Fate/Disillusion- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 3
Preparativos- parte 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, quanto a Fate/Another tears estou infelizmente com um bloqueio criativo, já fiz uma parte do Bad End (muito mais coisa aquela previa que postei), mas simplesmente não consegui inspiração suficiente... Portanto comecei a adiantar F/D para ver se consigo voltar ao projeto.
Para quem não sabe os mestres serão Kana Kamiya que pertence a Celestia, Alberich Von Crismon-Scroll pertencem a mim, Gabriel Dufont pertence a the great king of nothing, Magi Daichin a Sennen Hakushaku , Willian Aigle pertence a Silvan, Yagami Kazuma a archer shiro e Claus Schiller pertence a joaolimas.
Se não entenderem sobre a maldição géis recomendo que revejam a morte do Lancer em Fate/Zero, é basicamente um contrato que é como um selo de comando! TOMARA QUE CONSIGAM LER ATÉ O FINAL! =D



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CONGRESSO MONGOL, ULAN BATOR, MONGÓLIA.

Os Daichins são a única família de magos em toda a Mongólia, portanto tem certa influencia no país. Além de possuir grandes relações de amizade com o governo, ela também é bem rica graças aos produtos exportados para empresas tanto mágicos quanto normais pelo mundo inteiro. Ela também é uma das famílias mais antigas do mundo inteiro e possuía bons acordos com a torre do relógio em Londres. Mas, após a quebra do termo essencial dos contratos dessas relações, a torre praticamente declarou uma guerra contra todo o país após a invasão de território.

Os daichins se sentiram ignorados e sem importância por toda essa confusão ser apenas para entregar uma simples mensagem endereçada a uma família de magos japonesa usando a Mongólia como um livre caminho. Algo intrigante era o fato de que não usaram aparelhos mágicos convencionais, era uma informação tão restrita que deveria ser mandada por familiares animais mágicos, algo tão importante e que devia ser mandado com tanta pressa que se acabou esquecendo as relações com qualquer outra família de magos. Já era tarde de mais para qualquer pedido de desculpa. Magi Daichin, o herdeiro do brasão da família e aquele que interceptou a mensagem, discutia o próximo passo juntamente com o primeiro ministro mongol e o chefe temporário da família até Magi completar a maioridade, o seu avô.

– Vovô! Isso é uma coisa muito séria! A torre do relógio simplesmente nos ignorou... Como... Como se fossemos nada... Não podemos... Não podemos fazer nada quanto a isso? Isso é uma humilhação, até mesmo nossa própria aliada não nos leva a sério!- O rapaz falou diretamente para o idoso que simplesmente o encarava acariciando sua longa barba branca.

– Muita calma! Simplesmente não podemos declarar abertamente uma guerra contra uma associação magica inteira!- Reclamou o primeiro ministro tremendo de nervosismo, graças as fortes relações com o governo e influencia dos Daichins quase toda Mongólia sabia sobre a existência de magos, mas é claro que tudo era tratado de modo totalmente discreto- Com a nossa condição financeira e a soberania o país seria mais arrasado do que já está se me permite dizer, acho que devíamos simplesmente ignorar isso, todo mundo comete erros...

– Então... Então você quer simplesmente quer que aceitemos isso? Parece algo bem simples mais a quebra de um contrato e a invasão do território é algo deverás grave... Nos desrespeitando desse jeito apenas para entregar uma simples mensagem... – Falou Magi tentando manter a calma enquanto o seu avô ficava acariciando e refletindo, até finalmente abrir a boca.

– A mensagem... O que ela dizia mesmo? Algo sobre achar o santo graal... Já ouvi isso de algum lugar... Era algo ao ligado aos Tohsakas... – Homem idoso então fechou os olhos até finalmente lembrar o significado- Minha nossa... É ALGO RELACIONADO À GUERRA PELO CÁLICE SAGRADO!

– Cálice sagrado...?- Magi e o primeiro ministro perguntaram confusos em um uníssono.

