Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 16
Vergonha


Notas iniciais do capítulo

Meu outro computador deu pane e o Windows corrompeu,estou usando o meu computador velho para postar agora enquanto o outro esta no tecnico.
Espero que gostem...
Desculpe pelos erros...
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491737/chapter/16

Acordo meio sonolenta,sinto meus olhos cansados e minha cabeça doendo.Levanto e me sento,escoro-me na cabeceira da cama e minha cabeça gira um pouco,coço os olhos e respiro com dificuldade.Olho para os lados procurando Peeta e não o acho,suspiro e aperto os meus olhos.Tento levantar novamente e sinto a tontura tomar conta da minha cabeça,seguro-me na cabeceira.Estou me sentindo tão doente.

Um bolo acido sobe na minha garganta e quando o sinto corro para o banheiro,me ajoelho no chão e abro a tapa do vazo e vomito,ali mesmo pego um pedaço de papel higiênico e limpo a boca.Luto contra minhas pálpebras que insistem em fechar,me esforço para respirar mas esta muito difícil,começo a tremer e a suar frio,acabo cedendo e fechando os olhos.Me encolho no meu lugar tentando respirar.

– Peeta...Peeta...Peeta...Peeta. – o chamo em vão e caiu na inconsciência.Não vejo mais nada.

Sinto-me sendo carregada em braços trêmulos,meu corpo balança com os seus movimentos,o seu passo e acelerado e nervoso.A respiração bate em meu pescoço freneticamente.O meu estomago revira desconfortavelmente por conta do seu andar,a ânsia de vomito volta,minha cabeça dói como se um martelo estivesse batendo no meu cérebro.Solto um gemido de dor involuntário,percebendo isso o seus passos ficam cada vez mais urgente.

Seus braços me deitam sobre o colchão,ele passa as mãos em minha bochechas as acariciando gentilmente,depois ele não esta mais aqui.

Dez minutos se passam e seus passos rápidos fazem barulho anunciando sua chegada.

– Katniss.Katniss. – ouço sua voz longe. – O medico vai chegar daqui a pouco.

Quero responder,mas não consigo.Esta muito difícil não pode fazer nada,começo a sentir muito sono e acabo dormindo rapidamente.

Acordo com vozes falando ao meu lado,começo a cogitar a possibilidade de estar ficando louca.Me esforço para falar com Peeta,mas tudo vai em vão.

– Ok,então é só isso.Tem certeza?

– Ela vai ficar bem,só espere um pouco que ela vai acordar.Não se preocupe. – fala uma voz desconhecida. – Me telefone se acontecer algo.

Depois de uns cinco minutos tudo fica em silencio e automaticamente volto a dormir.

Acordo e finalmente consigo abrir os olhos.

– Peeta. – sussurro seu nome.

– Você acordou. – fala feliz. – Você esta bem?

– Não sei,estou com ânsia de vomito.

– Se quiser,vomite aqui. – fala mostrando o balde ao seu lado. – Consegue sentar?

– Acho que sim. – concluo.

Ele se levanta da sua cadeira e pega minha mão como um apoio para me sentar.Peeta vai a mesinha ao lado e volta com uma xícara em mãos.Sentasse na beira da cama.

– Quer chá? – me oferece.

– Foi você quem fez?

– Sim.

Ele me entrega a xícara e eu a pego,pela temperatura deve estar morna.Bebo todo o liquido marrom e sinto o doce passa pela minha garganta e em seguida parar em meu estomago.Sorriu e levanto os olhos para ele.

– Esta delicioso. – lhe entrego a xícara.

– Que bom que gostou. – fala e coloca a xícara na mesinha.

Quando me preparo para me levantar da cama,Peeta estica o braço e coloca a mão em peito para que eu não sai do lugar.Tento de novo mas ele continua a me bloquear.

– Não levante,você tem que repousar agora. – Peeta fala.

– Eu estou bem...Deve ser apenas uma gripe.

– Não é uma gripe. – fala se reencostando na cadeira.

– Vai passar logo.

– Não é uma gripe. – repete. – É pneumonia. – fala antes que eu insista novamente.Como foi que eu pegue pneumonia? Eu não fiz nada para ter causado isso.Não faz sentido. – Foi por conta da chuva,você se molhou quando fomos visitar Primrose no hostipal.

Começo a me lembrar.

