Fate/Disillusion- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 6
A ira de Deus


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAAAAA Ç.Ç demorei mais que devido, minha intenção era postar mês retrasado, mas infelizmente o tempo e a inspiração não colaboraram. Desculpe esses sete meses sem postar, pretendo logo mudar isso, minha intenção é postar no mínimo um ou dois capítulos por mês e vários devem ser postados proximo mês que será as minhas férias, caprichei bem nesse para compensar a todos, logo no final do mês pretendo se tudo der certo atualizar novamente o/ . Ainda estão vivos e.e , bem com toda sinceridade espero que gostem do capitulo, apenas metade dele seria postado, mas resolvi comprimir todas as cenas que eu pretendia que acontecesse em um único capitulo para o agrado de vocês na espera... Bem até lá em baixo o/



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“Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer”

Leonardo da Vinci

FORTALEZA DE AMBOISE, CLAREIRA NUMA PARTE PROFUNDA DA FLORESTA.

Willian vagarosamente abriu seus olhos, mesmo sonolento logo analisou o ambiente a sua volta. Um grande quarto cuja as paredes eram cinzentas a base de uma estrutura claramente de pedra com alguns cômodos de madeira, tal como a própria cama que estava deitado. Antes de pensar mais alguma coisa levantou a mão direita para cima percebendo logo o selo de comando escarlate, suspirou profundamente, “Apesar das altas probabilidades não foi um sonho então...” pensou o mestre de Caster esfregando os olhos e dando um pequeno bocejo em seguida. A quantidade de mana usada durante a convocação o lhe deixou bem degastado, sem contar ainda mais devido a materialização dessa fortaleza pelo espirito heroico e a quantidade de informações que sua cabeça teve que absorver de forma tão rápida.

–Estou cansado também por causa daquele detalhe... - Pensou William em voz alta e abrindo seu relógio de bolso prateado. Passava um pouco depois da meia-noite, mas o que se mais destacava naquele relógio aparentemente comum era que seus ponteiros tinham chamas azuladas nas pontas. Fechou o aparato e levantou-se da cama, percebendo que devido ao enorme desgaste que havia dormido sem ao menos trocar de roupa ou tomar um banho, além disso, sentia uma dor de cabeça começando a se aflorar “Sinto como se eu estivesse de ressaca depois de uma noite bebedeira... Espere... Onde diabos o Caster está e...” .

Antes que pudesse concluir seu pensamento um enorme barulho de rufar tambores começou a ressoar atrás de sua porta fazendo sua mente quase vibrar de tanta dor. O aluno fugitivo estava muito irritado, enquanto massageava as têmporas em vão pra aliviar a dor alucinante que aumentava cada vez mais com o barulho. Abriu a porta para encontrar além de seu servo sorridente um estranho autômato humanoide feito de engrenagens de madeira que acoplado conjunto de linhas que produzia o som batendo com enorme força um tambor. Willian tentava falar para parar, mas o barulho era tão intenso que Leonardo da Vinci não o escutava e permanecia com um sorriso confiante e um brilho nos olhos, depois de Willian quase perder a voz falando pro seu servo e já considerando usar o selo de comando, Caster finalmente com um bater de palmas faz cessar o barulho.

– Boa noite mestre o que achou do meu tamborilador automático? Serviu como um bom despertador? Hehehehehe Não me arrependo um segundo sequer de ter pensando nela, eu estava certo, a sua cara foi impagável! Faz-me lembrar de quando eu fiz isso com meu caro amigo Maquiavel, mas eu fui mais bonzinho com você, tudo que precisava fazer era bater palmas para a minha genial invenção e pararia Maquiavel nem teve misericórdia... - Riu o servo orgulhosamente e descontraído até ver a expressão do mestre que chegava a ter uma veia saltando de seu rosto de raiva. Leonardo ficou meio nervoso e resolveu mudar de assunto- Bem como posso falar ser servo é muito maravilhoso, posso aproveitar muito o mais o dia!

– Como assim? O que você quer dizer com ser servo maravilhoso, não acho que é algo para se dizer como algo bom... Você é tirado do seu descanso eterno e obrigado a lutar numa guerra que não é sua e por motivos egoístas visando as ordens de uma pessoa que nunca viu na vida... - Falou Willian já querendo ignorar o acontecimento anterior “Bater palmas... Tudo que eu devia ter feito era ter batido palmas...” pensou ele desacreditado.

– Para ter tempo para me dedicar as minhas invenções sem prejudicar meu sono, tinha que usar a técnica do sono polifásico, você é inteligente, deve ter ouvido falar, pois foi usada por diversas pessoas famosas como Benjamin Franklin, Napoleão Bonaparte, Nikola Tesla e Thomas Edison- Respondeu o servo da classe dos feiticeiros- Basicamente ela consiste em fazer as horas necessárias de sono em um tempo diferente do normal, eu por exemplo fazia seis cochilos por dia com duração de vinte minutos, como servo não preciso dormir então posso fazer mais invenções como esse brinquedinho que acabei de lhe mostrar...

– Entendo... Vejo que estava muito ocupado enquanto eu dormia... - Disse William apontando pra o autômato “Talvez eu use essa técnica para me manter acordado em horas decisivas durante a guerra...” pensou o aluno da torre enquanto isso- Existem mais coisas tipo essas, mas que REALMENTE venham a nos ajudar?