– Exatamente, eu escutei algumas histórias quando era mais jovem sobre uma relíquia onipotente capaz de realizar qualquer desejo que era colocado como prêmio em uma disputa de magos!- O líder dos Daichins explicou- Sete magos são escolhidos para invocar um servo que não é nada mais que um antigo guerreiro! Esses servos são postos para lutar entre si em nome do invocador até apenas um sobrar levando o grande troféu que seria esse cálice sagrado...

– Entendo, supondo que esse “cálice sagrado” exista e com esse incrível poder tenho certeza que é algo que pode justificar o que a torre fez... Uma relíquia capaz de conceder qualquer desejo... – Magi falou refletindo- Vovô... Como se entra em uma guerra dessas...?

– Não vai me dizer que está falando sério?! Que mesmo participar de uma coisa dessas? Já não basta o estado em que nosso país está?- O primeiro ministro falou em direção a Magi antes de o idoso responder.

– Durante os tempos de Genghis Khan já foi um país extremamente rico! Uma relíquia dessas tem o poder de retornar a gloria que a Mongólia um dia já teve! É perfeito para tirar do estado de pobreza extrema que já estivemos!- Responde Magi contestando o primeiro ministro que não leva muita fé no poder dos magos.

– E se for apenas uma lenda? Vai mesmo botar o destino inteiro de um país em um boato ridículo?- O primeiro ministro retrucou.

– É a nossa única oportunidade, temos que supor como uma verdade declarando as provas da forma como agiu a torre e aquela mensagem! Eu sei da nossa falta de recursos... Mas... Mas invés de bater de frente contra a torre, podemos atacá-la de forma indireta em uma guerra santa dessas e ainda conseguir a salvação de toda a Mongólia – Magi respondeu com seriedade estampado em um olhar penetrante-Uma guerra entre magos não é o mesmo conceito de uma que está em uma guerra de padrões considerados normais, não vamos usar tanques nem coisas desse tipo... Além disso... Não estou arriscando um país inteiro, estou lhe fornecendo uma nova esperança! Conte mais detalhes, por favor, vovô!

– Bem... Como o meu neto acabou de falar, não é guerra com padrões normais- O idoso começou falando interrompendo logo a fala do primeiro ministro que ia contestar e que foi mandando se retirar do quarto para o neto e o avô ficarem a sós- O ambiente é uma cidade com um poder espiritual suficiente para sustentar o aparecimento do santo graal, alguém para ser considerado um mestre deve usar como catalisador para chamar espirito heroico que bem deseja uma relíquia ligada a esse guerreiro antigo, este será dividido entre as setes classes presentes, Saber o espadachim, Lancer o lanceiro, Archer o arqueiro, Rider o montador, Caster o mago, Assassin o assassino e Berserker o insano... Mais não podemos correr mais riscos, se está falando sério em entrar em uma coisa dessas terá nosso total apoio, afinal se vencer poderemos nos vingar dos metidos da torre do relógio e salvar financeiramente o país, mas devemos buscar algumas informações como o local da guerra entre outros detalhes preciosos! Não devemos de forma nenhuma ser precipitados...

– Entendido... Os heróis tem alguma restrição sem ser a de classe? Tipo a nacionalidade ou a era?- Pergunta o rapaz curioso.

– Não, que eu saiba heróis de todas as eras e de todas as nações poderão ser ressuscitados para lutar até a morte para provar a supremacia uns dos outros... – Respondeu o idoso- Por que a pergunta? Já tem algum herói em mente?

–Sim... Eu pretendo convocar um herói patriota que será com toda certeza compatível com nosso desejo, um herói na qual eu passei toda a infância ouvindo sobre seus feitos... Eu pretendo convocar o rei com o maior império de todos os tempos!- Sorri Magi Daichin enquanto o idoso retribui o mesmo.

– O rei dos bravos dará um servo deverás interessante... – Responde o chefe da família.

TORRE DO RELÓGIO, LONDRES, INGLATERRA.

Nos corredores da torre um rapaz de cabelos castanhos curtos chamava atenção dos alunos e os professores agiam de maneira estranha quando ele passava perto. O que o destacou não foi porque tinha uma mania vergonhosa de ficar paquerando as alunas e até as professoras na maior “cara de pau”, mas sim sua aura, ele passava de certa forma a ideia de alguém que conhece a morte bem de perto, era como se ele tivesse o cheiro de pólvora. Dava para ver em seus olhos castanhos claros como duas avelãs que ele já havia presenciado coisas realmente terríveis, o que de fato era verdade, essa era vida de um assassino contratado e especializado em matar magos, um Magus Killer.

