Fate/Disillusion- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 5
Tempo distorcido e alterado


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, estou tentando estabelecer um período estático para postar, algo como postar a cada duas semanas ou mensalmente, ainda não está decidido. Algum de vocês está interessado em participar de uma fanfic de fate interativa bastante legal? Ainda tem uma vaga sobrando: http://fanfiction.com.br/historia/564645/Fate_Spiritual_Gathering/



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JARDIM DA MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO

Olhos no céu na noite profunda. Com uma formação de estrelas brilhando no horizonte e a lua cheia coberta parcialmente por uma camada de nuvens, mesmo assim seu brilho conseguia passar e ser sentido. Assassin levanta sua mão na frente dos olhos em uma tentativa de ofuscar a luz do astro. A samurai estava no jardim da mansão observando a noite, sentada em meio as flores brancas que nasciam mesmo naquela região pantanosa. Uma flor que nasceu em meio a uma região hostil, sem uma escolha, condenada a não ter livre arbitro, seria a serva e aquelas plantas parecidas?

Kazuma observava sua serva de longe. Tentava se aproximar com cuidado para não ser notado e não assustá-la novamente a ponto de ela colocar a katana em sua garganta de novo... “O que será que ela está fazendo ali? Será que ela ainda está com raiva de eu ter convocado ela em uma classe erroneamente? Bem... A primeira impressão é a que fica é claro, mas se eu jogar meu incrível charme eu acho que consigo fazer minha relação com ela ficar um pouco melhor...” pensou o magus killer contratado pela torre. Deu mais alguns passos silenciosos e calmos, mas mesmo assim Assassin notou sua presença, nem mesmo virou para onde o mestre vinha, mas mesmo assim começou a falar.

– Sei que está aí... –Respondeu a serva agora arrancando delicadamente uma das flores e colocando entre os dedos, admirando-a. Ainda sem virar a cabeça na direção de Kazuma, mas sua expressão continuava tranquila e fria- Pretende me humilhar mais do que já fez? “Mestre”, que grande bobagem... O que queres de mim agora?

– É... Bem... Quero dizer... – Kazuma ia falando, mas as palavras acabavam tropeçando na sua boca pelas palavras frias de Assassin, chegou a sentir um desconfortável frio na barriga. “Então as palavras dela são tão afiadas quanto sua lâmina não é mesmo... Gostei...” pensou ele se recompondo e dirigindo sua palavra a jovem- Nunca pretendi nem uma vez te humilhar... Olha esqueça o que aconteceu na primeira vez que nós nos encontramos isso é passado... Que tal decidimos o que pensar um do outro a partir de agora?

Kazuma se aproximou da serva e mesmo esta estando de costas para ele, estendeu a mão de maneira diplomática. De inicio a serva demorou a responder, deixando seu mestre como se estivesse falando com o vento e ela simplesmente o ignorou. “Então ela faz o tipo difícil não é... Que bom então, pois eu não faço o tipo que desiste facilmente” pensou o mago dos ventos. A serva continuava a observar a pequena flor em suas mãos. Kazuma suspirou e posicionou a mão estendida no bolso, começou a pensar uma nova forma de retornar o dialogo, mas não foi preciso, a guerreira começou falando.

– Bem... No fim das contas não tenho realmente direito de questionar minha condição como serva e sua condição como meu mestre... – Dessa vez foi à vez de Assassin suspirar e ela finalmente se virou para Kazuma- Sou uma guerreira que se dedicou a uma vida honrada até o fim dela... Ser invocada em uma classe tão... Tão desonrada e maculada feriu de diversas formas meu orgulho... Mas eu me preocupei só comigo, nem cheguei a ouvir seus motivos, posso ter te julgado de maneira errada...

– Meu desejo pelo graal não é absolutamente nenhum, já vou logo adiantando, aqui sou um mero peão tal como sua condição de servo, sou uma mera ferramenta para auxiliar os superiores da torre a reconquistar o cálice novamente... - Kazuma fez uma pequena lâmina de vento mostrando para sua serva- Sou um assassino contratado... Contratado especialmente para dar cabo de uma certa garotinha... E você samurai... É um dos nossos triunfos... Uma exceção a regra... Uma Saber... Uma Saber disfarçada de Assassin, um servo híbrido...