– Sim, por exemplo, eu dei algumas alterações significativas na defesa da torre, bem como a equipei com recursos bélicos bem eficiente, sem contar que há muitos cavaleiros robotizados a nosso serviço aqui na torre e...- Antes que pudesse terminar de falar, foi a vez de Caster ser interrompido por seu tamborilador que começou a rufar e fazer um barulho mais intenso que o usado para “despertar” Willian. O mestre e o servo taparam os ouvidos diante dos enormes estrondos. Leonardo então percebeu do que se tratava e logo começou a se dirigir para a torre mais alta da fortaleza para ter uma boa visão do motivo.

– Achei que você tivesse parado essa coisa, o que aconteceu?!- Perguntou bem alto Willian enquanto caminhava logo atrás do gênio renascentista.

– Tinha... Tinha mais um motivo de eu ter criado ele... - Mesmo com o som alto da invenção pode se escutar ruídos de batalha do lado de fora da fortaleza. Leonardo e Wiliam alcançaram a parte mais alta e deram de cara com um homem carregando uma besta medieval batalhando intensamente com uma horda de cavaleiros metálicos evidentemente mecanizados- Eu o integrei ao sistema de alarme da fortaleza... Mestre... Estamos sendo invadidos pelo que eu creio ser o servo da classe Archer...

MANSÃO DOS KAMIYAS, PARTE UM POUCO AFASTADA DE CROWLEY

Kana Kamiya andava encostando-se nas paredes de tanta dor que sentia. Estava se sentindo muito fraca, mas era muito orgulhosa para admitir isso, seus poderes, sua bênção, sua maldição, eles valem tanto assim? Uma garota de dezoito anos com o corpo de uma garota de onze anos, ela nunca pediu por isso, nunca pediu por esse poder, nunca pediu para sofrer com as cruéis experiências e testes que passou para aprimorar sua habilidade mágica familiar de alteração espaço-temporal a um nível quase divino. Suas cicatrizes ainda doem, o que ela queria de verdade é que todos fossem para o inferno. Parou de repente e começou a sentir um dor alucinante vindo de sua garganta em seguida um liquido queimando, vomitou sangue no corredor da enorme mansão.

“Só preciso chegar ao banheiro... Não...Não é nada de mais... Quando eu conseguir o graal... Não vou precisar passar por isso... Nunca mais...” pensou olhando para os lados certificando-se que Hyuu, seu mordomo, não a encontrasse naquele estado, não podia demonstrar fraqueza na frente dos outros de maneira nenhuma. Pensaria em alguma coisa depois para justificar a poça de sangue no carpete começou a andar e olhou para frente se deparando com um homem que aparentava estar entre os quarenta anos, bastante alto, possuía duas enormes lâminas atrás das costas, com uma armadura bem blindada platina e com uma expressão de certo desdém e ironia estampada no rosto coberto de cicatrizes. A garota logo percebeu de quem se tratava.

– Saber... O que você quer?- Kana Kamiya falou sorrindo- Sente prazer com minha dor? Sente felicidade na dor de sua mestra?

– Prazer? Bem não é isso que sinto, uma certa satisfação deve ser o que chega mais perto da resposta ... Finalmente entendo o motivo de querer ser um deus... O motivo que almeja o divino, você ainda está presa na condição de mortal... O uso do poder que possui lhe trás dor.... - O rei dos grandes feitos destacou se aproximando de sua mestra com uma voz bem grave- Conseguir fazer o que eu fiz sem ajuda de qualquer ser mitológico, vivi os últimos momentos da minha vida sabendo que seria imortalizado, por isso eu, Beowulf, não tenho desejos para com uma relíquia sagrada onipotente e tenho uma opinião uma divergente a sua, não aprovo o seu desejo... É patético, Deus não escuta suas preces então quer destrona-lo? Saiba que estou aqui apenas porque é uma oportunidade única lutar contra outros que se dizem espíritos heroicos, é tão emocionante ver a batalha que seus familiares estão acompanhando no interior na floresta, queria algo assim tivesse ocorrido na minha era... Acredito que não queira minha ajuda, não é... Mestra...

– Só faça o que eu mando e pouco me importo com o resto, desde que não me atrapalhe pouco me importo com o que você deseja ou o que fez no passado, muito menos o que acha do meu desejo, você é obrigado a vencer cada um dos seis servos e me garantir o sagrado... -Kana Kamiya continuou a andar mancando e ignorando a presença do servo das espadas- Não sei o que quer dizer com ajuda... Estou muito bem, isso é evidente...

– Posso ver muito bem... Bem, apenas lembre-se, não me intimido por te chamarem de demônio em forma humana... Já acabei com um de verdade com as mãos nuas... – Afirmou Saber sumindo entrando em sua forma espiritual. “Seria muito melhor se ele tivesse sido convocado como um Berserker...” pensou Kana Kamiya antes de ter sua visão ficando turva e desmaiando.

...

A jovem acordou cheia de curativos em sua cama e ao seu lado Hyuu com um sorriso aliviado. “Ele está cuidando de mim... Novamente...” pensou a mestra de Saber. Antes que pudessem trocar alguma palavra seu mordomo de olhos heterocromáticos se aproximou dela medindo a temperatura da jovem com a costa da mão em sua testa, certificando que a temperatura estava começando a diminuir, ele pós uma colher de sopa quente na boca de Kana que mesmo hesitante no começo bebeu devagar o liquido sentido sua força voltar e perceber o quanto estava com fome. Depois de um tempo terminando o caldo, ambos se encaravam silenciosamente até Hyuu tomar a palavra:

– Você voltou no tempo... Novamente, não é?- Hyuu perguntou mesmo sabendo da resposta.- Você sabe o quanto sua saúde fica frágil quando faz isso, você sofre tanto, veja só em que condição estava.... Por favor, me prometa que evitará fazer isso, por favor, minha senhora...

