Passado, Presente, Futuro 20 escrita por Ann G, Karllinha


Capítulo 23
22 - Passado


Notas iniciais do capítulo

Esse cap está demasiadamente grande :P
Eu estou eufórica e feliz, por isso postei. xD
Leram o cap 482 de Naruto? GEEEENTE! Finalmente Sasuke e Sakura se reecontraram *-----*
Finalmente! E olha que eu tava sentindo esse reencontro, eu sonhei e talz... E aconteceu. Arrá! Transmissão de mente xD
Gaalerinha, minha cabeça tá doendo para caramba. Amanhã eu respondo todos os reviews tá beleza?
E assim, não colocarei o link do desafio aqui, preguicinha. ueahuaeheauheauhea
Mas eu fiz um desafio e nos outros posts tem o link, participem para me deixar feliz
Agradeço de coração pelos reviews e pelas recomendações.

É só isso mesmo. Espero que curtam.

AHHH! Qualquer dúvida, perguntem =]



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Capítulo 22 - Passado


 


- Está acordada?


 


- Estou... – Sakura murmurou


 


- Bom dia Sakura.


 


- Você é o grandão que estava lutando com a Hinata! – ela se levantou – Onde ela está? Ela está bem? Você...


 


- Acalme-se. Ela está ótima e está na casa de Sasuke. Eu não a machuquei, detesto essas coisas.


 


- Ela está bem... Quem é você?


 


- Meu nome é Juugo. – sorriu – E Madara me mandou vir aqui para lhe contar algumas coisas que está interessada, Sakura.


 


- É bom que alguém nesse lugar me chame de Sakura.


 


- Não a vejo sendo Aleera, não agora. Para mim, você continua como Sakura.


 


- O que Madara mandou você me contar? – olhou-o curiosa


 


- Madara está ocupado. Me siga.


 


- Não irei sair daqui


 


- Não vou lhe fazer mal. Irei te levar para uma sala onde será melhor para contar a história.


 


- Que história? – Sakura perguntou


 


- Sua história.


 


- E porque Madara não está aqui para ele mesmo me contar a tal história? Ele é tão mentiroso assim que é capaz de eu não acreditar nele?


 


- Como eu falei antes, Madara está ocupado, e eu sou o melhor historiador de nossa espécie.


 


- E onde ele está?


 


- Vamos andando? – sorriu, um sorriso ameaçador


 


- Está bem... – Sakura se arrepiou


 


Sakura segue ao lado de Juugo pelo corredor.


 


- Você não respondeu minha pergunta... – murmurou


 


- Ele está em uma audiência do conselho. Algo que não lhe interessa.


 


- E para que serve essa audiência?


 


- Acho que terei que lhe contar tudo mesmo. – Juugo colocou as mãos no bolso – O conselho está se reunindo hoje para decidirem qual vampiro irá obter o lugar provisório de Tsunade. Ela é uma dos vampiros anciões, os que representam nossa realeza.


 


- O que aconteceu com ela para ser substituída?


 


- Há algum tempo atrás, não muito, Tsunade ficou sabendo dos planos de Madara e de Orochimaru. A alienação de Sasuke Uchiha e a destruição de Aleera. – ele entrou em uma sala antiga, rústica. Cheia de livros e pinturas – Tsunade tentou evitar, lutou contra ele e Madara injetou nosso veneno no corpo de Tsunade e isso faz nossa raça ficar, podemos dizer, em um profundo sono. A única coisa que poderá acordá-la é colocar muito sangue em seu corpo. Claro que apenas poucas pessoas dessa fortaleza sabem disso.


 


- Porque está me contando isso? – ela o seguiu – E onde está Tsunade?


 


- Você não vai ser resgatada tão cedo e até isso chegar, Tsunade já irá ter morrido. – se sentou – Sabe de Myuke Hunumi?


 


- Sim. – franziu os lábios – Eu a conheci antes de vir para cá.


 


- Tsunade era como uma mãe para Myuke. Todos os anciões protegem um clã. Tsunade o clã Hunumi, Jiraya o clã Hyuuga e Orochimaru o clã Uchiha. Myuke encontrou Tsunade no chão e a levou para cuidar dela. Poucos sabem que Tsunade foi adormecida por Madara, muitos acreditam que ela foi atacada por lobisomens.


