Perdidos escrita por Mariii


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas!
Mais uma fic iniciada. Vai ser um pouco fantasiosa, é bom deixar claro... hauahauahuahau
E os capítulos serão menores também... ;)



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Molly chegou apressada ao St. Barts. Olhou no relógio e percebeu que estava atrasada. Droga, a noite toda pensando no idiota do Sherlock e quando viu, já era muito tarde. Tinha dormido apenas poucas horas quando o despertador tocou, assustando-a. Parecia que tinha deitado fazia só cinco minutos.

Como ele podia ser tão arrogante e prepotente? Como podia pedir mil favores a ela, inclusive que o ajudasse a fingir a morte, para depois voltar, estragar o relacionamento dela (tudo bem que ele não tinha feito nada para isso e ela terminou porque quis) e agora continuar tratando-a como se nem um dia tivesse passado? E todos aqueles dias que ele passou na casa dela? Sem contar o pior... Ele a expulsou do próprio quarto! Tinha ficado tão, mas tão puta com ele quando isso aconteceu que quase o expulsou de casa. Mas claro que bastou ele olhar com aqueles olhos verdes que ela suspirou e concordou.

Ele era estranho. Ok, isso não é novidade. Mas desde que voltara, Sherlock intercala momentos de... carinho? Com momentos de extrema petulância. Quando ele a agradeceu, de forma tão gentil, e parecendo realmente estar pesaroso por ela estar noiva, ela chegou a ter um pingo de esperança. Claro que isso foi por água abaixo.

Ela já não se sentia tão tímida e travada perto dele. Poxa vida, tinha passado dias morando com ele. Tinha até o estapeado quando ele apareceu drogado no laboratório. Aliás, fora nesse momento que ele percebeu que ela não estava mais noiva. Achava que ele faria algo depois disso, e mais uma vez nada.

Apesar de ter melhorado, ela só tinha escondido, enterrado bem dentro de si tudo que sentia. Seu coração ainda insistia em querer disparar toda vez que o via. Mas, sinceramente, tinha cansado de bancar a idiota. Quem não teria?

Agora tratava-o da mesma maneira que ele a tratava.

Molly andava pelos corredores passando os dedos pelos cabelos. Tinha saído com tanta pressa de casa que nem teve tempo de arrumá-los. Percebeu que tinha acontecido de novo. Estava pensando em Sherlock. Avaliava a possibilidade de fazer terapia quando chegou ao laboratório. E quem estava lá analisando algo no microscópio? Claro que seria seu carma, Sherlock Holmes.

Ele nem sequer levantou os olhos quando ela entrou. Isso já a deixou irritada. Disse um "bom dia" um tanto alto demais e Sherlock respondeu com um grunhido. Hoje o dia seria ótimo!

Ela se ajeitou em sua bancada e começou a trabalhar em um exame com algumas substâncias retiradas de um corpo. Não resistia em dar pequenas espiadas para Sherlock e ele continuava concentrado na tarefa que estava executando. Em uma das vezes que espiou, ela teve o azar dele virar os olhos para ela no exato momento. Sentiu seu rosto ruborizar.

- Você podia pegar água, Molly.

- Não estou com sede, obrigada.

- Mas eu estou.

- Esse é um problema seu e não meu.

Molly não tirou os olhos do relatório que estava preenchendo, mas viu quando ele se levantou indo até o filtro buscar água. Ele voltou e passou por ela deixando ao seu lado, com mais violência que o necessário, um copo de água e fazendo algumas gotas de água voassem. Qual o problema dele em entender que ela não estava com sede? Ergueu os olhos para encará-lo, mas ele já havia se virado e voltado à tarefa.

Molly começou a sentir seu sangue esquentar e agora mal conseguia se concentrar no relatório que redigia. Um tempo se passou na maior santa paz e quando ela começou a se concentrar de novo, Sherlock começou a bater com os dedos na bancada. Ele não sabia por que, mas de uns tempos pra cá adorava irritá-la. Antes fazia isso de forma inconsciente, mas por vezes agora fazia por diversão. Gostava da forma como ela erguia as sobrancelhas e revirava os olhos, e como parecia querer xingá-lo a todo instante. Tinha visto que ela estava espionando-o a todo momento, por isso teve a ideia de pedir um copo de água. Só não sabia por que tinha decidido trazer um para ela. Mas isso não vinha ao caso. De forma proposital ele batia com os dedos por alguns instantes e parava. Via quando os músculos dela ficavam tensos e voltavam a relaxar quando ele parava. Então, ele recomeçava.

Observou Molly ficar cada vez mais nervosa e soltar o ar bruscamente. Então ela bateu as mãos na mesa e se levantou, quase derrubando John quando passou pela porta.

- O que você fez a ela, Sherlock?

- Por que eu tenho que ser o culpado de tudo que acontece por aqui?

Sherlock quase riu com a expressão de incredulidade que John fez.

- Você sabe o que ela sente por você, Sherlock. Como pode agir assim?

- Diversão, John, diversão. E você não precisa fazer essa cara pra mim a toda hora.

- Está se divertindo as custas do que Molly sente por você? É isso que você está me dizendo?

- Talvez. Qual é o problema?

- O problema é que você pode magoá-la de verdade.

- Oras, isso não importa, John. Por que eu deveria me preoc...

Ele estanca ao ver Molly parada à porta do laboratório. Ela parece a ponto de desabar em lágrimas. John leva as mãos ao rosto. Acabaram de fazer uma grande bobagem.

- D... Desculpe atrapalhar. Eu esqueci o relatór... - Ela não conseguiu terminar a frase, uma lágrima começou a escorrer, então ela se virou e saiu correndo.

- Droga, John!

Sherlock correu atrás dela. Não sabia por que estava fazendo isso, mas sentia que não podia deixar as coisas assim.

- Molly, espere, volte aqui!

- Me deixe, Sherlock!

Molly saiu como um furacão pela porta do St. Barts, segundos antes de Sherlock alcançá-la. Ele abriu a porta com violência, ela encontrava-se na calçada aguardando para atravessar a rua.

- Espere aqui, Molly. - Sherlock segurou-a pelo braço, o rosto dela estava manchado por lágrimas.

- Me largue agora, Sherlock. Agora.

- Eu preciso explicar.

- Não, você não precisa.

Com um movimento brusco ela se soltou dele e se lançou para a rua. Ele foi atrás.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Caso isso aconteça, postarei o próximo em breve! ;)