– Matar... Matar uma garotinha... – Assassin parecia mudar sua expressão, mas Kazuma não conseguia a ler, era de surpresa? De crueldade? De tristeza? Ele não sabia dizer- As informações que recebi através do graal agora fazem sentido... Então essa é minha posição na guerra... Mas... Mas no fim das contas sou uma serva de um servo? Bem... Agora vejo qual de nós realmente é o assassino...

A serva começou a se aproximar dele, Kazuma começou a ficar ressentido pelas palavras que dissera, mas não voltava atrás, era a verdade, preferia ter uma relação ruim com ela do que viver uma mentira. Mas para surpresa do rapaz, Assassin deu um tímido sorriso nem que tenha sido por alguns míseros segundos e lhe entregou a flor branca que antes admirava e passou do seu lado quase como se estivesse encobrindo sua presença, como se fosse um reflexo na água turvo.

– Você é uma pessoa interessante... Yagami Kazuma... – respondeu a serva desaparecendo lentamente e gradativamente em sua forma espiritual- Não tenho um desejo para o graal, vivo para servir um mestre... Acho que vai ser algo interessante servir a você, por mais que isso me desagrade...

– Você... - Kazuma sorriu – Qual é o seu verdadeiro nome Assassin?

– Se renasci como assassino não mereço mais meu nome- A serva fala já completamente desaparecida. Kazuma sozinho no jardim guarda cuidadosamente a flor branca no bolso do seu casaco e suspirando “É com toda certeza ela ficou gamadinha com meu charme natural hehehehe” pensou o mesmo.

PERTO DA IGREJA

O servo Caster sorriu para Willian, o servo parecia animado muito diferente do mestre que permanecia estático. Ruler suspirou “Mais um trabalho concluído... Ou quase isso...” pensou Marco Polo. O servo recém-convocado respirou profundamente o ar puro daquela cidade do interior e fez um sorriso mais largo que o anterior. O mestre ainda estava decepcionado com o servo que lhe foi apresentado, esperava um grandioso herói como servo, mas o que lhe foi dado era um jovem magrelo e risonho que se vestia de maneira esquisita, mas de certa forma um pouco semelhante à de como Ruler se vestia.

– Bem... Não quero me gabar mestre, mas você acaba de virar o jogo! A guerra já está vencida, mas isso já evidente não é mesmo? Hahahaha- Riu Caster orgulhoso. Willian se controlou para não dar um tapa na própria cara.

– Isso é algum tipo de brincadeira...?- Willian perguntou ainda com uma expressão séria, mas um pouco aborrecida. “Eu sei que ele algum tipo de espírito heroico do passado, mas isso já está virando uma piada”.

– Ora isso não é evidente? Então disfarço melhor do que o esperado... Bem digamos que eu sou simplesmente o maior gênio de todos os tempos- Sorriu Caster. Foi aí que Willian então começou a realmente prestar atenção no que seu servo estava dizendo- Como deve saber guerras são vencidas não com força bruta, uma estratégia perfeita é tudo que se precisa para chegar a vitória, por isso devo dizer com toda confiança possível que essa guerra já está praticamente vencida!

– O maior gênio de todos os tempos não é... Por acaso meu servo é Albert Einstein ou Isaac Newton? – Perguntou o mestre ao mesmo tempo em que pensava em várias pessoas realmente inteligente cujo o mesmo admirava.

– O quê!? Eles não são nada em comparação ao meu intelecto superior! Você mesmo deve ter notado ao ver minhas escrituras que usou como catalisador!- Willian voltou a ficar indiferente com o que Caster estava falando naquele momento no maior estilo “Se você não é nenhum desses caras então você é inútil para mim”. Caster realmente estava com a paciência esgotada por não ser reconhecido, cerrou os punhos e resolveu abrir o jogo de uma forma para impressionar mais ainda o mestre- Eu sou nada menos e nada mais que o grandioso, o mestre, o gênio Leonardo di Ser Piero Da Vinci de Anchiano! Estou aos seus serviços mestre!

A reação de Willian não foi a que Leonardo esperava. Ele continuou bem neutro ao revelar seu nome verdadeiro, é claro que Caster estava pensando que seu mestre estava estático pela grandeza que seu nome passava. Ruler suspirou “Esses dois... Tem um longo caminho para percorrer, mas acredito que poderão ser bons amigos!”. Por fim foi à vez de o mago prodígio falar.

– Bem não esperava que fosse você... É claro que não o considero o “maior gênio de todos os tempos”, mas você deve servir... – Willian observava melhor seu servo “Ele... Ele possui uma grande quantidade de mana ao redor do seu corpo... Mas ainda não entendo... Como alguém como ele pode ser um Caster?” pensou ele.