 


- Se Tsunade recobrar a consciência, Madara não poderá ser um dos supremos?


 


- Ele não poderá tomar o controle. Mas ela não irá acordar, Myuke protege bastante Tsunade, só que ainda não descobriu um jeito de salvá-la. Tsunade irá morrer logo, logo.


 


- Morrer?


 


- Se em vinte e cinco anos o corpo de um vampiro não receber sangue para se alimentar, ele vai morrendo e virando pó. Faltam dois meses para Tsunade se deteriorar.


 


- Isso é horrível... – Sakura colocou as mãos no coração e se sentiu triste por Tsunade. Não sabia o porquê, apenas sentiu.


 


- Vamos agora fazer você saber de sua história. Se quiser se sentar...


 


Sakura olhou ao redor da sala e viu tantos quadros, uma enorme estante cheia de livros, um imenso sofá, duas poltronas e uma mesinha.


Ela andou até o sofá e se sentou. Juugo estava sentado na poltrona em frente ao sofá.


 


- De maneira alguma me interrompa. – avisou


 


- Está bem.


 


- Eu conheci sua mãe Sakura. Sophie Keat era extremamente linda. Ela era uma guerreira espetacular, muitas vampiras tinham inveja e muitos vampiros a cobiçavam. Sophie seguia todas as nossas regras, lutou com muitos inimigos e muitas vezes quando perguntavam quem era ela, ela apenas dizia: "A chama que nunca morre, mas ilumina com o passar do tempo". Seu cabelo vermelho escuro, que com a iluminação certa ele acabava ficando mais negro do que rubro, era longo e emoldurava sua forma. Dava destaque a sua pele pálida. Sua mãe sempre era chamada para trabalhos em Konoha e isso fez com que Tsunade a adorasse. Isso fez com que Madara prestasse mais atenção. – Juugo cruzou as mãos – Numa noite Sophie foi caçar, ela sempre utilizava sua beleza. A sua beleza rara é uma arma mortal e ao mesmo tempo, um ponto vulnerável, pois atrai amigos e inimigos com a mesma intensidade. Nessa noite ela não poderia saber que um mortal iria atraí-la. Um simples pintor. O engraçado é que ele não agia como todos os mortais que Sophie matava, ele não mostrou querê-la. Passava noites e mais noites, Sophie sempre ia vê-lo e ele não mostrava mudança. Mas ela não sabia que desde que a conheceu ele nunca mais conseguiu dormir direito novamente. Seu nome era Raphael Lebrun.


 


Raphael vinha de uma família rica. Ele deixou a casa de sua família e foi morar sozinho, decidiu seguir carreira de pintor. Todas as noites ele pintava... Isso despertou a curiosidade de Sophie. Raphael possuía traços lindos. Se não fosse por seu coração batendo Sophie poderia pensar que ele era um vampiro. Ele tinha o cabelo branco amarronzado, não era tão curto. Seus olhos verdes eram de solidão. Ele possuía um corpo bem formado, bem desenhado, na certa, ele fazia exercícios. Após noites que Sophie o observava ela se assustou quando ele falou...


 


- Já faz muitas noites que a vejo aí. – sorriu – O que lhe despertou tanta curiosidade?


 


Ao ouvir sua voz, Sophie levitou. Era um anjo que estava alí, em alguns metros de distância.


 


- Você me vê? – perguntou receosa


 


Raphael a olhou e deu um sorriso torto. Que se ela fosse mortal, teria ficado sem ar. Um sorriso que afasta todas as preocupações, todas as alucinações. Um sorriso que te faz virar humana. Isso é o que está escrito em seu diário.


 


- Quem não veria uma mulher tão linda?


 


A partir desse dia, Sophie sempre se sentava com Raphael e conversavam...


 


- E então, qual o seu nome? – Raphael a olhou


 


- Sophie. Sophie Keat.


 


- É um nome diferente. Exótico. Eu me chamo Raphael Lebrun.