– Você sabe... Você sabe muito bem que não posso prometer uma coisa dessas- Disse Kana com lágrimas no rosto escorrendo- Você sabe o quanto eu sofri e odeio sofrer... Eu só quero acabar com isso... De uma vez por todas... Essa guerra... Nessa cidade, com esse graal... Será minha tentativa... Será a ultima vez que usarei meus poderes, pelo menos como uma mera mortal... Esta é a ultima partida e usarei cuidadosamente as cartas que tenho na manga, não importa as consequências, apenas o resultado... Mas no fundo... Mas no fundo eu tenho certo medo, Hyuu...

– Estou aqui... Eu estou aqui para você, minha senhora... – Hyuu se aproximou abraçando cuidadosamente Kana e limpando as lágrimas no rosto dela- E não deixarei que nada aconteça com você... Que ninguém mais te machuque...

FORTALEZA DE AMBOISE, CLAREIRA NUMA PARTE PROFUNDA DA FLORESTA.

– Uma retirada estratégica seria melhor das opções, mestre?- Perguntou Archer preparando sua besta e observando uma enorme quantidade de cavaleiros mecanizados vindo em sua direção.

– Não, creio que já chamamos atenção o suficiente, não sabemos o limite do controle da floresta por aquele que está na fortaleza, ele pode ter familiares ou mais cavaleiros espalhados entre as árvores, isso só revelaria nosso esconderijo ou pior... Temos pelo menos que causar danos o suficiente ou descobrir algo antes, alguma brecha... – Concluiu Gabriel analisando em sua volta- Nossa situação está critica pelo fato de você ter vantagem à longa distância e estarmos muito perto do inimigo... Se ao menos quem está controlando esses cavaleiros mecanizados aparecesse...

– Entendo... Mas, não vejo uma situação critica ao meu redor, já passei por situações piores, sei que não está me subestimando, mas posso fazer o dono dessa fortaleza aparecer uma hora ou outra, já se esqueceu do meu verdadeiro nome? – Archer sorriu confiante para seu mestre que retribuiu o sorriso. Uma onde de ventania saiu ao redor do servo arqueiro fazendo seu mestre se afastar para sair da linha de fogo. Com enorme rapidez Archer tirou uma flecha de sua alçava e equipou na besta medieval e atirou na direção de um dos cavaleiros mecanizados.

Os guardas feitos de ferro e engrenagem com armas em punho conseguiram estavam enfileirados correndo rumo ao servo e seu mestre. O cavaleiro que estava mais a frente segurando uma espada foi o aparente alvo de Archer, mas este conseguiu facilmente desviar da flecha e continuou avançando ignorando. Ela passou de raspão nos outros, mas sem acertar nenhum e depois de todos os oponentes desviarem da mesma e ela estava ao longe de atingir qualquer um deles, o projétil de repente mudou de trajetória e foi em direção novamente ao meio da horda de guerreiros mecânicos caindo no chão entre eles e fazendo uma explosão de ar surgir fazendo um pequeno tornado que destroçou a maioria deles. Archer sorriu e Gabriel estava impressionado.

– Um espírito heroico que conseguiu controlar uma tempestade... Você é incrível, Archer!- Disse impressionado o mestre com a demonstração. Mesmo assim ainda legiões e mais legiões saiam da fortaleza. Mesmo assim o mago francês conseguiu tirar muitas conclusões do ocorrido- Podemos definir agora que os cavaleiros aparentemente não são controlados por alguém, eles também não compartilham a inteligência, eles agem por conta própria, nossa, o mestre ou o servo que conseguiu fazer algo desse feito é incrível, se eu pudesse ter um desses poderia analisar com meu código mágico e entender sua estrutura... Quero dizer, coloque a nossa segurança em primeiro lugar, deixar um desses cavaleiros chegar perto...

Willian e Caster chegaram ao topo da torre da fortaleza e se depararam com a cena. Com uma flecha que podia se mover com correntes de ar Archer conseguiu dizimar uma quantidade considerável de guardas. “E ele está apenas começando... Se continuar nesse ritmo ele pode até entrar na fortaleza...” pensou o mestre de Leonardo da Vinci. Ele olhou para o seu servo atentamente, analisou seus status e habilidades, uma delas lhe intrigava, uma habilidade pessoal chamada “repasse”. “Será que... Será que eu realmente posso utilizar dos fantasmas nobres e invenções de Caster?” pensou o ex-aluno da torre abrindo seu relógio de bolso “Bem, uma extra mana eu sei como conseguir... Mas isso se encaixa perfeitamente que chega a da arrepios...” enquanto estava em devaneios Caster sem mais nem menos pega o relógio de bolso prata de seu mestre.

– Nossa que artigo bonito você tem aqui mestre!- Falou Caster analisando o objeto como se fosse uma obra de arte. Wiliam estava irritado e pegou de uma vez das mãos do servo o relógio e se deparou com um desenho do homem vitruviano agora estampado na tampa- Mas ficou melhor desse jeito hehehehe, entendi a estrutura, você cheio de surpresinha Willian, eu acho que estamos pensando a mesma coisa, a situação vai ficar feia para nosso lado... É melhor mostrar para aquele servo bruto do que nós, homens honrados e intelectuais, somos capazes na arte da guerra!

