A Herdeira de Hécate escrita por Rocker


Capítulo 25
Capítulo 24 - When We Stand Together


Notas iniciais do capítulo

Entãaao, meu povo!! Como prometido, estou aqui depois de três dias ;) Eu teria postado mais cedo, beeem mais cedo, mas minha irmã tomou conta do modem com meu notebook e não saía por nada nesse mundo! Então fui ver Under The Dome no computador dela (porra, que série é aquela?! *u*) Enfim, aqui estou eu!! E haverá uma surpresa nesse capítulo pra vocês ;) SIM, a profecia é revelada!! o// Podem comemorar, eu deixo u.u hahaha' Mas o mistério ainda não acabou, não se esqueçam XDD



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A Herdeira de Hécate

One more depending on prayer
And we all look away

Capítulo 24 - When We Stand Together (Nickelback)

– Precisamos ajeitar as coisas para a missão. - eu disse, depois de alguns minutos que estávamos jogados cruzadamente em uma das camas inúteis e desocupadas.

– Mas aqui está tão confortável... - Nico resmungou, aninhando-me melhor em seus braços.

E eu adoraria continuar ali, por isso eu quase cedi. Quase, pois realmente precisávamos nos preparar em menos de 24 horas. Por isso desvencilhei-me de seus braços - querendo voltar no segundo que ele soltou um muxoxo indignado - e me sentei ao seu lado.

– Não temos muito tempo. - eu disse seriamente e Nico logo se sentou à minha frente, provavelmente sabendo o que eu falaria em seguida. - E já está na hora de saber qual é a minha profecia.

Ele suspirou, passando a mão por seus fios desalinhados. - Acho que não tem mais como evitar, não é?!

Eu apenas balancei a cabeça, concordando. Sentei-me mais próxima dele, e segurei sua mão que mexia freneticamente em um anel de caveira que estava no outro indicador. Talvez não fosse tão fácil para eu ouvir a profecia tanto quanto fosse para ele me dizer.

– Pode dizer, Nico. - eu pedi mais suavemente, brincando com seus dedos que tremiam, procurando, de algum modo, passar a tranquilidade que ambos precisávamos. - Não pode haver algo tão ruim assim nela.

Mas havia.

E isso foi comprovado assim que eu comecei a assimilar as palavras que fluíam pela boca de Nico.

– "A oeste devem seguir
Para a fonte descobrir
A deusa hipócrita a aguarda
E com a juventude eterna desagua
A reclamação sombria e tardia prova seu valor
a morte, a jovem e o ladrão acompanham sem dor
Dificuldades impostos irão surgir
Mas o caminho antes seguido devem perseguir
Para o amor e o equilíbrio permanecer
Os perigos do mundo os ronda
E para a magia os poderes retorna"

Eram palavras de peso, eu não podia negar. Profecias, pelo que eu descobri em meu tempo no Acampamento, sempre vinham com mensagens subentendidas. E essa, que parecia ser a mais clara, podia vir com algo implícito. Mas o que seria? O que aqueles versos queriam dizer, além do que já parecia ser nossa missão óbvia? No momento, porém, não foram os versos que me capturaram a atenção. Foi a pausa sutil no meio dos versos que Nico fizera enquanto recitava a profecia e o olhar receoso que me lançara após se calar.

– A profecia é só isso? - perguntei, procurando os olhos negros de Nico.

– Sim. - ele disse com a voz firme, olhando dentro dos meus olhos roxos e desconfiados.

Mas eu sabia que ele estava mentindo. De algum modo, eu sabia. E eu queria poder ficar com raiva dele, chateada e frustrada. Mas eu não estava; eu podia rondar todos os possíveis motivos de ele estar ocultado algum verso de mim. Ainda lembro-me de quando ele me dissera que a profecia envolvia um sacrifício, antes de me cantar Kiss Me.

– Tudo bem. - balancei a cabeça, fingindo que concordava. - Precisamos tentar decifrá-los para saber como começar nossa missão.

– Aqui tem papel? - Nico perguntou, endireitando-se na cama e sentando-se de frente para mim.

Inclinei-me sobre ele para pegar a varinha na cabeceira da cama e acenei com ela no ar levemente. Logo depois um pergaminho e uma pena vieram voando da estante. Nico arregalou os olhos, vendo os objetos pousando na cabeceira ao seu lado. Dei de ombros, sorrindo sapecamente.

– Okay, vou fingir que isso é normal. - ele disse, rindo.

Ri junto, vendo-o pegar a pena e anotar a profecia no pergaminho. Entregou-me logo após, e eu analisei mais uma vez os versos que traçaria nosso destino no próximo mês.

