Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 15
Avião


Notas iniciais do capítulo

Acabei de escrever!!
Espero que gostem!
Desculpe pelos erros!
Boa leitura!



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– Não! Peeta! Não deixa eles me levarem! grito mas ele não consegue me alcançar.

Os braços do meu pai me prendem junto ao seu peito,tento lutar para me soltar dele mas ele é mais forte que eu.Olho para Peeta que esta sendo puxado pelo seu pai e o Marvel,ele bate no irmão mas ele continua firme igualmente o seu pai,Peeta vai ficando cada vez mas longe de mim.

– Katniss! Katniss! Katniss! Katniss! Peeta grita varias vezes meu nome. Deixei-a em paz!

Começo a chora desesperada,eles estão o levando para longe de mim.Meus braços cansados de lutar se rendem.

– Katniss,você quem quis assim! Não podemos permitir isso entre vocês! Não podemos sinto muito querida! meu pai diz e por um descuido dele,eu consigo escapar.

Corro como nunca corri antes na vida,mas não consigo mais vê-lo.O que aconteceu? Olho para trás para ver onde meu pai esta,mas não tem ninguém aqui,estou sozinha em uma rua escura,me desespero e continuo a correr.Parece que não tem nenhuma pessoa em nenhum lugar! Que droga é essa?!

Cansada de correr paro mas meu choro não,deito na rua deserta sem me preocupar se algum carro irá me atropelar,afinal de contas estou sozinha,não tem ninguém aqui.

Sinto que estou sendo sacudida e que alguém esta repetindo o meu nome varias vezes.

Começo a gritar o nome de Peeta.

– Peeta! Peeta! Por favor aparece! Eu estou com tanto medo! Estou sozinha nessa rua escura! Por favor,apareça! grito desesperada e muito angustiada.Eu quero ele! Por que ele não aparece?! Ai Deus! Não! Quero que ele esteja aqui comigo! Um aperto muito forte esmaga meu coração de um forma violenta,quanto mais eu fico sem a resposta de Peeta,mais esse maldito aperto piora.É a pior sensação do mundo!

Acordo com alguém me chamando,abro os olhos e vejo os mais belos par de olhos azuis que eu já vi na vida.Olho para ele aliviada.Isso era um sonho! Peeta esta aqui comigo! Não estou sozinha! A confusão toma conta do rosto de Peeta,seu olhar preocupado me derrete por dentro.Foi o pior sonho que eu já tive desde que eu nasci!

Minha respiração esta muito ofegante,eu estou suada e tremendo muito.Olho ao redor e minha mente começa a clarear.Eu estou no avião.Eu estou indo para a Inglaterra.Depois de alguns segundos me acalmo totalmente.Estou deitada com a cabeça no colo de Peeta.Suas mãos fazem carinho em meus cabelos me acalmando mais ainda.

Esta tudo tão silencioso que dá a impressão de que estamos sozinhos.De repente ouço alguns roncos fortes vindo da cadeira de trás do Peeta,mas depois de alguns minutos o ronco se silencia.

– Esta tudo bem? – ele pergunta finalmente.

– Foi só um pesadelo. – falo e me sento na minha poltrona.

– Me conta com o que sonhou?

Respiro fundo e olho para a janela.

– Se quiser não precisa contar...

– Você não estava lá,Peeta.Estava sozinha.Com medo e extremamente apavorada. – falo tentando não chorar mas é impossível,eu nunca vou esquecer o que eu senti,por mas que tenha sido tudo obra da minha cabeça.

Peeta me puxa mais para perto dele,e ergue meu queixo.

– Isso nunca vai acontecer entendeu? Não vou fazer isso.Não é atoa que era um sonho,pois na vida real,o que você sonho nunca teria possibilidade de se realizar. – fala Peeta olhando em meus olhos.

Com um movimento simples,ele abaixa a sua poltrona e depois a minha,ele deita e eu também,como não dá para dormimos muito próximos,Peeta agarra minha mão sem a intenção de soltá-la.Seus lábios beijam a minha mão e depois volta a posição normal,com a outra mão,Peeta pega um lençol que o mesmo separou antes de sairmos do hotel.

– Tem quanto tempo que estamos voando? – pergunto e fecho os olhos sentindo minhas pálpebras cansadas.

– Uma hora mais ou menos. – responde Peeta. – Ainda tem bastante tempo,antes de chegarmos lá.

Do nada começo a sentir um frio que nem esse lençol esta resolvendo,respiro fundo e volto a dormir.