– Você fez isso em um instante e ainda analisou a estrutura, mas como... –Antes que pudesse completar a pergunta Caster abriu as mãos surgindo assim uma besta automática semelhante a uma metralhadora de madeira e equipada com flechas. Bem conveniente e pratica para ser sincero. Leonardo da Vinci olhou bem a sua invenção e deu para seu mestre segurar e olhou bem em seus olhos.

– Bem um mágico nunca revela seus truques, mas como eu sou um gênio não um feiticeiro apesar da minha classe, eu vou contar... No porão dessa fortaleza posso projetar minha reality marble, minha oficina onde tenho total acesso as minhas principais invenções... E confio-as a você mestre... Eu nunca fui possessivo a elas... Elas são para outros aproveitarem, não para seu inventor, por isso que é possível isso acontecer! É o que eu mais desejo, que o que eu invente seja útil para a humanidade!- Afirmou Caster com um verdadeiro brilho nos olhos, não aquele brilho de quando está se gabando de como ele é um gênio, um brilho sincero e verdadeiro que realmente fez Willian admirar pela primeira vez genialidade do servo. Da Vinci estendeu a mão novamente fazendo aparecer um saco cheio de bombas que após dar para seu mestre cuidadosamente projetou também uma asa delta planadora que parecia asas de morcego- O saco está cheio de bombas de fragmentação capazes de explodir causando a saída de vários fragmentos laminados em alta velocidade, então tenha cuidado e ainda tem esse planador para você ir até o oponente, graças a sua habilidade da magia do círculo de superposição astral você pode transferir sua mana, além de conseguir mana extra, tornando esses fantasmas nobres simples D no Rank C++...

– Enquanto Archer está distraído com as multidões de cavaleiros posso chegar até seu mestre e ameaçar retirada... A chave está no mestre dele implorar pela vida ou coisa assim, já que se mata-lo Archer pode revidar com sua ação independente sem mestre... Eu realmente posso... Eu realmente posso lutar de igual para igual com um servo?-Perguntou Willian guardando o saco e a arma com cuidado e preparando a asa delta renascentista.

– Isso só depende de você!- Antes que pudesse falar mais alguma coisa William foi empurrado por Leonardo rumo aos céus indo em direção aos inimigos. O mestre de Caster observava por cima que Archer continuava usando suas flechas acabar cada vez mais com os cavaleiros, ele tinha que chegar por trás de algum modo, sua sorte é que eles pareciam muito ocupados com os soldados mecânicos que com sua presença no ar –Te darei apoio daqui da fortaleza também com balas de canhão modificadas por mim é claro hehehehe

– De onde vem isso?- Willian se assustou percebendo logo em seguida que seu relógio de bolso estava servindo de comunicador para falar com Caster- Isso também faz parte de olhar como a peça do seu mestre é bonita e estudar sua estrutura?

– Bem, é por aí mesmo hehehehe- O relógio saiu com a voz do gênio renascentista- Está vendo só? O relógio além de abrigar uma parte de sua mana a cada hora do dia, ver as horas e ter um desenho maneiro, pode agora ser um walkie-talkie! E por apenas mais duas parcelas de dezoito reais você...

– Chega de brincar... Isso é sério!- O vento batia nos cabelos do mestre de Caster, ele sentia uma emoção muito forte lá do alto “quando foi a ultima vez que senti algo assim? Qual foi a ultima vez que fiz algo realmente divertido?” pensou ele logo indo para realidade. Observando de cima via Archer liquidando a ultima frota de guardas com suas flechas de tempestade. Conseguiu finalmente ter uma boa visão do servo inimigo, mesmo que o mestre ainda estivesse pouco reconhecível “Uma besta, flechas que podem ser controladas pelo vento... A identidade já é bem óbvia, chega até ser um pouco sem graça...” pensou ele. Willian pousou em um dos galhos das árvores da floresta logo atrás dos dois inimigos. Guardou o planador em um dos outros galhos e preparou uma das granadas jogando em direção especifica ao servo “É hora do show Guilherme Tell!” pensou Willian que finalmente abriu um sorriso determinado.

HOTEL PACATO NA PARTE OESTE DA CIDADE

Um ruído e um bater de asas de uma harpia dourada foi motivo suficiente para fazer Magi Daichin acordar de uma vez da cama. Rider pareceu rir um pouco da situação de seu mestre enquanto a ave se acomodava no braço direito do rei dos mongóis, o mago da Mongólia ainda estava meio zonzo e sonolento para entender exatamente o que estava acontecendo, mas antes que ele pudesse perguntar para Genghis Khan, este que estava fazendo carinho no pássaro respondeu sentido à dúvida marcada no rosto do mais jovem.

– Já deve ter ouvido falar da minha fiel amiga harpia não, é mesmo jovem? É alguém inseparável até mesmo depois da morte, uma vez quando eu estava morrendo de sede encontrei uma poça de água, mas quando eu tentava encher a garrafa para poder beber, a harpia sempre me atrapalhava, acabei em desespero matando ela, mas logo depois descobri que ela realmente estava me salvando...- Refletiu o rei dos bravos encarando o animal e depois olhando para o seu mestre- A suposta água se tratava de veneno que saía de um corpo moribundo de uma serpente extremamente mortal... Em sua homenagem envolvi seu cadáver com ouro liquido e...

