Fate/Disillusion- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 4
A volta daqueles que já se foram


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu fui rápido não é? ~ Ironia ~ Eu estava meio pesaroso sobre esse capitulo, finalmente convocaria os servos, bem, essa é minha parte favorita em qualquer Fate, a emoção que traz tentar descobrir a identidade e os poderes de cada um me anima bastante. A questão é o impacto, tenho que fazer esse capitulo para iniciar de verdade a guerra então na minha opinião tem que ter o mais impacto possível não é mesmo? Refiz esse capitulo tantas vezes que já tenho um bando de F/D capitulo 4 na minha área de trabalho. Esse é o resultado que chegou mais perto, não é perfeito, mas eu gostei do resultado (nem me pergunte quantas vezes tive que rever o primeiro ep de F/Z 0_0). Bem, espero que gostem e comentem (nos vemos lá em baixo eu acho..)



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"Uma leoa traiçoeira massacrada pelos governadores que haviam sido deixados para dar mais completa voz e força aos esforços do governo de Roma". Gildas, o sábio (500 - 570).

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS

Ela ainda se lembrava da dor, dos gritos de desespero, ela ainda lembrava-se do sofrimento e do sangue que escorria por todo campo de batalha. Seu exercito e seu povo... Torturado, humilhado e completamente erradicado pelo egoísmo de um império que continuava a se expandir. Viu completamente chocada as cenas horríveis, seus soldados caírem um por um, visualizou suas pequenas e indefesas filhas... Totalmente violadas... Por fim... Por fim foi à única restante. A protegida pela deusa da vitória perdeu.

Tudo que viu após tomar o frasco que continha veneno para se suicidar foi escuridão. Sua consciência ainda continuava ativa, mas não conseguia sentir seu corpo, como se ele simplesmente não existisse. Sentiu o tempo passar, não exatamente quanto, mas sentiu os anos se passarem dia após dia. Então sentiu sua mente ser bombardeadas por centenas de informações de uma vez. “Trono dos heróis... Mundo moderno... Magos... Mestres... Espíritos heroicos... Servos... Guerra... Lancer... Santo graal... Desejo realizado... Entendo... Então enfim recebi uma segunda chance... Enfim... Vou poder olhar para o céu novamente...” pensou ela. Sentiu novamente seu corpo pouco a pouco. Abriu os olhos se deparando com um quarto cinzento e mofado. Estava em cima de um circulo de invocação, o ambiente estava coberto por uma névoa densa e luzes bem fortes.

A serva recém-convocada observou três figuras na sua frente, um padre de cabelos e barba com algumas mechas grisalhas e um sorriso estranhamente medonho estampado no rosto, um homem alto de cabelos loiros como creme e com uma evidente olhar de raiva para ela e por fim um jovem de cabelos cor de creme com um sorriso simpático na face e que evidentemente era parente do homem carrancudo. No fundo Lancer, a classe da serva, torcia para que o rapaz fosse seu mestre, era quem mais parecia confiável. “Em um primeiro olhar é claro...” pensou ela depois dando um longo suspiro até por fim falar.

– Eu sou a serva da classe Lancer e pergunto... Quem de vocês é meu mestre?- Ela olhou para os três e para sua decepção o homem com olhar iracundo levantou sua mão e revelou os selos de comando.

– Sou eu... Meu nome é Alberich Von Crismon-Scroll... – Disse o homem ainda com um evidente tom de irritação na voz.

– O pacto está fechado então... – Antes que a serva falasse mais alguma coisa o homem nem sequer olhou nos seus olhos e preparou-se para retirasse da sala. O padre se voltou para o mestre.

– Não se sinta frustrado senhor Alberich, em hipótese alguma eu ia achar que iria querer convocar Berserker, mas o meu servo era ideal para essa classe e ela deveras combina comigo... Sinto muito por ter convocado o servo primeiro que o senhor... Mas, olhe pelo lado positivo mesmo a rainha dos revoltados não ter sido convocada na classe dos guerreiros insanos nem na de Rider pelo menos ela surgiu como um dos três cavaleiros... – Alberich simplesmente cerrou os punhos e saiu da sala.

– Deixo o resto com você Oliver... – Falou o mestre de Lancer ignorando o padre e se voltando para o menino que aparentava ser seu filho.

– Pode... Pode deixar comigo... – Falou o rapaz nervosamente, nunca fora muito bom com garotas e tinha certo medo daquele padre.