 


- É errado estar aqui. – suspirou – Estou quebrando algumas regras.


 


- Hm... Você então é uma garota malvada.


 


E ele lhe olhou e mais uma vez lhe deu o sorriso que a fazia levitar...


 


- Eu não ligo em quebrar regras. Elas são criadas para serem quebradas. Sempre vivi delas, estou cansado.


 


- É diferente. Suas regras podem ser quebradas e não haverá punições, minhas regras são idiotas. Você não conhece meu mundo.


 


- Entendo... Sabe, eu gostaria de entender como é seu mundo.


 


Um silêncio habitou naquele instante.


O Vento era o único que ousava a quebrar o silêncio da noite, movimentando as folhagens das poucas árvores que havia em volta.
Os dois sentados lado a lado olhavam em direção a lua.


Raphael se encantava em segredo pela beleza de Sophie. Ele olhava a lua que refletia em sua pele pálida.


Sophie estava em total silêncio, seu cabelo tampavam um pouco de seu rosto, deixando apenas a mostra seus lábios e um pedaço de sua pele absolutamente pálida. Um tremor subiu por sua pele isso apenas despertou ainda mais o desejo de conhecer aquela mulher. Aquele tremor era estranho, qual seria a causa?  Talvez pelo frio.
Minutos depois, outro barulho além do vento é iniciado. Um suspiro profundo...


 


- Está com frio? – ele lhe perguntou


 


Sophie o olhou, mostrava confusão em seus olhos.


Ele nunca iria saber, nunca deveria saber que ela não sentia frio, era desprovida de necessidades humanas. Ele nunca deveria saber que ela era um monstro.


 


- Mas ele soube não é? Como ele soube? Minha mã... – Sakura pensou antes de falar, ainda não podia chamá-la de mãe, não a conheceu, como podia? – Quer dizer, Sophie contou a ele?


 


- Você pode chamá-la de mãe, é o que ela é.


 


- Chamar alguém que eu não conheço de mãe é meio estranho. E então? Como ele descobriu?


 


- Você quer antecipar a história. Espere...


 


"Nevava aquela noite. A escuridão prevalecia. Clima perfeito para que vampiros se alimentassem...


 


- Lirit, eu não posso deixá-lo sozinho. – Sophie apressou-se para sair de casa – Principalmente que a temporada de caça foi aberta.


 


- Você sabe que isso é contra as regras Sophie. Você não pode se relacionar com um humano. Se os anciões, o conselho souber... Você vai ser condenada e acabar sendo banida.


 


- É por isso que você não dirá nada a ninguém. – sorriu – Lirit eu sei que é errado, claro que eu sei. Mas eu apenas estou atraída. Não farei nada com ele, eu te prometo irmã.


 


- Não prometa nada a ninguém. Você é minha irmã Sophie, eu nunca condenarei você. Mesmo você não fazendo parte do clã Hunumi você continua sendo minha irmã e eu te protegerei. Só que, acabe logo com isso.


 


- Acabar com algo que nunca ocorreu? Nós apenas conversamos Lirit.


 


- Não se aproxime mais dele após essa noite. – ordenou – Não vou agüentar ver você morrer.


 


x-x-x


 


As mãos de Sophie agora apertavam a neve que estava sobre o banco. Seus olhos estavam paralisados para a figura ali em sua frente, sua boca estava entreaberta, as palavras não queriam sair mais. Ela tinha que dizer adeus a Raphael, mas não conseguia. Era cruel o pedido de sua irmã... Era o certo a fazer.


 


- Algum problema? – ele desviou os olhos de sua tela, onde ele pintava sua obra mais divina. – Você parece que está com problemas. Há algo que eu possa fazer para te ajudar?


 


- Eu...


 


- Você...? – sorriu


 


- Eu não posso mais ficar perto de você Raphael. – Sophie olhou-o friamente


 


- Você não pode?  


 


- Eu não devo. Tenho que proteger você, minha irmã...


 


- Hm... – voltou a pintar – Sabe, acho que você não quer isso de verdade. Você não deve porque tem que seguir as regras. É isso mesmo que você quer Sophie? Eu sei me defender sozinho, não sei do que você deve me proteger.


