Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 29
Sofrimento


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que iria postar ontem mas, não deu!
Eu ia postar mais cedo, só que tive que ir numa formatura de uma amiga!
Mas o importante é que o capitulo esta ai!
Desculpe pelo os erros!
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Abro a porta e Gale vem imediatamente ate mim.

– O que foi? – pergunto.

– Madge me ligou e disse que Damon esta doente e que esta com suspeita de pneumonia, ele esta no hospital, preciso ir. – resume e beija a minha testa. – Depois quero que me conte o que aconteceu lá. Tchau, Katniss.

– Espero que ele melhore.

– Eu também. – fala e ele vai embora.

Caminho ate o sofá e me jogo nele. Toco no meu coração e o sinto muito acelerado. Finnick se senta ao meu lado. Olho para ele.

– Vou cumprir com a minha promessa, Finnick. – eu falo e ele olha para mim.

Duas Semanas Depois

– Katniss. – chama Finnick. – Vamos.

Eu e ele entramos no quarto da Annie e ela já esta arrumada, sentada na cama com um livro na mão. Ela olha para trás e sorri para nos.

– Oi, Annie. – Finnick fala indo ate ela. Ele a beija ela e sorri.

– Nossa, já não aguentava mais ficar longe de vocês! – fala se levantando e guardando o livro na mochila.

– A gente também não! – falo e a abraço.

Saímos do quarto do hospital e fomos ao berçário, me aproximo melhor para ver os bebês. Encontro uma enfermeira com um bebê nos braços, ela nos vê e chamo. Ela assenti como que já soubesse o que a gente queria.

Ela deixa o bebê onde estava e pega Caleb, ela sai do berçário e vem em nossa direção. O bebê esta dormindo chupando o dedo, seu corpo esta enrolado num lençol de cor amarela bem forte, seu cabelo é ruivo e todo arrepiado. A mulher entrega o bebê a Finnick.

– Que fofinho, maninho. – falo me aproximando.

Ele esta encantado com o bebê.

Annie pega a mãozinha dele e beija a ponta dos dedinhos dele. Meu irmão olha para mim.

– Quer segurar? – pergunta sorrindo.

– Só um pouquinho. – aceito e ele me entrega.

Caleb acorda e olha para mim, seus olhos são verdes como os de Annie. Enquanto eu o seguro a mulher vai trazendo os outros. Finnick pega o Aaron e Louise, e Annie fica com o Noah. Fomos para o carro, antes de entrar meu irmão me entrega o Aaron.

O viagem todo, ficamos conversando sobre várias coisa, estávamos muito distraídos quando chegamos na casa. Em frente a porta de casa estava Peeta, com um buque de flores e uma caixa de presentes ao seu lado.

Finnick olha para mim sorri querendo muito rir, já Annie esta completamente sem reação.

Descemos do carro e ando na frente para abrir a porta, não olho para ele o caminho todo, passo por ele e antes de abrir a porta, ele pega o meu braço. Depois de semanas sem nos ver ele resolve vir aqui, eu tenho varias chamadas perdidas dele no meu celular.

– Não faça isso. – pede.

– Não preciso fazer nada, você já fez. – falo ainda sem olhar para ele. – Larga meu braço.

– Vamos conversar. – pede tentando manter a calma.

– Quando eu quis conversar você me ignorou, lembra? – falo com um tom de desprezo. – Me deixo lá sozinha... – paro de falar e sinto ele se aproximar, continuo olhando para o chão. – Agora solta o meu braço, preciso levar os meus sobrinhos para dentro de casa.

Ele solta o meu braço e eu me afasto. Assim que entramos, fomos para o quarto que meu irmão preparou para os bebês e colocamos os quatro nos berços. Fico sentada no sofá da sala e sinto meu celular tocar.

– Alô?

– Oi, Katniss! Sou eu, Prim.

– Oi, Prim! – falo sorrindo. – Nunca mais nos falamos! Onde estava esse tempo todo?

– Tive que viajar. – fala com uma voz cansada. – E agora quero fazer uma festa. E você é pra vim!

– Claro que eu vou! – falo animada. – Você acha mesmo que eu vou perder?