– Esses cabelos ruivos como rubi... Essa face nobre e guerreira... Esses olhos como duas majestosas esmeraldas... O catalisador realmente nos deu o espírito heroico certo... – Falou o padre agora se voltando para Lancer o mais calmamente possível - Você é Boadicea, a rainha dos Icenos, não é? Mas parece ser tão jovem... Enfim... Todos nós esperávamos estar pela classe Rider devido as suas incríveis habilidades com a biga divina da deusa Andraste... Mas soube que sua habilidade com a lança é também excepcional...

– Sim de fato sou a rainha Boadicea e também estranho o fato de não ter sido convocada pela classe dos montadores, seria algo mais vantajoso, principalmente porque não afetaria minhas habilidades com a lança e melhoria minha mobilidade de diversas formas... Mas creio que não esperavam a principio me convocar como nenhumas dessas classe... – A ruiva então cerrou os punhos claramente perturbada- Vocês... Esperavam tirar vantagem da minha insânia após ver minhas filhas terem sido estupradas por soldados do império romano... Não estou certa? Bem... Que seja... Sou apenas uma mera marionete no fim das contas não é...

– Na verdade... – Os olhares foram em direção a Oliver que hesitou um pouco, não aguentava muita atenção, mas não podia voltar atrás- A sua lenda é deverás famosa... A mulher inabalável que quase acabou com o império romano na sua metade, minha mãe... Minha mãe sempre se sentiu admirada por sua figura heroica em um mundo dominado pela tirania dos homens... Ela admirava tanto você que até escavou o seu antigo colar, mas quando mamãe faleceu... Meu pai teve a ideia de usar como catalisador... Ele parece ser uma pessoa fria e raivosa... Mas acho que ele só queria um servo destrutivo com poder suficiente para ganhar a guerra e... Talvez assim você vá poder encontrar sua salvação... Eu acredito que o papai esteja pensando nisso...

– Entendo... Mas, será esse o tipo de pessoa que é meu mestre...? – Ela olhou mais de perto o rapaz, ele parecia uma pessoa interessante-... E quem é você, creio que não se apresentou...

– Ah, tem razão! Eu sou Oliver Von Crismon-Scroll, filho de Alberich Von Crismon-Scroll, enquanto meu pai cuidará das estratégias eu fui instruindo a te supervisionar, também forneço parte da mana de seu corpo... – O rapaz de cabelos cor de creme falou começando a se abrir para a rainha dos revoltados- Meu pai é um alto lorde da associação de magia, é especialista em feitiços de conjuração dessa forma semelhante a na quarta guerra de Fuyuki, Lancer receberá o dobro de mana que qualquer servo dentro os padrões considerados normais... E este aqui é Claus Schiller, um executor enviado da igreja que está auxiliando na guerra, ele é mestre de Berserker...

– Mestre de Berserker... Significa que terei que contar com um servo insano como aliado...?- Perguntou Boadicea curiosa.

– De fato, nossa prioridade é eliminar Kana Kamiya o mais rápido possível para isso contamos com três servos, Lancer, Berserker e Assassin que será convocado por um Magus Killer contratado especialmente para nos auxiliar... O graal já lhe deu informações suficientes sobre nossa situação...? – Falou o padre, o mestre do servo insano.

– Um pouco, mas poderiam me dar algumas informações complementares para eu me situar melhor? Quem é essa tal de Kana Kamiya e porque ela é tão poderosa a ponto de se precisar de três servos colaborando para detê-la? - Retrucou a guerreira celta de cabelos vermelhos.

COMEÇO DE CROWLEY, LUISIANA, ESTADOS UNIDOS.

Gabriel Dufont estava cansado da viagem. Não foi desgastante em si, viu muitas coisas bonitas, no interior dos Estados Unidos ainda se podia ver uma bela paisagem cheia de natureza, o que mais admirava no mundo. O problema é que estava escondido em uma traseira de uma caminhonete velha, além de tentar se esconder do motorista para ele não perceber sua presença de forma alguma, tinha também que aguentar o balanço incessante quando se passava em uma estrada de barro ou nos muitos buracos. Realmente foi desagradável.

Por fim havia chegado a Crowley, realmente estava preocupado não sabia onde aquele carro iria leva-lo. Quando ele parou perto de um complexo de depósitos para a exportação saiu do veiculo o mais silenciosamente segurando com força a mochila onde continha o chapéu antigo que usaria para convocar o mais famoso dos arqueiros, talvez até mais que o próprio Robin Hood. Correu até se distanciar do carro para não parecer suspeito até finalmente entrar em um deposito aparentemente abandonado. Checou o local parecia uma boa base, era fechado o suficiente para a mana não escapar quando estiver realizando feitiços e era escondido o bastante para evitar contato com mestres. Ficava meio longe das partes comerciais, onde provavelmente terá mais movimentação dos oponentes, mas conseguiu um bom atalho para chegar ao centro da cidade ao analisar o mapa que conseguira antes de sair da França.

