Sangue Do Meu Sangue escrita por Belle
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal, desculpem a demora!
De qualquer forma boa leitura. ;)
– Jonathan? – Clary esfregou os olhos enquanto se sentava na cama segurando o lençol contra seu peito nu. O loiro se virou para ela com um pequeno sorriso enquanto terminava de colocar o casaco.
– Volte a dormir, Clary, ainda é cedo. – ele se sentou ao lado dela na cama lhe dando um suave beijo na testa. – Eu vou ter que sair, mas não vou demorar.
– Aonde você vai? – perguntou ela bocejando enquanto se deitava novamente na cama. O loiro sorriu divertido antes de depositar um ultimo beijo em seus lábios.
– Eu vou comprar comida, não vou demorar muito. – Clary assentiu e Jonathan se levantou da cama indo em direção à porta, antes de sair ele se virou para ela com uma expressão seria no rosto. – Clary... Se você ouvir qualquer barulho estranho, se esconda em um dos quarto, tranque a porta e fique em silencio, Ok?
– Tem alguma coisa te preocupando? – Perguntou ela, mesmo já sabendo a resposta. Jonathan engoliu em seco desviando o olhar.
– Não é nada pra se preocupar, apenas tome cuidado, esta bem? Eu não vou demorar. – Clary assentiu com a cabeça e Jonathan abriu a porta. – Quando eu voltar podemos conversar sobre a noite passada, se você quiser.
Clary assentiu novamente e Jonathan deixou o quarto sem dizer mais nada. A ruiva rolou na cama encarando o teto enquanto esperava o sono voltar. Ela sabia que algo estava errado, mesmo que Jonathan tentasse esconder. Mas ela se perguntava o que poderia o estar preocupando? Ele mesmo lhe havia tido uma vez que o lugar onde estavam era seguro e poucas pessoas conseguiriam encontra-lo, porque ele estaria preocupado. Com esses pensamentos ela fechou os olhos adormecendo novamente.
[...]
Clary acordou uma hora mais tarde com um barulho estranho vindo do andar de baixo. Ela levantou da cama enrolada no lençol, vestiu uma calsinha e a camisola que havia usado na noite anterior antes de sair do quarto.
– Jonathan? – ela chamou baixinho enquanto andava pelo corredor em direção à escada. – Jonathan é você?
Ela desceu pela escada devagar observando tudo ao seu redor, a casa permanecia em completo silencio com exceção do som de madeira rangendo que a escada provocava.
– Jonathan isso não tem graça... – disse ela enquanto entrava na sala a passos lentos. Ela sentia o suor frio escorrer por sua testa e seu coração batendo mais rápido. – Jonathan..?
Ela ouviu o som de passos vindo em sua direção e antes que pudesse fazer alguma coisa uma mão tampou sua boca a impedindo de gritar, enquanto um braço forte envolver seu corpo a impedindo de se afastar.
Ela fechou seus olhos e sentiu as lagrimas escorrerem por seu rosto enquanto seu agressor levava os lábios até sua orelha.
– Shh, Clary. Eles estão aqui. – ela sentiu um enorme alivio quando percebeu que era a voz de Jonathan. Ele a soltou de seus braços e ela se virou para ele o abraçando e enterrando a cabeça em seu peito.
– Pelo anjo.. Você me matou de susto seu idiota! – ela disse enquanto socava seu peio com os punhos cerrados. Jonathan segurou seus pulsos e se afastou para encarar seus olhos.
– Clary.. Eu quero que você volte para o quarto e se esconda lá, tranque a porta e fique em silencio até eu ir te buscar. Ok? – havia um tom serio em sua voz, o que deixou Clary ainda mais preocupada.
– Eu não to entendendo... – ela disse num fio de voz já sentindo um nó se formar em sua garganta. Jonathan soltou seus pulsos e sacou sua lamina.
– Apenas faça o que eu disse e tudo ficara bem. – Eles ouviram um som de vidro sendo quebrado vindo da cozinha e Clary sentiu novamente o pânico tomar contra de seu corpo. Ela conseguia ouvir rosnados e o chão de madeira ranger conforme o intruso se aproximava mais deles. Jonathan pegou sua estela e a entregou a Clary. – Fique com ela caso alguma coisa aconteça. E lembre-se: fique em silencio.