Ela ri muito do outro lado da linha.

– Claro que não! – fala ainda rindo. – Como estão as crianças?

– Estão bem, estão na escola agora. – respondo.

– Quero te ver agora. – comenta ela. – Esta em casa?

Suspiro.

– Estou morando na casa do meu irmão, por um tempo. – respondo olhando para os instrumento das crianças.

– Por que?

– Eu e o Peeta brigamos.

– Como assim brigaram? – pergunta sem acredita. – O que aconteceu?

– A mãe do Peeta , falsificou um exame que diz que ele é estéril e outro dizendo que um amigo nosso lá da Inglaterra é o pai das crianças, e o Peeta acreditou. – explico e ela ouve com atenção. – Eu e as crianças viemos para a casa do Finnick e estamos aqui dês de então...

– E ai, ele ainda acha que você o traiu? – pergunta preocupada.

– Não, eu consegui provar. Eu consegui os exames verdadeiros e os falsos, fui na casa dos Mellark e mostrei a ele. Agora Peeta sabe a verdade. – conclui. – Você não tem nem noção das coisas que ele falou para mim quando acreditou na mãe dele... – suspiro lembrando da cena em que Peeta diz que não se importa mais comigo. – Peeta quer voltar comigo, mas eu não quero. Agora quem vai ter que lutar por mim vai ser ele.

Ouço sua respiração ficar mais pesada. Se conheço ela bem, Prim esta furiosa.

– Aquele filha da puta! Como ele pode acreditar em uma mentira dessa! Até um burro saberia que é mentira! – grita com raiva me assustando. – As crianças são idênticas a ele! Como esse idiota acredita em uma mãe que o faz sair do seu próprio país só por que não aceita o relacionamento do filho?! Você não merece isso! Você não merece os absurdos quaisquer que ele falou! Nossa, eu vou matar ele!

– Prim. – chamo ela. – Calma, ok?

– Calma?! – ela pergunta indignada. – Eu vou me acalmar quando eu tiver uma conversinha com ele! Peeta não devia ter feito isso com a minha melhor amiga!

– O que você vai fazer agora? – pergunto rindo.

– Vou dar um abraço em você, assim que abrir a porta para mim. – fala ela e eu olho para a porta.

Desligo o celular.

Corri com rapidez ate a porta e abro.

– Oi, Kat! – fala me abraçando.

– Dês de quando você esta ai?

– Quando você começou a contar sobre o que aquele idiota fez, entrei no carro e vim para cá. – explica. – Eu sinto muito, Katniss. Como você esta agora?

– To sobrevivendo.

– Eu vou matar ele. – fala começando a ficar com raiva de novo.

Olho para o relógio em meu pulso. Tenho que ir pegar as crianças na escola, ouço os bebês chorarem e Annie correr para o quarto.

– Vem. – eu a chamo. – Vem conhecer os meus sobrinhos.

Fomos para o quarto dos bebês e vemos Annie e Finnick, cada um com dois bebês de colo tentando deixa-los quietos, enquanto eles choram insistente. Sorriu lembrando de quando eu e o Peeta tínhamos dificuldade para acalmar as crianças, ficávamos noites e noites acordados balançando os pequenos de um lado para o outro, ate que descobrimos um jeito de acalma-los e dês da ai foi fácil. Um sentimento começa a me sufoca.

Meu irmão balança Aaron e Caleb tentando inutilmente faze-los se calar o mesmo faz Annie com Louise e Noah. Vou ate Finnick.

– Olha quem esta aqui. – falo e Prim entra no quarto.

Desço os dedos pelos bracinhos vermelhos do Caleb, Finnick e Annie estão balançando os bebês de um modo errado, estendo o braço pedindo para que meu irmão me de o Aaron. Ele olha para mim como se tive perguntando se eu tenho realmente certeza. Sorri e assenti com um sorriso grande nos lábios. Ele me entrega o bebê.

– Boa sorte. – fala Finnick cansado de tanto balançar o bebê.