Checou o armazém e constatou através de uma placa e alguns documentos deixados de mão que estava vazio desde 1993. Suspirou aliviado, mas todo cuidado é pouco, se tratou-se de encontrar um barril vazio e encheu de palha, por fim entrou dentro dele. Precisava descansar um pouco “ É o mínimo que consigo fazer... É o máximo que tenho para falar a verdade... Possuo um sono muito leve se houver alguma movimentação acordarei e constatarei que não é tão vazio assim... Por hora vou dormir aqui... Estarei escondido muito bem... Agora... Agora preciso descansar, invocarei o servo quando acordar...” pensou Gabriel enquanto se ajeitava no barril para dormir.

PRAÇA DE CROWLEY, LUISIANA, ESTADOS UNIDOS.

– Quem é você?- Perguntou Willian surpreso, mas de forma serena.

– Sou o servo Ruler, creio que está confuso, mas antes de explicar quero que saiba que uma porta de inúmeras possibilidades acabou de ser aberta para você... – Disse Ruler- Você foi escolhido pelo santo graal... Você acaba de se tornar alguém que mata e morre... Você se tornou um mestre!

– Não sei do que está falando... Mas é algo relacionado a essa tatuagem que apareceu na costa da minha mão direita?- Retrucou o mago.

– Nossa... Você não parece tão assustado assim... – O servo sorriu e pensou “ele é uma pessoa interessante, dá para ver só nós olhos dele sua inquietação tentando compreender tudo , mas mesmo assim reagindo de forma pacifica como se minha presença fosse algo completamente ignorável”- Exatamente, aqui em Crowley será palco de uma guerra por um objeto milagroso e onipotente capaz de realizar qualquer desejo, o santo graal... Sete mestres são escolhidos por essa relíquia e para decidir o portador digno para tal poder invocam servos em sete classes distintas e únicas... Os servos são nada mais e nada menos que guerreiros de antigas eras...

– Servos... Guerra... Santo graal? Isso não tem nenhuma logica... É contra qualquer lei da natureza... Física... E até mesmo mágica um objeto com essa quantidade de poder é totalmente ilógico existir... – Willian suspirou decepcionado e voltando a leitura do livro, “Isso é perda de tempo... Completamente perda de tempo... É só um maluco querendo me enrolar... Simplesmente não darei atenção a ele...” pensou.

– Ah... Não acredita em mim?- Ruler sorriu de forma zombeteira como uma raposa, como se o jovem fosse uma criança querendo se dizer ser adulto- Me explique porque a torre do relógio então bloqueou o acesso a essa pacata cidade do interior? O que aconteceria de tão grave para ela ameaçar uma guerra contra até mesmo seus próprio aliados se entrarem nessa cidade? E como explica essa tatuagem... Como alguém portador da lógica como você esses acontecimentos parecem muito dentro do comum...

– Não é que não me interessasse isso... Só que... Simplesmente quero ficar completamente de fora de qualquer coisa em que tenha as mãos da torre... Quanto menos eu souber melhor... Não quero me envolver com nenhum daqueles burocratas... Quanto à tatuagem deve ser algum tipo de feitiço que sem querer eu ativei ou uma reação alérgica a alguma poção antiga?- Começou a concluir Willian, estava apenas tentando afastar o rapaz estranho, realmente não se esforçou nessa linha de raciocínio, quando se concentrava na sua pesquisa começava a ignorar tudo a sua volta, apenas ligado na sua pesquisa, seu foco inteiro era apenas em uma coisa-... Além disso, o Santo graal é um mito derivado das lendas arthurianas... Não passa de uma lenda como a pedra filosofal para os alquimistas ou a arca da aliança para os judeus...

– Oh... Então esse é seu senso de curiosidade... Que fraco- Concluiu o servo suspirando pesadamente e com uma expressão de falsa decepção- O ser humano é curioso é essa sua verdadeira natureza se voltando ao mundo redor e se perguntando sobre tudo e sobre todos, buscando desvendar os mistérios ocultos, então ele tentou buscar uma resposta incansavelmente, viajando cada vez, desvendando mais e mais, apenas para preencher o vazio no seu peito... As perguntas moveram o ser humano através de países, continentes, até formar o mundo de hoje... As pessoas que procuraram e finalmente desvendaram os segredos que incomodavam seu interior foram transformados em imortais através da história... Aqueles que nem ao menos tentaram nem ao menos foram lembrados uma vez sequer...

– E... E o que isso tem haver comigo? Pare de me incomodar, por favor... Estou começando a ficar irritado com tanta besteira que sai da sua boca... – Fala Willian irritado, mas evitando passar dos limites e para isso massageava suas têmporas.