– Sim, eu já ouvi essa história antes, é uma história com uma moral no final de enxergar além do que você mesmo deseja e escutar aqueles a sua volta que querem seu bem... Mas isso não justifica o motivo de você invocar ela aqui, suspeito que não tenha sido apenas por saudade ou para ela esticar um pouco as asas... – Declarou Magi.

–Sim, realmente, logo depois de você me invocar, pedi para nossa amiguinha aqui analisar a área e você nem sabe o que ela encontrou!- Declarou o servo das montarias- Nesse momento, nas proximidades da floresta ao longe está acontecendo uma batalha que acredito ser entre servos! Realmente impressionante, não que eu já não tenha visto coisas mais espetaculares, mas...

– Você pretende ir para lá participar do combate ou coisa assim...?- Perguntou o mestre.

– Eu gostaria, mas se o que eu aprendi com minha harpia é não fazer sempre o que desejamos e ouvir a razão de vez em quando hehehehe, se eu for não poderei ir com força total devido a sua condição física e mágica atual com o cansaço da viagem- Decretou o rei conquistador que criou um império cerca de duas vezes maior que o Brasil. Vendo que Magi ia começar a protestar que ele seria o motivo de não pode ir para batalha, Rider foi logo esclarecendo as coisas- Não é apenas por isso é claro, um dos servos deve conhecer e ter controle total sobre o terreno, a quantidade enorme de arvores dificultaria um pouco meus movimentos, sem levar que poderá ser uma isca, uma estratégia de guerra em que os dois servos são aliados, mas se passam como inimigos apenas como teatrinho para os oponentes... Descanse por enquanto mestre, amanhã começamos a patrulhar em volta da cidade e lhe mostrarei meus fantasmas nobres! Por hora apenas vamos vigiar a batalha, volte a dormir, qualquer coisa eu te acordarei!

– Está bem, está bem... - Disse Magi analisando que realmente o servo estava certo. Olhou uma ultima vez para a vista da janela do hotel a imensidão do vazio da cidade devido ao rígido toque de recolher e olhou para as estrelas que dominavam o céu devido a pouca luz urbana “Nesse momento ainda deve estar claro no meu país... Eu voltarei para lá, voltarei e trarei suas riquezas e honras de volta, podem esperar meu povo!” pensou o mestre de Rider adormecendo olhando para a vista.

FORTALEZA DE AMBOISE, CLAREIRA NUMA PARTE PROFUNDA DA FLORESTA.

À medida que mais e mais inimigos se aproximavam Archer estava ficando sem mais opções. Os cavaleiros mecânicos pareciam verdadeiramente começando a ficar mais cautelosos com relação a mudança de trajetória de suas flechas, como se realmente estivessem inteligência própria. É claro isso não mudava o fato dele possuir uma poderosa força de destruição como um espírito heroico, mas isso significa que mais guardas sobreviviam, ele não possuía liquidava tanto quanto começara a atacar, isso somado pelo fato de que, mesmo sem uma visão nítida do dono da fortaleza, várias bolas disparadas por canhões estavam tendo ele como alvo principal.

Um dos cavaleiros mecânicos finalmente havia o alcançado. Mas o servo de Gabriel não era um inútil a curta distância, este logo ao ver que o inimigo brandia um machado em mãos desviou do golpe com bastante agilidade e logo em seguida acertou um tiro certeiro na cabeça do guarda robótico que teve seu corpo estraçalhado por uma explosão de ventos. “Apesar de eu ser bem veloz, esses cavaleiros são bem lentos, mas senti que se o golpe tivesse me acertado eu teria levado a pior, eles são bem fortes isso meio que compensa a sua lentidão, é claro...” pensou Archer enquanto se deparou com mais uma bola de canhão vindo em sua direção, este apenas sorriu diante do perigo, o disparo fora repelido por um tornado que cercou o corpo do guerreiro do passado “ ...Não é como se realmente eu pudesse ser acertado diante do meu poder sobre as tempestades e os ventos...” completou o pensamento.

Logo depois que a bala de canhão perdeu sua força e caiu no chão, Archer dissipou a barreira de vento, é claro Caster lá de cima observando tudo sabia que isto iria ocorrer e fez um disparo quase que seguido, segundos depois do servo dissolver a barreira a bala estava a poucos centímetros do seu rosto. “Vamos ver se você realmente é veloz servo do arco...” pensou Da Vinci que se deparou com algo no mínimo interessante para ser analisado, mesmo não sendo exatamente o resultado desejado. O gênio renascentista esperava que Archer desviasse da bala, provando assim que a barreira não podia ser erguida em uma velocidade tão grande, dando assim uma oportunidade para atacar, mas o que ele viu foi o servo oponente a erguendo rapidamente sem mostrar nem uma expressão de sequer surpresa a e ainda mais, Archer utilizou as propriedades da sua barreira-tornado para fazer com que a bola de canhão fosse arremessada com a mesma força que foi jogada em direção aos muros da fortaleza.

Gabriel sorriu impressionado com a capacidade do servo “Nós realmente podemos vencer a guerra com isso!”. O disparo retornado não chegou a ser um perigo direto para Caster, mas mesmo assim ele estava impressionado, o servo da classe dos magos sorriu “Isso é interessante... Tomara que Willian tenha visto isso bem...” pensou ele. Archer ainda com o escudo furacão erguido em torno de si sorria confiante “Esses ventos são o meu escudo e arma definitivos, não há a pontos fracos, pois são os mesmos ventos que controlei no meio de uma terrível tempestade no alto mar em um simples barco, não importa o que o oponente na fortaleza faça ele não pode me jamais me alcançar enquanto eu estiver aqui e...”. Olhos de Gabriel e seu servo ficaram arregalados, de repente, uma estranha granada entrou no tornado sem ser afetada pelos ventos, antes que Archer processasse ela explodiu liberando além de pólvora vários e vários fragmentos laminados.