– Bem parece que está tudo resolvido vou me retirando, qualquer coisa é só me procurar pelas redondezas ou na própria igreja!- Falou Marco Polo se retirando devagarzinho para dentro da igreja. Mas foi ignorado pelos outros dois. "Agora... Eu tenho que resolver algumas coisinhas com Kana Kamiya..." pensou o juiz da guerra.

– Não sei se isso foi muito bem um elogio... Mas isso não me irrita, entendo que tipo de pessoa você é – Retrucou Leonardo “Sei como lidar com esse garoto, ele me lembra de certa forma meu velho amigo Maquiavel... Ou talvez até mesmo eu...” pensou o servo- É alguém que não é convencido com palavras ou nomes, você precisa de dados, coisas lógicas que vão satisfazer sua mente ou... Coisas concretas observadas e estudadas com seus próprios olhos, assim é convencido. Estou certo não é? Quer ver uma amostra do meu poder?

– Uma amostra do seu poder... Bem seria muito imprudente fazer isso aqui... Podemos estar sendo observado por outros mestres, mas você tem razão, sou alguém que acredita no que vejo, não em palavras... – Respondeu Willian “Ele... Ela está me estudando? Os olhos não param quietos em um só instante, seu pensamento parece ser extremamente rápido, algo como se estivesse pensando nas possibilidades do que eu vou responder” pensou- Virei mestre há pouco tempo atrás, ainda é necessário cuidar de coisa essências como um lugar seguro para me fixar, etc...

– Então o meu mestre é alguém despreparado para guerrear, por essa eu não esperava... Bem, digamos que posso cuidar disso... O interior de um bosque seria algo bem eficaz para servir como base. Estou certo? Denso, bem escondido e com muitos recursos disponíveis... - Caster estava observando fixamente a floresta bem do lado da igreja e começou a caminhar em sua direção, Willian não respondeu, apenas o seguiu bosque adentro. Mesmo parecendo sério, o mestre estava verdadeiramente ansioso “Querendo ou não devo admitir... Leonardo da Vinci era um incrível gênio não apenas em arte, mas também na arte da guerra” pensou Willian. Caster parou depois de caminharem um pouco mais adentro, pararam em uma enorme clareira e voltou-se para Willian- Pronto acho que aqui está mais que bom...

– Pronto exatamente para que...?- Perguntou com certa hesitação Willian. Caster não disse nenhuma palavra apenas sorriu e levantou suas mãos para cima e um vulto de mana começou a se formar perto do seu servo e as árvores ao redor começaram a balançar devido a energia que Leonardo estava usando. Perto do local do servo começou a formar um estranho brilho que começou a dominar toda a clareira. E quando o mestre se deu conta uma enorme fortaleza havia se formado, uma grande construção branca totalmente amurada. Willian estava de boca a aberta- Isto... Isto é...

– Isso é a fortaleza de Amboise (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Amboise_Chataux.jpg ), eu vivi aqui por um longo tempo servindo a um duque francês... – Leonardo Da Vinci sorriu- Isso é só um pouco do que posso fazer... Agora está interessado na minha força?

ENTRADA DA MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO

Oliver vagava no meio dos grandes corredores da mansão, de inicio procurava pelo seu quarto, mas acabara perdido e sempre indo parar “magicamente” na entrada da mansão. “Esse lugar é grande demais! Os corredores parecem labirintos! O que mais me deixa desconfortável é que o papai, aquele padre e o magus killer já conseguiram decorar todos os caminhos daqui logo de primeira...” pensou o jovem dando um longo suspiro. Mas ficou surpreso ao logo perceber que Lancer estava vestida com suas roupas modernas e indo para fora da mansão. “O que... O que ela pretende fazer?” pensou ele. Caminhou na direção da serva antes que ela cruzasse a porta da frente. “Oh, quem diria é aquele rapaz novamente...” pensou a rainha dos icenos.

– Lancer... O que... O que você pretende fazer... Lá fora...?- Perguntou o garoto timidamente, não era muito de falar com garotas, ainda mais com uma rainha guerreira que podia o aniquilar em um piscar de olhos.

