Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 24
Casa


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei!
Agora não vou mais demorar!
Estou de ferias da escola!
Estou de ferias do meu curso de alemão!
Vou postar mais agora!
Espero que gostem!
Desculpem pelos erros...
Boa leitura!



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Sem aguentar, meus joelhos cendem e caiu no chão. Sinto uma dor insuportavel dentro de mim, quando dou por mim estou deitada no chão chorando baixinho. O que eu vou fazer? Abandonei tudo, larguei tudo para viver com Peeta e agora não tenho pra onde ir. Como ele pode acreditar na mamãe dele, ela já mentiu para ele várias e várias vezes, e ainda sim ele acredita nela. Daqui a pouco as crianças chegam da escola, o que vou dizer? Não quero deixar eles contra ninguém.

Quer saber? Já chega! Levanto e me recomponho, seco as lágrimas do meu rosto. Ando com passo firmes ate o quarto e não o vejo, ótimo. Pego minhas malas e começo a guardar minhas roupas de qualquer jeito. Se ela quer assim, assim seja. Se depois desse tempo todo juntos ainda duvida que eu esteja mentindo para ele, então ele não merece nenhuma de minhas lágrimas. E mais uma vez, Peeta cai em uma das armadilhas da mãe, como sempre e eu não vou ficar aqui para vê-lo sendo manipulado por ela de novo. Realmente nunca senti tanta raiva assim na minha vida.

Fecho as malas e pego e das crianças, vou ate o quarto deles e começo a guardar as roupas e depois alguns brinquedos. Olho para o relógio em meu pulso, tenho que busca-los daqui a duas horas. Pego o ursinho do Damien, o coelhinho de Emilly, e o carinho de Edward, coloco os três brinquedos dentro da mochila que vou levar comigo. Acho que Peeta não esta aqui, não ouço ninguém apenas eu. Levo as malas aos poucos para a sala, deixo-as perto do sofá. Sento no sofá e pego meu celular tentando me distrair com alguma coisa.

Ando ate a garagem e entro no carro, levo 30 minutos para chegar a escola. Desço do carro assim que estaciono e vejo lá na multidão de criança o Damien, ele esta dando risada junto com uma linda menininha de cabelos cacheados e loiros, sua pele e branquinha e as bochechas rosadas, ela é um pouco menor que ele, eles parecem se divertir muito com o que conversam, todos as crianças correm na direção da saída, todos parecem bem animados quando veem seus pais.

Damien me vê e corre em minha direção de mãos dadas com a menina que o acompanha.

– Damien, onde estão seus irmãos? – pergunto assim que eles param na minha frente.

– Ali. – fala apontando para o Emilly brincando no escorregador. – O Edward ta ali. – seu dedinho muda de direção apontando para um grupinho de criança onde Edward participa.

– Vá chama-los para mim, Damien. – falo e ele assenti e sai levando a menina.

Observo os quatro voltando.

– Oi, mamãe. – fala Edward.

– Oi, Edward. – falo me abaixando para ficar do seu tamanho.

– Mamãe. – fala Emilly vindo me abraçar.

– Esta na hora de ir. – falo depois que Emilly me solta.

Me levanto e abro a porta do carro.

– Penny! Penny! – grita uma mulher fazendo a menininha se assustar.

A mulher correr ate nos. Acho que é a mãe dela. Ela para na frente da menina.

– Já lhe disse para me esperar no portão e não aqui fora. – adverte a mãe.

– Eu só esta...

– Fui eu que a chamei para vir ate aqui. – Damien interrompe Penny ficando na frente dela de uma forma protetora.

– Você é o Damien, não é? Minha filha fala muito de você. – fala de uma maneira gentil. – Penny se despeça do seu amigo, temos que ir para casa.

Damien vira-se para Penny, ela sorri e lhe da um abraço apertado. A manga da blusa da menina sobe e vejo uma marca roxa em seu braço, o que é aquilo? Parece que ela levou uma pancada muito forte. Edward e Emilly começa a cantar "Damien esta namorando!" Damien se afasta dela e a garotinha vai embora com a mãe, que a puxa de uma forma bruta pelo seu braço roxo.

Damien faz uma cara irritada para a mulher que se afasta.

– Mamãe, pede para eles pararem! – reclama Damien nervoso.

Olho para Edward e Emilly que continuam cantando e rindo do Damien.

– Parem de provocar seu irmão. – os advirto e eles param, mas continuam rindo. – Vamos entrem.

Prendo eles nas cadeirinhas e começo a dirigir.O caminho todo ouço Edward provocando Damien.