 


- Não seja idiota. – ela se levantou e o encarou com fúria – Pare de pintar essa idiotice e entenda, eu não devo ficar com você.


 


- Você quer ficar longe de mim? – olhou-a firme. Como ela fica ainda mais linda quando está com raiva.


 


- A questão não é essa...


 


- Responda-me! Sim ou não?


 


- N-não.


 


- O seu querer Sophie, é poder. – ele parou de pintar, se levantou e pegou a tela – Você não quer ficar longe de mim, então não deve. E mesmo se não quisesse, agora é tarde. Eu preciso de você.


 


Sophie arregalou os olhos. Olhou com espanto, olhou-o surpresa e assustada.


 


- O que você está dizendo...?


 


Raphael mostrou a tela pintada para Sophie e a mesma sentiu um temor passar pelo seu corpo. Aquela pintura que a encarava era linda. Era ela, com total certeza. O único erro era que aquele retrato era um anjo e ela não passava de um monstro. Ele apoiou a tela no cavalete e se aproximou dela, até ficar frente a frente. 


 


- Desde a primeira vez que lhe vi eu me apaixonei por você Sophie. Eu sinto que você esconde algo de mim, algo que você acha que impede que nós não possamos ficar juntos. Eu não ligo para o que você esconde. Eu te amo e isso agora é inevitável.


 


- Não. – gritou – Não pode acontecer. – Sophie olhou para o lado e murmurou – Eu tenho que ir.


 


Sophie se virou e começou a andar lentamente. O estranho foi que ela percebeu que tentava andar e não conseguia. Claro... Ele estava a segurando.


 


- Você não tem que ir Sophie. Apenas me diga o que você sente.


 


- Isso é perigoso Raphael. Se aproximar de mim significa morte.


 


- Só me diga o que você sente e aí eu vejo o que posso fazer para evitar a morte. Estando ao seu lado eu não temo.


 


- É óbvio que amo você.


 


- Viu? Não foi tão difícil dizer o que sente e era apenas isso que eu queria escutar.


 


Lentamente Raphael vira Sophie. Face a Face.


Uma mão masculina e quente a segurava. Outra tocava lentamente seu rosto, sua maçãs, seus lábios.


 


- Tão gelada, tão perfeita. – ele se aproximou de seus lábios


 


- Raph...


 


Como se as palavras daquele humano não tivessem causado tanta surpresa para Sophie, ela é surpreendida com um beijo.


Aquilo não deveria acontecer. Ele estava arriscando a vida beijando-a...."


 


- Arriscando a vida? Eu não me vi em perigo com Sasuke.


 


- Para nós vampiros, já é tentador ficar perto de um humano, nós apenas desejamos tomar seu sangue. Não passa nada além desse pensamento, nossos instintos, nossos cérebros só funcionam por base de tomar o sangue humano. É impossível ficar perto de um humano sem que o matemos. Imagine beijar um humano. É difícil se controlar.


 


- Sasuke não me matou. – Sakura sorriu abobalhada


 


- Nós podemos dizer que o amor formado por um vampiro e um humano é muito maior que a vontade de se alimentar dele. Sasuke deve te amar muito para não matá-la.


 


- Acho que Sasuke tem autocontrole forte para não me matar e não matar outras humanas. Ele se divertia bastante com outras mulheres.


 


- Então Sasuke Uchiha é bem poderoso que consegue se auto controlar perto de humanos. – supôs – Tenho certeza que ele não teve problemas com você Sakura. Você simplesmente tem algo no sangue que nos mantém longe.


 


- Como?


 


- Seu sangue tem uma magia antiga que repele qualquer criatura mística que tente se aproximar, se alimentar de você e também o sangue de sua mãe.


 


- Magia? – indagou surpresa


 


- Essa história virá quando eu terminar de contar sobre seus pais.


 


- Ah! Claro. – ela se ajeitou mais confortável no sofá ao perceber que Juugo iria começar a contar a história  


 


“ – Bom dia Sophie. – Raphael murmurou em seu ouvido


 


- Dia? Já é dia?


 


- Sim. Você dormiu e amanheceu. Coisas naturais da natureza.


