Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 26
Escola


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo e o maior capitulo que eu já escrevi de todas as Fanfictions!
Quero recompensar vocês pelo tempo que fiquei sem escrever!
Espero que não se desencorajem de ler por ser grande demais!
Espero que gostem!
Desculpem pelos erros!
Boa leitura!



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Sinto a cama afundar ao meu lado, como se alguém estivesse andando em cima dela, abro os olhos e vejo Damien deitando-se ao meu lado, sorriu e o puxo para junto de mim, beijo sua testa e nos cubro.

Dormimos assim que fechamos os olhos.

Acordo com ouvindo alguns sussurros e risadinhas, não sinto mais o Damien do meu lado, já deve estar brincando pela casa. Me viro de novo me preparando para dormir.

– Vamo pula! – grita Edward.

Vários pés pequeninhos pulam em minha volta formando um circulo, me sento sendo balançada pelas pulos no colchão. Cada um deles esta com o uniforme da escola, estão arrumados e sinto o perfume de alguns, sorriu vendo os cabelos loiros de Emilly sendo levado para cima e para baixo, num ritmo gracioso, o perfume dela é o mais forte de todos.

– Ao ataque! – grita David e todos eles fazem cócegas em minha barriga e por todo o meu corpo. Me contorço de tanto rir e chega uma hora que começo a ficar sem folego.

– Já chega crianças. – fala Finnick sorrindo. Eles param e correm para fora do quarto. – Não tive escolha, tenho que fazer você rir. E pelo visto deu certo.

– Golpe baixo, maninho!

– Você precisa disso.

– É, acho que tem razão. – falo e me levanto. – Mas mesmo assim foi golpe baixo.

Ele concorda com a cabeça e começa a rir, fomos ate a cozinha juntos. Encontro Annie mexendo no celular distraída o bastante pra não notar que chegamos, Finnick vai ate ela e beija a sua cabeça. Ela sorri para ele e para mim, meu irmão prepara algo para nos comermos e depois se senta a mesa com a gente. Tomamos o suco e comemos pão com queijo na chapa, depois que meu irmão termina ele pega as crianças e as leva para a escola. Finnick chega e volta para o seu lugar na mesa, conversamos sobre varios assunto, e ate que chega no assunto dos bebês.

– Não sei, amor. – fala Annie pensativa. – Que tal Pietro, o que acha?

– Eu queria um nome mais a ver com o lugar que eu nasci. – diz Finnick brincando com a tampa da cerveja que a pouco tempo estava bebendo.

– Alemanha? – pergunto rindo. – Por mais que eu ame o meu país, sei lá, tem muitos nomes lindos, mas também tem muitos nomes estranhos.

– Eu sei, mais mesmo assim, eu queria um nome da origem do lugar que nasci. – repete novamente.

– Nunca me contou que tinha nascido na Alemanha. – fala Annie curiosa. – Por que não me disse?

– Não me veio a cabeça contar. – fala distraído com a tampinha.

– E você Annie? Onde nasceu? – pergunto curiosa.

– França. – responde coçando os olhos. – Assim como todos os Mellark.

– Todos mesmo? Por que? O que a França tem de tão especial?

– Todos nós Mellark somos franceses, é uma tradição pode se dizer assim, não sei o por que exatamente. Quando os meus filhos nasceram aqui e os seus na Inglaterra, acabamos meio que sem querer quebrando essa tradição. – explica Annie. – E na família de vocês? É uma tradição nascer na Alemanha?

Eu e Finnick nos entreolhamos e começamos a rir, esse negócio de tradição é pura maluquice, e vejo que Finnick concorda comigo nisso, pelo o jeito que ele esta rindo.

– Não. – fala Finnick retomando o folego. – Nossos pais adoravam passear pelo mundo, e deixavam sempre a Alemanha por último. Numa dessas aventura, nossa mãe estava grávida de mim. E a mesma coisa aconteceu com a minha maninha, nascemos em Berlim. Eu e a Katniss, somos naturalizados alemães.

– Seu pai e sua mãe, nasceram em qual país? – pergunta Annie interessada.