Mesmo tendo passado a vida até agora praticamente pisando em cadáveres, continuava com seu jeito maroto e descontraído de ser, como se conseguisse processar essa ideia de matar alguém por dinheiro com bastante facilidade e não ter nenhum peso na consciência com isso. Atravessou uma parte mais profunda da escola e virou em um corredor onde não havia ninguém e entrou em um dos quartos sem ao menos bater. Era uma sala cheia de artefatos estranhos e bizarros nas prateleiras, círculos mágicos em algumas partes do chão e livros realmente preciosos espatifados quase mofando em todo o lugar.

Logo alguns objetos exóticos chamaram a atenção de Kazuma como uma pata enorme de dragão preservada em uma lata cheia de âmbar, uma pequenina criatura viva verde, mas presa em um vidro que ele achava que devia se tratar de um minúsculo tipo de Globin ou coisa assim e a mais surpreendente coisa daquele lugar em sua sincera opinião de amador: Um enorme crânio exposto na parede como um troféu do que parecia ser uma combinação de um cervo, cavalo e um lobo ou algo semelhante a isso, sabendo ou não o que era aquilo realmente era algo sinistro de se ter. “Isso deve valer uma fortuna! Não é atoa, esses lordes da torre vivem mergulhados na grana... Acho que nem acumulando dinheiro por três vidas eu conseguiria comprar uma coisa dessas...” pensou o magus killer. Simplesmente ficou parado lá olhando as bizarrices que nem notou o elegante homem ruivo se aproximando atrás do garoto e já estava no quarto há muito tempo.

– Espero que esteja gostando do passeio... Mais minha sala não é algum tipo de zoológico para você ficar xeretando sem mais nem menos- Interrompeu falando sarcasticamente Bram Nuada-Re Sophia-Ri, herdeiro do departamento de convocação espiritual mesmo assim Kazuma ainda ficava observando de costas para o ruivo sem processar o que estava ocorrendo.

– Cara, até que não é uma má ideia, iria fazer uma fortuna se colocasse isso como uma exposição e cobrasse entrada! Conseguiria dinheiro suficiente para valer realmente a pena essas porcarias que não servem para nada hahahaha, mas se for fazer isso eu cobro uma taxa pela ideia... – Riu se virando e logo percebeu a situação em que se encontrava, um arrepio percorreu sua espinha quando viu as baboseiras que disse e logo se abaixou se reverenciando- Desculpe senhor Bram Nuada-Re Sophia-Ri! Mil perdões! Estou aqui como solicitado pelo alto tribunal da torre! Sou o magus killer Yagami Kazuma!

– Então é você o Kazuma? Hum, quando pensei que se tratava de um jovem magus killer não imaginei que era realmente um pirralho... Parece que mal tem vinte anos... Você realmente é habilidoso? Tenho certas duvidas... Feend Von Sembren deve ter enlouquecido para depositar uma responsabilidade tão grande em alguém como você... – O lorde arrogantemente respondeu não esperando Kazuma retrucar- Bem vamos parar de enrolar e ir para onde interessa, já sabe de todos os presentes acontecimentos através do relatório que a torre mandou estou certo?

– Sim, senhor! Tenho conhecimento sobre a guerra santa em Crowley devido à interferência direta dos Kamiya, em especial a de Kana Kamiya, no sistema do cálice sagrado de Fuyuki e sei do meu papel nessa missão! Garantirei a proteção de um lorde da torre e de um membro da igreja preenchendo devidamente como sendo um dos mestres atuantes na guerra para o resgate do graal e não devo pega-lo para o meu próprio bem- Kazuma falou agora com uma expressão de pura seriedade, Bram logo notou que o jovem tinha plena consciência de sua responsabilidade e levava a sério sua função- Estou consciente dos riscos e assumo-os com devido respeito!