 


- Droga! – esbravejou irritada. Certeza que Lirit iria brigar com ela.


 


- Vou fazer o café da manhã. Algo especial que você deseja comer?


 


- Eu não estou com fome. E mesmo se tivesse você não poderia me alimentar com comida humana.


 


- Eu não quero que você morra de fome. Depois da noite magnífica que tivemos, não mesmo.


 


- Aquilo foi errado. Eu não posso me relacionar com humanos, é errado.


 


- Não poder se relacionar com humanos Sophie? – olhou-a curioso – O que você quer dizer com isso?


 


- Não é nada. Eu tenho regras que proíbem isso. Não insista, por favor.


 


- Você não vai embora antes de me dizer o porquê. Você hesitava a cada toque que eu fazia, a cada beijo que eu dava você tentava se afastar. Pedia-me minutos para, como você mesma disse, para se controlar. Não entendo.


 


- Você quer respostas demais. – suspirou – E eu não irei embora, não agora.


 


- Não acha que você me deve respostas?


 


- Não acha melhor deixar como está? Para seu próprio bem Raphael.


 


- Sophie, eu já lhe disse que não quero saber dessa história de você me poupar de não sei o que. Eu confio em você e você também confia em mim. Só quero saber o que te impede de se relacionar comigo.


 


- Como você pode deduzir que confio em você? Não deve ter tanta certeza assim...


 


- Você fez amor comigo não foi? Isso mostrou confiança.


 


- Não é verdade... – murmurou


 


- Quem ama confia. E você me ama.


 


Raphael a olhou e lhe deu o sorriso que a fazia arfar.


 


- Você é impossível.


 


- Impossível? – sorriu – E também tenho toda razão.


 


- Eu não posso Raphael...


 


- Eu escolhi ficar ao seu lado meu amor. Não há nada que você esconde que irá me fazer te deixar.


 


- Eu não tenho medo de você me deixar. Isso é algo que você tem que fazer. Eu tenho medo que você morra por minha culpa.


 


- Morrer? – seu corpo se arrepiou. Quando Sophie falava nesses assuntos sempre o deixava com um pé atrás. Parecia que ela conhecia bastante sobre esse assunto.


 


- Humanos são muito vulneráveis.


 


- Essa forma como você nos descreve é engraçada. Até parece que você também não é humana.


 


- Você realmente quer saber? – olhou-o fixo. – Quer mesmo saber o que eu sou?


 


- Sim, eu quero.


 


- E você deve se assustar e fugir de mim, está bem?


 


- Você tem um senso de humor incrível. – ele se sentou na cama


 


- Você verá meu senso de humor...


 


- Claro.


 


- Eu sou uma vampira Raphael. – disse rapidamente


 


- Vampira? – gargalhou – Isso não existe Sophie. Como eu falei anteriormente, seu senso de humor é incrível.


 


- Eu estou falando sério. Eu sou uma vampira. Isso existe. Homens que se transformam em lobos também existem e são nossos inimigos. Bruxas existem também, só que eu só encontrei uma em toda minha existência. Tenho 350 anos e sou uma excelente cumpridora do dever no mundo vampiresco.


 


- Isso não pode ser verdade. – ele lhe olhou perplexo


 


- Minha pele é pálida e gelada. Sabe por que eu tinha todas aquelas reações quando fizemos aquilo?


 


- Medo?


 


- Porque seu sangue é tentador para mim, eu tinha que ter intervalos de tempo para recuperar meu controle e não te matar. Por isso que a regra que lidera no nosso mundo é “não se relacionar com humanos”. Vampiros não conseguem ficar com humanos sem que os matem. A única coisa que te salvou, foi o amor que sinto por você.


 


- Sophie, isso é impossível de acontecer.


 


- Vou te provar que sou real. Que sou uma vampira.


 


- Me provar?


 


- Siga-me.


 


Sophie se levantou da cama e seguiu para a porta da varanda do quarto, Raphael a seguindo.


 


- Vampiros não podem andar na luz do sol. O sol nos frita, nós viramos pó quando andamos pela luz solar.


 


- Viram pó? Claro que sim...