– Temos uma mãe americana e um pai austríaco. – responde. – É por ter uma mãe americana que podemos sair e entrar no país quando quisermos.

– É tão bom conhecer mais da família de vocês. – Annie fala sorrindo. – Se quiser perguntar, estou a disposição.

– Bom saber! – respondo escorando os cotovelos na mesa e em seguida descanso meu queixo nas mãos. – Sempre íamos na Alemanha para visitar Berlim, mas dês daquele dia da entrevista, eu nunca mais fui...

– Eu também não. – interrompe Finnick.

– Voltando ao assunto. – falo sem quer continuar nessa conversa. – Tive uma ideia.

Eles esperam que eu continue a falar.

– Por que vocês não fazem o seguinte. Um escolhe o nome do menino e o outro o da menina. – conclui olhando para eles.

– Eu escolho o da menina. – fala Finnick.

– Então eu escolho o do menino. – fala Annie e começa a pensar. – Estava pensando Caleb, acho bonito.

– Caleb... Gostei. – fala Finnick rindo. – Minha menininha vai se chamar Louise.

– Por que Louise? – pergunto curiosa como sempre. – Tem vários outros nomes alemães, tipo Adele, é um bonito nome.

– Conheci uma criança em nossa última ida para a Berlim, o nome dela era Louise, ela era gentil e atenciosa comigo, gostava muito da menininha, acho que ela tinha 4 anos.

Sorriu.

– E é lindo nome alemão. – fala ele sorrindo.

Estávamos todos rindo e se divertindo com o assunto, ate parece que não tínhamos nenhum problema para nos preocupar, e pela primeira em semanas consigo realmente me distrair e rir. Olho para Annie e Finnick, fico feliz pelos dois, eles parecem bem felizes com os bebês que viram, o que é muito bom! Sempre quis que meu irmão fosse feliz com uma garota que ame, David e Ethan não poderiam ter pais melhores. Fico ali observando eles e pensando "Qual é a maior preocupação que poderiam ter? Em comparação a minha relação com Peeta?" Me sinto bem por eles não precisarem ter esse tipo de preocupação. Por que é uma droga ter que se preocupar o tempo todo. Bem, pelo menos meu irmão esta feliz. Fico me perguntando o que minha mãe e meu pai devem estar fazendo agora? Se preparando para fazer mais filmes? Sinceramente eu não me importo tanto.

A campainha toca, Annie e Finnick ao mesmo tempo voltam seus olhares para mim paralisados, ficamos assim por uns minutos, mobilizados um olhando para o outro, todos nos temos só um pensamento nesse momento. Ele voltou. Aquilo que aconteceu aqui, não vai mais acontecer! Não quero que ele ache que eu to disponível quando ele quiser "matar" a saudade. Nenhum de nós se manifesta para levantar e ir atender. E a campainha toca mais uma vez.

Me levanto e a cada passo que dou vou ficando cada vez mais trêmula, minhas mãos soam, respiro fundo tentando me acalmar mas, e é óbvio que não consigo. Paro no meio do caminho. Finnick passa por mim dando me um tapinha no ombro. E ele abre.

– Posso te ajudar? – pergunta Finnick educadamente.

Não consigo ver quem é, o meu irmão esta na minha frente.

– Você é o Finnick? Irmão da Katniss? – pergunta um cara. Eu conheço essa voz. – Preciso vê-la.

– Castor?! – falo sem acreditar.

Meu irmão se vira para trás para olhar para mim, e a porta se abre, corro ate Castor e o abraço, ele retribui me apertando. Pode ate parecer que não, mas ele se tornou um amigo para mim, quando Peeta ia trabalhar, ele me ajudava a cuidar das crianças e acabamos meio que sem quer criando um laço de amizade muito forte. Ele se tornou um grande amigo, tanto para mim quanto para o Peeta, confiamos muito nele e ele em nós. Mas agora, acho que Peeta não confia mas nele, o que é muito chato. Peeta sempre teve um pouco de ciúmes do Castor, por passarmos tanto tempo juntos mas, isso nunca interferiu em nada na nossa relação. Castor é muito lindo mas, nunca trocaria Peeta por ele. Nunca! Eu amo muito o Castor, mas é só como um amigo. Quem eu amo de verdade, é o cara que esta sendo extremamente idiota nesse momento.

