elisabeth se sentado no lugar de Peeta

- Eles vão se apresentar agora. – falo deslizando os dedos nos cabelos lisinhos dela.

Elas correm para o lado da Prim e se sentam ao lado dela.

Prim ficou com a guarda das crianças, Damien chorou um pouco por eu não ter ficado com elas, mas eu não podia fazer nada. Já tenho eles para criar e esta vindo mais dois. Não posso ficar com as garotas, por mais que sejamos ricos, nos não conseguiramos dar conta de sete crianças. Não conseguiríamos dar atenção a todos eles, e isso já seria um desastre para a infância deles. Além disso, Prim se manifestou em ficar com elas quando que saiu o julgamento dos pais das garotas. Elas não queriam morar na casa da Prim mas, fizemos um trato com as garotas de que se elas passassem uma semana na casa da Prim e não gostassem, nos ficaríamos com elas, no começo Penny e Rachel ficaram meio hesitantes mas, no final concordaram. Hoje Prim tem um amor incondicional com elas, ela cuida delas como se fosse a mãe delas e isso foi o que fez as garotas gostarem dela.

Finnick se vira para mim.

- Será que essa paixão pela música vai durar? – pergunta se referindo as crianças.

- Espero que sim. – respondo.

Minutos se passam e Peeta volta e se senta em seu lugar. Ele passa os braços envolta da minha cintura envolvendo-me, deito a cabeça em seu ombro.

Eles entram no palco com a mesma timidez da última vez, os olhinhos anciosos nos procuram nas fileiras e rapidamente encontram.

A música começa com David e os outros o seguem, o show todo foi muito bom e mais perfeito do que o primeiro. Viro a cabeça na direção do irmão do Peeta, ele está elegante com seu terno e gravata. Marvel esta como sempre este, nunca nos olhou com desprezo, mas também não se preocupa em esconde-lo.

Peeta aperta o braço envolta da minha cintura, fazendo minha atenção se voltar para ele. Seus lindos olhos azuis observam-me com todo carinho e gentileza. Ele segura meu rosto com a mão e puxa para um beijo lento e suave. Olho em seus olhos e vejo um olhar que nunca tinha visto, um brilho intenso e lindo, sinto minhas pernas bambearem e uma vontade incrível de beija-lo ate não poder mais. Seu braço se aperta bem devagar me provocando sensações que nem tinha experimentado antes, seu olhar esta fixo nos meus lábios. Puxo sua gravata verde fazendo seu rosto se aproximar do meu, ele sorri de um jeito safado levando meu corpo todo a tremedeira.

Os lábios dele roçam nos meus e fazendo-me estrangular um gemido para que ninguém ouça, selo nos nossos lábios e de uma maneira meio abrupta me afasto e olho para o irmão de Peeta que observa a cena, não demostra qualquer reação, apenas volta o olhar para as crianças tocando, faço o mesmo que Marvel.

Peeta se aproxima do meu ouvido.

- Prometo que nunca mais vou te machucar. Desculpe. – sussurra baixinho. – Ficar longe de você, foi a pior coisa que já aconteceu comigo.

Ele pressiona os lábios no meu cabelo e volta a sua atenção para os filhos.

Quando a última nota é tocada todos se levantam para aplaudir. Fazemos o mesmo batendo palmas e sorrindo eles, eles estão mais relaxados do que quando entraram. Damien levanta e se afasta do piano indo em direção aos primos, os cinco dão as mãos e levantam no ar e depois curvam o corpo para frente em forma de agradecimento. Henry entra e guia as crianças para fora fazendo a gente perder eles de vista.

Finnick se vira para mim com um sorriso radiante nos lábios.

- Sabe quem esta ai? – pergunto e ele nega com a cabeça. – Marvel.

Meu irmão estreita os olhos.

- Por que? – pergunta Finnick sem entender o que eles estariam fazendo ali. – Não éramos desprezíveis para a família dele, o que quer?

- É isso o que eu quero saber. – falo e coço os olhos com os dedos.

- Onde ele está? – pergunta meu irmão olhando para os lados.

Procuro com os olhos e não o vejo, ele sumiu.

- Peeta. – chamo, ele esta conversando com Annie. – Cadê seu irmão? – pergunto quando ele se vira para mim.

- Estava me fazendo a mesma pergunta. – fala Peeta também procurando com os olhos.

Finnick se levanta.

- Vou buscar as crianças. – avisa.

- Vou com você. – me pronuncio.

Saiu em busca das crianças com o Finnick ao meu lado, as encontramos conversando com Henry, ele os elogia e fala que se continuarem assim, vão fazer muito sucesso, mas por enquanto é pra eles não pensarem muito nisso, pois ainda são muito pequeno e o mais importante é se divertir.

As crianças riem em resposta.

Eu e Finnick nos entreolhamos e damos mais um passo a frente anunciando nossa chegada. Eles olham para nos e correm.

- Vocês foram ótimos! – fala Finnick abraçando os cinco.

- Todos vocês! – falo me juntando ao abraço.