 


- Olhe! – ordenou


 


Sophie abriu a porta e andou lentamente para fora. O sol brilhava fortemente.


 


- Isso é loucura. – ele cruzou os braços e esperou


 


- Exatamente. Loucura.


 


Ela levantou a mão devagar e colocou num feixe de luz que entrava. Lentamente Sophie abria sua mão e colocava seus dedos na luz. Ela respirava rápido.


 


- Isso vai doer. – falou para si mesma


 


Os dedos erguidos ao sol, dedos começando a sair fumaça, os dedos... Queimando.


 


- Está vendo?


 


- Droga Sophie, – ele arfou – tire sua mão daí.


 


Sophie dá um sorriso e puxa sua mão para sombra.


 


- Acredita em mim agora?


 


- Se eu disser que não você vai sair mordendo pessoas para me provar?


 


- É bem provável. – olhou-o com um olhar brincalhão – Você ainda não acredita?


 


- Humanos se queimam no sol, mas isso foi como se fosse carne sendo assada. Venha, vamos cuidar de sua mão.


 


- Não precisa. Te darei mais uma prova de que sou um monstro.


 


- Sophie, não quero que você mate ninguém na minha frente. – avisou


 


- Não será isso. – ela revirou os olhos


 


- Chega desse papo. Deixe-me ver sua mão.


 


Sophie estica seu braço ao alcance de Raphael. Ele pega a mão feminina, olha, olha... Vira a palma para cima e para baixo e não vê nada diferente.


 


- Eu vi sua mão queimando.


 


- Vampiros se curam. Incrível não?


 


- Isso é estranho.”


 


- Sophie falou tudo para ele. Tudo mesmo... – Juugo sorriu – Seu pai Sakura, amou bastante sua mãe. Essas coisas que Sophie contou a ele, o pôs em linha de morte, mas mesmo assim ele não quis se afastar dela.


 


- Ela... Ela quis mesmo que ele fosse embora?


 


- Para salvar a vida dele.


 


“- Raphael você tem que ir embora. – Sophie apareceu na porta da casa de Raphael


 


- E por que devo fazer isso?


 


- Eles descobriram. Eu sempre tive certeza que iriam descobrir. 4 anos é muito tempo para um vampiro ficar junto de um humano sem que o conselho descubra.


 


- Hm... Eu não irei embora. – ele parou de ler e olhou para ela – Não sem você.


 


- Larga de ser teimoso Raphael. Eles irão matá-lo!


 


- Só irei embora com você. Vamos fugir.


 


- Você acha que é brincadeira não é? O conselho está em uma audiência para a decisão... Eu posso lutar contra eles até você estar bem longe daqui, mas a guarda de Konoha tem muitos vampiros mais fortes. Eu não consigo matar todos.


 


- Sophie, eu entendo tudo isso. Eu sabia que um dia isso iria ocorrer, mas eu não tenho medo. Eu já te disse, eu não vou embora sem você.


 


- Eles irão esperar até anoitecer por completo. Então nós dois iremos embora ao entardecer.


 


- Me perdoe por te tirar de perto da sua família. – ele se levantou e andou até ela


 


- Eu não me importo. – Sophie fechou os olhos quando a mão de Raphael lhe fez carinho – Agora, você é minha família.


 


- Fiquei intrigado com uma coisa...


 


- Hm? – ela o olhou


 


- Como você sabia que o conselho estava reunido e que eles souberam? Acho que se a culpa foi sua eles evitariam ao máximo de lhe passar alguma informação.


 


- Eu já lhe disse que existem bruxas. Há uma que eu conheço e sempre vou lá, ela pode ver o futuro, ela sabe de coisas... Não me pergunte como, eu só sei que ela sabe dessas coisas e me ajuda sempre. – sorriu timidamente – Tive que vestir um monte de roupas para driblar o sol, fui pela sombra mas mesmo assim me queimei um pouco. Ainda bem que o sol do amanhecer é fraco.


 


- Você tem certeza que ela sabe realmente dessas coisas?


 


- Tudo que ela já viu, que ela me contou, aconteceu. Ela viu sua chegada na minha vida.