– Quando chegou aqui? – pergunto assim o solto.

– Ontem a noite. – responde ele, vejo pelo seu olhar que esta se sentindo culpado. Quando o abracei senti que ele estava meio hesitante mas, logo relaxou, pelo que se culpa? Nada disso é culpa dele, e sim da mãe do Peeta. – Sinto muito, desculpe pelo o que aconteceu, eu podia ter evitado...

O abraço pela segunda vez, fazendo ele parar de falar.

– Não, isso não é culpa sua. – falo começando a me sentir mal por ele.

Me afasto e forço um sorriso.

– Quem é ele, Kat? – pergunta Finnick e só ai percebo sua presença.

– Ele é um grande amigo meu lá da Inglaterra, Peeta acha que ele é o pai. – explico.

Finnick acena com a cabeça para ele e ele retribui com outro.

Acompanho Castor ate o sofá é nos sentamos, sinto que ele não esta bem pelo que esta acontecendo. Estou muito feliz por ele estar aqui, mas não gosto de vê-lo assim. Ele também é uma vítima e eu estou disposta a ajudá-lo se ele quiser. Castor me explica tudo com detalhes, Finnick e Annie vêem e se sentam no outro sofá ao nosso lado, eles ouvem com atenção as palavras do meu amigo. Fico atenta a cada palavra. Peeta ligou para ele e pediu para que ele viesse alegando ser urgente, quando chegou aqui Peeta praticamente o obrigou a fazer o exame, sua mãe sempre estava a seu lado de olho em todas as conversas, Castor acabou fazendo por pressão e quando saiu o resultado, Peeta ordenou que ele nunca mais voltasse a falar com ele e para que ficasse na Inglaterra. Castor tentou convencê-lo que nunca tivemos nada, mas ele acreditou mais no exame.

– Eu devia ter te contado, mas achei que só iria piorar as coisas se te procurasse. – fala olhando para o chão. Ele nem esta conseguindo olhar para mim direito. – Não faço ideia de como foi dar positivo. É impossível.

– Eu sei. – falo o compreendendo. – A mãe do Peeta provavelmente falsificou os papéis.

Onde esta meu irmão? Procuro Finnick com os olhos e não o acho. Olho para a o relógio no meu pulso, ele foi buscar aa crianças.

– Eu tenho certeza que sim, Katniss. – Annie se pronuncia em seguida. – Se Peeta esta agindo assim, é por que a mãe dele conseguiu todas as provas que precisava para engana-lo, conseguiu o falsificar o exame do seu amigo e ainda por cima, conseguiu arranjar um exame falso dizendo que não pode ter filhos. É facil de enganar alguém com tanta prova em mãos. – termina e começa a pensar em algo. – O que precisamos e arranjar mais provas que dizem ao contrário do que ela afirma, e que também prove que os exames que ela mostra são falsos.

– Sim, Annie. – eu concordo. – Tem toda razão mas, não quero que se estresse com isso, você tem os meus sobrinhos na barriga pra cuidar...

– Não se preocupe, eu quero ajudar você. – ela me interrompe com um sorriso. – Você é a minha família também.

Sorri para ela, posso ter perdido os meus pais, mas ganhei uma família muito mais unida.

– Ah, eu esqueci de apresentar... – falo e viro-me para Castor. – Castor, essa é a Annie, esposa do meu irmão. – falo e eles apertam as mãos.

– É um prazer.

– Igualmente. – responde Annie sorrindo.

Meu celular toca, vou ate a mesa e o pego.



– Oi maninho, vocês já estão vindo? – pergunto indo para a cozinha.

– Preciso que venha aqui. – fala Finnick com uma voz ofegante.

– Você estava correndo? – pergunto a ele.

– Aqui eu te explico melhor você quando chegar.


Desligo o celular e sinto o olhar de Annie em mim. O que será que aconteceu? Por que eu precisaria ir lá? Mas não é hora de ficar suponho coisas.

