A Herdeira de Hécate escrita por Rocker


Capítulo 9
Capítulo 8 - Was Is A Dream?


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora para postar. Eu ia postar ontem, mas acontece que eu tive prova final até hoje de manhã, então dificultava um pouco. Estou amando os comentários e espero que a quantidade se mantenha assim, me anima ainda mais para escrever, mesmo ainda não batendo com a quantidade de leitores ^^ Bem, acho que era só isso, até semana que vem! XDD
Ps: Capa nova, o que acharam dessa?!



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A Herdeira de Hécate

My intentions never change
What I want, it says the same
And I know what I should do
Its time to set myself on fire

Capítulo 8 - Was Is A Dream? (30 Seconds to Mars)

Caímos de costas na grama. Não sabia como tinha ido parar ali, mas de repente senti-me plenamente segura. Raios solares atingiram minha pele, espalhando um calor agradável. E eu percebi que não estávamos mais no Brooklyn. Nico se levantou e logo me ajudou a levantar. Olhei ao redor e precisei de força para sugar o ar pros meus pulmões.

Devíamos estar na costa norte de Long Island. Lembrava-me de quando minha avó, nas raras vezes em que realmente nos visitava, me levava para passear por ali. Estávamos num vale, isso era fato. Estávamos perto de uma casa enorme de dois ou três andares, azul. O estreito de Long Island cintilava a cerca de um quilômetro dali. Mas mal consegui raciocinar o que nos separava. De um lado, no alto de uma colina, um grande pinheiro que parecia brilhar com uma espécie de manto dourado nos galhos. Estava sendo protegido por um dragão.

Por toda a extensão do vale, várias estruturas que lembravam a arquitetura grega, porém visivelmente mais novo - um pavilhão a céu aberto, um anfiteatro, uma arena circular. Do lado do dragão, o anfiteatro, uma construção que eu não reconheci, mas parecia alguma coisa a ver com artesanato, uma parede de escalada, uma quadra de vôlei e um lago. Do outro lado, um pavilhão a céu aberto, chalés com arquitetura e decoração diferentes, organizados em uma forma de Ω, uma arena, uma floresta, um rio que ligava ao lado, um estábulo e duas construções que pareciam iguais, e campos cheios de morango.

Acho que Nico percebeu minha surpresa, pois riu e deu um passo à frente, estendendo os braços como se fosse um espetáculo. O que, na verdade, era.

– Bem-vinda ao Acampamento Meio-Sangue!

– É lindo. - eu disse, olhando a tudo maravilhada.

– Quem é essa, Nico? - ouvimos uma voz atrás de nós e rapidamente nos viramos.

Dois garotos e uma garota. O garoto mais velho parecia ter uns dezenove anos. Cabelos negros sedosos e olhos verdes mar. A garota, que parecia ter a mesma idade que ele e vinha de mãos dadas com ele, era loira e tinha olhos cinzentos tempestuosos. O garoto mais novo, mais ou menos a minha idade e a de Nico, tinha os cabelos castanhos encaracolados e os olhos castanhos. As mangas de sua camisa laranja estava suja de graxa, e ele me olhou de cima a baixo, sorrindo.

Nico sorriu, meio acanhado. - Percy, Annabeth, Leo. Essa é a Cristal.

– Olá. - eu sorri timidamente.

– Arranjou uma namorada? - perguntou Leo a Nico, dando-lhe um soco no ombro.

– Cale a boca, Valdez. - resmungou Nico, corado.

Percy e Annabeth se entreolharam e sorriram cúmplices.

– É isso mesmo que eu estou vendo, Olimpo?! O tão frio e impenetrável Nico di Angelo está corado?! - brincou Percy, cutucando a bochecha vermelha de Nico.

– Cala a boca, Jackson. - repetiu ele, franzindo o cenho em sinal de irritação.

– Ora, Percy, deixe ele em paz. - disse Annabeth, segurando o braço do namorado. Nico sorriu para ela, mas eu vi o brilho brincalhão em seus olhos cinzentos. - O Niquito também tem direito de gostar de alguém.

Apesar de ficar meio envergonhada com isso, eu consegui rir. Chegava a ser realmente engraçado como Nico ficava corado com apenas uma insinuação. Isso enchia meu coração, mas preferi não criar qualquer tipo de esperança.

– Desisto de vocês. Vou procurar por Quíron. - Nico bufou e saiu pisando duro em direção à casa azul.

