Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 21
Verdade


Notas iniciais do capítulo

As aulas já começaram,então tenham um pouco de paciência!
Espero que gostem....
Desculpem pelos erros...
Boa leitura!



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Coloco as crianças na sala e as deixo correr pela casa.Os braços de Peeta me puxam para perto de seu peito,deito minha cabeça em seu ombro virando me para ele.

– O que vamos fazer? – pergunta ele.

– Realmente não sei. – falo desanimada. – Às vezes acho que nunca deveríamos ter saído da Inglaterra. – suspiro cansado.

Ouço os gritos agudos das crianças correndo dentro de casa e começo a me lembrar do dia em que eu e Peeta saímos e bebemos muito.Lembro que acordamos do nada no outro dia com uma baita ressaca.Isso foi antes dos garotos nascerem.

– Você se lembra de quando saímos para beber com o Castor? – pergunto repentinamente.

– Quando? Já fizemos isso varias vezes. – fala se sentando.

– Antes das crianças nascerem...Saímos com Castor e não me lembro muito bem do que aconteceu...Na verdade,nem sei como entrei em casa...Na época eu deixei quieto,mas agora me voltou a cabeça. – me sento ao seu lado. – O que aconteceu?

– Foi naquele dia que os garotos foram “feitos” Pelo menos foi o que o medico disse. – diz rindo. – Acho que estávamos muito bêbados para nos lembramos.O Castor também não se lembra de muita coisa e nem eu.

– Isso é estranho,não é? – ele olha para mim franzindo a sobrancelha.

–Mas,por que esta falando nisso? – pergunta se virando para mim.

Ele esta muito curioso por conta de meu interesse.

Paro para pensar um pouco.Não o por que de eu ter pensado nisso agora.

– Deixa isso quieto. – falo suspirando.

A campainha toca,Peeta levanta e vai para atender a porta.Ouço barulho de crianças que com certeza não são meus filhos.

– Damien! – chamo-o. – Edward! Emilly!

Eles não aparecem.

– Kat? – levanto e olho para trás.

– Oi.

Abraço ela.

– Como sabe onde eu morro? – pergunto surpresa.

– Peeta comentou enquanto estávamos conversando.

– Onde esta Finnick,Annie?

Nem da tempo para ela responder quando o vejo conversando com o Peeta,ele se virá para mim e sorri.Pega na mão de duas crianças e anda com elas ate mim.Os garotos são loiros igual ao Finnick.São lindos! E parecem ter de quatro a seis anos.

Vou ate as crianças e me ajoelho ficando do tamanho deles.

– Falem “oi” para a tia de vocês garotos. – diz Finnick.

– Oi titia! – falo o outro que parece ser o mais novo.

Ele abre os pequenos braços e me abraça com força.

– Oi! – falo retribuindo o abraço.

Os bracinhos frágeis do pequeno garoto me apertão carinhosamente.Sinto a sua alegria por estar aqui.

– Qual é o seu nome? – pergunto.

– David. – responde se afastando para me olhar.Em nenhum momento o seu sorriso abandona seu lábios.

– Qual é a sua idade?

– Cinco. – fala o menininho mostrando seis dedinhos.

– Nossa! Tudo isso! – falo brincando.

Ele ri feliz pelo meu comentário.David me abraça de novo rindo.Faço cocegas nele e o vejo se contorcer nos meus braços soltando suas gargalhadas que só um criança poderia ter.

– Peeta. – chamo ele que vem e se abaixa. – Leva o David para brincar com as crianças.

Peeta pega a mão do menino e vai embora.

– Oi. – fala o mais velho timidamente.

– Qual seu nome? – pergunto.

– Ethan. – fala ao lado do pai.

– Não seja mal educado,Ethan! De um braço em sua tia. – fala Finnick.

Com timidez ele me abraça.Ele parece muito com o Finnick quando era da idade dele,não conseguia nem falar com os nossos parentes.

– Quantos anos tem?

– Seis.

– Quer brincar com os seus primos? – pergunto.

Ele apenas balança a cabeça dizendo que sim.

– Tudo bem.

– Tchau tia. – fala se esforçando para parecer relaxado.

– Tchau Ethan.

Sorri me levantando.Vou ate Finnick e o abraço e ele retribui.

– Não consigo te imaginar sendo pai. – falo o apertando.

– Você nem imagina meu choque quando vi seus filhos... – fala ironicamente.

Rimos do nosso pequeno dialogo e fomos para o sofá.Peeta passa os braços pela minha cintura me aproximando mais dele.Aconchego-me nos seus braços o fazendo sorrir.