Acordo uma hora depois.Sinto um peso sobre mim,mas o engraçado é que não estou mais com frio.Olho para Peeta e o vejo dormindo,coço o olho e só agora descubro o por que de eu não estar mas com frio,Peeta dobro o lençol para que ele ficasse mais grosso e me cobriu,depois tirou sua blusa de frio preta e colocou em cima de mim.Sorri com o gesto de Peeta.

Sento na poltrona,pego seu casaco cubro ele,depois pego o lençol e o cubro do mesmo jeito que ele fez comigo.Olho para o poltrona e vejo uma telinha pequena na minha frente,ligo ela e automaticamente aparece um filme.Olho bem e o reconheço."Vanilla Sky" O meu filme preferido,me ajeito para assisti-lo.

Quando o filme acaba ouço a voz eletrônica de uma mulher dizendo que o avião iria pousar.Ouço todo o avião acordando e logo me apresso em acordar Peeta.

O balanço no intuito de acorda-lo,alguns segundos depois seus olhos cansados se abrem.

– O avião irá pousar.

– Chegamos?

– É Peeta,chegamos. – falo suspirando. – Qual é o próximo passo agora?

– Meu amigo vai estar nos esperando. – fala Peeta colocando a blusa.

– Ok.

Eu guardo o lençol em um mochila que trocemos e esperamos todos saírem do avião.Quando finalmente saímos do avião,todos já estavam indo embora.

– Peeta? – um garoto o chama.Ele parece ter a idade de meu irmão.Ele nos olha fixamente. – Peeta?!

– Ah,oi Castor. – responde Peeta.

Ele anda ate nos a para na frente de Peeta.

– Katniss,esse é o Castor.Castor,essa é a Katniss. – Peeta nos apresenta.O garoto estende a mão e eu a aperto,ele me lança um olhar educado e gentil.

– Prazer em conheça-la.Bom,vamos logo sair daqui. – fala Castor.

Seguimos o garoto ate um carro parado fora do aeroporto,eu e Peeta entramos no banco de trás.Observo a rua enquanto o veiculo anda,é tão estranho mas ou mesmo tempo bonito.Esse sera meu lar de agora em diante.Como será que esta Finnick agora? Deve estar enfrentando o questionário infinito de Haymitch e Effie.Fico me perguntando se já descobriram que eu estava o tempo todo no hotel.Quero falar com o meu irmão para saber se esta tudo bem com ele,com a Annie e a Prim.

É tudo muito confuso e muito rápido.Tomara que esse plano de nos esconder aqui na Inglaterra de certo,eu realmente não consigo entender essa rivalidade,eu um dia eu perguntei para minha mãe o por que de odiar tanto eles.O que eles me responderam foi um simples "Apenas fique longe deles,eles são ruins e não são boa gente,Katniss.Fiquei longe,não se aproxime,entendeu?" Sempre era a mesma coisa,nunca me respondia sempre falavam coisas relacionadas as palavras anteriores.

Estou tão cansada de tudo,dessa brigas com eles de todo essa confusão,é tão idiota e ridícula.Sinto uma dor de cabeça muito forte pela noite mal dormida.Peeta percebe e com o braço me puxa para mais perto de seu peito.Seu olhar é tão carinho e preocupado que me deixa sem ação,passo os dedos em seu rosto macio e perfeito o acariciando,Peeta abre um pequeno sorriso e beija meus lábios com ternura e delicadeza.Esse beijo deixou bem claro que eu não sou mais capaz de me afastar dele.

Fico pensando com deve estar sendo para Peeta,com certeza seus pais o devem estar procurando como os meus,o meu medo é que descubram que Finnick e Annie estavam nos ajudando esse tempo todo,e se isso acontecer vai ser ruim para os dois,Finnick vai ter que se separar da Annie pois a identidade de Annie vai ser descoberta,a impressa vai ser cruel com a família Mellark quando descobrirem sobre Annie,meus pais vão fazer algo com o meu irmão que eu prefiro não imaginar.E tudo isso por uma rivalidade idiota.Nem dá pra acreditar.

Meu irmão e a namorada se arriscaram tanto por nos e não podemos fazer nada para retribuir.O que nossas famílias vão fazer com eles? Nem parece que nossos somos uma família e que gostamos um do outro...Acho que na realidade nunca fomos,por que eu acho que nas famílias ninguém é tão cruel com quem ama.Um ódio misturado com raiva de meus pais cresce dentro de mim de uma forma horrível.Olho o que eles nos abrigaram a fazer! Estamos fugindo de nossa própria família! Não acredito que acabou chegando a esse ponto! Um rancor começa a se desenvolver dentro de mim.Eles nunca vão nos afastar! Nunca!