– Aonde ele foi? - perguntei, assim que as risadas acabaram.

– Na Casa Grande para achar nosso diretor de atividades. - respondeu Annabeth, sorrindo de maneira simpática agora. - Como se conheceram?

Dei de ombros e resolvi só simplificar. Ninguém precisava saber que ele me impediu de me suicidar.

– Eu o conheci há uns dois meses. Ele me disse mandaram ele para achar alguém, mas que ainda não sabia quem era. Acabou que ele nunca descobriu quem era, até que fomos atacados por uma mulher-cobra que ainda não sei pronunciar o nome...

Dracaena.– interrompeu Percy.

– Isso! - confirmei e continuei. - Eu sempre fui atacada e tudo mais, mas sempre conseguia explodir o que me perseguia. Fui atacada no meu apartamento e Nico me trouxe pra cá. Não tenho ideia de como.

– Provavelmente foi por viagem nas sombras. - disse Leo, e eu arqueei uma sobrancelha.

– É um dos poderes que ele tem. - disse Annabeth, respondendo minha pergunta silenciosa. - Alguns semideuses têm habilidades especiais. Explodir os monstros que te perseguiam pode ser o seu.

Sorri, enquanto meus olhos por baixo das lentes passavam para um vinho de ansiedade. - Isso dá alguma dica de quem seria minha mãe?

– Não muito. - disse Percy, me analisando mais atentamente. - Se você não fosse ruiva eu juraria que era irmã do Nico. Você tem a mesma aura escura que irradia dele.

Corei fortemente e senti um rebuliço no estômago. Não queria nem imaginar se eu fosse irmã dele. Meu mundo teria ido direto ao chão.

– Você pode ver auras? - perguntei, meio acanhada.

– Não! - Annabeth disse, rindo um pouco. - Percy é filho de Poseidon, não pode ver auras. Mas já conhecemos muitos deuses pessoalmente, então fica mais fácil de achar alguma característica que possa identificar.

– E vocês, são filhos de quem? - perguntei, curiosa.

– Sou filho de Hefesto. - respondeu Leo. - E Annabeth é filha de Athena.

Eu tinha conhecimento suficiente em mitologia para saber quem eram.

– Então já descarto Athena como minha mãe. - eu disse.

– Uma pena. - disse Annabeth, sorrindo tristemente. - Seria bom ter você como irmã.

– Obrigada. - eu disse, corando. - Será que tem alguma deusa ruiva? - perguntei a Percy.

Ele parou para pensar. - Não que eu já tenha visto.

– Tem Afrodite, que encarna qualquer tipo de beleza, poderia ser ela. - disse Leo, sorrindo marotamente.

– Isso foi uma indireta? - perguntei, arqueando uma sobrancelha em desafio, mas sorrindo com cumplicidade.

– Não, foi uma direta mesmo. - Leo disse e rimos novamente.

Ora, já vejo que já se enturmou!– disse uma voz atrás de mim e eu me virei.

E dei de cara com um homem-cavalo.

– Uau, você é um centauro! - eu disse, surpresa.

O centauro sorriu, na verdade. - Pelo menos não me chamou de cavalo, como muitos outros. - ele disse, olhando Leo de esgrelha.

– Bem, sobre isso... - Leo começou, falsamente envergonhado e claramente segurando o riso.

– Sou Quíron, diretor de atividades. - disse o centauro, estendendo a mão, cautelosamente.

– Cristal D'Cleir, caloura perdida e sem uma indicação provável de mãe. - apertei sua mão, rindo.

– Uau. - disse Percy e eu me virei, confusa. - Primeira novata que está levando isso de boa.

Dei de ombros. - Depois de Nico, esse Acampamento foi a melhor coisa que me aconteceu. - corei quando Percy sorriu maliciosamente às minhas palavras e tratei de tentar concertar. - Aliás, é bom saber que minha mãe teve um bom motivo para me abandonar. Mesmo que não saiba quem é ela.

– Sobre isso que iremos conversar. - disse Quíron. - Me acompanhe.

– Cristal! - chamou Annabeth, antes de eu ir. - Me encontre depois para treinarmos, acho que você precisa aprender a se defender.

Sorri, sentindo algo bom surgindo em meu peito. Será que naquele eu iria fazer novos amigos?!

– Claro. - sorri e acenei para eles, antes de seguir com Quíron para a Casa Grande.


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