Finn e Annie se sentam no sofá a frente.

– Então...Deu certo. – começa Finnick.

– Como pode ver sim. – falo com um tom sarcástico.

– Deu tão certo que tivemos filhos! – fala Peeta num tom feliz.Sinto o aperto do seu braço um pouco mais forte.Acaricio com a ponta dos dedos sua pele linda e branquinha.

– Eles têm quantos anos? – pergunta Annie interessada.

– A Emilly tem 2 anos... – responde Peeta. – Os gêmeos tem 3 anos...

– Espera! – interrompe Finnick atordoado. – Gêmeos?! Edward e Damien são gêmeos?!

Olho para ele compreendendo sua reação.Realmente se o medico não tivesse fala que eles eram gêmeos eu não iria acreditar nunca! Olho para Peeta que começa a rir com a expressão de Annie e Finnick,entro na gargalhada junto com ele.

– Quanto de diferença? – pergunta Finn.

– Duas semana. – responde Peeta se recuperando do ataque de risada.

Seguro sua mão de Peeta e tento respirar.Ele me puxa para seu peito tentando me ajudar.

– Tudo isso! – exclama Annie. – Eu quase morri quando fui ter o Ethan! Imagine dois! Precisa me contar o segredo de ter aguentado duas semana!

– Não foi exatamente aguentar esse dias.

– Quem nasceu primeiro? – pergunta Finnick.

– Damien. – responde Peeta.

– Bom,quando tive o Damien foi horrível a dor e em duas semana o medico me liberou... – contei a ela tudo o que aconteceu em detalhes.Eles ficam muito intrigados pelo fato deles terem nascido com essa diferença de dia.

– Mas,os dois não se parecem. – fala Finnick.

– Pode acontecer com qualquer uma... – explica Annie a Finnick que depois relaxa no sofá.

– E os seus Finnick? – pergunta Peeta.

– Bom,Ethan tem seis anos e o David tem quatro. – fala Finn brevemente.

Annie me conta como foi o parto e só pra variar os dois “cavalheiros” saíram com a desculpa de ir a cozinha,só para não ouvir as coisas “nojentas” que vamos falar.

Antes de Peeta se distanciar,o chamo.

– Peeta! – falo o chamando. – Onde você deixou as crianças?

– No quarto. – responde ele.

Eu e a Annie conversamos muito.Me pergunto se Peeta não sabe que Annie sua prima,isso é muito curioso.Pelo que eu vejo,o Peeta parece não ter consciência alguma disso.Quando nos encontramos para falarmos com o Finnick e a Annie,ele nunca demonstra nada,nunca demonstra que sabe que são primos e nem age com se ela fosse uma parente dele.É muito esquisito.Será que ele sabe?

– Annie...O Peeta sabe que vocês são primos? – pergunto.

Ela abaixa a cabeça e a sua expressão muda totalmente.Confimou todas as minhas duvidas.

– Não. – responde breve e rápido.

– Eu achei que ele soubesse. – comento.

Annie levanta a cabeça e olha para mim.

– Ele não chegou a descobrir. – fala baixo. – Eu briguei com o meu tio pelo Finnick,mas nenhum dos filhos do meu tio chegou a ter consciência disso,eles nem se quer contaram aos filhos que tinham um prima. – explica. – A Clove,o Peeta e o Marvel não sabem de nada.

Olho para ela com olhos avaliativos.Tenho muita pena dela e também da família Mellark.Deve ser bem difícil para eles viverem com esse dilema.Talvez seja por isso que a Clove é daquele jeito.

– Você não tem vontade de falar com ele sobre isso? – pergunto o que vem em minha cabeça.

Ela olha para mim com medo no olhar.

– Você acha que seria uma boa ideia? – pergunta ela em duvida. – Ele acha que eu sou só a namorada do seu irmão.

– O Peeta vai entender. – falo tentando relaxa-la.

– Tem certeza? – pergunta hesitante.

– Ele não é mais aquele garoto que foi manipulado a vida toda pela família. – falo sorrindo.

Annie para e respira fundo.

– Não sei se tenho coragem de falar a ele. – fala com insegurança. – Tenho medo da reação dele.

Não sei como ele reagiria a isso,conhecendo como eu o conheço,ele iria ficar com raiva dos pais.Ele não demonstraria no momento,mas ele ficaria bem inquieto.Achava que minha família era mais cruel com os filhos do que a do Peeta,mas agora vejo que estou totalmente errada.Os pais de Peeta são mais cruéis do que os meus.Não sei se Hamitch e Effie fariam um coisa dessa,expulsar alguém da família assim.Espero que não.