– Mentira... Desde que eu apareci e disse todas essas informações você ficou curioso, sua mente clamava por respostas, quer entender tudo isso, mas você simplesmente ignora o chamado da curiosidade... Isso que realmente é irritante... Não acredita nas minhas palavras? Bem... Vou fazer você acreditar então...!- Ruler abriu os braços e o céu começou a ficar nublado, Willian ainda não demonstrava grande interesse, continuava ignorando o que aquele “palhaço fazia” ou isso é o que ele queria, no fundo ansiava pelo próximo passo que Ruler iria fazer. De repente em um piscar de olhos William não estava mais em uma tranquila praça. Estava diante de uma perfeita cidade chinesa reconstruída vazia, mas incrível, cada detalhe era perfeito, ele sentia um poder estrondoso vindo de cada rua, o ambiente era pura energia.

Se contassem para Willian aquela experiência, ele mesmo não hesitaria em não acreditar e ignorar, mas agora. Mas agora estava diante ao vivo do que só se podia dizer que era um milagre. “O quão poderoso é ele? Isso... Isso não é um cenário falso, dá para sentir a incrível assinatura mágica... É uma reality marble...” pensou o jovem mago “Mas isso... Mas isso é apenas uma teoria... Como ele pode colocar isso na pratica tão facilmente? O que diabos é ele?... Como ele pode fazer isso?... Tantas perguntas... Eu não consigo mais me segurar... Necessito saber como, quer saber como fez isso, quem é ele?... O que é essa tal guerra pelo cálice sagrado...? E o que isso tem haver com a marca na minha mão direita?”. Ruler sorriu diante do garoto, dava para ver evidentemente que estava tremendo de curiosidade.

– Então vai me escutar dessa vez?- Perguntou o italiano com um sorriso de deboche.

– Sou todo ouvidos... – William respondeu a contragosto.

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS

Kazuma havia finalmente chegado ao seu destino. Havia batido na porta diversas vezes, mas ninguém havia atendido e em um ato de pura impaciência abriu a porta e entrou na casa sem mais nem menos. A mansão logo chamou sua atenção, feita de madeira, com milhares de pinturas únicas e com moveis muito chiques, logo percebeu que aquele lugar deve ter custado muito dinheiro. “Alguém poderia viver muito bem aqui... Mesmo não sendo meu estilo eu poderia me acostumar com isso hehehehehe” pensou o magus killer. Enquanto passava em um dos corredores rumo a encontrar alguém o ar ficou mais pesado, sentiu um calafrio na espinha, não era de medo, era apenas de péssimo pressentimento.

– Está perdido jovenzinho? – Kazuma ouviu uma voz vinda atrás de si, não era assustadora em si, nem aparentava desconfiança e sim era um tanto simpática, simpática até demais, como se fosse algo forçado, mas ao mesmo tempo completamente natural. Virou-se de uma vez estava na presença de um homem alto com uma bata clerical com um colar com uma cruz dourada e com cabelos e uma barba mal feita com tons levemente grisalhos- Você deve ser o magus killer que a Torre contratou, desculpe não ter atendido estávamos ocupados... Com uma coisa... Eu não recomendaria passear por aqui, pois, fica perto do porão... Meu servo está lá e sabe... Ele não gosta da presença das pessoas, sabe é um Berserker e é completamente insano, etc... Que falta de educação a minha! Sou Claus Schiller o padre mandado pela santa igreja... Venha, posso te levar até seu quarto e segurar suas malas, parecem pesadas...

Kazuma encarou o padre, o rapaz estava sério enquanto o homem estava com um sorriso suspeitável. Ninguém sequer fez um movimento, ficaram se encarando por um longo período. “Esse cara... É o executor mandado pela igreja que lorde Bram me falou... Ele tenta se fingir de bonzinho, mas a aura que ele passa não é tão boazinha assim... É de certa forma assustadora... Esse cara é quem eu devo proteger e é o mestre de Berserker? Não confio nele...” pensou Kazuma enquanto isso Claus também pensava a respeito outro “Uma pessoa tão jovem assim é um magus killer... He, faz lembrar-me a mim mesmo quando tinha essa idade, devo ser cuidadoso... Ele será um problema nos meus planos, não parece tão influenciável quanto os idiotas da torre, cada olhar dele parece estar me analisando por dentro da alma...” . “... Não gosto dele...” ambos pensaram ao mesmo tempo.