– Ela não é minha namorada! – grita quase chorando.

– É sim! Vocês ficam de mãos dadas! Isso é o que os namorados fazem! – fala Edward certo disso. – Vocês ficam brincando juntos o recreio todo!

– Para! Ela não é minha namorada! – grita Damien. – Vou falar pro papai!

Estaciono o carro perto da casa e me viro para eles. Emilly esta brincando com os dedos, Edward continua provocando Damien que logo começa a chorar.

– Já chega! – falo olhando para eles. – Edward pare de falar isso, eles são apenas amigos. Você iria gostar se alguém ficasse falando isso de uma amiga sua. – Edward balança a cabeça negando. – Então, pare de fazer isso com o seu irmão.

Desço do carro e pergunto se alguém esta com fome, eles assentem animados. Destravo os cintos das cadeirinhas. Levo eles para a cozinha e faço miojo, deixo eles comendo na sala em frente a TV que deixei ligada em um desenho.

Sento no sofá atrás deles. Peeta não esta em casa, pra onde será que ele foi? Acho que foi se encontrar com a mãe, aposto que deve ter falo que a gente terminou, a essa hora ela deve esta rindo muito da minha cara, por finalmente conseguir nos separar, e tudo isso por que o Peeta não teve a decência de confiar em mim.

– Mamãe. – chama Emilly. – Cadê o papai?

– Ele saiu. – falo sem conseguir olhar para ela.

– Ele vai demorar muito pra chegar?

– Não sei. – falo com sinceridade.

Logo que terminam eu recolho os pratos. Peço para as crianças esperarem na sala enquanto ligo para o Finnick, não vou ficar com o carro que Peeta me deu, só usei ele pra pegar as crianças e pronto.



– Oi Katniss. – cumprimenta Finnick. – Com saudades do seu irmão?

– Muita! – falo sorrindo. – Você pode vir aqui?

– Claro, como você esta? – pergunta casualmente.

– Péssimo.

– O que aconteceu? – pergunta começando a ficar preocupado.

– A mãe do Peeta diz que as crianças não são filhos dele, por que ela alega que ele é esterio dês de criança, mostrou ate um exame, e agora Peeta quer o divorcio. – resumo.

Ele fica um tempo em silencio, o choque que minhas palavras causaram foi imenso.



O telefone desliga e eu guardo o meu no bolso. Volto para a sala e me sento no meu lugar quando ouço a campainha, corro ate a porta e abro. Finnick me abraça com força e me olha nos olhos.

– Você esta bem? – pergunta preocupado. – Ele te fez alguma coisa?

– Fora me humilhar? Sim, estou bem. – fala quando me solta.

– Tio Finnick! Tio Finnick! – gritam as crianças correndo em sua direção.

Finnick abre os braços e eles o abraçam com toda força.

– Como vocês estão crianças? – pergunta sorrindo.

– Bem. – respondem eles.

– Oi Katniss. – fala Annie atrás de mim.

Viro-me para ela, seu olhar é muito triste.

– Sinto muito. – fala olhando nos meus olhos. – Eles são capazes de tudo pra conseguir o que quer, tenho certeza que a mãe dele comprou os medicos para falsificarem os exames. Os conheço tempo demais para saber que eles fariam isso sem pensar duas vezes.

– Obrigado por estar aqui. – digo a abraço. – Obrigado por acreditar que eu não fiz o que me acusam.

– Tudo bem. – fala sorrindo. – Eu sei como aquela família age.

– Finnick. – o chamo e ele vem ate mim se afastando das crianças. – Podemos ficar com vocês, ate que eu ache um lugar pra mim e as crianças.

– Claro! Não precisa nem pedir! – responde com um tom acolhedor.

– Não vamos te incomodar? – pergunto com receio.

– Claro que não! – responde Finnick. – Você nunca me incomoda!

– Vai ser muito legal! – fala Annie com um sorriso.

Finnick começa a colocar as malas no carro, vou a cozinha e pego um copo limpo e encho de água, tomo em quatro gole. Escoro minhas mãos na bancada e respiro fundo cansada. Nunca achei que fosse tão dificil assim, mas parece que eu estava enganada. Sinto minha garganta arder anunciando o meu choro, prendo ao máximo e consegui conte-lo.

– Onde você pensa que vai?

Me viro para a voz e vejo Peeta encostado na porta.

– Para o mais longe de você possivel. – eu falo com um expressão nada boa.

– Quem vai sair sou eu. – fala um expressão dura.

– Não, não quero ficar com essa casa. – falo olhando dentro de seus olhos.