Deito ele no meu braço e passo a mão na sua barriguinha por baixo de um camisa, num ritmo lento e carinhoso. Balanço ele bem devagar enquanto continuo massageando. Os olhos do bebê estão fixos nos meus, sorri quando ele vai parando aos poucos de chorar. Sento na poltrona perto do berço e continuo com o que faço, até que ele começa a dormir.

– É só massagear a barriga dele e o balançar bem devagar. – explico. – Ele só esta com cólica, massagear não vai passar, mas vai acalma-lo.

Olho para o meu irmão e ele esta fascinado com a minha facilidade de acalmar o ruivinho Aaron. Levanto e o coloco no berço.

– Você gosta mesmo de ser mãe, não é? – meu irmão pergunta sorrindo.

– Sim. – respondo.

Ajudo Annie e Finnick a acalmar os outros e os ensino, todos eles começam a dormir também.

– Por que não me disse que eles tinha nascido? – pergunta Prim a Finnick. – E não eram só um casal?

– Achávamos que iria nascer um casal também, mas ate os médicos ficaram impressionados. – fala Finnick colocando Caleb no berço. – Não contei por que estava esperando você chegar de viagem.

– Você quer ficar aqui enquanto eu vou buscar as crianças? – pergunto a Prim.

– Quero vê-los. – fala indo para o meu lado.

– Então vamos.

Vamos para fora da casa e quando passamos pela sala de estar, Prim vem os instrumentos e olha para mim surpresa. Pego a chave do carro de Finnick e coloco no bolso.

– Não sabia que Finnick e Annie sabiam tocar instrumentos. – fala tocando nas teclas do piano.

– E não sabem.

– Então por que...

– São das crianças, cada um toca um instrumento. – a interrompo. – Vamos no carro eu explico.

Fomos ate a garagem e entramos no carro. O caminho todo eu lhe explico tudo o que ela pergunta, e falo com detalhes o que ela perdeu enquanto estava fora, o que por sinal foi muita coisa. Ela me pergunta sobre cada dia que eu passei na casa de Finnick eu respondo com toda paciência do mundo, ela suspira e encosta no seu banco.

– Não acredito que eu perdi tudo isso! – exclama.

– E tem mais uma coisa. – anuncio.

– Tem? Meu Deus do céu! – fala se ajeitando na cadeira. – Não posso sair por um minuto que vocês já aprontam!

– As crianças vão ter mais irmãos. – falo e ela olha para minha barriga de olhos arregalados.

– Foi por causa daquele dia que o Peeta foi na sua casa? – pergunta em choque e eu concordo com a cabeça. – Que fogo é esse?! Vocês vão precisar abrir a creche daqui a alguns anos, por que se as coisas continuarem assim, vai ser cinquenta tons de filhos.

– Eu sei. – falo apertando as mãos no volante.

Ela olha para mim como se tivesse causado a impressão errada.

– Desculpa, pelo o jeito que eu falei ate parece que eu não estou feliz... – fala e pega a minha mão. – Eu estou muito feliz por você!

– Eu entendi o que você quis dizer. – falo encostando o carro. – É que foi tudo tão rápido que... Acho que ele nem se importava se nos nós protegermos ou não, já que na cabeça dele, ele não poderia me engravidar.

– Eu realmente vou precisar ter uma conversinha com ele! – fala se segurando para não ir atrás dele agora mesmo. – Você tem que ir para a festa e chamar o seu amigo da Inglaterra.

Sorriu.

Descemos do carro e a primeira coisa que vimos foi Peeta no portão da escola ainda fechado. Reviro os olhos e sinto a Prim ficar irritada ao meu lado. Vou ate ele.

– O que esta fazendo? – pergunto me aproximando.

Ele olha para mim parecendo feliz por me ver.

– Queria ver as crianças.

– Não quero saber, saia daqui! – falo ficando irritada.

– Eles são meus filhos! – fala como se tivesse algum direito.

– Agora? – pergunto erguendo as sobrancelhas. – A alguns dias antes vocês nem se importava com isso e agora quer ser pai deles.

