Evolução- Interativa escrita por dark dame


Capítulo 2
São 1:35 e meu nome é Shauna Craves


Notas iniciais do capítulo

Heyou aos novos e antigos leitores, eu acho que vou postar uma vez por semana, não tem dia certo.
Espero que gostem e quem ainda não apareceu, não se preocupem, eles ainda vão aparecer.
Kissus.



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Grécia —São 1:35, — a garota com longos cabelos negros começou— eu estou em Pireu, Grécia e meu nome é Shauna Craves.

Shauna estava no porão da clínica psiquiátrica na qual seus pais à abandonaram quatro anos antes. Ela estava no andar de cima alguns segundos antes, mas vira alguns objetos desconhecidos vindo em direção ao chão rápido demais para seu gosto. Ela tinha avisado às enfermeiras, mas ninguém acreditou nela, não tinham motivos para tal, Shauna frequentemente tinha alucinações bizarras, mas essa era tão real que saiu correndo para o porão com medo.

—São 1:35, — ela repetiu— eu estou em Pireu, Grécia e meu nome é Shauna Craves.

Ouvira um estrondo muito alto do lado de fora e não conseguia acreditar em si mesma

—São 1:35, — ela repetiu outra vez— eu estou em Pireu, Grécia e meu nome é Shauna Craves.

Suas mãos cobriam o ouvido enquanto ela falava. Sempre que se sentia confusa repetia aquilo, a hora, onde estava e seu nome, assim ela conseguia diferenciar o que era real do que não era, se situar no espaço e se lembrar de quem realmente era.

Shauna calou-se, tentando ouvir qualquer coisa. Nada. Um absoluto silêncio reinava nos andares superiores. Devagar, ela se levantou e seguiu para a escada, a luz do sol à cegou, o que era estranho, ainda estava no porão. Ela subiu e viu o que tinha acontecido, o prédio estava completamente em ruínas, quase nada tinha ficado em pé, aquilo fez ela perder o ar por um segundo. Respirou fundo, o ar queimava suas vias respiratórias e fazia ela sentir como se seu pulmão estivesse em chamas, seus olhos lacrimejavam e sua boca estava tão seca quanto um deserto.

— São 1:37, — ela falou olhando seu relógio— eu estou em Pireu, Grécia e meu nome é Shauna Craves.

Depois de perceber que aquilo era real ela se apressou em pegar o que precisava para sobreviver, tinha que procurar por outras pessoas. Alguns corpos estavam ao seu redor caídos, mas ela estava abalada demais para chorar e nunca tinha conhecido nenhuma daquelas pessoas bem o suficiente para conseguir realizar tal proeza, achou o corpo de alguém que provavelmente estava deixando o lugar e tinha uma mochila, pegou-a para si, tirando tudo de que não precisava, a mochila tinha resistido incrivelmente bem à explosão.

Seguiu para a cozinha, a explosão tinha arrebentado a parede onde ficava a pia e o cano esguichava água, era água da torneira, não devia ter problema de tomá-la. Tomou bastante, até sentir que a boca não estava mais tão seca e depois encheu duas garrafas que encontrou com a água e colocou-as na mochila, também colocou lá toda a comida e aspirina que conseguiu encontrar. Shauna constantemente sentia fortes dores de cabeça.

Ela saiu da clínica destruída e viu que toda a cidade estava assim, tinha que achar outras pessoas, então começou à andar.

***

Damien ouviu um estrondo alto e saiu para ver o que era, deixou seu pequeno esconderijo, uma minúscula caverna no interior de um paredão de pedra, uma rachadura na pedra com a metade do seu tamanho dava acesso à caverna e o pequeno bosque ao redor dela à escondia do mundo.

A cidade estava destruída, o lugar onde nasceu e cresceu e também o lugar de onde fugira. Muitas construções estavam em chamas e as outras desabando. Algumas árvores no entorno do bosque mostravam indícios que logo um incêndio poderia começar, felizmente eram árvores mais isoladas da outras e ele não precisaria se preocupar, pelo menos com isso.