–Missão de reconhecimento! Fui invocada há um dia, mas não conheço nada da cidade quero explorá-la para conhecer melhor a área da guerra... – Boadicea respondeu “Ele sempre parece tão nervoso... Isso é de certa forma adorável... Ele realmente não lembra em nada o meu mestre mesmo sendo seu filho...” pensou a lanceira.

– E porque não faz isso em sua forma espiritual? A Assassin fez isso há algumas horas atrás, não vejo problema se você fizer isso... – Respondeu Oliver observando a maneira de como Boadicea estava vestida “Ela parece uma delinquente, principalmente com essa jaqueta de couro... Com essa aparência com toda certeza vai arranjar confusão se ir lá para fora, ainda mais considerando seu histórico...” pensou ele.

– Bem, parecendo ou não ela é uma Assassin, possui movimentos mais versáteis e sorrateiros que eu, porém se eu passear pela cidade em forma espiritual posso ser avistada por outro servo e este pode atacar ou me seguir, aquela samurai tem uma habilidade natural para impedir que isso aconteça consigo- Exclamou a ruiva com a mão no queixo refletindo suas palavras- Se eu for vestida como uma pessoa da sua época posso facilmente me disfarçar em meio a multidões como uma simples civil... Servos são proibidos de atacar quando uma grande quantidade de gente está ao redor e além do mais posso despistar servos inimigos me escondendo em meio a pessoas comuns!

– Acho que meu pai não concordaria com isso... – Oliver retrucou, não para serva, mas para si mesmo, bem baixinho, mas, foi escutado.

– Ele está com dor de cabeça e dormindo nos seus aposentos, não vai desconfiar de nada!- Respondeu a icena “Além disso, não ligo para o que aquele idiota pensa ...” zombou a serva dentro de sua cabeça- Bem, eu tive uma ideia, porque você não vem comigo? Assim você ficará sabendo o que eu vou saber e não vai ficar todo preocupado e coisa e tal... Ou será que você é um covarde?

– Bem é que... É... Mas... – Oliver não sabia o que responder, não esperava por essa.

– Vamos! Vai ser divertido, não terá nenhum problema, vai ser até bom você pode até me tirar das enrascadas que vou arranjar... - Provocou Lancer com um sorriso malandro. A expressão nervosa de Oliver mudou “Bingo” pensou a rainha.

– Está bem, está bem... Eu vou te acompanhar... – Oliver suspirou derrotado e acompanhando a ruiva para fora da mansão- Aonde você pretende ir?

– Bem... Eu estava pensando em primeiro “investigar” as tabernas locais- Sorriu Boadicea acelerando o passo para ver o garoto a seguindo cada vez mais rápido “Talvez seja bem divertido provocar esse garoto um pouquinho... Quero testar ele... Se ele é digno de estar na presença da rainha protegida pela vitória” pensou ela- Você já bebeu, estou certa?

– Isso não vai acabar bem... Disso eu tenho certeza... – Suspirou o jovem seguindo a serva.

Enquanto isso dentro da mansão o padre Claus acariciava com cuidado sua barba. Era evidente um certo sorriso em sua face. Ele observara toda a cena das sombras “Agora entendo seu plano Alberich” pensou o ex-executor. Olhava para as paredes da mansão com cuidado, se notar mais de perto elas estavam cheias de selos mágicos. “Ele criou uma magia para enganar o próprio filho de maneira à sempre ir ao hall de entrada... Ele havia previsto que sua serva faria algo desse jeito e queria forçar uma ponte entre Oliver e Lancer... Interessante, ele está usando seu próprio filho para ter um melhor controle sob a própria serva... Realmente interessante... Parece que não é só com aquele magus killer que devo me preocupar... Por falar nele... Onde ele está?” pensou o padre olhando para os selos de comando “Se ele der um passo em falso... Meu Berserker acabará com ele sem piedade” sorriu e então voltou-se em direção ao seu quarto.

HOTEL PACATO NA PARTE OESTE DA CIDADE

Magi Daichin estava muito cansado da viagem de avião, mais ainda depois da invocação de Rider, mesmo assim não deixava de estar muito animado com a presença daquele espírito heroico que era o protagonista das histórias que eram contadas para ele desde pequeno. A embaixada mongol fora responsável por pagar sua estadia e conseguiu um quarto em um hotel bem discreto em uma região pouco movimentada. É claro que aquele hotel estava mais para uma pequena pousada e tinha poucas pessoas devido a cidade não ser nenhum imã para turistas por não ter nada evidentemente especial. Era um estabelecimento calmo e tranquilo feito mais para abrigar pessoa em viagens de negócios ou caminhoneiros que estão de viagem para entregar uma carga.