– Certo... Vejo que não é tão ingênuo quanto eu pensava... Pois bem, assine esse contrato e está formalmente nessa importante missão- O ruivo então lhe entregou um pergaminho velho o que fez Kazuma ficar bastante surpreso, pois possuía muitos inscritos rúnicos e códigos místicos, Bram notou a expressão do rapaz e logo começou a explicar- Eu sei que parece frescura, mas isso é algo realmente necessário, é o impiedoso contrato géis, um contrato que funciona como uma verdadeira maldição onde praticamente você não tem escapatória, algo semelhante a um selo de comando, você terá que ser OBRIGADO a fazer determinadas coisas, mas em troca recebe algo de certo valor como uma sorte absurda e coisa desse tipo... Nesse contrato estabelece que você seja obrigado a ser leal, recuperar o cálice, não usa-lo para o bem próprio e outras coisinhas como obedecer às ordens do lorde e ter permissão para matar quaisquer que se oponham a torre... Em troca a torre te dará uma quantia em dinheiro bastante... Significativa se me entende bem...

– Entendo... Acho algo bem razoável para dizer a verdade, mas um tanto desumano, é algo tão sério ao ponto de ter que amaldiçoar uma pessoa a fazer? Isso é bastante desesperador... Mas é melhor prevenir do que remediar não é mesmo? Principalmente do que está em jogo... – Kazuma retruca lendo o contratado várias vezes até finalmente assinar, o que não hesitou em fazer, sempre cumpre seu trabalho e sempre é leal ao portador e em sua opinião nada mudaria, a maldição seria apenas um charme para obrigá-lo a afazer algo que já ia fazer. Então logo após entregar o papel ao lorde à costa de sua mão direita ardeu e depois sangrou e logo revelou três estigmas que representavam um selo de comando.

– Nossa... Dessa vez foi mais rápido do que o esperado... Agora vamos à parte da convocação de um servo- Bram Nuada-Re Sophia-Ri então se dirigiu a um dos armários ainda surpreso pela facilidade em que o rapaz assinou sem mais nem menos um contrato géis na qual é infundido em sua própria mana e retira todo o seu livre arbítrio. O ruivo pegou uma caixa de madeira e entregou para Kazuma que abriu com cuidado e se deparou com uma velha katana enferrujada com a lâmina partida ao meio.

– Isso... Pertenceu a que espirito heroico? Achei que o contrato géis me obrigava a invocar um Assassin considerando que é uma classe bastante fraca para lutar de igual para igual com outro servo e servindo perfeitamente para um ataque surpresa e para uma espionagem bem precisa... - Retrucou o recém-declarado mestre- Com essa relíquia aparenta que vou invocar um Saber ou coisa do tipo...

– De fato, essa katana partida datada do período das guerras Genpei pertenceu a algum samurai que agiu como um soldado ou coisa assim... Você poderia simplesmente invocar um dos Hassan I Sabbah, mas seria muito arriscado, além de não querermos que você invoque um herói em uma classe muito poderosa, de certa forma diminuiria o grau de chance para o lorde escolhido trabalhar de forma mais intensa contra Kana Kamiya com uma boa classe- Explica Bram- As habilidades de um Hassassin seriam muito duvidosas, afinal simplesmente não teríamos certeza de qual dos 32 invocaríamos... Não sabemos a fundo quem foi que usou essa katana, mas vamos obrigar a se materializar como Assassin para facilitar e ser algo essencial para a espionagem da guerra...

– Então você não sabe que espirito heroico eu vou invocar com esse catalisador? Isso de certa forma é arriscado... É algum samurai disso temos certeza, famoso ou não provavelmente poderíamos retirar do trono dos heróis, mas a questão é... Ele realmente seria um bom espião como você sugere? – Contestou Yagami Kazuma.