“Eu,Finnick e Peeta,andamos ate a porta dos fundos do enorme hotel.A chuva ainda continua a cair violentamente.Ao saímos do hotel,sinto alivio muito grande por fazê-lo,não estava mais aguentando ficar naquele apartamento.Respiro profundamente para pegar o máximo de ar possível.Do outro lado da calçada,vejo um taxi que provavelmente Finnick chamou,pois é muito perigo algum paparazzi nos flagrar se ele usar o carro dele.Sinto o braço de Peeta me apertar mais.Meu irmão vai na frente,com passos cuidadosos e olhos atentos,verifica se alguém esta nos vendo e depois faz um sinal para nos entramos no taxi parado.Ajeito o capuz e abaixo bem a minha cabeça,assim não corro perigo quando estivemos no carro.

Eu e Peeta andamos com cuidado em baixo da chuva,entramos e fechamos o carro.Nos estamos todos molhados,mas,Finnick esta mais,pois ele fico por mais tempo.No retrovisor o motorista esta a nos observar.Olho para baixo e Peeta faz o mesmo,isso impede que o motorista nos veja.Encosto no peito de Peeta.Finnick esta no banco do carona ao lado do cara no volante.”

Foi tão fácil assim.Por uma simples chuva acabei ficando doente,suspiro fechando os olhos,é tão estranho ficar tão doente assim.A ultima vez que adoeci,foi quando eu tinha nove anos,mas foi uma simples gripe e pronto.Nada de mais.Mas para tudo tem uma primeira vez não é?

– Que ótimo! Consegui ficar doente! – falo com ironia.

– Você vai ficar bem,só precisa de repousar. – ele fala alisando minha bochecha.Abro os olhos.Peeta olho para o relógio em seu pulso e se volta para mim. – Não levante.Espera só um pouco que eu já volto.

Peeta se levanta e vai embora.Pego o controle da TV em cima do criado mudo e ligo a tela,fico mudando ate que paro em um canal que esta passando um dos meus filmes favoritos Shame com Michael Fassbender que por sinal também é um dos meus atores favoritos.Apesar da historia ser um pouco pesada e inapropriada para minha idade,é muito interessante o personagem que o Michael Fassbender interpreta.O filme conta a historia de Brandon Sullivan (Michael Fassbender) que é um publicitário na faixa dos trinta anos,bem sucedido e bonito que vive e trabalha em Nova York.Distante de sua irmã e aparentemente sem amigos próximos,Brandon secretamente luta contra o vício em sexo,assim ele passa os dias buscando todo tipo de aventuras sexuais desde assistir a filmes pornográficos no computador,contratar prostitutas,buscar mulheres em bares,até terminar por entrar em bar gay.De repente,sua irmã Sissy Sullivan (Carey Mulligan) aparece em seu apartamento,o que acaba por incentivar a romper com a vida que levava,a ponto de tentar manter ruma relação sentimental com sua colega de trabalho Marianne (Nicole Beharie).

Começo a assistir o filme ate que dez minutos depois Peeta chega,me fazendo por puro instinto desligar a TV rapidamente.Peeta olha para mim e estreita os olhos.Logo fico vermelha com o seu olhar.Eu não sei como agir,não sei como ele reagiria se me visse assistindo esse tipo de filme,tenho um pouco de vergonha por gostar de assistir filmes desse porte,e esse não foi o único filme pesado que eu assistir,a maioria dos meus favoritos são pesados tanto psicologicamente quanto impróprio para 16 ou 18 anos.Não vou mentir e dizer que não gosto de ver de vez em quando um vídeo pornô na internet,mas em fim,não quero me aprofundar mais ainda no requisto “Transa,pornô,sexo”.O filme que considero o mais forte que já assisti foi “Requiem para um Sonho” esse é um dos filme que na minha opinião deveriam passar para os alunos quando tiverem no terceiro ano do ensino fundamental,apesar de não ser para qualquer um todos deveriam assistir quando tiverem idade mental o suficiente para assistir um filme desse porte.

– O que tava assistindo? – pergunta Peeta.Sei que ele não vai deixar passar.

– Nada de mais. – falo tentando ignorar sua desconfiança.Mas pela sua expressão ele não vai deixar barato isso,não quero ter que contar a ele sobre os filmes que assisto.

Peeta vem ate mim com um copo e um comprimento azul na mão,senta-se na beirada da cama ao meu lado e me entrega,sem fazer nenhum pergunta coloco o comprimido na boca e tomo toda a água.Ele coloca o copo no criado mudo.Seu braço se estende com a intenção de pegar o controle remoto,tento alcançar primeiro que ele mas Peeta e mais rápido e consegue apanha-lo,tento novamente tomar dele,sem sucesso.Levanto e vou ate a cadeira onde ele esta,Peeta se joga na cama quando avanço nele,um pouco um cansada e fraca insisto novamente jogando-me em cima de seu corpo o agarrando,Peeta me abraça e segura com sua mão livre os meus dois braços,não mais nada que eu possa fazer quando a TV é ligada.