Depois de chegarmos nos nossos lugares, Damien se vira para Peeta.

- Estou muito orgulhoso de cada um de vocês! – fala Peeta e beija a testa do filho.

- O titio Marvel falou isso também. – fala Damien fazendo todos nos olharmos para ele.

- O Marvel? – pergunta para o filho.

Damien assenti.

- Quando o Marvel falou com você? – pergunta Peeta chocado.

- Depois da apresentação ele foi nos ver. – fala Edward entrando na conversa.

- Podem me mostrar onde ele está? – pergunta Peeta.

Damien e Edward apontam para o fundo da multidão, procuro e logo encontro homem conversando pacificamente com Marvel. Peeta olha para mim perturbado e muito agitado.

- O titio Marvel foi muito legal! – Emilly fala feliz. – Ele nós deu doces, não foi, Damien?

- Deixe eu ver, filho. – peço ao Damien.

Ele tira do bolso dois pirulito e quatro balas. Olho para Peeta que esta sem reação diante dos fato.

Depois de algumas horas conversando com o Peeta e tentando chegar em conclusão decidirmos procurar ele, falo a decisão a Finnick, Annie e Prim. Andamos ate aonde ele estavam, Peeta segura a minha mão como se fosse dar força a ele. O homem se despedi de Marvel e vai embora.

- O que veio fazer aqui? – pergunta Peeta fazendo Marvel voltar sua atenção para nos. – O papai vai brigar se saber que você veio aqui. Ficou mais corajoso de repente?

Marvel abaixa a cabeça e depois volta a encarar o irmão.

- Quero tentar. – fala Marvel meio sem jeito.

- Tentar o que? – Peeta o incentiva a falar.

- Eu ainda não sei. – fala ele com a voz falha.

Acaricio a mão de Peeta para tentar acalma-lo e lhe passar segurança e apoio. Peeta olha para mim e suspira. Da pra ver que ele esta dividido.

- Eu não sabia que a mamãe tinha feito aquilo, ela nos falou que a Everdeen estava mentindo. – fala Marvel tentando se explicar.

- E como eu vou saber se você não foi mandado aqui pela mamãe para tentar fazer alguma coisa contra mim e a Katniss? – fala Peeta desconfiado. – Eu não...

Peeta solta a minha mão e vai embora, ele anda com passos largos e rapidos ate uma sala ao fundo desaparecendo da nossa vista, suspiro e olho para Marvel que esta paralisado com o olhar fixo em mim. Lembro do dia em que descidi falar com o Marvel mas, acabei desistindo, nunca vou ter uma oportunidade como essa, mas também não quero deixar o Peeta sozinho.

- Você não sabe as coisas horríveis que ouvimos dês de pequenos sobre a sua família. – Marvel comenta de repente.

- Eu também já ouvi coisas nada agradáveis sobre a sua. – retruco.

De repente o olhar de Marvel fica sério.

- Preciso saber de uma coisa antes de ir atrás do meu irmão. – fala com um tom extremamente sério. – Você o ama de verdade?

- Você quer prova maior do que fugir para outro país? – falo fazendo ele suspirar.

- Mamãe sempre diz que o seu objetivo era destruir a nossa família e era por isso que fugiu do país com Peeta. – explica com firmeza na voz.

- Uma coisa eu posso te garantir sem nenhum remorço. – falo me aproximando dele. – Se eu não o amasse eu não teria enfrentado a minha família, não teria me afastado por anos do meu irmão, e nunca teria tido filhos com o Peeta.

Ele me olha com uma expressão arrependida.

- Não me arrependo das coisa que fiz por ele, senão não estaríamos juntos agora, e isso me destruiria.

Ele fixa o olhar em mim.

- Acredito em você. – fala Marvel firmemente.

Vejo nos seus olhos de Marvel que ele sabe que estou falando a verdade, sinto uma esperança que eu nunca tive nascer.

- Por que? – eu pergunto de supetão.

- Mamãe nunca nós deixa falar com vocês, por que ela diz que vocês seriam frios e ignorantes, ela não quer que ninguém nos trate desse jeito. Dês de que você chegou com o meu irmão, minha mãe ficou meio obsessiva em não deixa-los chegar perto de nos, ela ate chegou a disse que você não tratava bem o Peeta o suficiente e que ele se tornou um pessoa sem sentimento e por fim, falou que estaria disposta a regata-lo custe o que custar. – ele faz um breve pausa. – Dês de criança, eu e meus irmãos fomos criados sobre esse conceito então, não me surpreendi quando o Peeta acreditou na mamãe.

Com o olhar cansado e totalmente confuso seu corpo se encosta na parede atrás de si. Fico ali, com os pesamentos a mil por hora. Eu nunca ouvi esse tipo de coisa sair da boca dos meus pais, quando falavam dos Mellark, era sempre com a voz carrega num limbo estranho entre brincadeira e ameaça fazendo eu e Finnick levar a sério.

Sinto um pequeno alívio que arranca um sorriso triste dos meus lábios, alívio por meus pais não chegarem ao ponto de falar esse tipo de coisa.