Não tenho medo mais por mim,tenho medo pelos meus filhos.E se nossos pais resolverem “expulsar” nossos filhos.Com certeza é uma coisa que Peeta e eu não vamos permitir,mas não quero que eles cogitem nem a ideia de fazerem isso.Poxa! São só crianças! Ainda não acredito que a Clove teve coragem de falar uma coisas daquelas para crianças.Mas,não quero ficar a toda hora pensando nisso,não quero ficar irritada.

– Pode chama-lo? – pergunta muito hesitante.Seus olhos estão fixos no chão e muito distante. – Já esta mais do que na hora.

Fico ainda sentada a observando.

– Eu preciso fazer isso. – fala tentado ser convincente.

Suspiro e levanto.Assinto para ela e vou procura-lo.Vou a cozinha e não os encontro,o procuro em quase todos os lugares.Passo pelo quarto dos garotos e ouço as vozes deles.Me aproximo da porta entre aberta.

Finnick esta sentado de pernas cruzadas com a Emilly e o Edward no colo,brincando e rindo muito.Ele se vira e chama o Damien que esta brincando com Peeta e os outros garotos.Meu filho corre e pula no colo dele o fazendo cair.Emilly,Edward e o Damien prendem ele no chão e começam a brincar.

Peeta brinca com os meus sobrinhos que iriem das piadas dele,David faz varias perguntas a ele que responde todas pacientemente.Ethan esta mais solto e conversa também.Todos ali no quarto parecem estar se divertindo muito.

Entro na quarto chamando a atenção de todos.

– Finnick,você pode ficar aqui com as crianças enquanto eu e Peeta conversamos? – pergunto.

– Sim,claro. – fala sem entender. – Sem problemas.

Peeta tira os garotos do colo e os coloca ao lado de Finnick.

– Eu já volto crianças. – fala Peeta sorrindo.

Pego a mão dele e o tiro do quarto.Ele olha para mim sem entender nada,seu olhar é bem preocupado.

– Aconteceu alguma coisa? – pergunta ele.

– Annie quer te falar uma coisa. – digo com um voz controlada.

– O que?

– Isso lá vai contar. – pego a mão dele e o levo ate a sala.

Annie olha pra o chão depois que nos chegamos.Peeta olha para mim sem entender o que está acontecendo.

– Quer que eu fique Annie? – pergunto.

– Sim. – fala ela ainda olhando para o chão. – Ele vai precisar de você.

Sentamos e ela levanta a cabeça finalmente.Vejo o medo em seu rosto.

– Você queria falar comigo,Annie? – pergunta ele a Annie.

– Sim. – fala com hesitação. – O tio do seu pai teve uma filha?

– Não...Mas,por que a pergunta? – pergunta confuso.

– Sim,teve. – pego a mão dele e a aperto.

– Ninguém nunca me contou isso. – fala sem perceber nada.Ele fica alguns segundos distante,mas depois ele volta seu olhar para ela totalmente em choque. – Por que você não me contou isso.

– Eu não podia simplesmente chegar e contar,e além do mais,seus pais não deixariam. – fala se justificando.

– Por quê? Por que eu nunca soube? – pergunta sem entender. – Meus irmãos sabem?

– Não. – responde rapidamente. – Só o Finnick e a Katniss sabiam.

– E agora eu. – completa Peeta com o olhar fixo no dela.

– Sim,você. – afirma ela.

Ele aperta minha mão.

– Por que meus pais não queria que nos soubéssemos? – pergunta.

Annie explica tudo em detalhes a ele,e vejo sua expressão mudar a todo minuto.Faço um cafune na cabeça dele.Peeta pega minha mão de sua cabeça e a beija.Annie conta o por que que eu não contei antes que Peeta me perguntasse o que o fez entender mais rápido.Sei pelo olhar dele que esta com raiva dos pais,já sabia que ele reagiria assim.

– Então você é minha prima? – pergunta erguendo a sobrancelha.Ele abre os braços. – Vem me dá um abraço priminha.

Ele se levanta e ela sorri feliz pela sua reação.Com hesitação ela abraça Peeta.Os observo com felicidade.É bem melhor que Peeta fique sabendo de tudo,por mais que ele fique com mais raiva ainda dos pais.Todos nos precisamos saber a verdade.


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Notas finais do capítulo

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