– Preciso ir na escola. – anuncio voltando para a sala.

– Por que? – pergunta Annie se levantando.

– Não sei, mas tenho certeza que não é nada grave. – falo e pego o telefone e chamo um taxi por um aplicativo. – Fiquem aqui, não vamos demorar lá.

– Ok, qualquer coisa me liga. – avisa e volta a se sentar.

Saiu e vejo o taxi chegar lá de longe, aceno e o carro para a minha frente, entro e digo o endereço da escola. O motorista passo o caminho inteira falando de como estava honrado de me ter carro dele, sorri para o cara que me parece ter 27 anos, fazia vários perguntas e todas eu respondia educadamente e com um sorriso no rosto. Me despeço dele quando chego a escola.

Desço do carro e a primeira coisa que vejo é uma grande tumulto de crianças, me aproximo para ver melhor, uma mãe cuidada do seu filho, ele sangra um pouco pela testa e pelo braço, tem cantos do rosto que estão extremamente roxos. Entro na escola e encontro mais um grupo de crianças, só que esse grupo é muito maior que o outro, todos se concentra na sala de música. Me aproximo.

Corro para ajudar o Finnick a separa Edward que bate em um garoto, que esta batendo em Ethan. David e Emilly dão vários tapas em um garoto que esta em cima de Damien, que tenta se defender dos tapas e socos que o garoto desfere em seu rosto. Damien consegue sair de baixo do menino e se junta a Emilly e David a bater nele. Olho para os instrumentos quebrados, o piano esta sem alguns teclas, o violino esta com as cordas arrebentadas, e a flauta esta quebra ao meio.

– Como vamos separa-los?! – pergunto pegando Edward no colo.

– Tira ele daqui! – fala ofegante e corre para tirar Emilly e David.

Edward tenta se soltar de mim, quando vê o Damien sendo jogando em direção as cadeiras por um garoto que entra na briga gritando e dizendo que ninguém vai bater nos irmãos, ele dever ter 8 anos, David e Emilly que já estavam sendo segurado por Finnick, se soltam e correm em direção ao garoto e batem com tanta força que ele começa a se contorcer de dor, enquanto isso, Ethan olha para Damien e começa a ficar com raiva do que vê, com toda a sua força consegue tirar o garoto de cima dele e corre para junto do irmão e primos.

– Edward fica aqui! – grito quando ele se solta de mim.

Os meus sobrinhos se juntam com o Edward e Emilly, eles pulam em cima do garoto e batem nele com tanta força, que fico com medo de eles acabarem quebrando algum osso dele. Quatro crianças contra um, isso não vai acabar bem para ele. Olho para o Damien jogado entre várias cadeira, com o rosto, bracinhos cortado e machucado faz meu coração se aperta de uma tal maneira que me seguro para não agredir o garoto.

Corro e pego o pequeno corpo do meu filho de baixo de duas cadeiras de plástico.

– Damien. – o chamo em despero. – Acorda filho, por favor.

Vejo um cara alto e grande ir na direção de Finnick e ajudar meu irmão empurrando as crianças de leve para o se colo, meu irmão segura com firmeza os quatro que caem em seu colo, e aos poucos eles vão se acalmando. O homem vai embora com os três garotos, cada um deles tinha um expressão diferente no rosto. O menino que estava batendo no Ethan, olha pra ele e mostra o dedo do meio e depois olha para a frente com raiva. O menino que estava batendo no Damien olha para mim sem nenhum expressão e vejo que ele esta pior nos cortes do que Damien, a diferença é que um foi arremessado e o outro não. O outro garoto que jogou meu filho nas cadeiras olha para ele como se tivesse só um pouco arrependido. Todos eles estão com as roupas ragadas, incluindo o meus filhos e os de Finnick.

– Finnick! – o chamo. – Ele não quer acordar!

Finnick se assusta quando vê Damien, expressão e de total preocupação e angustia, nunca o vi meu irmão com tamanho desespero como agora. Olho para frente e só agora percebo que a diretora chegou.

