– Olha mamãe ele já parece melhor. – Clary olhou para as mãos da menininha loira a sua frente; ela parecia ter uns quatro anos; e viu um pequeno pássaro. Ela se abaixou até a altura dela e segurou suas mãos com cuidado e sorriu para ela.

– Então já esta na hora de deixa-lo ir Emily... – disse a ruiva com uma voz calma.

– Precisamos mesmo? Eu gosto de tê-lo comigo...

A menina olhou para Clary e a mesma viu seus olhos escuros marejados. Ela deu um pequeno beijo em sua testa e retirou os fios de cabelo loiros quase brancos de seu rosto.

– Eu sei que é difícil meu amor, mas às vezes precisamos deixar nossa felicidade de lado pelo bem dos que amamos... Mas no fim sempre viram coisas boas, mesmo que demore.

A menina assentiu com a cabeça antes de abrir as mãos e deixar o pássaro voar para longe. A ruiva a pegou no colo e beijou seu rosto. A loira olhou por cima do ombro de Clary e sorriu.

– Papai! – Clary se virou e viu Jonathan parado atrás delas com um sorriso no rosto. Ele se aproximou e pegou a criança dos braços de Clary com cuidado.

– Olá minha princesinha. – Jonathan sorriu para a menina antes de lhe dar um beijo estalado em sua bochecha. Ele andou até Clary e a beijou nos lábios. – sentiu minha falta minha rainha?

– Sempre... – ela sussurrou de volta antes de selar seus lábios nos dele novamente.

[...]

Clary abriu os olhos para a escuridão do quarto. Ela se virou na cama e percebeu que Jonathan ainda dormia tranquilamente com o braço em volta de sua cintura protetoramente.

Ela respirou fundo enquanto percebia que tudo não havia passado de um sonho.

– Clary? – ela olhou para o rosto do loiro e viu seus olhos negros cansados a observando preocupado. – tudo bem? Foi um pesadelo?

– Não... Foi só um sonho estranho... – ela se sentou na cama segurando o lençol contra seu peito nu.

– Quer falar sobre isso? – ele se sentou na cama e segurou seu rosto em suas mãos com delicadeza. Clary negou com a cabeça e se levantou da cama, pegou uma camisola de dentro do armário e a vestiu.

– Eu só preciso de um pouco de água... Eu vou ficar bem, ok? – disse ela se virando e saindo do quarto sem dizer mais nada.

[...]

Jocelyn encarou a foto de Clary em suas mãos, lagrimas caiam sobre a mesma, mas a ruiva não se importava. Fazia tanto tempo desde que havia visto sua filha, tanto tempo que esse pesadelo havia começado que ela nem mesmo se lembrava de como era se sentir feliz.

– Jocelyn... – a ruiva se virou e viu Luke parado no batente da porta da sala. Ela limpou as lagrimas que haviam escorrido por seu rosto e forçou um sorriso para ele.

– Luke, eu já estava indo pra cama só estava arrumando algumas coisas e achei a foto dela...

– Jocelyn, sou eu, ok? Você não precisa menti ou fingir comigo... Pode me dizer o que esta sentido. – ele se aproximou dela e se ajoelhou em frente à mesma.

– Eu não estou mentindo. Eu estou bem. – ela disse segurando a foto com força em suas mãos. – Eu só estava me perguntando aonde eu falhei.

– Jocelyn você não...

– NÃO Luke! Eu falhei com ela! – gritou Jocelyn, fazendo-o se calar. – Eu falhei e por minha culpa ela esta em algum lugar com aquele monstro sofrendo! E eu estou aqui sem poder fazer nada alem que apontar o dedo e culpar as pessoas que estão tentando ajudar...

– Jocelyn olhe pra mim. – ele segurou seu tosto em suas mãos a fazendo olhar para ele. – Isso não é culpa sua, ok? E não importa de quem é a culpa, o que importa é que vamos trazê-la de volta.

A ruiva deitou a cabeça no peito dele e se permitiu chorar. Ele a abraçou com força e beijou o topo de sua cabeça enquanto acariciava suas costas.

– Eu vou encontra-la e trazê-la de volta, isso é uma promessa.

[...]

“Às vezes precisamos deixar nossa felicidade de lado pelo bem dos que amamos.”

Essas palavras ecoavam pela mente de Clary. A ruiva segurava com firmeza o copo de vidro em suas mãos enquanto se lembrava da imagem da menina sorrindo para ela e a chamando de mamãe.

Ela sentiu as lagrimas se acumularem em seus olhos com o pensamento de que nunca teria aquilo, uma família, alguém para chama-la de mamãe; pelo menos não com Jonathan.

– Clary? – ela sentiu as mãos de Jonathan em seus ombros e se afastou imediatamente dele. – tudo bem?

– Eu só pensei... – ela tomou um gole de água tentando se livrar do nó em sua garganta. – No que minha mãe diria se pudesse me ver agora. Ela provavelmente diria que é um erro estarmos fazendo isso, em estarmos juntos e que provavelmente em um ano você e eu estaremos jogando facas um no outro...