– Tudo bem, vamos analisar verso por verso. - disse Nico e eu arqueei uma sobrancelha indagativamente. Ele se limitou a apenas dar de ombros. - Annabeth sempre diz isso.

– "A oeste devem seguir". - eu li em voz alta, mas logo franzi o cenho. Estamos em Long Island, a oeste fica todos os Estados Unidos. Isso não ajudou em muita coisa, e Nico pareceu concordar comigo, pois logo fez um gesto para que eu continuasse. - "Para a fonte descobrir". Fonte? Que fonte? - perguntei logo após.

– Eu ainda não faço ideia. - admitiu Nico, com os ombros caídos. - Não procurei muito sobre a profecia, pois não estava muito otimista quanto a ela. Mas pode ser a fonte de alguma deusa, já que o próximo verso diz - ele se aproximou mais de mim, permitindo-me entorpecer-me com seu perfume natural - "A deusa hipócrita a aguarda".

– Faz sentido. - concordei, desviando o olhar de seu rosto. - Mas muitas deusas são assim, não são?

Nico assentiu. - Desde os tempos antigos os deuses se tornaram quase humanos, com os mesmos sentimentos humanos. Tanto positivos quanto negativos. Não acho que esse trecho nos ajudou em muita coisa, mas ao menos sabemos que é uma deusa.

– Já é um começo. - eu disse, antes de voltar minha atenção ao pergaminho. - "E com a juventude eterna desagua". Isso pode querer dizer alguma coisa importante. Pode nos dar alguma dica!

Nico permaneceu em silêncio durante algum tempo, pensando.

– Me parece familiar essa expressão, mas não me lembro de onde. - ele diz por fim, coçando a nuca.

– Podemos perguntar para a Annie depois. - sugeri, a adrenalina de saber que estarei participando de uma missão com Nico inundando minhas veias.

– Pode ser. - ele concordou. - Qual o próximo verso importante.

Murmuro baixinho o verso "A reclamação sombria e tardia prova seu valor" apenas para ele ter consciência dele, até ir para o próximo.

– "A morte, a jovem e o ladrão acompanham sem dor". - li. - O que isso quer dizer?

Nico abriu um sorriso. - Quer dizer que eu e mais dois semideuses iremos te acompanhar na missão.

– A jovem e o ladrão? - reli, arqueando uma sobrancelha.

Nico assentiu. - A jovem é uma filha de Hebe. Paige, a única filha de Hebe que conhecemos, jamais iria negar uma missão. E o ladrão é um filho de Hermes.

– Podemos chamar o Stoll? - perguntei, sorrindo largamente.

Mas não entendi porque Nico bufou e sua expressão se tornou sombria.

– O que foi, Nico? - perguntei, franzindo o cenho em confusão, enquanto meus olhos se tornavam azuis escuros.

– Por que tem que ser esse seu amiguinho? - ele resmungou tão baixo que se eu não estivesse bem atenta, teria deixado passar batido.

Então eu analisei detalhadamente a expressão dele. Os olhos negros duros e firmes, como uma armadura. As sobrancelhas quase unidas sob a linha que marcava sua testa numa carranca. O nariz enrugado em sinal de desgosto e os lábios contraídos em uma linha fina. Eu não era muito acostumada com essa expressão, mas reconhecia-a de quando Percy pegava Annabeth conversando demais com algum filho de Apolo.

– Você está com ciúmes? - perguntei exaltada, sem conseguir impedir que um sorriso se abrisse em meus lábios quando o vi bufando.

– É claro que não estou com ciúmes. - ele cuspiu a palavra como se tivesse um gosto azedo em sua boca.

Não consegui resisti um segundo sequer e me aproximei dele, ainda sorrindo. Sentei-me à sua frente e peguei seu rosto ainda raivoso em minhas mãos.

– Não precisa ficar com ciúmes, Nico, Travis é só meu amigo. - garanti.

– Amigo, sei... - ele murmurou, desviando o olhar, mas não o rosto.

Ri baixinho com sua teimosia. - É, Nico, amigo. Ele é como um irmão mais velho que eu nunca tive.

– Espero sinceramente que você não beije seus irmãos.

Dessa vez eu ri mais abertamente, aproximando meu rosto do de Nico, e roçando meus lábios nos dele enquanto falava.

– Pode deixar, isso é exclusividade sua.

Vi um esboço de sorriso nos lábios dele antes de me puxar para me sentar sobre suas pernas e tomar meus lábios nos seus.


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