A Herdeira de Hécate escrita por Rocker


Capítulo 15
Capítulo 14 - Remembering Sunday


Notas iniciais do capítulo

Gente, sinto mto mesmo não ter postado antes!! Eu ia postar na sexta, que é meu dia fixo de postagem, mas acaba que a net por aqui estava uma droga. Deu problema na rede da Vivo, e minha net é o modem da Vivo, então já deu pra imaginar a cagada que deu. Ontem eu passei o dia em outra cidade, fazendo compras com minha mãe. Cheguei morta em casa, não to acostumada a andar tanto, mas valeu a pena que consegui mais 4 camisas de banda *u* Mas enfim, e quando cheguei a noite, lutei mais um pouco com a net, mas estava saindo o tempo todo e eu desisti. Estou aqui rezando pra que não saia enquanto tento postar hahaha' Mas pelo menos esse capítulo vai valer a demora, vcs vão gostar ;)
Vou deixar o link pra quem queira ler Pelo Escuro. É original, mas é a fic mais perfeita que já li



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491260/chapter/15

A Herdeira de Hécate

I don't mean to be a bother, but have you seen this girl?
She's been running through my dreams
And it's driving me crazy, it seems

Capítulo 14 - Remembering Sunday (All Time Low)

Podemos dizer que somente poucas pessoas desconfiavam que eu estava no meio. Aliás, até os Stoll se safaram, pois Quíron teve que concordar que eles jamais fariam desenhos e grafites como aqueles. Não que eu esteja me achando demais por isso, mas assim que o chalé de Hermes se encheu, comemoramos. Mas o troféu maior foi a cara raivosa dos filhos de Afrodite correndo pelo Acampamento e procurando pelo responsável.

– Travis, Travis! - chamei-o. - Eu preciso ir treinar, mas não tenho nenhuma arma.

– Você pode ir no Arsenal e procurar alguma que te agrade. - ele disse, depois de sair do meio barulhento. - Se não conseguir, procure os filhos de Hefesto que eles fazem uma pra você.

Assenti. - Obrigada, Travis!

– Disponha, baixinha.

– Eu não sou baixinha! - reclamei, já saindo dali.

Andei por quase toda a extensão do Acampamento, procurando por Paige. Quem sabe ela não me ajudava com a arma? Acontece que eu não a encontrei em lugar nenhum, então deduzi que estivesse em seu chalé. Mas eu não queria ter que ir até seu chalé. Não sabia nem se ela tinha irmãos, mas não queria correr o risco de passar qualquer vergonha. Então como eu já não tinha mais nada a fazer, porque também não teria nem treinador, resolvi voltar para o chalé. Pensei em chamar Travis ou Connor, mas eles jamais deixariam aquela bagunça pra isso - ou ao menos era o que eu achava.

Então eu estava voltando o mais devagar possível para o chalé de Hermes, quando ouvi algo que reconheci rapidamente. Eram acordes musicais e vinha de um chalé completamente preto e com algumas tochas em fogo grego. Era o chalé 13, mas não sabia de quem era - Paige não me disse todos eles. Me aproximei devagar, sem saber se já estava preparada para falar com Nico. Eu queria poder ter mais motivos pra ficar brava com ele. Não poderia usar somente a parte do "não ter laços sanguíneos", porque seria estranho. Eu também não queria isso, mas me magoou, porque veio a ideia de que ele não queria laço nenhum. Mas agora vai explicar isso pra ele!

Parei em frente à porta.

Ali dentro, sentado na única cama de casal, estava Nico, tocando uma música que eu reconheceria sempre. A mesma música que ele cantava para mim, quando eu estava deprimida e desanimada. E eu adorava qualquer música em sua voz.

... Remembering Sunday, he falls to his knees
They had breakfast together
But two eggs don't last like the feeling of what he needs
Now this place seems familiar to him
She pulled on his hand with a devilish grin
She led him upstairs
She led him upstairs
Left him dying to get in

Forgive me, I'm trying to find my calling
I'm calling at night
I don't mean to be a bother, but have you seen this girl?

E, novamente - como todas as vezes em que ouvia-o cantando -, me perdi completamente em seu timbre e na letra. Remembering Sunday era uma música que sempre me encantara, mas, de alguma forma, na voz de Nico eu sentia um apreço especial por ela. Eu me viciei completamente nele, sem qualquer chance de uma salvação. Afinal, ele que fora a minha salvação. Não acredito que sairei tão cedo desse transe que me mantenho.

She's been running through my dreams
And it's driving me crazy, it seems
I'm gonna ask her to marry me

Even though she doesn't believe in love
He's determined to call her bluff
Who could deny these butterflies?
They're filling his gut

Waking the neighbors, unfamiliar faces
He pleads though he tries
But he's only denied
Now he's dying to get inside

– Cristal?!