Clary sentiu uma lagrima escorrer por seu rosto e lhe deu um sorriso forçado, tentando esconder sua tristeza. Jonathan sorriu fracamente com o comentário.

– E qual seria a diferença? Nos já fazemos isso. Só não chegamos nas facas ainda. – ele tocou seu rosto delicadamente com uma das mãos enxugando suas lagrimas.

– Mas é a verdade Jonathan! Como nós vamos fazer isso? Como vamos viver juntos pelo resto de nossas vidas se mal conseguimos ficar na mesma sala sem brigar?

Ela lutou para segurar as lagrimas enquanto o encarava. Ele segurou seu rosto em suas mãos delicadamente.

– isso não é verdade minha rainha. – ele se inclinou para beija-la, mas Clary se afastou.

– Como não Jonathan? O único momento em que ficamos juntos sem discutir é quando estamos dormindo ou transando! Nós mal conversamos, não fazemos nada juntos e toda vez que estamos juntos nós acabamos brigando...

Ela se virou de costas para ele e se apoiou na bancada da cozinha tentando recuperar o fôlego. Jonathan andou até ela e a puxou para seus braços. Ela enterrou o rosto em seu peito e deixou as lagrimas escorrerem por seu rosto enquanto soluços escapavam de sua boca.

– shhh, meu amor. – ele deu um beijo no topo de sua cabeça e a abraçou mais forte. – não se preocupe, a partir de agora eu prometo que farei tudo o que você quiser. Você vai ser feliz de novo, eu prometo.

Ele ergueu seu queixo e a olhou fundo nos olhos. Ela lhe deu um pequeno sorriso.

– eu quero começar do zero. Quero que as coisas sejam diferentes, que você mude e ,principalmente, que a gente tente ser uma família.

– nós vamos meu amor. – ele selou seus lábios nos dela em um beijo calmo. Clary passou os braços ao redor de seu pescoço o puxando para mais perto.

[...]

Ele a deitou delicadamente na cama sem se desfazer de seus lábios. Ela arranhou suas costas de leve e o beijou de volta. Ele podia sentir cada curva de seu corpo através do fino tecido da camisola de seda.

– ainda quer continuar com isso? – ele perguntou contra seus lábios. Ela olhou sem seus olhos negros e sorriu para ele enquanto lhe dava mais um selinho. – vou levar isso como um sim.

Ela riu baixinho enquanto via o loiro retirar a camisola dela com desespero antes de se livrar de sua cueca. Ele voltou a beijar seu pescoço com calma enquanto recebia gemidos da parte da ruiva.

Ele se posicionou em sua entrada e a penetrou sem aviso. Clary gemeu alto em resposta e cravou as unhas em suas costas enquanto as mãos de Jonathan apertavam sua cintura a mantendo no lugar.

– oh.. Jonathan! – ela jogou a cabeça para trás e gemeu baixinho. O loiro subiu os lábios de seu pescoço para seus lábios a beijando com ferocidade e paixão.

A cada toque, a cada beijo, a cada caricia Clary via que ele parecia empenhado em manter sua palavra. Era a primeira vez que ela sentia que estava se entregando de corpo e alma para ele, e ele parecia estar fazendo o mesmo.

– sabe, adoro quando geme pra mim. – ele olhou em seus olhos e sorriu contra seus lábios. – é o som que eu mais gosto de ouvir no mundo.

Ela sorriu para ele enquanto mexia seu quadril em busca de mais contato, ela estava gostando de levar as coisas mais de vagar, mas daquele jeito ele a estava deixando louca.

– oh Jonathan... Por favor, pare de me torturar.. – ela implorou num sussurro baixo. Jonathan sorriu para ela e levou os lábios até seu ouvido.

– seu desejo é uma ordem minha rainha...

Ele aumentou o ritmo das estocadas indo cada vez mais forte, recebendo gemidos altos de Clary como resposta. A ruiva entrelaçou as pernas em volta de sua cintura o fazendo ir mais fundo.

– oh Clary!

Ele gemeu alto aumentando o ritmo das estocadas. A ruiva gemeu alto em resposta e logo Jonathan se derramou em seu interior. Ele estocou mais duas vezes e ela finalmente chegou ao clímax gritando seu nome.

Ele beijou seu queixo, bochecha e lábios. Ele saiu de seu interior e se deitou ao lado dela a puxando para se deitar em seu peito. Clary puxou o lençol sobre eles e levantou a cabeça e olhou para o loiro que tinha um sorriso estampado nos lábios. Ele entrelaçou seus dedos com os dela e beijou sua mão e depois sua testa.

– eu prometo minha rainha, você vai ser feliz novamente. – ele lhe deu um selinho rápido antes de se ajeitar na cama com Clary deitada em seu peito. – eu te amo meu amor.

A ruiva desenhou pequenos círculos em seu peito antes de fechar os olhos e sussurrar as palavras que Jonathan jamais pensou que ouviria dela:

– eu acho que estou começando a me apaixonar por você...