– A falta de educação foi minha, eu que não me apresentei e fui logo entrando...Sou Yagami Kazuma, tem razão sou o magus killer mandando pela Torre, obrigado pelo aviso... Berserker provavelmente seria um problema... Quanto ao quarto e as malas deixe comigo, apenas aponte o caminho, não se preocupe... – Retrucou Kazuma mudando sua expressão séria para uma mais tranquila agora tentando ser o mais simpático possível. “Como se eu fosse ficar sozinho e deixar minhas coisas com você, não sou nenhum otário, executor babaca” pensou o mago dos ventos.

– Oh, se assim quer... – Claus sorriu “Esse pirralho... Parece está zombando de mim por dentro...” pensou- Vire nesse corredor a direita depois siga direto até uma escada, suba ela e seu quarto será o segundo da ala esquerda... Avisarei sobre sua chegada, os empregados servirão o jantar daqui a meia hora, depois disso organizaremos a convocação do seu servo, pois nossos espiões garantiram que Kana Kamiya vai chegar muito em breve a Crowley, hoje a noite é quase certeza... Por favor, esteja preparado até lá.

– Vou estar pode deixar... – Kazuma retribuiu o sorriso falso “Parece que notou que não sou alguém que se deve subestimar não é mesmo padre de nada? Consigo saber o que você pensa além de suas expressões e você também né? Quando se está em batalha endurecemos os sentidos, preveja o movimento do inimigo e terá a vitória garantida...” pensou ele enquanto caminhava até o quarto. "Tenho que ficar de olho nele...” pensou tanto o executor quanto o assassino de magos.

AEROPORTO, ULAN BATOR, MONGÓLIA.

– A viagem vai ser longa Magi, não a voos diretos para Crowley, terá que fazer cerca de trinta escalas... Realmente quer fazer parte disso? Posso pedir isso para qualquer um... Você é jovem tem uma vida inteira para aproveitar... – Seu avô disse a Magi Daichin com um tom preocupado.

– Eu que convenci o senhor a fazer isso... Não posso voltar atrás... Eu ficarei bem vovô não se preocupe, é um risco que vai valer a pena... Vai valer muito a pena... – Magi segurou a caixa de madeira que cuidadosamente continha o catalisador dado de presente pelo vilarejo que havia salvado- Isso... Isso não é por mim... Pode soar meio tolo, mas isso é por eles... Por todos os habitantes sofridos da Mongólia... Não é uma coisa simples que está em risco...

–... Mesmo que eu quisesse te impedir sei muito bem que não conseguiria... – O avô se aproximou dando um forte abraço no neto e com algumas lágrimas na face-... Segurar o peso da felicidade de todo um país... Não é algo que alguém faria facilmente, quem tentou fazer isso muitas vezes terminou com um final trágico já outros poucos conseguiriam transformar centenas de tribos independentes em um dos maiores impérios da humanidade... É esse tipo de pessoa que será seu servo por isso não estou tão preocupado assim... Mas mesmo assim não é algo a ser evitado... Se cuide, Magi...

– Vovô... – Magi sorriu e retribuiu o abraço- Eu... Eu ficarei bem... Eu vou vencer... Vou conseguir o cálice sagrado... E vou reerguer a Mongólia e ninguém vai nos desprezar... Não haver mais tristeza... Pessoas suplicando de pobreza... Eu vou vencer por eles... Custe... Custe o que custar...

– Eu sei que vai... Eu sei que vai... – Respondeu o avô. Despediram-se e Magi entrou no avião, suas malas foram como bagagens comuns, afinal havia só roupas e outras coisinhas sem importância nelas.

Na mochila que levava consigo havia coisas mais fora do comum, amuletos, joias mágicas, livros e pergaminhos antigos, etc. Enquanto o catalisador ele não desgrudava, a caixa onde continha o mesmo permanecia com ele o tempo todo, durante a inspeção conseguiu usando feitiços passar pelos funcionários e pelos detectores. Era algo muito valioso para ser tratado com normalidade. Não havia feito a cerimônia de invocação em casa que seria muito mais conveniente devido à extrema ligação do solo com a mana do servo com a desculpa de não chamar a atenção com um servo podendo se encontrar com outros mestres durante a imensa troca de aeroportos, afinal mestres podem ver servos em forma de espírito.

É claro aquilo era importante, mas principalmente não fazia isso por vergonha. Não queria mostrar para seu herói de infância e de todos os mongóis o quão decadente o país deles se tornara... E que não conseguia mudar isso por mais que tentasse ao ponto de necessitar um milagre para tal. “Mas talvez... Eu devia ter mostrado para se esforçar mais... Esqueça isso... Tomei a melhor decisão...” pensou Magi enquanto o avião decolava e em meio às nuvens se entregou ao sono, mas continuou segurando a caixa de madeira o mais forte possível. O jovem mongol não percebeu, mas na costa de sua mão se formou três selos cor escarlate, o cálice havia escutado suas orações e o reconheceu como digno de ser um mestre.

