A Herdeira de Hécate escrita por Rocker
Notas iniciais do capítulo
E aí está o epílogo! Ainda haverá um bônus, não se preocupem. Será basicamente o texto que eu gostaria de dizer a vocês, mas não sou boa com palavras diretas, então escrevi um bônus que será postado no outro sábado, dia 2, como presente meu para vocês do meu aniversário ^-^
A Herdeira de Hécate
And I will love you baby always
And I'll be there forever and a day always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when I die you'll be on my mind
And I'll love you always
Epílogo – Always (Bon Jovi)
— Aqui está, obrigada. – agradeceu Nico, entregando o dinheiro ao taxista.
Ele ficou meio desconfiado quando pedimos para ele parar no meio do nada, mas logo deu de ombros e seguiu seu rumo. Nova-iorquinos eram mesmo assim. Assim que o taxi já estava fora de vista, começamos a seguir em direção à Colina Meio-Sangue, onde já podíamos ver o dragão guardando a árvore de Thalia.
— Uau! – Chad ainda parecia impressionado com a nossa história. – Quer dizer que você realmente tentou se matar? E que o papai foi um idiota quando ignorou o primeiro beijo de vocês?
Eu ri de seu comentário, enquanto Nico corou – eu já não sabia se era de raiva ou de vergonha.
— Olha, filho, não foi bem assim. – resmungou Nico.
— Mas foi quase. – eu resmunguei de volta, e Chad riu alto ao ouvir-nos.
— Eu gostei da história, quero ouvir ela mais vezes! – Chad exclamou, virando-se para nós com os olhos vermelhos brilhando.
Eu abri um sorriso para meu filho. – Pode deixar que irem contar sempre que quiser.
Chad abriu um sorriso imenso. Mais alguns passos e passamos pela fronteira de proteção do Acampamento. Tudo continuava igual. A casa enorme de três andares e azul. O Pavilhão, o Anfiteatro, a Arena, a Forja, a parede de escalada, o lago, a quadra de vôlei, a floresta, o estábulo, a área dos Chalés. Até mesmo o cheiro dos morangos no ar. Um sentimento de volta ao lar me inundou. O Acampamento Meio-Sangue é e sempre será um dos meus lares mais queridos.
— Posso ir, mamãe? – Chad me perguntou, e eu sabia que assim que eu permitisse, ele sairia correndo pelo Acampamento atrás de Clark e Lindsey.
Olhei para Nico e ele assentiu. Então não vi problema nenhum.
— Só me entrega sua mochila. Vamos deixar no Chalé 20. – eu disse a Chad.
Ele logo me entregou a mochilas, às pressas, e correu colina abaixo em direção à área comum entre os Chalés. Às vezes eu ficava preocupada de deixá-lo perdido por aí, mas Chad era responsável e não sairia das fronteiras sem nós. Enquanto descia a colina calmamente, senti Nico envolvendo minha cintura com um braço e me abraçando de lado.
— Não se preocupe tanto. – ele disse, levando o polegar até meu cenho franzido. – Ele sabe se cuidar.
— Eu sei que sabe. – eu respondi, abrindo um sorriso torto. – Mas eu sou mãe, acabo me preocupando.
Fomos em direção ao Chalé de Hécate. Abri a porta de metal roxo e entrei naquele ambiente que se tornara tão comum para mim. Tudo também continuava igual. As paredes e o teto feitos para reproduzir o céu à noite, com todas as estrelas e a Lua negra brilhando logo onde deveria ser a lâmpada. Quatro camas comuns de solteiro deixavam uma espécie de cruz no centro do Chalé estava representado a divindade das encruzilhadas.
Uma estante que ia do chão ao teto, cheia de livros, frascos abertos e outros fechados com alguns ingredientes exóticos dentro. Ao lado da estante estava um pequeno caldeirão e eu sabia que ali eu poderia fazer as poções que eu quisesse. Onde deveria ser a janela, havia um grande vão arroxeado. Havia um painel com o desenho de um cão com três cabeças logo acima da cama que ficava em frente à porta, onde se via escrito as palavras lunar, infernal e marinha, com três diferentes caligrafias.
— Vem, agora precisamos cuidar dos seus ferimentos. – eu deixei minha mochila e a Chad no chão e puxei o pulso de Nico até que ele se sentasse na cama que eu costumava ficar.
— Não precisa, Anjo, eu estou bem. – ele insistiu em dizer, mas eu não deixaria de cuidar dele. Nunca.