- Quando a mamãe reuniu aquelas provas falsas contra você, foi ai que passamos a ficar cada vez mais alienados e com a certeza de que vocês Everdeen não eram pessoas com boas intenções e serviu também para concretizar tudo o que mamãe falava à anos e anos. – Marvel falo tentando contendo toda aquela dor em seus olhos, ele esta com recentido por a mãe dele ter feito uma coisa tão baixa. – Mamãe foi na casa de vocês e encontrou o Peeta sozinho escorado na parede com uma faca de cozinha na mão, os pulsos dele estavam sangrando muito, ela ligou para a ambulância e enquanto esperava, tentava acorda-lo mais nada adiantava. Quando a ambulância chegou e levaram ele para a hospital, ela ligou para nós dizendo o que aconteceu. O desespero que eu e Clove sentíamos é indescritível, logo nós acalmamos quando chegamos lá e os médicos disseram que ele estava bem e só precisava descançar por algumas horas e depois poderíamos levá-lo para casa. Mamãe foi na casa de vocês e pegou as roupas dele alegando que Peeta iria ficar com a gente, e é claro que ninguém se opôs. No dia seguinte, fui no quarto do Peeta e ele não estava lá, não falei a mamãe que ele tinha sumido pois, sabia como ela reagiria e então quando ele chegou o que demorou horas pra acontecer, fui de novo no quarto dele e ele esta todo assanhado e desarrumado. Conversei com Peeta, e depois de tanto insistir contou a sobre a visitinha que tinha feito a você e olha só o resultado... – ele fala e olha para a minha grande barriga. – Viramos mais amigos do que éramos antes. Depois que você foi embora da nossa casa, mamãe enlouqueceu e estabeleceu uma regra, ninguém dirigiria uma palavra se quer com algum de vocês senão as consequências seriam que a pessoa seria expulsa da família. Foi a e que eu e a Clove, começamos a suspeitar das coisas que mamãe dizia, minha irmã ainda tenta achar uma razão por ela ter feito exames falsos, mas eu quero tirar a prova do que o que ela dizia era verdade.

Ele fez uma pausa e suspira.

- Vendo a preocupação que meu irmão tem com você e o modo como se olham, vejo que o que a mamãe falou sobre você não amar ele, não é verdade. E para confirmar, tive que te perguntar e você me disse tudo o que eu queria ouvir. – fala Marvel com um suspiro pesado. – Agora entende o risco que eu estou correndo vindo aqui, com vários jornalistas e repórteres tirando fotos, é muito provável que eu perca meus pais igual aconteceu com o Peeta.

Fico em silêncio, buscando as palavras certas. Não sabia sobre essa alienação que eles sofrem, por isso Clove é assim, fria e obcecada qualquer um ficaria sendo criado dessa maneira. Um sentimento de compaixão me domina fazendo-me quer abraça-lo e consola-lo.

- Eu nunca quis que as coisas fosse assim. – falo sentindo o meu coração pesado. – Sempre quis que meus filhos convivesse com os tios, com os avós e com os primos, e não que passassem por essa rivalidade... – paro no meio da frase me sentindo uma estupida por odiar Clove.

- Mamãe mentiu a vida toda para mim e meus irmãos, então tomei a decisão de julgar eu mesmo se acredito em vocês ou não e... Pelo que Peeta me falou e por o que eu vi hoje, acredito em você e quer saber... Que se foda a opinião da minha mãe sobre vocês, não me importo, mas... – ele para e fecha os olhos. – Não quero perder minha família.

- Eu entendo, já tive que escolher entre Peeta e minha família, e não foi nada fácil. Sei como se sente. – falo com um sorriso compreensível. – Obrigado, por depositar sua confiença em nós.

Marvel assenti e pela primeira vez ele me lança um sorriso.

- Espero não me decepcionar...

- E não vai. – falo o interrompendo.

Ele se afasta e anda na direção da sala onde o Peeta entrou. Espero que Clove resolva nós dar uma chance também.

Caminho ate a sala e abro a porta devagar, ouço um choro. Me aproximo um pouco, mas eles não notam a minha presença. Peeta esta sentado no sofá e Marvel ajoelhado em sua frente com a mão no ombro do irmão, que por sua vez chora de cabeça baixa. Quero consolar ele e o abraçar ate ver que se acalmou, mas esse momento é entre irmãos e não posso interromper.

- Desculpa, Peeta. – fala Marvel fazendo o irmão levantar a cabeça. – Você foi mais esperto que eu quando deixou de acreditar na mamãe. Eu deveria ter feito isso a muito tempo...

- Eu sinto muito a sua falta, irmão. – fala Peeta e abraça o irmão deixando transparecer a falta que sentiu.

- Eu sinto muito a sua falta, irmãzinho. – fala o apertando em seus braços e começando a chorar.

- As crianças gostaram dos doces. – comenta Peeta.

- Achei que fossem gostar. – responde rindo.

Sorriu e sinto lágrimas escorrem pelas minhas bochechas.


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Notas finais do capítulo

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