COMPLEXO DE ARMAZÉNS E DEPÓSITOS, COMEÇO DE CROWLEY, ESTADOS UNIDOS.

O mago francês quando tentou sair do barril acabou caindo e o barulho ecoou pelo armazém abandonado, por sorte ninguém escutou. Ele limpou a poeira de sua camisa, estava fedendo, com fome, mas descansado. Saiu do deposito com cuidado para ver não ser observado e comprou alguns peixes bem frescos em uma peixaria local por um preço acessível. A primeira coisa que fez foi claro, fritar um deles e come-lo.

Conseguiu improvisar um rústico “forno” usando um isqueiro alguns gravetos e uma panela abandonada, não ficou tão bom assim, mas foi o suficiente para acabar com sua fome. "Está... Está na hora... Vamos ver como o indomável camponês é..." pensou Gabriel Dufont. Colocou com cuidado o velho chapéu austríaco em cima de uma caixa e com o restante dos peixes usou o sangue para fazer um circulo mágico na frente do altar improvisado "Preencha, preencha, preencha, preencha, preencha, repeti cinco vezes para fazer o circulo, quando estiver preenchido completamente vai se estar pronto para o milagre" . Suspirou pesadamente para começar a entoar o cântico de invocação.

PERTO DA IGREJA, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS.

– Entendeu o sistema a qual rege as regras por trás da guerra do santo graal?- Ruler perguntou para Willian depois de uma longa explicação em torno da guerra.

– Sim... É tão... É algo tão ilógico, mas a maneira á qual é mantido com regras que fazem tanto sentindo... É como se você conseguisse explicar um milagre fantástico e impossível com base em fatos concretos... – Willian concluiu- Eu vou participar dessa guerra santa!

– Nossa... Mudou de opinião tão rápido... – O italiano sorriu de forma zombeteira-... Mas não quer antes voltar para Inglaterra, pegar recursos entre outras coisas para se preparar para a guerra decentemente? Você não pode simplesmente participar sem mais nem menos só com a roupa do corpo, tem que ter uma base, contatos, mantimentos, conhecer a cidade... O que você tem aí é para apenas uma viajem rápida para pegar algumas ervas e ir embora...

– Você tem toda a razão, eu faria isso, porém... Foi pura sorte ter chegado a essa antes do mandado da Torre, seria realmente muito difícil sair da cidade e conseguir depois voltar, além disso, não tenho para onde voltar... Para torre eu não iria, tudo que tenho na Inglaterra que posso chamar de família é minha irmã em estado de coma... Posso não ter base aqui, não conhecer geograficamente... Mas é tudo que eu posso fazer... - Retrucou Willian- Vou preparar a cerimônia de convocação o mais rápido possível, se não tenho um lugar para me posicionar pelo menos terei um servo para me proteger... Você disse que é necessária uma relíquia ou algo do tipo para invocar, não é?

– Sim, uma relíquia que pertenceu a uma figura do passado é necessária para se usar como catalisador para a convocação dele... – O veneziano respondeu- Depois disso é só botar em um altar e com um circulo de inibição convocar ele...

– Entendo... Uma cerimônia tão simples assim como qualquer outra é mesmo capaz de ressuscitar alguém?- Perguntou Willian.

– Não é o que podemos chamar de ressurreição em si, na verdade o santo graal puxa a alma do espírito heroico do trono dos heróis que você escolheu com base no catalisador e é ele que realiza a invocação, o dever do mestre é que quando ele é materializado é lhe providenciar mana suficiente para ter forma física através de um contrato- Marco Polo explicou.

– O pior... O pior é que isso faz sentido... – Willian mordeu o dedo pensativo até responder, mas primeiro de tudo mostrou as antigas anotações para Ruler- Creio que poderei usar isso como catalisador estou certo?

– Sim... De fato... Consigo sentir um pedaço bem pequeno mais bem forte de uma mana dos tempos antigos do que pode ser classificado como espírito heroico aos olhos do cálice sagrado... – Falou Ruler observando mais de perto os textos. Willian olhou para o saco de ervas e teve uma ideia, não gostou da ideia, mas era uma boa ideia para quem tinha pouco tempo.

– Posso usar invés de sangue a tinta que essas ervas expele? É um tipo de resina bastante consistente... – Perguntou Willian.