– Bem graças ao contrato géis que de certa forma prende sua alma para fazer tal coisa, qualquer espirito heroico virá como Assassin como diz um dos termos do contrato, dessa forma estamos pulando a regra de Fuyuki que permitiria apenas a invocação dos lideres da ordem dos assassinos que criaram a palavra “assassin” que usaríamos por acidente como catalisador para tal classe- Responde o herdeiro do departamento de invocação espiritual- Uma das habilidades naturais da classe Assassin querendo ou não será a ocultação da presença, todo herói convocado nessa classe pode ficar praticamente invisível sendo perfeito para missões sigilosas e combinado com as habilidades de espadachim que o seu futuro servo poderá ter ele será algum tipo de classe hibrida como um Saber disfarçado para atuar como Assassin ou coisa desse tipo...

– Entendo... Você lordes da torre pensam em tudo não é mesmo não é a toa que são ricos desse jeito... Inteligente o suficiente para conseguir pular as regras do graal jeito usando uma maldição poderosa e impiedosa dessas... Bem, e quanto ao lorde e o membro da igreja que atuaram como mestres assim como eu? Cadê eles?- Perguntou o magus killer- E por que a igreja está se metendo?

– Bem o lorde convocado foi Alberich Von Crismon-Scroll, sua família possui doze gerações, sendo que oito delas já atuaram em altos cargos burocráticos na associação de magia, devido a suas habilidades magicas e por questões de tradições ele se tornou os olhos e ouvidos da torre... Ele não esperou o senhor chegar, partiu logo para Snow City e os registros indicam que ele já invocou seu servo...

– Nossa... Que cara apressadinho né? Deve ser um daqueles lordes babões que fazem tudo pela torre e o que ela manda sem questionar uma vez sequer, estou correto?- Pergunta Kazuma.

– Queria negar o que acabou de dizer por uma questão de princípios, mas está claramente certo, Alberich aparenta ser cego pela dedicação pelo bem da torre, como uma marionete- Bram falou evidentemente irritado- Ele me irrita, ele vive paparicando os chefes superiores, de maneira típica a de um queridinho da professora... Parece que ele não tem desejos, não tem vontades... Só vive para a torre do relógio e só... Realmente irritante... É alguém difícil de conviver já estou avisando!

– Então a minha missão é proteger um lunático sem vontade, fascinado pela torre- Kazuma então da um longo suspiro- Prevejo que isso será bem complicado... E quanto ao membro da igreja?

– Para ser franco eu não sei muitos detalhes... Parece que foi algo decidido de ultimo hora pelo conselho e por razões politicas e burocráticas a torre do relógio foi obrigada a colocar a igreja no jogo- Responde o ruivo com certo desgosto principalmente pelos anos de rivalidade entre a igreja e os magos em geral- A igreja sempre quer se meter nesse tipo de coisa, mesmo não sendo oficialmente um objeto sagrado o cálice que aparecerá em Crowley é deverás poderoso para ser ignorado por ela... Parece que o mestre se trata de algum executor ou coisa assim, que milagrosamente possui circuitos mágicos e misteriosamente algum treinamento básico de magia, mas o bastante para conseguir sustentar um servo... Não sei onde ele está ele não quis uma relíquia fornecida por nós, provavelmente por algum motivo de desconfiança...

– Entendo... Terei que ser parceiro de um lorde cego e fascinado pela torre e um padre executor misterioso que provavelmente não confia em mim, há, que coisa boa... – Kazuma fala sarcasticamente e guardando a caixa de madeira com cuidado em sua mochila já se preparando para se retirar- Bem, as passagens já estão compradas e o avião deve chegar em algumas horas, portanto já vou indo...

– Certo, tenha uma boa viagem- Quando Kazuma ia girando a maçaneta para sair do cômodo Bram Nuada-Re Sophia-Ri o interrompe- Ah! Queria te perguntar mais uma coisa... Por que não aceitou contar com a ajuda de outros magus killers disponíveis?

– Além de eu gostar de trabalhar é pelo simples motivo de que não quero dividir a recompensa em dinheiro com ninguém – Fala Kazuma sorrindo e se despedindo por fim.

TRILHOS DE TREM, ALGUMA PARTE ISOLADA DOS ESTADOS UNIDOS.