Willian sorriu do alto da árvore, mesmo que aquilo significasse que havia revelado seu esconderijo “Saiba meu caro Guilherme Tell, que o lugar mais seguro em meio de uma tempestade é no seu coração...” pensou o mestre de Caster recordando de uma frase que ouvira tempos atrás. O mestre de Caster sabia que mesmo a barreira sendo bem poderosa em quase todas as direções, mas Archer nunca havia pensado que por cima havia uma abertura e como o próprio não parecia sofrer qualquer alteração em relação à alta velocidade dos ventos que os circundavam se Willian acertasse em cima causaria um grande estrago, Archer ficara preso na própria prisão que criara, além disso, a granada era mais que pólvora e fragmentos de metal, possuía também a adição de sua própria mana graças à magia do círculo de superposição astral, não seria forte o suficiente para matar um herói como Archer, mas traria sequelas.

Willian tratou de pular galho em galho concentrado parte de mana em suas pernas e logo chegou ao solo. Bem a tempo da nuvem de poeira e terra se dissipar devido à explosão, logo revelando o servo cercado de inúmeros ferimentos e devido ao abalo momentâneo que ele sofreu os ventos não se apresentavam mais. Apesar de ser bem educado, Archer estava realmente irritado chegando a ranger os dentes. Sem hesitação e não ligando para os cavaleiros mecânicos que estavam a sua volta ele apontou a besta em direção à árvore de onde viera a granada fazendo a copa da mesma em pedaços com uma forte rajada de vento com uma flecha. Willian suspirou de alivio por chegar ao solo a tempo, mas ele tinha outros problemas para lidar, teria que achar o mestre do inimigo rápido ou pensar em de alguma forma atacar o servo “Ele não vai cair no mesmo truque duas vezes... Além disso nem tem como eu repetir mesmo...”.

Para sorte de Willian, seu servo logo começou a agir, disparando bolas de canhão diferentes das anteriores, estas agora provocavam uma névoa a partir de reações químicas de dentro das esferas. Uma nuvem de gases começou a tapar momentaneamente a visão de Gabriel e Archer, aproveitando isso Willian concentrou novamente a mana em suas pernas e correu rapidamente para fora da floresta adentrando a clareira, nesse curto momento conseguiu ter uma breve noção de onde o mestre de Archer estava. É claro, que isso não durou por muito tempo, Leonardo da Vinci sabia disso, até por isso mesmo que ele não havia usado isso com mais frequência anteriormente. O arqueiro fez uma onda ventos dissipar toda a neblina em volta deles, mas o que ele viu não foi o que esperava: Willian estava com a metralhadora automática de flechas apontada atrás da cabeça de seu mestre.

– Uma gracinha e seu mestre vai sofrer de um terrível destino... Senhor Guilherme Tell...- Willian sorriu confiante para o servo com um ar de vitória. Archer estava impressionado “Espere um pouco... Eu realmente estou sendo ameaçado por um mestre e não um servo? Então quem está no controle daqueles canhões... Ele até acertou minha identidade...” pensou Archer suspirando pela situação “Mas e se eu disparar uma flecha nele? Não é tão diferente quanto acertar uma maçã na cabeça de uma criança...” concluiu ele, mas Willian já foi respondendo- Saiba que estou com uma sacola cheia daquelas bombas laminadas, qualquer que seja o impacto elas vão explodir e já sabe o que vai acontecer, não é mesmo?

– Espere... Espere um pouco... Eu conheço essa voz!- Gabriel virou sem medo de morrer, Archer olhou com os olhos arregalados a atitude imprudente de seu mestre. Willian realmente ia atirar, até que reconheceu também o mago francês- Primeiro, realmente é você? Eu realmente ouvi boatos que havia fugido, mas nunca esperaria que estivesse aqui!

– Segundo... – Willian suspirou, mas ainda apontando a besta automática para Gabriel. Aquilo era uma guerra, qualquer movimento em falso e seria seu fim, não poderia relaxar mesmo na presença de um “colega” refletiu o mestre de Caster.

– Vocês... Vocês se conhecem?- Perguntou Archer surpreso, mas não baixando a guarda diante da figura que se mostrava pouco amistosa diferente do seu mestre.

– Sim, nos fomos “companheiros” de estudo na torre do relógio, eu e Willian estávamos no top 3 da classificação de estudante mais brilhantes da torre, ele no caso era o primeiro, eu o segundo e...- Antes que Gabriel pudesse terminar a fala, uma figura medonha surgiu entre os três e a fortaleza. Um rugindo horrendo foi escutado que chegou a balançar as árvores, outro servo havia chegado sem aviso prévio, fazendo os pelos da nuca de todos os presentes se arrepiarem.