– Acredito que sim... Não exige algo extremamente dentro da regra mesmo... – Ruler deu de ombros. “ Espero que esse maluco... Esteja falando a verdade... Eu vou te salvar Helen, já estou arriscando muito por você, eu pesquisei tanto, mas não consegui te salvar... Será que devo apostar tudo em um milagre mesmo?” pensou o mago fazendo um circulo de magia com as ervas em um complexo de arvores ao lado da igreja e botando com cuidado as anotações em cima de uma pedra para servir como altar enquanto Marco Polo sorria observando toda a cena.

MANSÃO DOS KAMIYAS, PARTE UM POUCO AFASTADA DE CROWLEY, ESTADOS UNIDOS .

A mansão dos Kamiyas ficava em uma área não urbana de Crowley, mais longe entre as montanhas e o bosque no final da cidade. Não é uma área exatamente estratégica, afinal a estrada praticamente terminava lá, sendo que poderia facilmente ocorrer uma emboscada ao redor da morada. Mais seria necessário um ataque direto, um ataque de perto para tal feito e muito bem posicionado, era isso que Kana queria, seu servo lida mais com ataques de curta distancia, além disso, seus poderes podem afetar melhor quanto mais perto eles estiverem de si. Kana sorriu ao ver novamente a mansão, claro que preferiria a sua verdadeira no Japão, mas era melhor que a da Dinamarca onde fazia muito frio. Suspirou satisfeita enquanto o seu fiel mordomo Hiyuu se aproximou de si com as malas e principalmente, segurando cuidadosamente o compartimento de vidro onde estava a taça dourada. Ele então começou falando.

– Parece feliz senhorita...

– Mais é claro! Tenho um ótimo pressentimento! Tenho certeza que os outros seis mestres já estão aqui... Estou realmente ansiosa para ver as caras de desespero deles ao verem meu verdadeiro poder e a de meu servo... Não teremos piedade... – Respondeu Kana Kamiya. Ela pegou então a caixa de vidro da mão do serviçal. Começou a admirar a taça com um sorriso estampado na face- Sacrifique alguns cães de guarda e prepare o porão, ele é o único lugar onde não teremos problemas em vazamento de mana...

– Senhorita... Tão cedo? Tem certeza?- Exclamou Hiyuu.

– Sim... Eu quero ver figuras heroicas ressuscitadas do passado clamando novamente pela morte... E eu darei o que elas querem... Bem lentamente mais darei... – Retrucou Kana- Apresse Hiyuu e faça o que eu mandei!

– Sim... Senhorita... – Falou Hiyuu. Enquanto isso Kana admirava a linda lua cheia pelo janelão da mansão. “ É a noite perfeita para um banho de sangue começar...” pensou ela, mas dessa vez com um ar tristonho "Será que dessa vez ocorrerá um verdadeiro Heaven's feel? Sim... É claro que sim... E eu conseguirei o cálice... Com o cálice poderei até mesmo roubar o trono de Deus...".

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELOGIO, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS

Lancer observava encostada na parede do porão o magus killer reaproveitando o círculo que foi usado para invoca-la. Não era a melhor da sensações isso, era um tanto quanto estranha. Não mais vestia uma roupa celta de couro, usava agora roupas modernas, uma jaqueta de couro de motoqueiro é o que se destacava no seu novo traje. Oliver estava do seu lado, era responsável por fazer a ligação dela com seu pai, mas não imaginava como fazer isso então apenas permanecia por perto. Apenas os três estava presentes, Alberich estava com dor de cabeça e resolveu dormir e aparentemente Claus não ia com a cara de Kazuma.

Kazuma botou a katana antiga no altar. “Vamos ver que samurai vai ser meu servo...” pensou o mesmo “Quais chances de ter um fantasma nobre que pode gerar muitas riquezas? Hehehehe... Com certezas são quase nulas...”. Suspirou e começou a entoar então o circulo começou a brilhar intensamente. A medida que ele brilhava, o mago do ventos sentia seus circuitos mágicos se moverem de forma diferente, como um rio tendo fluxo desviado, o contrato géis estava fazendo efeito.

INTERLÚDIO

Eu o invoco, tu deves vir para o meu lado, a espada deverá controlar o meu destino, permanecendo junto ao refúgio do santo graal, se tu concordas com minha razão e vontade responda, ao juramento feito aqui por ti, eu sou a personificação do bem no mundo eterno, eu sou o mediador do mal do mundo eterno, vós os sete céus que sustentam a grande trindade, que vindes através do circulo de força... Ó GUARDIÃO DO EQUILÍBRIO!

Cada mestre estava posicionado, o circulo de cada um brilhou intensamente até uma enorme névoa preencher cada local. Esse era o primeiro milagre do cálice, os mortos irão voltar à vida, naquela noite a lua cheia iluminava a primeira noite onde figuras do passado precisariam cujo o destino lhes deu uma segunda oportunidade... Ou na verdade seria um terrível infortúnio?