– Esta com raiva de mim? – pergunta com se fosse um absurdo.

Quando percebo já estamos a centimentros um do outro, ele coloca os dois braços um de cada lada do meu corpo.

– Por que não estaria, depois de me chamarem de mentirosa e traidora sem motivo, como acha que eu estaria? Feliz? – falo eu com um olhar pesado.

– Sei. - fala num tom sarcastico. – A inocente da historia e você e eu sou o vilão agora.

– Só você que não enxerga quem é o verdadeiro vilão aqui. – falo com ceticismo em minha voz. – E só uma dica, não é você.

Sem consentimento meus lábios ficam a centimetros dos dele. Ele esta com o olhar fixo nos meus lábios, a minha vontade de beija-lo é quase incontrolavel. Me afasto e o deixo sem dizer nada. Quando estou atravessando a porta da cozinha, meu braço é puxado e sou agarrada pelos braços de Peeta, ele me beija e logo em seguida me solta e vai embora.

Me recomponho e saiu da cozinha, isso não podia ter acontecido, ele não podia ter feito isso. Agora minha mente esta bagunçada. Caminho ate a sala e vejo Peeta e Finnick se encararem por uns segundos. Peeta senta no sofá e começa a ler um livro que estava ao seu lado.

– Finnick, podemos ir? – pergunto voltando minha atenção para ele.

– Sim. – responde breve.

– Cadê as crianças? – pergunto olhando em todos os lados.

– Estão no carro. Annie esta lá com eles.

– Então vamos. – falo tentando não chorar, consigo conter minha lágrimas pela segunda vez.

– Espera. - Peeta fala se levantando, joga o livro de lado e vem ate nos. – As crianças vão também?

– Por que não iriam, já que você diz que não são seus filhos. – pergunto com toda raiva dentro de mim.

– Podem não ser meus filhos de sangue, mas eu os criei, por tanto eles são meus filhos sim! E não vão embora com você! – fala com raiva.

Finnick com toda a sua raiva,vai em direção a Peeta e lhe da um soco na bochecha, ele cai no chão.

– Já cansei disso, os meus sobrinhos vão com a gente e você não vai poder fazer nada pra mudar isso. Com qual direito você tem pra falar isso, pode ate ser pai de criação deles, mas ela é a mãe biologia, tem mais direitos sobre eles do que você tem. - fala Finnick com um tom ameaçador. - Você é muito burro, não é? Como pode acreditar mais num exame que sua mãe falsificou do na pessoa que você ama.

Peeta olha para ele com um olhar mortal.

– Agora que esta começando a gostar desse imbecil. Vem Katniss, deixa esse idiota ai. – fala colocando o braço por cima do meu ombro. – Talvez assim, ele aprenda a parar de acreditar nas pessoas erradas.

No carro, Edward e Damien ficavam perguntando do pai, e eu dava as respostas que eu achava que iriam faze-los para de perguntar, mas na maioria das vezes não funcionava. Emilly dormiu no meu colo enquanto os garotos brincavam com o ursinho e o coelhinho, cada um com o seu brinquedo. Encosto a cabeça na janela, no banco do motorista Finnick dirigia ainda bravo e a no banco ao lado, tentava conversar sobre algo com ele.

Chegando na casa de Finnick, Annie leva as crianças para o quarto de hospedes e as prepara para dormir. Finnick me acompanha ate o outro quarto vazio, me entrega um lençol e me deixa sozinha para eu me acomodar, sento na cama e passo os dedos nos meus lábios. Como ele ousa me beijar? O que ele queria com aquilo? Me deixar louca? Pois se eu não tomar cuidado é isso o que vai acontecer, eu vou ficar louca! Troco de roupa e deito-me na cama, deixo a mala no canto do quarto, amanha talvez eu arrume.

Alguém entra no quarto, Annie se senta na beira da cama e sorri pra mim.

– Arrumei a roupa deles nas gavetas, eles já estão dormindo. Quer que eu arrume suas roupas no guarda-roupa também? – pergunta sorrindo.

– Obrigado por ter arrumado as roupas deles, e colocado eles para dormirem. – agradeço sendo sincera. – Não precisa arrumar as minhas, esta tudo bem.

– Olha, não desista do Peeta. Ele não sabe o que esta fazendo, os Mellark sempre foram assim, é fácil cair em uma mentira deles. – me aconselha. – Por favor, não desista. Ele é uma pessoa boa, e não sabe o que esta fazendo, quando tudo se resolver, ele vai se dar conta do que ele fez com você e com os filhos. Não desista.


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Notas finais do capítulo

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