 


- Interessante. – ele beijou a testa feminina – Você se encontrou com ela hoje?


 


- Sim. Bem no fim da noite. Eu a achei muito estranha hoje.


 


- Estranha como?


 


- Estava diferente das outras vezes. Ela disse algo antes de me dar uma coisa para beber. “Isso lhe proporcionará uma nova vida dentro de você”


 


- Realmente não vejo sentido nessa frase.


 


- Por isso ela estava estranha.  


 


- É melhor eu ir arrumar algumas coisas para viagem. – sorriu


 


- Raphael...!


 


- Sim?


 


- Nós podemos nos amar antes? Caso ocorra algo...


 


- Se você pudesse ficar corada, estaria agora. Não irá ocorrer nada e eu não posso lhe recusar um pedido seu, estou com saudades.


 


- Se... Caso ocorra, eu irei te transformar.


 


- É sua obrigação. – ele lhe beijou”


 


- É claro que esta foi à última vez que se amaram. E o que resultou na sua vinda Sakura.


 


- Mas... Vampiras podem ter filhos?


 


- Não.


 


- E como nasci? Como...


 


- Você prestou bem atenção na citação daquela bruxa? – Juugo perguntou


 


- Sim. Mas o que tem a ver?


 


- Aquela bebida que ela deu a Sophie era algo criado para que vampiras pudessem prover vida. Aquilo foi o que fez você se desenvolver dentro de Sophie, Sakura.


 


- Então aquela bruxa sabia que eu deveria nascer e por isso criou aquela poção.


 


- Ela não sabia que você nasceria de Sophie. Ela apenas gostava muito de sua mãe e adorava o modo como Sophie estava apaixonada por seu pai. A bruxa apenas queria que sua mãe tivesse felicidade, tivesse um filho que lhe faria feliz.


 


- Não entendo. Aleera nasceu uma vez antes mim não foi? Foi do mesmo modo?


 


- Digamos que sim. A primeira vez foi uma vampira que possuía poderes, ela tentava meios de engravidar. Conseguiu, só que a criança que nasceu, cresceu descontrolada e quase conseguiu extinguir todo o planeta. Depois de muitos anos, Aleera nasceu para um meio cientifico. Queriam criá-la para que pudesse trazer prosperidade mas a ganância é maior, Aleera quase destruiu nossa raça portanto o nascimento dela é proibido.


 


- E como minha mãe ficou ao saber que estava grávida?


 


- Acho que ela ficou um pouco assustada. Vampiros nunca engravidam e quando ela soube disso... Acho que se ela pudesse se matar, se mataria.


 


- Ela não ficou feliz quando soube que estava grávida? – Sakura perguntou tristemente


 


- Sua mãe estava em uma época não muito boa.


 


- Como assim?


 


- Acho que sua mãe e seu pai conseguiram ficar escondidos durante uns 2 dias. Um grupo comandado por Madara achou-os e matou Raphael.


 


“- Espere Madara. – Sophie tentava se libertar dos braços de um vampiro – Por favor, nós podemos transformá-lo. Não o mate.


 


- Impossível Sophie. Você descumpriu as regras, seu castigo será a morte desse mortal.


 


- Não faça isso... Podemos ver outra coisa, eu posso ficar presa durante mil anos, posso ficar sem beber sangue durante uma semana, posso andar no sol... Só por favor, não o mate.


 


- Se eu o matar seu sofrimento será maior. – Madara a olhou seriamente – Verá a culpa lhe consumir. Portanto irei matá-lo.


 


- Raphael...


 


- A culpa foi toda sua Sophie. Poderia tê-lo transformado enquanto tinha tempo. Pouparia-nos disso tudo.


 


- Não se preocupe Sophie. – Raphael sorriu – Eu ficarei bem.


 


- Não vai... Droga Raphael, você está na beira da morte e ainda diz que vai ficar bem?


 


- Nós ficaremos juntos para sempre não é? Portanto estou bem.


 


- Lindo. – Madara bateu palmas – Realmente muito comovente. Se você pudesse chorar Sophie, estaria chorando não é?