Vejo a culpa em seus olhos crescer. Ele não esta sofrendo nem a metade do que eu sofri, tive que ouvir poucas e boas dele, aguentar suas palavras duras e frias foi a pior coisa que já tive que suportar. Meu coração dói muito ate agora por suas palavras. Ele foi muito cruel comigo, me usou para me fazer sofrer. O que eu estou fazendo com ele agora, não é nem a metade do que ele me fez passar. E agora ele se sente no direito de ver os meus filhos.

– Sai daqui antes que eu te mate! – fala Prim dando um tapa no seu ombro. – Tchau, Peeta!

Ele se endireita e olha para mim em suplica.

– Tchau, Peeta!

Peeta vai embora nos deixando sozinhas, fico ali paralisada no lugar. Prim vem e me abraça com força. Respiro fundo e retribuo. Precisava disso agora. Um abraço.

– O portão abriu. – fala fazendo-me virar para olhar.

Várias crianças saem correndo para os braços dos seus pais. Ficou um bom tempo procurando as crianças com os olhos, mas não as encontro. Do meio das crianças sai a Penny sendo puxada bruscamente por sua mãe que parece esta furiosa com alguma coisa, ela olha para mim com uma raiva indescritível nos olhos. Penny olha para mim com lágrimas escorrendo por suas bochechas rosadas, vejo o sofrimento em seu rostinho, as manchas roxas na sua pele branca estão mais visíveis do que antes, ela me olha como se tivesse implorando por ajuda. Sinto meu coração doer vendo todo o sofrimento da crianças.

Elas vão embora num carro vermelho a toda velocidade. Prim esta com uma expressão horrível, ela olha para mim com os olhos em total choque. Todas as crianças e pais vão embora deixando a escola totalmente vazia, nenhum dos meus sobrinhos e dos meus filhos aparecem. Estou começando a ficar preocupada.

Eu e Prim nos entreolhamos e entramos no prédio, quanto mais avançamos o corredor vazio, mais fico preocupada. Ouço um choro vindo de uma sala, me aproximo e vejo Edward e Emilly sentados um de cada lado de Damien que chora em desespero, eles abraçam o irmão tentado passar conforto, David e Ethan estão na sua frente ajoelhados pedindo para que ele se acalmasse e contasse o que estava acontecendo.

– Me conta! – pede David muito preocupado. – O que aconteceu? Alguém mexeu com você? Foi os irmãos Mason?

Ele não responde apenas começa a se debate sentado, seu choro só aumenta.

Entro na sala fazendo eles olharem para mim.

– Por que esta chorando? – pergunto indo até ele. Olho para os pequenos em volta. – Vocês sabem o que aconteceu com ele?

– Não, a gente ouviu ele conversando com a Penny e a mãe dele, depois de minutos vimos a mãe dela sair e alguns minutos depois a Penny e logo em seguida ouvimos o choro do Damien. – explica David.

Tem duas semanas que Damien esta agindo de um modo muito estranho, ele não conversa muito com os irmãos e os primos, fica na maioria das vezes sozinho no canto da sala ou tocando piano, quando buscávamos eles na escola, Damien ficava quieto o caminho todo enquanto os outro conversavam, assim que chegávamos em casa ele corria para o quarto e se trancava. Nunca o vi tão afastado assim.

Me aproximo e o pego nos braços o levantando, coloco ele em cima da mesa sentado, seu choro sessa um pouco. Pego o seu rosto em minhas mãos.

– Você esta tão triste estas semanas... – comento olhando em seus olhos molhados. – Conta, o que esta acontecendo? Vi a Penny.

Seus olhinhos encontram os meus quando falo o nome da Penny.

– Ela estava triste como você. – comento limpando as suas lágrimas. – Por que estão assim? Conta pra mamãe.

Ele se joga nos meus braços e me aperta, ele começa um choro desesperado e agoniado.

– Protege ela, mamãe... – pede soluçando. – Por favor... Ela esta sofrendo muito...

– Por que ela esta sofrendo, Damien?

– A mãe dele machuca ela. – sussurra em meu ouvindo.

Sinto minhas costelas doerem por conta do aperto dos seus braços. Meu coração quase para só de imaginar uma criança ser machucada. É só uma criança! Mas que tipo de mãe é essa que machuca sua própria filha?! Isso explica os machucados no corpo da Penny.


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Notas finais do capítulo

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