– Quero os responsáveis todos na minha sala amanhã. – anuncia olhando para o cara com os garotos, para mim e meu irmão. – As 8 horas sem falta e com os seus filhos. – ela olha para Damien no meu colo e depois para mim. – Ah meu Deus! Leve ele para um hospital rápido, se não ele pode ter uma convulsão! Já fui médica e sei do que to falando.

Olho para todos os lados e vejo os pais chegando para levar os seus filhos para casa, todos nos olham chocados. Pego Damien e deito sua cabeça no meu ombro deixando seu corpo em pé.

– Vai no meu carro! – fala jogando a chave na minha mão. – Vou deixar eles em casa e te encontro no hospital.

Carrego ele ate o carro correndo, ouço as crianças me chamarem e gritar o nome do Damien.

Entro no carro e prendo ele na cadeirinha, passo dois sinais vermelhos e ouço várias reclamações. É por que não é o filho deles que esta no banco de trás do carro desmaiado.

Quando chego no hospital, sou atendida rapidamente.

– O que que aconteceu com ele? – pergunta o médico e pegando ele dos meus braços.

Damien e colocado numa maca e levado para um quarto, eu, o médico e mais dois enfermeiros entramos e eu sento na cadeira ao lado da cama.

– Ele estava brigando com um menino e o irmão dele acabou intervindo e jogando ele na direçao de algumas cadeiras. – resumo esperando que ele faça alguma coisa. O médico examina os cortes e faz alguns exames que não sei o que é. Assino e preencho papeladas, entrego quando termino. – Por que ele não acorda?

Seco minhas lágrimas e seguro sua pequena mão.

– A senhora é a Katniss Everde... Quer dizer Mellark. – fala como se tivesse acabo de perceber isso. – E esse é o seu filho Damien. Eu assisti a sua entrevista que levou seus filhos.

– Bom agora me responde. – falo sem paciência. – Por que meu filho não acorda?!

– Damien esta bem, se não tivesse trazido ele a tempo, seu filho iria ter uma convulsão por ter batido a cabeça, ele desmaiou por que a pancada foi muito forte na cabeça, Damien vai acordar em algumas horas. Se ele já tiver acordado ate o anoitecer pode levar ele para casa. – fala enquanto observo uns homens limpar os machucados dele e colocarem curativos. – Qualquer coisa me chame.

Passasse cinco minutos e sinto os dedinhos se mexerem apertando e soltando minha mão bem fraco, olho para ele e o vejo tentar mexer-se. Sorriu quando ele abre os olhos, me inclino e beijo sua testa, vou para o meu lugar e fico observando ele.

– Mamãe... – sua voz rouca e cansada me chama.

– Você me deu um susto garotão. – falo alisando sua mão.

Finnick entra ofegante, ele se aproxima de nós e senta na cadeira do outro lado da cama.

– Como ele esta? – ele pergunta e Damien bem devagar vira a cabeça na sua direção.

– Titio. – fala olhando para ele.

– Estou aqui, Damien.

– Cadê David e Ethan e os meus irmãos? – pergunta preocupado. – Eles estão bem?
Sorriu, ele no hospital e esta preocupado se os irmãos estão bem? Meu coração se enche de orgulho.

– Sim, eles estão bem. – responde Finnick.

Damien sorri feliz com as palavras do tio.

– Se prepara.

– Por que? – pergunto confusa.

– A seguiram ate aqui, tem uma multidão de paparazzi e repórteres na porta do hospital, estão esperando vocês saírem. – explica ele alisando o cabelo do Damien.

– Droga. – falo e bufo.

Ficamos ate umas 10 da noite, esperando Damien se recuperar mais. Finnick tira sua blusa de frio e vesti o sobrinho e coloca a toca nele, que esconde seu rosto. A blusa de frio do meu irmão e maior que ele, é bom para não espor os cortes dele, vão fazer muitas perguntas se virem.

Saímos do hospital e recebemos vários flash, Damien deita a cabeça no meu ombro e me abraça pelos ombros. Vários repórteres nos pararam, mas sempre devíamos e dissermos que estávamos com pressa, chega uma hora que acabo parando para responder.