Clary assentiu correndo para fora da sala, ela subiu a escada e entrou no quarto trancando a porta atrás de si. Ela conseguia ouvir o som da batalha se desenrolando no andar de baixo; o som de gritos e coisas sendo quebradas fazia sua mente devagar sobre o que poderia estar, de fato, acontecendo com Jonathan.
[...]
– Droga! Estávamos tão perto! – Disse Jace socando a mesa com toda a sua força. – Como dois lobisomens não conseguiriam detê-lo?
– Eles esta mais forte do que imaginávamos. – Disse Luke para ninguém em particular.
– Não podemos desistir, seus lobisomens não podem ir atrás deles? – Perguntou Simon.
– Já perdi dois dos meus hoje Simon, Sebastian esta mais forte. – Luke suspirou desviando o olhar e encarando o chão. – Não podemos agir por impulso, precisamos pensar em um plano.
– E o que sugere que façamos? – perguntou Jace com raiva evidente em sua voz. – Sentar, cruzar os braços e esperar... De novo? Passamos três meses procurando por ela, e agora você quer que esperemos mais tempo?
– Jace, eu sei que esta com raiva, mas o que podemos fazer? Não podemos começar uma guerra. – Disse Alec. Jace olhou para ele e cerrou os punhos.
– Façam o que quiserem, eu não vou mais esperar. – Ele saiu da sala batendo a porta com força atrás de si.
[...]
Clary caminhou pela casa tomando cuidado para não pisar em nenhum dos cacos de vidro que havia pelo chão. Ela encontrou Jonathan no meio da sala, parado em frente a um corpo morto enquanto limpava sua lamina na manga do casaco.
Ela andou até ele e o abraçou enterrando a cabeça em seu peito. O loiro passou os braços em volta dela afundando o rosto em seus cabelos vermelhos, com um suspiro de alivio.
– Quem eram eles? – perguntou Clary quando finalmente havia parado de tremer. Jonathan alisou seus cabelos e beijou o topo de sua cabeça.
– Você deveria saber, eles fazem parte da alcateia do seu padrasto. – Clary se afastou dele e olhou atentamente para o homem morto no chão, ela se lembrava vagamente dele, mas não lembrava seu nome.
– Aonde esta o outro? – Ela olhou para ele e viu seus olhos ficarem ainda mais escuros de raiva.
– Ele fugiu, talvez consiga voltar para o bando mais não vai sobreviver. – Ele olhou em volta; a casa estava toda destruída, haviam moveis quebrados, vidro e sangue por toda a parte. – Eles já devem saber onde estamos... Temos que sair daqui.
– E ir pra onde? – Jonathan se sentou no sofá, que ainda continuava de pé. – Jonathan eles já nos encontraram uma vez, quem garante que não encontraram uma segunda? Ou uma terceira?
– O que podemos fazer Clary? A única opção e continuar fugindo. – O loiro limpou o suor da testa e encarou o chão. Clary engoliu em seco e se sentou ao lado dele no sofá.
– Tem uma coisa que podemos tentar. – Disse Clary após alguns minutos de silencio. Jonathan franziu a testa e olhou para ela. – Nossos pais conseguiriam ficar escondidos por dezesseis anos Jonathan...
– O que você sugere? Que forjemos nossa morte? – Ele perguntou irônico.
– Que a gente viva como mundanos. – Jonathan riu em humor. – Eu falo serio Jonathan. Jocelyn conseguiu se manter escondida por dezesseis anos.
– Mas ela teve que viver como uma mundana Clary! Ela teve que desistir de quem ela era! – Jonathan levantou do sofá e andou até o meio da sala.
– Eu não quero que sejamos mundanos, quero que a gente viva como Nephilins, quero que nossas tradições continuem vivas. – Ela se levantou do sofá e andou até Jonathan parando em frente ao mesmo antes de lhe entregar a estela. – Cada uma delas...
Jonathan a viu prender o cabelo em um coque e sorriu sugestivamente para ele. Ele sabia o que ela estava sugerindo, uma união feita pelo selo do casamento, bem ali e naquele mesmo instante. Ele somente precisava aceitar a proposta de Clary.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
espero que tenham gostado. mais uma vez me desculpem pela demora.
Beijos e até o próximo capitulo.