Rider o seguiu em sua forma espiritual por todo o caminho desde a floresta em que fora invocado até aquele lugar, ele parecia meio desconfiado e desconfortável com o ambiente que a pequena cidade proporcionava. Ao falar com a velha recepcionista pegou a chave do quarto e se dirigiu rapidamente para lá segurando ele mesmo suas malas, recusou aceitar ajudar de algum dos funcionários. Finalmente chegando no cômodo, logo percebeu que era tudo muito simples, lá se encontrava apenas um armário mediano, uma pequena mesa, uma cama simples de solteiro e alguns outros simples moveis. Genghis Khan saiu da forma invisível logo que foi fechada a porta.

– Então aqui é seus aposentos? Bem é tudo muito simples para um rei, mas isso basta, já consegui ser feliz com menos coisas que isso!- Exclamou Rider analisando o ambiente local. O rei dos mongóis se aproximou então da varanda, de lá observou a linda vista da cidade a noite cercada de inúmeras luzes vinda dos prédios e casas que disputavam com a pequena quantidade de estrelas presentes no céu devido à iluminação urbana. A lua ainda estava coberta, mas mesmo assim era possível sentir seu brilho. Genghis Khan sorriu- Essa bela vista compensa tudo, não é mesmo garoto? Mas... Mesmo assim aqui é tudo muito pequeno... Vou ter que mesmo que disputar uma guerra em um lugar como esse?

– Devo concordar a vista é muito bela- Logo Magi ouviu o ultimo comentário do servo- Aqui é uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos... Eu sei que o senhor está acostumado com grandes territórios para um combate, mas garanto que aqui os oponentes não serão iguais aos que você já enfrentou antes...

– Garanto que nenhum está altura da minha grandeza! Assim como o sol domina todo o céu, eu sou o rei que domina toda a terra! Só me sinto meio desconfortável em lutar em um território tão pequeninho... Se estivéssemos na minha época, para dominar essa cidade era só pegar meu exercito e acho que dava para cerca-la toda... Isso aqui é um grão de areia comparada aos territórios que eu dominei... – Suspirou o imperador coçando a cabeça- Bem... Será um banho de sangue disso eu garanto... Não terei absolutamente nenhuma piedade com quem me separa do futuro da minha terra!

– Bem creio que esteja ansioso para isso tanto quanto eu, mas veja estou um pouco cansado devido a invocação e a longa viagem, se agimos agora será um verdadeiro problema principalmente quando for usar algum fantasma nobre... – Respondeu Magi bocejando e esfregando os olhos de sono.

– Você tem toda razão! Um guerreiro não descansado seria um peso na hora de lutar... E agora sinto realmente que não estou no ápice do meu poder... - Falou Genghis Khan- Certo descanse muito bem, vou ficar na forma espiritual lhe protegendo, não precisa se preocupar! Amanhã elaboraremos nossas estratégias para a guerra e te mostrarei meus fantasmas nobres...

– Certo... - Boa noite... Rei dos reis... – Falou Magi se enrolando nos lençóis da cama e fechando vagarosamente os olhos. Rider sorriu até perceber o jovem mago dormindo profundamente em poucos segundos “Esse jovem realmente é o meu mestre e sangue do meu sangue?” pensou ele, “Realmente é alguém formidável, será algo excelente lutar ao seu lado...”. Desfez o sorriso no rosto e ficou com uma expressão séria enquanto observava o horizonte pela varanda do quarto. “Tudo que eu conquistei... Todas as riquezas... Foram em vão para meu povo? Por que... Por que a Mongólia está em um estado tão deplorável desse jeito...?” pensou ele cerrando os punhos com força. “Eu vou... Definitivamente vou mudar isso... Não importa quanto sangue eu derrame nessa terra... Não posso... Não posso simplesmente fazer com que o legado que deixei para o meu precioso povo seja estraçalhado desse jeito...”.

ÁREA COMERCIAL NO CENTRO DE CROWLEY

Do alto de um prédio Kazuma e Assassin observavam toda a cidade. Era a missão de ambos, ficaram encarregados de vigiar a movimentação para ver se Kana Kamiya agia ou qualquer outro mestre. O mago dos ventos estava com um binóculo prestando atenção no que estava acontecendo ao redor e a serva admirava o céu escuro, ela estava meio triste pelo fato das estrelas estarem ocultas pela iluminação urbana diferente de onde ficava a mansão. A samurai olhou rapidamente para sua esquerda e arregalou seus olhos e fitou o Magus killer apontando para a cena que vira.