– O que aconteceu com o seu filho, Srta. Mellark? Vimos que ele estava desacordado quando chegou aqui no hospital. – fala um repórter e sinto os bracinhos do meu filho me apertarem. Ele esta tremendo de frio.

– Eu não posso falar agora, meu filho esta com muito sono e frio, espero que entendam. – respondo e tento passar por ele mas, ele e entra na minha frente.

– Por favor, só me responda essa pergunta. – insisti ele. – Por que ele precisou vir para o hospital depois da escola.

– Eu não posso responder agora! Já lhe disse! Não quero ser grossa com você! Preciso leva-lo para casa! Ele precisa de repouso! – falo irritada.

Quando tento passar ele entra na minha frente de novo.

– Eu só estou fazendo meu trabalho como repórter, Srta. Mellark. – fala ela desfarçando a sua frustração.

– E eu só estou fazendo o meu trabalho como mãe. – falo com irritação.

O empurro e saiu da multidão, todos me seguem ate o carro de Finnick, sento Damien no meu colo e sinto seus braços se afrouxarem a minha volta, quando o veículo já esta em movimento tiro a toca de cabeça do Damien.

– Não, mamãe. – protesta. – Esta frio.

Sorri e coloco a toca de volta na sua cabeça, ele deita no meu ombro e suspira.

– Amanhã é dia das crianças e tem um festa que nós chamaram, essa festa é aquelas de rico mesmo, tem que ir de roupa social e tudo. Todos vão estar lá. – comenta Finnick virando uma rua. – Vai ter uma apresentação parecida com um show de talentos, várias crianças vão se apresentar e quem ficar em primeiro lugar, ganha um premio, vai ter até uns jurados especiais lá. – fala animado. – A gente vai, ouviu?

– Mas, o que as crianças vão apresentar? – eu pergunto.

– A festa não é para isso! É uma festa para comemorar o dia das crianças, nem todos sabem tocar algum instrumento, dançar ou fazer qualquer outra coisa, só vão ser algumas crianças. – explica ele. – Nos vamos, e as crianças merecem sair um pouco de casa.

– Ok, Finnick. – falo sem insistir. Eu.nunca iria ganhar essa discussão.

Chagando em casa, Damien corre para dentro e eu e Finnick vamos atrás, quando ele vê Castor corre e o abraça.

– Oi, Damien! – fala retribuindo o abraço.

– Oi! – fala meu filho e solta ele.

Castor fica uns minutos conversando com ele e se despedi de nós e vai embora. Vou tomar banho e quando termino chamo Finnick para conversar com as crianças. Andamos ate o quarto deles e os levamos para conversarmos no sala. Todos se sentam no sofá e vejo que os machucados são mais visíveis nas mãos por ter socado os garotos, principalmente as mãos de Edward. Quem adora brigar assim é o Peeta, Edward tem mesmo a quem puxar, tal pai, tal filho.

– Vocês sabem o por que estão aqui? – pergunta Finnick e nenhum deles responde. – Antes de qualquer coisa, quero saber por que estavam brigando com aqueles garotos?

Emilly suspira e olha para nós.

– Eu estava passando no corredor e vi que a porta da sala de música estava entre aberta e vazia, o que é muito difícil por que sempre tem algum professor tocando, entrei e vi o piano, me sentei e comecei a tocar...

– Espera, você sabe tocar? – meu irmão o interrompe surpreso.

– Sim. – responde tranquilo.

O meu filho de 3 anos sabe tocar piano?! Isso e inacreditável! Finnick olha pra mim com a mesma expressão surpresa e ao mesmo tempo interessada.

– Você aprendeu sozinho ou alguém te ensinou? – pergunto sem acreditar.

– Eu fico vendo os professores tocando alguns instrumentos e acabei aprendendo. – responde super tranquilo.

– Dês de quando você gosta de música clássica? – pergunto prestando atenção.

– Dês de que eu ouvi pela primeira vez.

– E quando foi?

– No primeiro dia de aula. – responde rapidamente. – Na sala de música, no recreio.

Eu e Finnick nos entreolhamos, ele ri e olha para Damien.