Olho para a tele vendo a cena mais picante do filme acontecer,é a cena em que o Bradon esta desesperado sofrendo pela abstinência do sexo.E esta ligando para alguém e depois de alguns segundos,muda para uma cena em que Bradon esta na casa de mulheres fazendo sexo com elas.Tento pegar inutilmente o controle remoto de sua mão mas ele o afasta mais ainda de mim,olho para Peeta que esta concentrado no que assisti,sua expressão é um mistura de surpresa e um certa curiosidade do por que de eu estar assistindo um filme desse porte,e é o tipo de coisa que eu não gostaria ter que explicar a ninguém,muito menos o Peeta.

Solto-me de seus braços e corro para o banheiro,tranco a porta e me sento no vazo.Não queria que ele tivesse descoberto que eu assisto filmes assim,eu sei que é bobagem afinal,qual adolescente nunca assistiu um filme que conte-se muitas cenas de sexo explícito.Mas é sempre estranho quando alguém nos pega no flagra e não queria que ele tivesse me descoberto,é a primeira vez que isso acontece,pois eu sempre tomei o extremo cuidado quando assisti os meus filmes,claro que alguns vez quase me pegaram.Lembro-me que estava assistindo o filme Vanilla Sky e estava passando umas daquelas cenas picantes e forte,na hora ouvi a porta sendo aberta,antes que meu irmão entrasse eu consegui tirar do filme a tempo.

Não queria que ele tivesse descoberto nada! Nada! Preferia manter tudo isso em segredo! Mas agora esta claro que não é mais! É uma coisa muito intima! É uma coisa muito minha! Respiro fundo e coço os olhos,eu sou uma anta mesmo deveria nem ter ficado naquele canal,eu sabia que Peeta poderia voltar a qualquer minuto e ainda me arrisque! Droga! Fico imaginando o que deve estar se passando na cabeça dele,acho que deve estar pensando que eu sou uma boba por estar fazendo esse drama todo,e eu acho que sou mesmo.Adolescentes fazem isso o tempo todo e eu fazendo tempestade no copo d’água.Mas se você pensar bem,é sempre um constrangimento quando alguém te pega fazendo algo que perante a sociedade é considerado errado.

Vou ate a torneira e a abro,lavo meu rosto deixando mais fresco.Começo a tossir e o meu sangue espira na pia,minha garganta começa a doer por conta da tosse.Volto a me sentar no vaso quando começam a bater na porta e chamar o meu nome insistentemente.Ignoro as batidas Não sei como vou encara-lo a partir de agora,ele descobriu uma coisa que eu guardava a sete chaves a anos e anos,uma coisa que eu tenho uma vergonha por gostar e assistir.Pra mim é como se fosse um diário secreto.

– Abre,por favor. – pede calmamente. – Não precisa ficar assim,vem vamos.

Não respondo,estou com muita raiva de mim mesma por ter sido tão burra ao ponto de deixar que isso acontecesse.E também com raiva de Peeta por ter insistindo mesmo ainda eu lutando contra ele,não deveria estar com raiva dele,pois não é sua culpa,mas estou.Engulo o seco e me encolho em meu lugar.

Ouço a fechadura girando e a porta abrindo,Peeta esta parado na minha frente,olhando para mim atentamente,ele fica ali parado por alguns minutos se dizer palavra alguma antes de tentar se aproximar,passo por Peeta e vou ate a cama.Me sinto um pouco tonta e imediatamente me sento na cama de cabeça a baixada.Ele vem ate mim e se ajoelha,viro-me e me deito na cama de costas para Peeta.Não quero olha-lo depois do episódio de meia hora atrás,e mesmo se quisesse não conseguiria.

Peeta vai ate o outro lado da cama e se deita na cama de frente para mim,seus dedos erguem meu minha cabeça pelo meu queixo fazendo-me encara-lo.Engulo o seco,sua mão desce e pousa ao redor do meu quadril,ele não me puxa,ele não me segura apenas deixa a mão ali,solta sem intenção alguma, Peeta sabe que preciso de espaço e ele respeita isso.Relaxamos e ficamos assim nos encarando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Comente!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor e Rivalidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.