Me aperto mais contra Peeta buscando um contato mais próximo com o mesmo.Em resposta ele me aperta mais contra o seu peito.Eu o amo tanto! Nada vai me separa do amor da minha vida,e não vai ser nossos pais que vão nos impedir.Nunca tive tanta odío da Effie e do Haymitch como agora! Lágrimas caem silenciosamente de meus olhos.Olho o que aqueles dois estão nos obrigando a fazer! Aqueles dois não! Aquele povo que se diz ser nossa família! Uma dor muito forte cresce em meu coração fazendo-me sentir cada vez mais rancor deles.

– Chegamos. – fala Castor.

Saímos do carro,olho para o grande casa,ela é linda vista de fora e parece ser bem confortável,fomos para a grande casa.Castor nos mostra onde fica cada comodo.A casa tem um quarto,um banheiro,uma cozinha,uma sala de estar com uma lareira linda,uma varanda enorme,uma área de esportes,uma lavanderia e um deposito.

Fomos para a sala e Castor vai ate a cozinha buscar bebidas.Sento no sofa ao lado de Peeta,e alguns minutos depois o garoto chega com três bebidas nas mãos,nos entrega e se senta na poltrona a nossa frente.

Olho para Peeta e sorriu quando vejo que a bebida que ele me trouxe era um refrigerante,e para ele e Peeta foi um copo de uísque.Thresh nos olha sem entender fazendo eu e Peeta rir de seu expressão.

– Algo de errado com as bebidas? – pergunta Castor.

– Nada cara...É que a Katniss também bebe. – responde Peeta rindo.

Castor olha pra mim.

– Mas você não é nova pra beber... – fala ele em duvida."Pra quem já transou aos 14 anos,bebida não é nada!" Penso sorrindo.

– Sou,mas fazer o que seu eu gosto né?

– Desculpe eu não sabia...

– Esta tudo bem,eu também gosto de refrigerante. – o interrompo e bebo um pouco.

Castor sorri e olha para Peeta com a intenção de mudar de assunto.

– Peeta,como foi a viagem? – pergunta ele.

– Foi tranquila sem problemas. – responde Peeta.

– Não tiveram nenhum problema na hora do embarque? – pergunta a nos dois.

– Correu tudo bem,sem problemas. – responde Peeta.

– Vocês são loucos! – comenta Castor rindo.Eu é Peeta nos olhamos e rimos junto. – Cara eu não teria coragem!

– Sim teria! Duvido que se encontrasse uma garota linda e que se apaixonasse por ela duvido que não faria tudo por ela! – responde Peeta ainda rindo.Fico vermelha com as palavras dele.Castor olha para mim com um sorrindo enorme nos lábios.

– O que você fez com meu amigo festeiro e mulherengo,Katniss? – pergunta erguendo as sobrancelhas ainda sorrindo.

– Não fiz nada.Eu inocente nessa historia. – respondo me fingindo de inocente. – Se alguém fez alguma coisa aqui foi ele!

– Ok ok eu ainda estou aqui. – fala Peeta erguendo a mão.

– Vou deixar vocês sozinho,precisam descansar. – fala Castor se levantando da poltrona.

– Eu te acompanho... – fala Peeta se levantando junto.

– Ok. – responde e se vira para mim. – Tchau Katniss,foi ótimo te conhecer. – ele se aproxima do meu ouvido. – Faça ele muito feliz,Katniss.Peeta é uma pessoa muito boa.

Sorriu quando ele se afasta,assenti para Castor e ele vai embora com Peeta o acompanhando.

Me levanto e vou ate a cama de casal,tiro meus sapatos e me jogo no colchão fofo e macio.Sinto meus músculos relaxarem nos lençol brancos.Suspiro e sinto a cama afundar do meu lado,Peeta se deita de frente para mim.

– O que Castor lhe disse? – ele pergunta com a voz cansada.

– Coisas... – falo breve.Peeta não fica muito feliz com a resposta e me pressiona.

– Que tipo de coisa? – pergunta impaciente.Sorriu com o seu ciúmes.

– Acho que você não vai ficar muito feliz em ouvir...Então é melhor não falar. – conclui virando o rosto.

Peeta sobe em cima de mim e me vira para ele,sua expressão me fez ter pena dele por achar coisas que não existem,mas ao mesmo tempo estava divertido brincar com ele assim.

– Fala logo,Katniss. – pede passando as mãos em minha barriga por baixo da blusa.

Sorriu e me inclino para o seu rosto.

– Que era pra eu te fazer muito feliz,e o obviu ne,que você é uma pessoa muito boa.

– Serio?

– Serio.

Peeta beija meus lábios e me abraça,antes de dormimos,ergo minha cabeça e olho para ele.

– Conseguimos. – ele sorri com minhas palavras.

– Conseguimos. – ele repete feliz.


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Notas finais do capítulo

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