– Temos um Mozart na família! – fala Finnick orgulhoso.

Sorriu.

– Quero que toque para mim um dia. – fala Finnick num tom de desafio que Damien entende muito bem.

– Só sei tocar quatro músicas. – avisa ele.

– Não importa. Toque qualquer uma que quiser. – fala meu irmão sorrindo.

– Continue... – falo tentado me recuperar. – Você estava tocando...

– David e Ethan chegaram e começaram a mexer em alguns instrumentos, eles escolheram e eu os ajudei no que sabia dos instrumentos por que eu só havia visto um vez o professor tocando, David e Ethan conseguiram tocaram do jeito que mostrei, Edward e Emilly chegaram depois e eu os ajudei também. Foi assim que nós conhecermos, não sabiamos que eramos parentes ate o titio Finnick e a titia Annie ir nos visitar. – Damien resume a história. – Cada um ficou com um instrumento, Ethan ficou com o trompete, Emilly ficou com o violino, Edward ficou com o violoncelo, David ficou com a flauta e eu fiquei com o piano. – explica ele. – Sempre tinha os irmãos Mason para ficar rindo de nós, sobre qualquer coisa, tocar naquela sala era um segredo nossos, era proibido irmos lá, a diretora tem medo de alguma criança quebrar algum instrumento então resolveu proibir. Ficamos semanas indo ver os professores tocar os instrumentos e todos os dias no recreio iamos tocar, ficávamos melhores a cada dia. Eai a mamãe, eu e os meus irmãos viemos para a casa do titio Finnick, no segundo dia que estávamos aqui fizemos um juramento. "Sempre proteger um ao outro." Mas hoje, quando estávamos tocando na sala de música, faltava muito pouco para bater o sinal da hora da saída... – Damien para sem querer continuar.

– Dois dos irmãos Mason apareceram e disseram que se a gente não parasse, eles iriam contar para a diretora. – continua Emilly. – Damien empurrou um deles quando ele se aproximou do piano, que retrucou com um soco fraco no ombro e depois pulou em cima do Damien e começou a bater nele, não podíamos deixar então, foi assim que começou a briga. – explica ela e olha para o chão. – Dois dos irmãos Mason quebraram o piano, o violino e a flauta.

Eu e Finnick ficamos um tempo para processar a informação, eles brigaram para proteger uns aos outros. Não sabia que meus filhos já era dês da escola amigos dos filhos do meu irmão, que bom que eles são unidos assim. Só o que não me deixou feliz foi a briga. Se Finnick tivesse brigando com outra pessoa, e óbvio que eu iria entrar no meio, então entendo a reação deles.

– Desculpe, papai. – fala David olhando para Finnick. – Não podiamos deixar machucarem o Damien, ele e nosso amigo e meu primo.

– Foi errado brigarem daquele jeito, mas entendemos. – fala Finnick olhando para cada um. – Se baterem em vocês e não tiver outra opção, pode revidar. Mas só senão tiver opção mesmo, ouviram?

Eles assentem em silêncio.

– Agora vão pra cama. – fala meu irmão e ele vão embora.

– Parece que temos cinco Mozart na família. – falo com orgulho.

Finnick me abraça e eu o aperto, sei o que ele esta sentindo, por que eu também estou. Ele se afasta e olha para mim.

– Esta pensando o mesmo que eu?

– Acho que sim. – falo com um sorriso.

Ficamos conversando ate que Annie acorda e se senta no sofá com a gente, Finnick conta toda a história do que aconteceu com as crianças, ela que fica com a mesma reação que tivemos.

– Crianças prodígios! – eu falo sorrindo. – Que sorte nós temos.

Rimos do meu comentário.

Ligo a TV e a primeira coisa que vejo, e um homem falando do Damien, bufo e começo a presta atenção "Katniss, é flagra por nossos paparazzi saindo da escola e entrando no hospital com o seu filho Damien desmaiado nos braços. Repórteres ficam esperando ela sair do hospital e conseguimos um encontro." Um cara loiro acaba de fala, e aparece a cena em que eu "converso" com o repórter. Reviro os olhos e desligo a TV.