Gabriel Dufont estava definitivamente perdido. Pegara um trem clandestinamente, mas acabou sendo descoberto e posto para fora no meio do caminho, agora vagava sozinho, sem comida, sem água, sem dinheiro. Tudo que restará havia ficado no trem, por sorte seu maior tesouro ainda estava guardado na mochila com muito cuidado. Não poderia contar com o apoio da família, afinal havia se tornado um renegado. Gabriel conseguiu herdar a habilidade magica de sua família da magia de analise permitindo assim poder copiar e entender qualquer estrutura ou magia com base na sua mana apenas com sua percepção e aumentando o grau dos seus sentidos.

Foi por isso que roubara Tizona, a lendária espada do cavaleiro espanhol El Cid, do museu de Burgos e conseguiu entender como funcionava a estranha arma que se dizia ter poderes sobrenaturais proveniente do divino. Após isso conseguiu desenvolver uma incrível pesquisa em que se conseguiria provar que tudo podia ser capaz de ser explicado através da ciência e todo tipo de mana, tendo ou não qualquer tipo de interferência, se manifesta da mesma forma. Na teoria deu certo, mas quando tentou controlar uma magia negra antiga com bases em seus dados acabou incinerando uma cidade nem remota na qual se refugiou para não ter complicações, só ele sobreviveu.

Gabriel se sentiu muito amargo depois do ocorrido, mas sua família queria mais poder e influencia e quis que ele continuasse a pesquisa, ele se recusou e acabou em uma discursão em que ele foi obrigado a se retirar para sempre da família. Alguns dias depois da briga um selo de comando apareceu e quando pesquisou mais a afundou descobriu sobre a guerra pelo santo graal. Infelizmente havia deixado Tizona na mansão de sua família e não pode ter acesso a ela para utilizar como catalisador, então reuniu todo dinheiro que pode e conseguiu comprar uma relíquia de um magus killer aposentado amigo seu.

Tratava-se de uma peça de chapéu bem velha, não tinha nada de magico e suas cores vivas que teve algum dia agora estão completamente desbotadas. Aparenta ser da baixa idade média, tendo sido escavado na Suíça, mas possuía cores características da Áustria. Era certeza que o herói dos contos lendários como um dos melhores arqueiros de todos os tempos responderia a convocação, o único ponto fraco é que sua história se tornou famosa de mais, mais com a habilidade do servo que responderia ao chamado era algo altamente aceitável.

Depois que soube e estudou todo o processo da guerra só restava saber em que local seria e a própria torre do relógio havia denunciado o local proibindo quaisquer magos de irem para aquela cidade, era como se a sorte estivesse a favor dele. “Mas, parece que ela acaba de me abandonar” pensou o mago francês suspirando pela situação decadente em que se encontrava agora.

Sentou em uma pedra e pós a suspirar novamente, mas a partir daí sua sorte para ter melhorado novamente, estava a alguns metros do que parecia ser um posto de gasolina e perto dele tinha uma caminhonete, com a caçamba vazia, parado na estrada e enquanto o motorista tentava flertar com a atendente do posto, Gabriel aproveitou e ficou escondido na parte de trás, “Me levando ou não para Crowley pelo menos eu saio daqui e possivelmente rumo a uma área urbana” pensou o garoto enquanto a caminhonete deu a partida e pôs estrada a fora sem ao menos perceber a presença clandestina do novo passageiro.

UMA VILA BEM AFASTADA, MONGOLIA.

Para chegar a aquele lugar remoto, Magi teve que enfrentar várias dificuldades. O sol parecia zombar da sua cara e o solo era muito rochoso, o que dificultava a entrada por meio de cavalos. Teve que passar boa parte do caminho puxando seu cavalo castanho de raça pura, estava com sede e morrendo de fome, o cavalo carregava bastantes suprimentos, mas ele não teria a ousadia de consumir. Mesmo pelo pedido do avô de poder se aproveitar da carga, simplesmente não faria esse ato egoísta.

A Mongólia era um dos países mais pobres do mundo, quando soube que uma vila isolada necessitava imediatamente de mantimentos não hesitou em partir ajudar, até mesmo deixou de lado a necessidade de conseguir um catalisador perfeito para a invocação de seu servo. Aparentemente o vilarejo viva bem perto do rio Onon, mas os níveis da água diminuíram tanto que dificultou a agricultura, a cria de animais e até o próprio consumo da água.

