Perdidos escrita por Mariii


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Música: https://www.youtube.com/watch?v=xWZCk_Bj54s



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– Sherlock

Lembra quando eu disse que pensava que estivéssemos mortos e aqui era o inferno? Ainda é possível que tenhamos morrido, mas eu devo ter feito algo louvável para ir parar no paraíso.

Sentir a Molly tocando meu corpo foi mais, muito mais do que eu esperava que fosse. E ter nossos corpos unidos, olhar aqueles incríveis olhos castanhos e ver toda a profundeza do amor que eu sentia sendo refletido por eles foram os momentos mais formidáveis da minha vida. E eu me sentia embriagado porque sabia que outros como esses viriam. Muitos outros.

Finalmente a minha fantasia de ficar na água com Molly sem nenhuma roupa atrapalhando o contrato entre nossos corpos estava sendo realizada em nossa banheira. Acho que eu não tinha comentado antes que isso era uma fantasia minha, mas era. Desde que chegamos aqui e vi Molly naquele vestido transparente. Agora ela estava aqui nos meus braços, nua. Eu via sua pele arrepiar no menor dos meus toques. Como eu gostava disso. Já tinha percebido antes, mas agora eu tinha total liberdade para tocá-la e isso era... Inigualável!

Nós fizemos planos e agora nossa vida em Londres parece ser totalmente plausível. O pouco medo que eu ainda tinha se desfez. Nossa vida juntos seria possível. Eu ansiava por ela agora. Queria voltar para Londres e viver tudo que era possível com Molly.

Depois que jogamos para fora da banheira quase toda a água que existia nós quase não conseguimos nos levantar para sair dela. Eu sentia minhas pernas fracas como se tivesse passado dia fazendo exercícios. Bom, eu tinha, mais ou menos. Molly me daria trabalho a partir de agora. Vida difícil essa minha, não acham?

Nós tomamos banho juntos. Mais um momento memorável. Agradeço a Deus pelas paredes, porque se não fossem elas...

Observo Molly pegar um dos meus pijamas quando estamos nos trocando, mas seguro suas mãos. Lembro-me de tudo que existe dentro daquele closet e acho que já vi meus pijamas o bastante. Ela fica extremamente sexy com minhas roupas, mas... Eu gostaria de vê-la vestindo algumas peças daquelas.

– Escolha o que você quiser.

Meus olhos vão para a parte dela no closet e eu sei que ela entendeu. Eu me retiro e sei que estou prestes a ter algum tipo de ataque cardíaco, porque Molly não vai facilitar para mim. Ela nunca facilita.

Não me preocupo em colocar muitas roupas. Sinceramente, eu sei que vou ter que tirar tudo de novo. E acho que não vou querer perder tempo com as minhas, vou preferir me concentrar nas roupas dela. Encontro o Ipod que tinha trazido comigo da tenda e me dedico a selecionar uma música enquanto aguardo. Estou ansioso.

Eu ainda lidava com o Ipod quando ouvi um barulho às minhas costas. Eu devia ter me preparado melhor. Devia ter avaliado um pouco mais o meu pedido ou deixar para outro dia, quando já estivesse mais acostumado com o corpo dela perto do meu. Se é que algum dia isso iria acontecer.

Eu não estava preparado para encontrá-la da forma que encontrei quando me virei. De que confins do armário ela tinha tirado aquela... Roupa? Porque eu não tenho certeza se posso chamar o que ela está vestindo de roupas. Está mais para algum instrumento de tortura para homens desavisados ou apaixonados, como eu. Meus olhos vão desde aos saltos altíssimos que ela está usando, passando pelas meias pretas que iam até suas coxas e eram ligadas ao espartilho, sim, eu disse espartilho, que ela usava. Uma minúscula calcinha estava por ali, mas eu já pensava em um modo de sumir com ela, então não contava.

É necessário dizer que me corpo reagiu imediatamente? Ela parecia um pouco tímida e isso mexeu ainda mais comigo.

– Isso não é bem uma roupa para dormir, é?

– E quem disse para você que eu quero dormir?

Viu? Eu disse que ela me daria trabalho. Caminhei até ela e beijei de um jeito violento e ela cravou as unhas em minhas costas.

Esqueçam o romantismo anterior. Nós não estávamos românticos agora. Levando em consideração minha urgência em tê-la, parecia que não estávamos juntos faziam dias. Ela mordia meus lábios e isso só estava aumentando a tensão dentro de mim. Eu a apertava. Forte.

Com alguma dificuldade eu arrebentei os dois lados de sua calcinha. Não tiraria o resto de suas roupas, nem o seu sapato. Queria ela assim. Com esses trajes.

Virei-a de costas para mim. E a partir daí o resto da nossa noite foi uma sucessão de momentos prazerosos que deixariam marcas físicas no dia seguinte. Quando finalmente dormimos, ela com minha camisa e eu só com a calça do pijama, o sol já tinha aparecido novamente.

–-- --- ---

Eu acordei na tarde seguinte e rocei meu nariz no pescoço dela. Ouvi ela rir e sabia que estava acordada.

– Estou com fome.

– Eu sei.

Não consigo segurar e gargalho.

– Não é isso, quer dizer, também é isso. Mas se você quiser abusar ainda mais do meu corpo, vai precisar me alimentar com alguma coisa sólida antes.

A luz voltou quase pela manhã, nós fomos até a cozinha antes de dormir e comemos alguma coisa. Mas acho que para repor toda a energia que tinha gasto ia precisar passar o dia me alimentando. Vi ela levantando-se e fez uma careta de dor ao se espreguiçar.

– Algum problema?

– Estou toda dolorida.

Nós rimos. Eu também estava. Pude ver em seu corpo manchas roxas nos braços e pernas, e com certeza existiram manchas também em seu torso. Eu sabia que havia marcas de unhas e mordidas espalhadas pelo meu, pois ainda sentia meu corpo arder. Além das marcas que ainda estavam um pouco visíveis em meus pulsos, resultado de quando ela amarrou minhas mãos e eu quase quebrei a cama para poder tocá-la.

Ela caminhou até o banheiro e parou na porta, olhando para mim.

– Me deixe tomar banho, Sherlock. Nem pense em se aproximar.

Eu fiz o que ela me pedia. Por dois minutos. Então levantei e me juntei ao seu banho.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!!! :D