– Você ouviu, né Stella? Vai ter que arranjar um namorado.

– Nem pensar, Jess! Nunca!

(...)

Mais tarde...

– Mana, nós podemos conversa? – Jess perguntou, entrando no quarto de Stella.

– Que mania de entrar sem bater! O que foi agora? – Jess se sentou ao lado de Stella na cama.

– Custa você namorar pra eu namorar também?

– Custa muito!

– Olha, eu tive uma ideia.

– Ah, céus, que ideia veio dessa sua mente limitada, que só pensa em amor, namoro e blá, blá, blá...

– Por que você é assim, Stella? Tão... Amarga. Antes você era tão alegre.

– Porque eu descobri que a vida não é um conto de fadas. Que as pessoas, quando querem são muito ruins e machucam a gente... –falou e virou o rosto. Uma lágrima insistiu em cair de seus olhos. – Mas, deixa isso pra lá. Diga, qual é sua ideia?

– Então, eu pensei e por que você não arruma um namorado de mentirinha?

– Quem você pensa que eu sou, Jess? Uma palhaça? Nunca! Entendeu? Nunca! –Falou e jogou um travesseiro na Jéssica. – Vai embora, cabecinha de vento! Me deixa sozinha!

– Chata! –Jess mostrou a língua e saiu do quarto, deixando Stella sozinha.

Pensamentos Stella On:

Que raiva! A Jess está certa. Eu era uma pessoa tão feliz, alegre... Até conhecer aquele canalha do Frankie e, me apaixonar por ele, e confiar cegamente nele. Aquele idiota me enganou, disse que me amava. Fez com que eu me entregasse pra ele, pra no dia seguinte, me trair com a vadia da Peyton! Quando eu peguei os dois juntos, chorei tanto... E, resolvi fechar meu coração para o amor e sentimentos bons. Ás vezes eu queria poder voltar no tempo, pra fazer tudo diferente.

Pensamentos Stella Off

No dia seguinte...

Jessica contou tudo para Flack:

– Quer dizer que você só vai poder ficar comigo se a sua irmã arranjar um namorado?

– Exatamente. –ela pegou na mão dele. – Meu pai é do tempo das cavernas, disse que a filha mais velha tem que namorar antes que a mais nova. O problema é que a Stella não quer arranjar um namorado.

– Hum... E se ela arrumar um namorado de mentira? Só pra seu pai saber e consentir nosso namoro?

– Eu já falei disso com ela. E ela disse que não. Pra Stella namorar de novo, só se ela se apaixonar ou sentir uma forte atração pelo cara!

– Eu tive uma ideia, vem comigo! – Don falou e puxou Jess para uma roda de meninos.

– O que vai fazer, Don? - Ela perguntou, preocupada.

– Você já vai saber. –bEle entrou na roda. – Mac, a gente pode conversar um só instante?

– Tá, já vou. – Mac foi até Jess e Flack. – Que foi?

– Eu quero te pedir um favor.

– Fala, Flack.

– Eu preciso que você seduza uma garota.

– Don! –Jess o repreendeu. – Isso é errado.

– É o único jeito, Jess. Continuando, você precisa seduzir essa garota e namora-la.

– Ora, e quem é a menina? É bonita?

– É sim. É a minha irmã.

– A STELLA?

– Sim.

– E o que a minha rica pessoa vai ganhar em troca? Não acham que vou fazer de graça, né? – Jess e Don se entreolharam.

– Bom, a Jess é ótima em atividades, trabalhos, provas... E, nós sabemos que você está a um passo de repetir de ano, então... –Mac deu de ombros.

– É pouco.

– Poxa, Mac, há quanto tempo somos amigos?

– Também não precisa apelar, Flack. Eu aceito! – Don e Jess se olharam sorridentes. – Mas, não pense que será uma missão fácil. Vou ter que ralar pra conquistar a Stella.

– Ah, uma coisa. É só pra você faze-la namorar contigo. Nada de fazer minha irmã se apaixonar de verdade e machucar o coração dela. Entendeu?

– Pode deixar, Jessica.

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Stella estava no refeitório, com Lindsay:

– Amiga, você não pode esquecer o meu aniversário sábado, hem?

– Ai, Linds, eu não to com clima para festas.

– Ah, mas você vai nem que seja arrastada! Onde já se viu? Faltar a festa da sua melhor e única amiga?! Porque vamos falar a verdade, né? Desde que aconteceu aquilo com você e você mudou, só sobrou eu de amiga, já que você trata todo mundo mau e, tem um mau humor daqueles!

– Tá, desculpa, eu vou sim.

– Promete?

– Prometo. –Falou, se levantando e, saindo.

– Aonde você vai?

– Quero ficar um pouco sozinha. Depois eu volto.

(...)

Stella estava nos fundos do pátio da escola, atrás de uma árvore, lendo um livro, até que Mac apareceu e se sentou ao seu lado.

– Oi. – Stella o olhou, surpresa.

– Oi. Como me achou aqui?

– Ah, sei lá, imaginei que estaria aqui.

– Pois pode dar meia volta e sair. Quero ficar sozinha.

– E se eu não for?

– Eu mesma vou.

– Stella, porque você é assim?

– Assim como?

– Fechada. Fria, séria.

– Por que eu quero. Mas, você não tem nada a ver com isso.

– Tenho sim. Você pode achar que não, mas eu me preocupo com você. –Stella riu, zombando dele.

– Ah, tá que eu acredito!!

– Você pode não acreditar, mas é a verdade. – Ela ficou muda. –Sabe, Stella, eu acho que você não é essa megera que tenta parecer.

– Ah, sim senhor psicólogo e, por que acha isso?

– Se fosse tão fria assim, tão sem sentimentos... Não leria Nicholas Parks. – Disse, olhando para o livro dela, que fechou o livro imediatamente. – Você coloca essa armadura para esconder quem você realmente é.

– E quem eu realmente sou? – Perguntou, olhando nos olhos dele. Mac ficou olhando para ela, para os lábios dela, que corou.

– Quem você é de verdade? Uma menina linda, sensível, frágil, que eu não entendo por que resolver se tornar uma pessoa fria e amargurada. –Mac se aproximou dela, seus rostos estavam próximos demais e, seus lábios, há centímetros de se tocarem.