Após finalmente chegar viu as condições miseráveis daquele povoado, muitas pessoas sofrendo de fome, sofrendo de sede, sofrendo de pobreza. Quando perceberam sua presença era como se fossem a primeira vez que viam a luz depois de muito tempo de escuridão. Foi recebido com muito festa, os suprimentos foram distribuídos de maneira igual e agradou a todos, uma verdadeira salvação. Era para isso que Magi vivia, queria ver todo o povo mongol feliz, para isso que ele iria lutar. Ficou lá um tempo ajudando da melhor forma que podia, dando medicamentos, auxiliando em afazeres domésticos, na plantação, etc. Foi chamado para conversar com o líder da vila que evidentemente estava muito agradecido com o rapaz. Conversa vai e conversa vem, até chegar a um ponto crucial para Magi Daichin.

– Sabe jovem, esse rio nunca nos traiu mesmo em épocas de grande secas onde ele praticamente nem existe- Comentou o homem- Nunca duvidamos que ele nos tratar coisas boas, essa é a tradição! Ele é a bençoado...

– Abençoado? Como assim?- Perguntou Magi curioso.

– Sim! Ás margens desse rio que Genghis Khan nasceu e passou a infância- Quando o homem disse aquilo Magi quase se engasgou a própria saliva pela surpresa. O rei dos bravos, imperador mongol, conseguiu formar o maior império da humanidade com cerca de 2,3 vezes o tamanho do Brasil. Esse era o espírito heroico que Magi procurava invocar e agora estava bem perto de algo extremamente ligado ao grande Khan- Duvida? Tenho até uma prova!

Magi não discutiu com o homem, mas continuou seguindo para onde ele se dirigia e bem em uma cabana mais isolada das demais estava exposto em um altar improvisado uma grande pele de lobo cor branca como a lua e que irradiava ainda um enorme poder. Todos os mongóis conseguiriam saber do que se tratava, era o fóssil preservado do lobo que diziam ter a capacidade de devorar todo o mundo que pertenceu ao próprio Genghis Khan. Magi sorriu e se dirigiu ao líder do vilarejo.

– Eu sei que pode ser muita falta de respeito, mas, por favor, solicito isso emprestado um pouquinho... Eu prometo que vou devolver- Magi pede ao chefe. “Se usar eu isso como catalisador... Essa guerra já está garantida...” pensou o jovem.

BOSQUE DE CROWLEY, LUISIANA, ESTADOS UNIDOS.

Os moradores nativos daquela pequena cidade passavam por perto do grande bosque pantanoso do lado da cidade e estranharam a presença de um jovem que aparentemente veio estudar sobre as ervas peculiares daquele local. Willian Aigle era um rapaz de dezenove anos considerado um dos maiores prodígios da torre do relógio considerando seu nível anormal de aptidão para ser um mago mesmo não tendo sequer algum laço sanguíneo com alguém que já praticou alguma vez magia. Desde pequeno foi treinado pela torre até finalmente partir dela.

Odiava a maneira como o tratavam, ele se sentia como uma mera marionete, não se deixaria simplesmente controlado sem mais nem menos, continuaria suas pesquisas magicas sozinho. A torre no fundo nunca se importou com ele mesmo, sempre tentando controlar a sua vida. Quando foi descoberto seu talento foi tirado se sua família biológica a força, passou praticamente todos os seus anos de vida presos na associação magica, sem ter quase nenhum contato com o mundo do lado de fora da torre do relógio. Com sua mente brilhante foi capaz de dominar bem a magia negra, além de desenvolver magias próprias como o circulo de superposição astral que lhe concede a capacidade de poder transferir a prana de um ser vivo para outro.

A torre nunca foi informada de suas incríveis magias, ele nunca confiou nela, provavelmente se descobrissem o tratariam mais como um animal, ignorando cada vez mais para o que queria e desejava. Quando conseguiu fugir da torre do relógio soube que sua família verdadeira sofreu um grande acidente de carro matando a todos menos sua irmã mais nova que ficou em um estado critico. William conseguira salvar transferindo parte de sua energia vital para a garota deixando uma mecha branca em seus longos cabelos de cor castanha, mas ela nunca acordou de seu estado de coma após a operação, deixando o rapaz bem frustrado. Sua pesquisa envolvia exclusivamente a salvação da irmã.