Damien começou à caminhar pela cidade, assim que entrou nela sentiu seus pulmões falharem, o ar estava denso e respira-lo causava um grande incomodo às vias respiratórias do garoto, os pulmões pareciam estar em chamas com a dificuldade que tinha para retirar o oxigênio da atmosfera. Corpos estavam espalhados pelas ruas e as poucas pessoas que haviam sobrevivido estavam à beira da morte e Damien não podia fazer nada, algumas estavam totalmente mutiladas outras não conseguiam respirar, ele próprio estava pouco distante de cair ali sufocado.

Andou o dia inteiro, o sol já descia no horizonte, mesmo assim não conseguiu encontrar ninguém que tenha sobrevivido, ele pegava tudo que achava que poderia precisar nas casas que não estavam muito destruídas ou parecendo condenadas. Seu corpo já tinha começado à se acostumar com o ar que entrava por seus pulmões, mas seus olhos estavam lacrimejando e sua pele estava irritada e ele já estava começando à ficar com sono.

Decidiu ficar por ali mesmo, ia dormir e depois pensar no que iria fazer, entrou na primeira casa aberta, aberta entre aspas, a porta de vidro se quebrou com a explosão. Era um lugar aconchegante, pelo menos devia ser, antes do desastre, agora estava destruída, metade da casa estava enegrecida devido à um incêndio que acontecera antes, a outra metade estava anormalmente normal, janelas quebradas e as cortinas chamuscadas, nada de mais. Era a casa mais bem preservada que encontrara, ele sentia que a qualquer momento iria abrir um quarto e encontrar alguém dormindo tranquilamente como se nada tivesse acontecido. E, como se alguém tivesse lido seus pensamentos, ele abriu a ultima porta do corredor e se viu de frente à um quarto azul, com uma poltrona vermelha em um canto, um mural enorme com prêmios esportivos e uma cama no meio do quarto, nesta dormia tranquila uma garota de cabelos negros e pele morena, seu peito se abaixava e levantava devagar, de acordo com a respiração da mesma.

Damien suspeitou dos próprios olhos e se aproximou cuidadoso da garota, poucos passos depois ele tropeçou em uma mochila caída no chão, a garota se levantou com um pulo da cama e começou à se distanciar o máximo possível, até bater na poltrona e cair sentada. Seus olhos verdes, tão verdes que o garoto poderia jurar que assim que ela os abriu a sala ficou mais clara, estavam tão abertos quanto podiam, mesmo assim a garota parecia estar tentando abri-los mais ainda.

Damien estava parado, não mexera um músculo desde que a garota acordou e continuaria parado por um bom tempo, a garota por outro lado, percebendo que ele não se moveria se pôs à avaliar o ambiente, analisou as paredes, os móveis e até a cadeira onde estava sentada, como se fosse a primeira vez que o via então seus olhos se pousaram sobre o relógio em seu pulso.

— São 7:24, — ela começou baixinho— eu estou em...

E parou. Olhou para o garoto do outro lado da sala buscando uma resposta, mas este ainda não se movia. Encarou ele por cinco minutos, até que os músculos de Damien começaram a reclamar e ele se moveu, devagar, foi deixando a posição em que estava e buscando uma mais confortável, quando terminou a garota ainda o encarava.

— Você é real?— ela perguntou inclinando a cabeça.

— Que eu me lembre sim.— sua voz saiu rouca por falta de uso.

— E onde eu estou?

— Atenas, Grécia.

— Eu sei onde é Atenas. Agora uma ultima coisa, você sabe qual é a distância de Pireu até aqui?

— Acho que uns vinte quilômetros.

— Hmm, — ela falou consigo mesma— vinte quilômetros em seis horas? É eu estou horrível...

— Desculpe interromper, mas, eu sou Damien, qual é seu nome?

— Ah, claro, eu sou Shauna, prazer Damien.


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Notas finais do capítulo

Bye lindos.
Até semana que vem.



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