– Posso te fazer uma pergunta? – pergunta Annie quando o Finnick vai a cozinha beber água.

– Claro, Annie. – falo curiosa.

– Como esta aguentando? – pergunta Annie intrigada. – Ficar afastada dele?

– Não tenho escolha. – falo sentindo meu coração doer. Estou sentindo muito falta daquele idiota, sempre procuro não pensar tanto nele. – Sinceramente, nem eu sei como estou conseguindo. Todos os dias quando eu acordo, sempre sinto aquela dorzinha, mas procuro me distrair com qualquer coisa, as vezes funciona, as vezes não.

– Eu não sou tão forte assim como você. – Annie afirma e sorri fraco. – Como foi quando ele chegou aqui?

– Assim que eu abri a porta, já sabia que iria perder o controle, não iria aguentar ver ele tão próximo de mim e não poder toca-lo, e pelo o que eu vi, ele também não. – falo e tudo o que eu reprimi durante o tempo que estava aqui, começa a voltar de uma vez só. Seguro as lágrimas mas, não consigo mais conte-las, me sinto fraca e inútil por quebrar a promessa que fiz a mim mesma de não chorar mais. Seco mais rápido que posso as lágrimas que insistem em sair. – Não conseguimos aguentar e cedendo um ao outro, e acabamos transando.

– E como foi o... – ela para no meio da frase como se sentisse que estivesse invadindo a minha privacidade.

– Esta tudo bem, Annie. – eu falo sorrindo. – Pode perguntar qualquer coisa.

– Como foi o depois de tanto tempo o... – para ainda sem conseguir falar.

– O sexo? – pergunto olhando em seus olhos. Ela sorri e assenti.

– Parece que as coisas ficam ainda mais prazerosas quando perdemos o controle quando nos privamos. – falo lembrando de como Peeta me agarrou. – Simplificando, foi o melhor sexo que já fizemos.

– Nunca conversei sobre esse assunto com ninguém. – ela fala depois de um tempo em silêncio. – Desculpe.

– Não se desculpe, se quiser conversar comigo sobre isso, estou a sua disposição. – falo abrindo um sorriso.

Depois de um tempo, Annie se aproxima e pega minhas mãos.

– Não se contenha se quiser chorar. – fala e sinto as insistentes lágrimas escorrem na minha bochecha. – Não tem problema algum, e se você estiver pensando que isso é sinal de fraqueza, não é. Isso é sinal que você ainda sente algo muito forte por ele.

Eu a abraço. Suas palavras fizeram com que eu quebrasse minha promessa de vez, depois de muito chorar em seu ombro, olho para a porta da cozinha e vejo Finnick nos observar com um sorriso. Não sei por quanto tempo esta ali, mas não importa. Quando finalmente paro de chorar, respiro fundo e recomponho-me.

Desejo boa noite a Annie e Finnick e no caminho para o meu quarto ouço as crianças conversando, aproximo-me da porta entre aberta e os vejo sentados de pernas cruzadas na cama do David, estão virados um para o outro.

– Eles quebraram os instrumentos. – fala Ethan suspirando e vejo que começa a escorrer lágrimas de seus olhos. – Nunca mais vamos conseguir tocar.

Emilly ao seu lado, percebe o seu choro e o abraça tentando acalma-lo, ate que ele para de chorar. Vejo o sofrimento nos olhos de cada um deles, por ter perdido o seu instrumentos.

– Você ainda tem o cd que o professor lhe deu, Damien? – pergunta Edward.

– Sim, esta ali. – responde Damien e aponta para a mesinha do abajur.

– Já escutou? – pergunta Emilly.

– Sim, e tem várias muitas músicas de Mozart, Beethoven e Chopin. – responde e se levanta. – Estou com sono, vou dormir.

Me afasto da porta e vou para o meu quarto, troco de roupa, me deito e durmo assim que fecho os olhos. Logo sou acordada com pisadas na minha cama, me viro e vejo Damien, Edward e Emilly. Na falo nada apenas os puxo para perto de mim. Durmo ouvindo a respiração deles.


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Notas finais do capítulo

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