COMPLEXO DE ARMAZÉNS E DEPÓSITOS COMEÇO DE CROWLEY, ESTADOS UNIDOS.

Diante de Gabriel estava um jovem vestindo roupas vermelhas escuras. Um chapéu com penas estava na sua cabeça, mas bastante diferente do que foi usado como catalisador. Possuía cabelos castanhos claros, olhos azuis, uma barbicha, nas costas estava uma aljava cheia de flechas e possuía uma besta nas mãos. Gabriel sorriu.

– Eu sou o servo Archer, muito prazer mestre, minha mira é perfeita não tem com o que se preocupar!- O servo respondeu.

PERTO DA IGREJA, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS.

Em cima do circulo de convocação o servo de Willian se mostrou um rapaz um tanto magrelo, vestindo túnicas renascentistas de cor roxa. Segurava vários pergaminhos e seu cabelo era castanho curto, seus olhos pareciam duas amêndoas e possuía um nariz um tanto saliente como uma águia. Marco Polo sorriu:

– Veja seu servo é um compatriota italiano como eu, quem diria hein...

– Esse é meu servo... ? – Willian perguntou um tanto quanto decepcionado, esperava alguém realmente forte para lutar por ele não um “fracote” como este.

– Sou o servo Caster, como vai?- Falou o servo convocado com um sorriso na face.

FLORESTA DE CROWLEY, LUISIANA, ESTADOS UNIDOS.

Magi preparou a invocação assim que chegou. O bosque daquela cidade possuía uma mana bem parecida com o da Mongólia o que ajudou durante a convocação. Sorriu ao ver a figura convocada, seus pés vacilaram de exaustão, mas até uma pequena lagrima caiu na sua face diante da presença do servo. Um homem alto de cabelos ruivos com aparência mongol com um ar de superioridade, suas roupas se mostravam uma mistura de couro e de seda com alguns acessórios de ouro puro.

– Você realmente é...

– Sim, sangue do meu sangue sou Temunjin , Genghis Khan, o rei dos bravos e fui ressuscitado pela classe Rider... – Respondeu o servo.

MANSÃO BASE DA TORRE DO RELÓGIO, CROWLEY, ESTADOS UNIDOS

O porão ficou cercado de uma densa névoa até se revelar a figura de uma linda jovem asiática de cabelos negros e pele um tanto quanto fina para uma guerreira. Vestia uma armadura e por baixo uma yukata. Tinha uma katana embainhada na cintura. Ela realmente muito linda, Kazuma sorriu surpreso “Tirei a sorte grande” pensou. Oliver ficou surpreso e até mesmo Boudica não deixou de ficar surpresa por ver um servo guerreiro do sexo feminino e com tamanha beleza.

– Eu sou a serva Saber... Espere... Eu não um Saber... Sou uma Assassin... Mas... Mas como... Exijo uma explicação! Como minha técnica honrosa pode ser confundida como uma podre técnica de assassinato?- Exclamou Assassin de raiva.

– Bem... Isso é uma grande história belezinha... - Falou Kazuma sorrindo galantemente se aproximando da serva. A mesma desembainhou a katana e colocou no pescoço do mestre.

– Já vi que não gostei de você...

– Bem... Isso é um problema, mas era esperado- Falou Kazuma- Eu acho...

MANSÃO DOS KAMIYAS, PARTE UM POUCO AFASTADA DE CROWLEY, ESTADOS UNIDOS .

Depois de a névoa cessar diante de Kana e de Hiyuu estava um homem muito, mas muito alto. Barbudo, mas com uma não tão longa, vestia uma nobre armadura negra como platinha, possuía cabelos um pouco grisalhos e olhos cor cinza. “Espere... Espere um pouco ele não é um Berserker...!” pensou a mestra “Esse é o rei das grande façanhas?”. O servo olhou de forma carrancuda para quem lhe convocou.

– Eu sou o infelizmente sou o servo Saber... E eu perguntou quem de vocês é meu mestre e ousam estar na presença de um glorioso herói como eu?- Perguntou Saber- Eu sou Beowulf, o rei das terras do norte e maior dos heróis que já pisaram na terra e exijo saber! Agora!

A guerra santa havia finalmente começado


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Notas finais do capítulo

http://freetexthost.com/brvsoo26c5 Aqui está a ficha de alguns servos. A cada capitulo que vai se revelando as identidades dos convocados eu vou postando mais, espero que tenham gostado, comentem por favor quanto mais comentários (cof cof grandes cof cof) mais a chance de eu postar mais cedo :-P



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