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO

Lancer e Oliver foram chamados rapidamente para retornar a mansão. O que encontraram lá não foi a melhor das visões, Kazuma, o magus killer contratado estava quase inconsciente no chão da mansão em um estado completamente desastroso. Seus olhos estavam ao redor de olheiras terríveis, estava pálido como uma folha de papel, ardia em febre e tremia de frio. Ao seu lado além de sua serva Assassin prestando ajuda, também se encontrava o representante da igreja Claus e o mestre de Boadiceia Alberich. Mesmo devido a gravidade da situação ambos se encontravam em plena tranquilidade, não demonstrando nenhum tipo de desconforto ou raiva. A rainha dos revoltados percebeu algo estranho na aura que escapava do assassino de magos, Oliver pareci bem surpreso também, Claus percebendo a face dos dois foi logo esclarecendo:

– Kana Kamiya foi a responsável por isso... Por causa de uma certa irresponsabilidade do nosso magus killer aqui- Falou o padre com certo desgosto olhando de forma desprezível para o mago dos ventos e depois se voltando para os recém-chegados- Que isso fique como um aviso de com quem estamos lidando! Com fogo não se brinca, imagina uma bomba nuclear, ele teve bastante sorte para falar a verdade...

– Sorte, estou vendo bem quanta sorte eu tenho- Respondeu sarcasticamente Kazuma que estava começando a suar bem frio e tentava mesmo fraco se levantar- Entendo bem agora, porque a torre está tão desesperada para capturar o monstro que ela mesma criou... Bem, mas ela é bem mais fofinha do que eu esperava hehehehe

– Não se esforce mestre... - Kazuma tentou levantar vagorosamente, mas acabou com as pernas vacilando quase caindo. O que não o levou de encontro direto com o chão foi sua serva que o segurou, ela mesmo não admitindo estava muito preocupada com a condição do seu invocador, mesmo não gostando do jeito do garoto deve ter sido algo que herdou de sua condição como uma samurai eternamente leal ao seu senhor.

– A condição dele... Infelizmente não é algo que podemos curar de imediato... – Observando a preocupação da serva, Oliver se aproximou analisando a saúde de Kazuma- Felizmente é algo temporário que não deverá trazer sequelas... Mas pelo que eu soube da demônio em forma humana ela é de deixar testemunhas para garantir que não seja incomodada, algo como um aviso para sabermos com que estamos lidando...

– Uma estratégia para nos intimidar... Alguém com tanto poder como vocês descrevem não teria necessidade de fazer algo desse gênero se tem tanta confiança no que pode fazer... Deve ter algo errado, isso é claro, algo que faz ela recorrer a isso- Afirmou Lancer refletindo- Ela pode ter alguma fraqueza, algo que ela não quer deixar que nos saibamos, é uma estratégia bem usada em guerras, posso dizer por experiência própria!

– Bem pelo menos não teremos um magus killer moribundo como peso de papel, isso é bom eu acho... - Riu com certo desgosto Claus Schiller que depois se virou para o mestre de Lancer- Eu bem que avisei que não devíamos ter escutado seus superiores e ter contratado o tal do Ivair Blackwood, é uma pena ele ter ido por algum motivo para o lado dos Holsteins e termos perdido a chance... Pelo menos ele não agiria tão imprudentemente quanto o nosso caro colega aqui...

– Todo mundo sempre valoriza mais do que devia aquele brasileiro inexpressivo! Eu em todos os aspectos sou melhor que ele e ainda... – Ainda que pudesse terminar a fala Kazuma sentiu-se enjoado e começou a vomitar no carpete da mansão. “Quando eu encontrar aquela baixinha apelona demais ela me paga....” pensou Kazuma.

– Bem... Qual será o nosso próximo passo, pai?- Perguntou com certo receio a Alberich que permanecia calado. A expressão do lorde da torre ficou mais rude, Lancer sentiu o desconforto que Oliver estava passando, a rainha dos revoltados não gostava nem um pouco de seu mestre. Depois de uma longa pausa em que todos aguardavam a decisão e ordem do lorde, ele finalmente falou.

–Ela esperava implantar medo entre nós... Que patético, o quanto ela baixou o seu nível, vai precisar de mais que isso... Um contra-ataque direto seria algo muito desesperado da nossa parte, mas podemos mostrar uma fração do que temos, nem que seja indiretamente... – Alberich estalou os dedos e um corvo entrou pela janela e pousou em seu braço- De acordo com meus familiares... Uma batalha entre servos acontece no interior da floresta, não conseguimos ver com definição como está se desenrolando, mas com certeza a Kamiya está de olho também... Sabe o que quero dizer senhor Claus Schiller?

– Aguardava isso ansiosamente!- Um riso maníaco brotou no padre e seu selo de comando começou a brilhar- Meu precioso Berserker! Sua espera para saciar sua ira finalmente acabou...

“Vamos mostrar o julgamento divino para Kana Kamiya e para aqueles infiéis que entram no nosso caminho” pensou o mestre de Berserker. Um estrondo foi ouvido de algum lugar da mansão, acompanhado de um enorme grito de horror raivoso que despertou um certo medo no coração de Lancer e Assassin e fazendo um arrepio percorrer todos os presentes.

FORTALEZA DE AMBOISE, CLAREIRA NUMA PARTE PROFUNDA DA FLORESTA.

Eles observaram temerosos Berserker. Um enorme cavaleiro de armadura medieval dourada bem desgastada e cheia de arranhões que aparentou ter glória um dia. Não era possível ver nenhuma outra parte do corpo exposta, apenas um gigante com equipamento de cavaleiro com uma aura meio avermelhada em volta de seu corpo. Gabriel e Willian observaram as capacidades dele como servo, tirando sua baixa sorte, eram realmente assustadoras fazendo com que ambos engolissem a seco. O corpo do recém-chegado estremecia com o que parecia pura ansiedade de batalha até ele finalmente soltar um grito de raiva sinistro como se declarasse ataque, Archer e Caster mesmo sabendo que provavelmente não teriam capacidade para abater esse servo ficaram preparados para o ataque dele.