Balancei a cabeça, procurando sair do transe que me enfiara desde o momento em que o ouvi cantando e encarei as profundezas de seus olhos negros.

– Há quanto tempo está aí? - ele perguntou, meio tenso e receoso, e isso eu pude perceber.

Abri um sorriso meio amarelo e me aproximei, observando o modo como ele ainda mantinha os dedos pálidos sobre as cordas do violão negro. Por mais nervoso que ele parecia na minha presença, provavelmente depois de eu ter passado as últimas vinte e quatro horas fugindo dele, ele parecia confortável em sua posição. O tronco curvado sobre o violão, que se encontrava encaixado em sua coxa, o indicador e o polegar segurando o palheta prateada e os outros dedos sobre as cordas familiares. Eu diria que Nico tinha tanto futuro como músico do que qualquer outro filho de Apolo, apesar de ser claro que ele não era um filho do deus do sol - ao menos não com a decoração sombria daquele chalé.

– Peguei a música um pouco depois da primeira estrofe. - respondi, sentando-me desconfortavelmente ao se lado na cama.

Nico observou atentamente minhas feições, como se esperasse que eu o atacasse ali mesmo. Ou, voltando à questão mais provável, procurando algum indício de que eu ainda o evitaria. Aos poucos seus ombros se relaxaram novamente e imaginei que ele encontrou uma resposta positivamente que não fosse minhas bochechas coradas pela atenção minuciosa.

– Continue. - pedi. - Adoro ouvir você cantando.

Nico sorriu e dedilhou novamente as cordas, permitindo-me ouvir os sons que tanto me entorpeciam. E ele sabia que mais do que o encanto na voz, eu gostava da melodia em si por trás da letra. Ele então repetiu a melodia principal umas duas vezes, antes de liberar mais uma vez sua voz.

Forgive me, I'm trying to find my calling
I'm calling at night
I don't mean to be a bother, but have you seen this girl?
She's been running through my dreams
And it's driving me crazy, it seems
I'm gonna ask her to marry me

The neighbor said she moved away
Funny how it rained all day
I didn't think much of it then
But it's starting to all make sense
Oh, I can see now
That all of these clouds are following me
In my desperate endeavor
To find my whoever, wherever she may be

Eu me sentia tão bem em poder ouvi-lo cantando aquela música novamente que, quando ele me observou com seu costumeiro pedido silencioso, eu finalmente cedi e cantei juntamente com ele.

I'm not coming back
I've done something so terrible
I'm terrified to speak
But you'd expect that from me
I'm mixed up, I'll be blunt
Now the rain is just washing you out of my hair
And out of my mind
Keeping an eye on the world
So many thousands of feet off the ground
I'm over you now
I'm at home in the clouds, towering over your head

I guess I'll go home now
I guess I'll go home now
I guess I'll go home now
I guess I'll go home

Nico foi parando a melodia aos poucos, prolongando-a enquanto desse para minha satisfação. Quando seus dedos dedilharam as últimas notas, eu observava seus olhos negros que estavam sobre mim. E então de repente eu senti uma vontade abrasadora de beijá-lo. Eu sempre tinha vontade de beijá-lo novamente, mas como ele nunca tocara no assunto depois daquele dia no meu quarto, eu nada fiz sobre isso. Eu tinha medo. Tinha muito medo de perder essa amizade. A única que eu tive a vida toda.

– Por quê fugiu de mim? - ele perguntou, quebrando o silêncio.

Agradeci aos deuses por isso, pois não sabia o que seria de mim se não aguentasse mais e simplesmente o agarrasse ali e agora.

Abaixei a cabeça, evitando o peso de seu olhar. - Eu precisava pensar... Absorver tudo isso.

– Só isso?

Não, mas não posso dizer que ele me magoara.

– Sim. - assenti, confirmando.

– Vai continuar me evitando? - ele perguntou, completamente receoso e isso era impossível negar.

Ri levemente e neguei. - Não. Mas preciso de um treinador em esgrima.

Nico sorriu, mostrando as covinhas que eu tanto adorava. Podia dizer que era algo que eu nunca diria a ele, mas eu já disse. E logo depois ele elogiara a falsa cor dos meus olhos. E meus olhos ficaram de um amarelo feliz e fosco ao me perder levemente nas lembranças.

– Me aceita como professor? - ele perguntou, ansioso.

– Quer dizer que terei um dos melhores espadachins como professor? - brinquei, recordando das básicas informações que Paige me passara no dia anterior. - Me sinto honrada!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/499972/Pelo_escuro/