Com as ervas daquela cidade estava tentando desenvolver um aromatizante magico forte o suficiente para despertar as funções cerebrais e logo acordar a irmã. Saiu decepcionado do bosque, não havia conseguido achar a quantidade necessária para a poção e tinha tantos ingredientes para a serem postos. “Será que todo esforço é inútil? Essa poção tem chances ínfimas para dar certo e agora falta tantos ingredientes... A única coisa que posso fazer é completar a pesquisa... Concentre-se Willian, você pode resolver isso... E se eu desistir disso e começar a tentar aprimorar o circulo de superposição astral? Talvez eu consiga fornecer prana suficiente para tira-la do estado de hibernação... Não... Ela já tem mana o suficiente, não está assim para simplesmente poupar energia então por que?” pensou o rapaz mordendo o polegar enquanto refletia uma solução, enquanto tentava compreender aquilo.

Andou mais para fora da zona florestal e sentou-se em um banco em uma tranquila praça. Pegou sua grande mochila onde conseguia botar tudo que necessário nela e pós a pegar alguns rascunhos da sua pesquisa. Suspirou pesadamente, não poderia ficar muito tempo na cidade, alguns dias depois de sua estadia em Crowley, foi mandado um aviso de proibição para quaisquer magos não poderem viajar para aquele local por algum estranho motivo.

Quanto mais demorava na pesquisa maior as chances de ter a cabeça decepada pela torre do relógio e ter fugido de lá não iria facilitar as coisas. Manteve a calma e pós se a ler um livro velho sobre anatomia magica a respeitos de circuitos mágicos, pois, suspeitava que podia se tratar que de alguma maneira a passagem de prana no corpo da irmã esteja obstruída. Folhou algumas vezes até alguns papeis realmente deteriorados e obviamente mais velhos que aquele livro caírem. Eles estavam entre as paginas como se tivesse sido deixados por acidente pelo dono anterior, pegou com cuidado e se pós a ficar surpreso. Os papeis, que estavam em péssimas condições, apresentavam vários rascunhos a respeito da anatomia humana.

Apresentavam até coisas a respeito de circuitos mágicos que foram só descobertas só alguns anos atrás, mas os papei aparentavam falar nitidamente a respeito sobre isso, como se estivesse sidos escritos por alguém muito a frente de seu tempo e até mais a frente que o próprio tempo presente. Analisou eles com cuidado, aparentemente não explicavam nada a respeito do estado da sua irmã, mas mesmo assim eram incríveis. “ Analise isso depois Willian, você tem uma irmã precisando de você, esses papeis nada importam para a pesquisa” pensou falando para si mesmo esfregando as têmporas e voltando a ler o livro cuidadosamente, mas foi interrompido com uma estranha ardência na costa de sua mão direita, depois de sangrar surgiu um estranho estigma que Willian não reconheceu.

– O que... O que diabos é isso...?- Perguntou o rapaz surpreso tentando manter a calma levantando de uma vez do banco- Eu nunca... Eu nunca ouvi falar em uma coisa dessas...

– É por que meu caro- Willian escutou uma voz atrás de si e se deparou com rapaz de origem italiana de cabelos curtos e olhos verdes e que estava vestindo uma estranha roupa medieval amarronzada e possuía uma grande mochila ao estilo de escoteiro- Isso está relacionado a uma coisa fora da própria compreensão humana...

– Quem é você?- Perguntou Willian surpreso, mas de forma serena.

– Sou o servo Ruler, creio que está confuso, mas antes de explicar quero que saiba que uma porta de inúmeras possibilidades acabou de ser aberta para você... – Disse Ruler- Você foi escolhido pelo santo graal... Você acaba de se tornar alguém que mata e morre... Você se tornou um mestre!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, no próximo capitulo já deve sair a invocação dos servos (minha parte favorita) e vou mostrar o restante dos mestres, até mais comentem! Lembre-se falta de comentários o mestre tem tendência a uma morte bem brutal MUAHAHAHA até o/