– Aqueles... Aqueles não são Lancer e o filho do lorde?- Perguntou de maneira serena Assassin. Ela apontou para a cena tanto peculiar de Oliver sendo perseguido por um bando de motoqueiros saindo de um bar e a ruiva atrás deles rindo. Kazuma apontou o binóculo para onde a serva disse e deu uma risada.

– Então eles estão é um encontro? E eu e você aqui trabalhando duro... – Kazuma prestava atenção nos dois novamente, agora os motoqueiros estavam fugindo de medo de Lancer que havia dado uma surra neles enquanto Oliver tentava impedir a serva de espancar mais os marmanjos. Kazuma deu outra risada- Ai, ai isso é bem divertido de se ouvir... E de certa forma estranhamente me deu uma ideia...

– Eu não vou sair com você... – Assassin respondeu friamente antes mesmo de o mestre completar sua fala e olhando para o céu ignorando totalmente o rapaz.

– Não é isso... – “Quer dizer era isso que ia sugerir, mas não era só isso... Bem essa serva é bem espertinha... Gosto de meninas espertinhas desse jeito” pensou Kazuma com um sorriso estampado na face- Eu quero dar uma olhada mais de perto nessa tal de Kana Kamiya!

– Você... Você está falando sério?- Perguntou Assassin virando-se para Kazuma, um pouco assustada com as palavras do mestre- Pretende mesmo ir até Kana Kamiya?

– Vou invadir sua missão cuidadosamente, quero ver com meus próprios olhos o quanto poderosa ela pode ser e se tiver uma oportunidade eu mesmo a mato e adianto logo a grana... – Exclamou Kazuma confiante- É isso! Decidi-me! Vamos Assassin, pelo menos damos uma olhada na estrutura dentro da mansão para ter uma planta quando atacarmos para valer e caímos fora! Que tal? A mansão dela não fica tão longe daqui assim... Aposto que ela nem é tão poderosa assim, é tudo conversa daqueles velhotes da torre... Se fosse lá essas coisas provavelmente eles botariam mais lordes superpoderosos para virar o jogo...

– Você tem ideia das consequências que isso trará? Bem, você é meu mestre e essa decisão cabe a você tomar, vou acompanha-lo até a parte de fora da mansão, a de dentro fica por sua conta- Retrucou a serva- Se caso aconteça com você vou partir imediatamente para avisar ao pessoal da mansão, afinal mesmo que morra eu tenho ação independente como a classe Archer... Não faça nenhuma tolice, certo?

– Está preocupado comigo? Nossa que meigo- Respondeu Kazuma com um sorriso zombeteiro no rosto, Assassin não fez nenhuma expressão, apenas ficou neutra quanto ao que o mestre falou, mas o mesmo deu uma pequena risada. Ambos desceram do prédio e se dirigiram a mansão de Kana Kamiya.

PERTO DE UM COMPLEXO DE ARMAZÉNS E DEPÓSITOS NO COMEÇO DE CROWLEY

Archer observava o ambiente a sua volta com certo cuidado, enquanto seu mestre, Gabriel Dufont seguia pelas ruas. Qualquer movimento suspeito e o arqueiro sairia de sua forma espiritual e atiraria sem hesitar com sua besta em poucos segundos e precisamente. Exatamente por isso estava bastante atento a tudo, enquanto seu mestre parecia confiante, tranquilo e com um sorriso largo no rosto. O servo realmente não confiava na estratégia que seu mestre planejara, talvez ele estivesse se precipitando de mais, acabara de ser invocado depois de tudo... Os dois começaram então há se aproximar de um bosque.

– Você tem certeza do que vai fazer mestre? – Perguntou Archer ainda um pouco receoso- Acabei de ser invocado, não podemos fazer isso amanhã?

– Bem, esse é um atalho feito a partir de uma trilha na floresta e é o que leva diretamente ao centro da cidade, ou seja, a área comercial, se não formos por esse caminho demoraria cerca de umas três horas e meia para chegar lá- Retrucou o mago francês- Vamos fazer apenas uma pequena patrulha, nada de grande risco, além disso, não foi você que disse eu não me precisava me preocupar pois sua mira era certeira? Vou aproveitar também e comprar algumas coisas como comida e roupas novas...