— Nem começa, Nico. – eu disse, já pegando o kit de primeiros socorros na gaveta da escrivaninha ao lado da cama. – E você sabe que eu não vou ficar quieta até cuidar disso.
— É, infelizmente eu sei. – ele murmurou.
Dei-lhe um pequeno pedaço de ambrosia, apenas para acelerar a cicatrização, e passei um algodão com álcool no arranhão em seu rosto. Nico gemeu com a queimação, mas não muito.
— Tire essa camisa rasgada para trocar. – eu disse, abrindo a mochila dele e tirando sua costumeira camisa preta de caveira.
— Se quer me ver sem camisa, não precisa usar desculpas. – Nico disse às minhas costas e eu identifiquei o tom levemente malicioso em sua voz.
Eu ri. – Cale a boca, Caveirinha. Você sabe que eu não uso desculpas quando quero.
Quando fui lhe entregar a camisa, porém, eu vi vários arranhões pequenos em seu peitoral. Deixei a camisa de lado e peguei novamente o algodão com álcool e passei nos ferimentos.
— Isso me lembra da noite que você foi reclamada. – Nico murmurou com a voz rouca e eu olhei para seus olhos negros cheios de desejo.
— Sim, eu lembro de quando cuidei de você. – eu murmurei de volta.
— Agora pelo menos eu posso fazer isso.
Eu estava prestes a perguntar-lhe o que quando me puxou pela nuca e selou nossos lábios num beijo feroz. Sentei sobre seu colo, com uma perna de cada lado. O beijo era selvagem e cheio de desejo. Enterrei meus dedos em seus cabelos e senti-o arrepiando. Seus braços me apertaram contra si e eu senti o desejo me consumindo quando seus dedos abriram caminho por debaixo da minha blusa. Até que eu tomei consciência. Com certa resistência, quebrei o beijo.
— Nico. – eu disse, ofegante. – Melhor irmos, senão não saímos mais daqui.
— Bem que podíamos continuar. – Nico disse, beijando meu pescoço.
— Eu também gostaria, mas podemos compensar à noite. – provoquei-lhe.
Nico se afastou e arqueou uma sobrancelha.
— Acho que podemos colocar Chad no Chalé de seu pai e seguirmos o seu plano de darmos um irmão para ele.
Nico abriu um sorriso malicioso. – Mal posso esperar para chegar à noite.
Eu ri se sua expressão, e me levantei de seu colo, ajeitando minha roupa. Ele também se levantou, ajeitando seus cabelos – na verdade, apenas mexendo neles e deixando no bagunçado natural. Fomos até a porta, e pensei em talvez ir atrás de Annabeth e Paige, mas assim que abri a porta de metal arroxeado, meu corpo quase foi ao chão com duas loiras pulando em cima de mim.
— Annie, Paige! – exclamei, abraçando-as de volta.
— Clark estava brincando com a fonte do Chalé de Poseidon quando um menininho de olhos vermelhos entrou correndo. – disse Annabeth quando nos afastamos. – Se Chad estava aqui, você também estaria.
— Por falar nisso, ainda bem que chegaram. – disse Paige, suspirando de raiva. – Lindsey não parava de falar de Chad.
Eu ri. – E ele não parava de falar dela. Mas eles estão novos demais pra isso, eles têm que esperar mais um pouco.
— Vamos, o sr. D estava procurando vocês. – disse Annabeth, já nos arrastando para fora do Chalé de Hécate.
— Por quê estavam nos procurando? – perguntei, franzindo o cenho.
Nico caminhava ao meu lado, abraçando-me pela cintura.
— Acho que tem a ver com a organização, não entendi muito bem. – disse Paige. – Travis e Percy estão lá com ele.
Eu sorri. Tinha saudades dos dois. Assim que os vi, abracei-os, feliz em vê-los.
— Cresceu mais um pouco, baixinha. – disse Travis, olhando-me de cima.
— Ah, cale a boca, Stoll. – ri com ele.
— Precisamos conversar, Cristal D'Cleir. - disse Sr. D, olhando-me com uma expressão tediosa.
E eu sabia que ele queria me pedir ajuda com a organização do Acampamento, usando os feitiços que eu aprendi através dos anos.
Mas eu apenas sorri marotamente, ainda sentindo o braço de Nico envolvendo minha cintura, e disse:
— Cristal di Angelo, por favor.
Pois é. Ele roubou meu coração, então eu roubei seu sobrenome.
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