O que surpreendeu a todos foi o fato dele mesmo com aparente raiva acumulada não atacar, ao contrario disso, ele ficou de joelhos e uniu as duas mãos como se estivesse orando. Ele ignorou por um instante todos os presentes e começou a murmurar coisa sem sentido devido a loucura de sua classe. Archer se viu em uma oportunidade única de atacar, disparou uma flecha, mas esta mesmo atingindo o alvo com a velocidade do vento, nada fez com Berserker envolto de sua poderosa e dourada armadura. Caster preparou uma bala de canhão e atirou em direção ao cavaleiro louco, mas este só movendo a cabeça escapou da bala e sem interromper a sua oração. Até ele finalmente levantar, fazer o sinal de cruz e gritar em fúria fazendo com que sua aura avermelhada aumentasse de uma forma gigantesca, o surpreendente foi que as palavras foram compreensíveis.

QUE DEUS FAÇA POR LA HIRE O QUE DEUS QUER QUE LA HIRE FAÇA POR ELE SE DEUS FOSSE LA HIRE E SE LA HIRE FOSSE DEUS! POIS... POIS EU SOU SUA IRAAAAAA!!!!-Gritou Berserker e depois deu vários gritos incompreensíveis e sem nexo. O servo louco invocou a partir de uma pequena luz dourada uma brilhante espada e a brandiu para cima causando uma enorme onda luminosa extremamente forte que cercou toda a clareira, os mestre e os outros dois servos tiveram que tapar os olhos fortemente com tamanha claridade, mas deu para ver por um pequeno segundo que poucos cavaleiros mecânicos que estavam próximos a Berserker foram desintegrados rapidamente. Quando cessou, o cavaleiro de ouro não estava mais lá, no lugar dele uma enorme cratera. Os corações de todos estavam a mil por segundo. Leonardo da fortaleza e Gabriel, por terem um grande contato com a história da França logo reconheceram de quem se tratava o servo da loucura e falaram quase que simultaneamente:

– Berserker é... Berserker é Étienne de Vignolles... La hire...O companheiro de Joanna D’arc chamado de a ira de Deus pelo exército inglês na guerra dos cem anos...

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO

– Então... Esse é poder de Berserker... - Lancer falava estupefata com a boca aberta e cerrando o punho “É imensurável... Posso imaginar essa toda sua raiva guardada levando em conta sua identidade...” a ruiva olhou para os demais, Assassin e Kazuma (este ultimo já um pouco mais recuperado e saudável) estavam da mesma forma que ela.

Procurou com o olhar o padre, mas este não estava presente, ela pode concluir que o servo desgastava tanto o mestre que por isso que ele só fez apenas uma demonstração de força não um ataque, deve estar em algum lugar longe dos olhares vomitando muito sangue. Visualizou seu mestre, mas este estava inexpressivo, mas este olhou para o seu filho e fez um sorriso de satisfação, mas Boudica sabia que não era por causa de Berserker. Ela encarou Oliver e viu um certo nervosismo e insegurança ao se deparar com olhar do pai. O jovem loiro continuava encarando a bola de cristal que mostrara a batalha atentamente, até que ela se deparou com ele olhando especificamente para aqueles dois mestres, mas antes que ela perguntasse alguma coisa para Oliver, foi seu mestre que deu a palavra tocando no ombro do seu filho e logo saindo do recinto.

– Quem diria o primeiro e o segundo aqui presentes, como mestres, CONTRA a torre... Isso é uma grande chance de provar sua superioridade... Não é mesmo... Terceiro... – Quando ele terminou de falar isso Oliver engoliu em seco e cerrou os punhos, a rainha dos revoltados sentiu a tensão que isso gerou a ele ao ouvir essas palavras. Todos saíram tensos, um por um da sala, sobrando apenas o loiro encarando a esfera e Boudica logo na porta se preparando para sair. Boadicea sentiu-se tentada a falar alguma coisa para ele, mas não entendo exatamente do que se tratava e devido às circunstâncias, saiu da sala concluindo que ele precisava de um tempo sozinho. Mas uma coisa era certa, ela tinha quase certeza que flagrou uma única tímida gota saindo de um dos seus olhos, seja lá a causa.


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Notas finais do capítulo

Perceberam a pequenina referencia a fanfic Fate / Chain Reaction do Darien? Hehehehe, é muito boa a história, recomendo lerem (e ele atualiza mais periodicamente que eu). Botarei as fichas dos servos só depois (dia 19 ou 20), pois fiquei tão ocupado escrevendo o cap que não consegui tempo para escrever as fichas do Archer e do Berserker, espero que entendam. Bem o que acharam, consegui suprir as expectativas ou foi um fracasso? Desculpe pelo fato do Magi ou o Kazuma não terem tido um papel realmente recorrente, mas isso vai mudar logo nos próximos capitulos. O que estará exatamente em volto da relação de Willian, Gabriel e Oliver como os três melhores alunos da torre? Qual o verdadeiro poder de Berserker? O que Kana Kamiya achou da demonstração? Por que diabos eu demoro tanto para escrever? Não percam, sexta, no globo repórter >.< (zuera), Bem deixem seus comentários para assim eu me apressar mais no próximo (fica a dica), espero que tenham gostado u.u :D



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