– Certo, mas não é meio arriscado? Você está um pouco fraco devido a invocação, além disso, não estou com a mana estabelecida muito bem, em combate não estaria em meu primor... – Exclamou o servo.

– Mas não é apenas você e eu que estamos neste estado não é mesmo? Os outros mestres e servos estão na mesma situação, ninguém ia atacar desse jeito, ia? Por isso que é a hora perfeita para uma patrulha, sei que tem pessoas que pensaram da mesma forma, mas quais as chances de entrarmos em um combate direto?- O mestre falou confiantemente com uma expressão séria em direção ao servo. “É talvez ele esteja certo, pelo menos consegui compreender o raciocínio...” pensou o servo da classe dos arqueiros. Mas, alguns passos fizeram ambos hesitarem, de repente, quando deram conta uma enorme fortaleza em meio a enorme quantidade de árvores estava bem em sua frente bloqueando o caminho da trilha.

– Isso... Isso... Isso é coisa de um servo... E um servo poderoso... - Falou Archer engolindo a seco. O servo logo reparou que o mestre havia mudado sua expressão, parecia estar tremendo.

– Isso... ISSO É A FORTALEZA DE AMBOISE! Mas... Mas como ela chegou aqui?! Isso... ISSO É IMPOSSÍVEL! – Um frio atingiu a espinha de Gabriel e suas pernas ficaram um pouco bambas “ Essa arquitetura preparada para guerra... Só uma pessoa poderia ter feito isso... Será que...” . Antes que terminasse seu pensamento um som de alarme foi ouvido de dentro da fortaleza. Haviam notado sua presença e a de servo, um confronto seria no mínimo inevitável.

FORA DA MANSÃO DOS KAMIYAS NA PARTE UM POUCO AFASTADA DE CROWLEY

Depois de uma caminhada Assassin e seu mestre finalmente chegaram ao destino. Foi simples chegar, era como se a estrada terminasse lá apontando diretamente para o local. Era encostada em uma montanha, de maneira que era necessário um ataque pelos lados ou pela frente, pois era impossível um pelas costas. Kazuma sentiu uma aura assustadora pelo local, mas isso só o deixou mais animado. O pelo da sua nuca estava arrepiado. Assassin se aproximou dele.

– Isso será um pouco arriscado, se realmente estiver em perigo não hesite em usar o selos- Falou a serva séria e friamente, como se não esboçasse.

– Pode deixar, está tudo tranquilo- Respondeu Kazuma acariciando a cabeça de sua serva como se ela fosse um bichinho fofo, o que a deixou com uma certa raiva. Se afastou dela e pisou no chão com força e de repente deu um enorme e silencioso salto incrivelmente alto por causa de sua habilidade com magias vento. Assassin conseguiu sentir seus cabelos ficarem bagunçados devido a rajada de ar.

Ele se segurou na murada que cercava a mansão com cuidado. Conseguiu subir e pulou até outro lado usando o vento para diminuir o impacto da aqueda e ficando no jardim da mansão. Kazuma olhou com cuidado, nem um guarda, nenhuma armadilha evidente. “Isso está fácil de mais...” pensou o assassino de magos, pegou no seu bolso uma pequena sacola e de lá tirou um pó que após ser assoprado pelo ambiente revelou incríveis armadilhas mágicas ao redor de toda a mansão. “Ah então é por isso....” pensou com um sorriso na face “Mas ainda está muito fácil para alguém como eu...”.

Com cuidado e habilidade conseguiu com agilidade desviar de todas as armadilhas, mas é claro isso lhe custou um tempo precioso e um pouco de esforço. Chegou até a porta de entrada, bastante cansado e suando. Tentou abrir a porta, mas esta estava trancada. Então concentrou o vento com cuidado até formar uma pequena chave de vento na qual bota na fechadura e começa adapta-se a ela de forma a se encaixar permitindo a entrada do mestre de Assassin. Jogou novamente o pó e se deparou com várias linhas mágicas pelos corredores, algo como se tocasse não apenas acionaria o apenas o alarme, mas acabaria com sua vida em segundos.

“Eu devia ter convencido a Assassin a me ajudar...” pensou Kazuma suspirando. Novamente após desviar de todo aquele complexo de linhas mágicas teve que enfrentar mais uma quantidade considerável de armadilhas ao atravessar a sala de estar e chegar a um complexo de corredores. Mas de repente as armadilhas começaram a ficar menos complexas, menos agressivas, até finalmente cessarem. “Tem alguma coisa errada aqui...” pensou ele. Chegou em um corredor sem saída na qual levava a um quarto com o nome intitulado Kana Kamiya. Colocou a mão com cuidado na maçaneta. “Reuni informações suficientes para poder fazer uma planta da mansão de cabeça... Se eu voltar agora posso fornecer detalhes importantes... Ou eu posso virar essa maçaneta... E finalmente ficar cara a cara com a menina que é considerada um demônio e faz a torre borrar as calças de medo...” pensou ele, cerrou o punho “Quer saber? Que se dane! Uma vida sem riscos não é um vida vivida!” Kazuma virou a maçaneta.

Se surpreendeu ao que estava vendo. Uma garota de cabelos loiros e olhos cor de céu olhava fixamente para si sentada em uma cadeira perto de uma lareira. Ela abriu um sorriso e em piscar de olhos a jovem estava atrás de si e tocou com sua unha em suas costas. Kazuma ficou paralisado. A menina riu de forma maligna.

– Nossa, Kazuma Yagami você sempre faz isso... Eu já esperava por você... – Falou Kana sentando-se na cadeira de veludo- Em todos universos paralelos você é cada vez mais interessante... Eu ativei aquelas armadilhas especialmente para você! Você gostou? Ainda bem que não encontrou-se com Saber, ele é um brutalmente que acabaria com você de uma forma cruel e impiedosa...

– E qual a diferença em encontrar com ele e com você? – Perguntou Kazuma desconfortavelmente ainda paralisado.

– Ora, ora, não me olhe com essa cara foi você que girou a maçaneta não foi? Além disso, não me compare a ele, se eu te quisesse morto mesmo acabaria com você antes mesmo de você ter pisado na mansão- Kana estalou os dedos- Com um simples estalar de dedos... Você tem sorte de ser alguém que acho interessante... Você é imprevisível...

– O que você quer dizer com isso...?- Falou Kazuma começando a sentir um desconforto enorme seguido de uma estranha sensação de dor tomando conta de seus ossos.

– Bem... Todo o pessoal dessa cidade, ou melhor, de todo o mundo está a meus pés, não sabia? Cada ser vivo é meu brinquedinho... Eu poderia vencer muito bem a guerra em alguns minutinhos se quisesse e isso sem nem mesmo ter um servo!- Respondeu a mestra de Saber.

– E... E porque você não faz isso?- Perguntou Kazuma começando a entender no que estava se metendo.

– Por que, ora, não seria divertido! Eu tenho literalmente TODO O TEMPO DO MUNDO! Se eu quisesse até poderia com a apenas o dedo mindinho de matar e depois voltar no tempo, te matar de novo, voltar ao tempo, te matar de novo, por aí vai, você condenado a sentir eternamente a dor e a sensação de morte... – Respondeu Kana dando de ombros e levantando-se da cadeira e se aproximando novamente de Kazuma- Já entendeu o recado...?

– Você... Você é um demônio?- Perguntou Kazuma com certo medo- Para que diabos precisa do graal?

– Do que você está falando? Eu quero usar o graal para finalmente deixar de ser um demônio, uma anomalia nesse mundo imperfeito para me tornar a deusa dele! Bem , agora que parece ter compreendido a situação... – Kana Kamiya se aproximou e deu peteleco na testa do jovem- Caía em desespero...!

Quando Kazuma deu por si estava novamente em cima do prédio estava com o binoculo e ao lado de Assassin. Esta lhe dirigia palavras, algo como para observar Lancer e Oliver em uma briga com motoqueiros perto de um bar. Kazuma tremeu caiu desmaiado no chão com lágrimas na face enquanto Assassin gritava por seu nome. Enquanto isso em outro prédio ao lado, Ruler sorria com uma luneta observando toda a cena.

– Kana Kamiya você realmente é uma pessoa poderosa... Seria uma pena se eu não fosse afetado pelos seus poderes... – Marco Polo sorriu.


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Notas finais do capítulo

E para fechar com chave de ouro só podia ter essa cena da Kana Kamiya a garotinha que todo mundo ama e odeia ao mesmo tempo! Espero que tenham gostado! Espero ansiosamente comentários! Desculpe novamente pela demora! Aqui está a ficha dos servos que apareceram em destaque na fic: http://freetexthost.com/acgqhdv6iq , até mais o/