 


- Cale-se. – ela o olhou com os olhos fulminando em raiva. Estavam vermelhos, as presas estavam a mostra.


 


- Chega de embromação. Estou com sede. O matemos logo e iremos embora.


 


- Eu te amo Sophie. Além da morte, por toda a eternidade.


 


Madara olhou friamente para Sophie com um sorriso branco no rosto. Levantou sua mão esquerda e fincou no peito esquerdo de Raphael. Ele podia sentir o coração pulsando, a sede aumentando... O sofrimento alheio lhe atingindo. Mas isso não importava para Madara, só o deixava ainda mais satisfeito.


 


- Terrivelmente sedento... – sorriu


 


Ele levantou Raphael e mordeu-lhe o pescoço...


 


- NÃO! RAPHAEL... – Sophie gritava


 


Com a sede controlada Madara puxou sua mão para fora do corpo de Raphael com o coração ainda pulsando.


 


- Agora entendo o porquê de você nunca querer mordê-lo. O sangue dele é terrivelmente horrível.


 


- Por quê? Por quê? ME DIGA!! – gritou – Eu poderia tê-lo transformado. Não iria contra as regras... Não entendo o porquê de suas ações Madara. Tsunade e Jiraya me apoiariam...


 


- O conselho com certeza lhe apoiaria. Eu não podia deixar você e esse humano patético viverem felizes para o resto da eternidade. Eu o invejava. Eu o odiava. Merecia a morte...


 


- O invejava?


 


- O único que conquistou seu coração. Enquanto eu que sempre a amei nunca obtive atenção. Entenda Sophie, eu fiz isso para o seu bem. Você deve ficar com sua espécie.


 


- Você fez isso para o meu bem? Você fez isso porque me ama? VOCÊ É UM CRETINO. Escutou bem? Nunca vou ser sua, NUNCA! Eu te odeio e irei te matar Uchiha Madara.


 


- Veremos... – Madara olhou para o vampiro que a segurava e ordenou para que a soltasse – Vamos embora. Se quiser ficar aqui e saborear o resto, aproveite princesa Sophie.


 


Madara e seus servos foram embora. Sophie se ajoelhou perto do corpo de Raphael...


 


- Me perdoe meu amor. Me perdoe... Eu te amarei para sempre!


 


Sophie o levou e o enterrou abaixo de uma cerejeira que Raphael sempre a levava. Lá, as estrelas ficavam ainda mais brilhantes.


 


- Uma crueldade que fizeram com você Sophie.


 


- O que você faz aqui bruxa? – Sophie a olhou com os olhos rubros


 


- Eu sabia que iria ocorrer isso. Vim lhe avisar sobre uma coisa.


 


- Você sabia que Raphael iria morrer? – perguntou sussurrando – Porque não me contou? Eu poderia ter impedido. Poderia tê-lo transformado.


 


- A história não é assim. Eu não podia avisá-la. Tinha que acontecer isso.


 


- O que? Que loucura é essa que você está me dizendo?


 


- Você Sophie, está gerando a destruição ou a salvação de sua raça.


 


- Gerando? Vampiros não geram nada somente destroem.


 


- Conhece a lenda de Aleera? – a bruxa se aproximou de Sophie – Ela só nasce após a união amorosa de um humano com uma vampira e com a magia certa.


 


- Lendas... Isso são apenas lendas.


 


- Aquilo que lhe dei para beber lhe proporcionará o nascimento de Aleera. Você tem um dever em suas mãos Sophie. Deve gerar a criança e não deve deixar o mal a dominar.


 


- Impossível. – se levantou rapidamente e colocou as mãos no ventre – Eu não posso estar esperando um filho.


 


- Mas está...”


 


- Bruxas realmente existiram... – Sakura olhou para Juugo


 


- Sim. Muitas escaparam da caça as bruxas. Fugiram da França, da Itália, da Inglaterra e vieram se aglomerar na Nova Inglaterra.


 


- Eu sou a união de poder...?


 


- União entre uma vampira e um humano, um grande amor entre os dois e é claro magia. – ele se levantou e se dirigiu a um quadro – Ninguém sabe como a magia se originou. Os que a dominam sempre foram caçados. Madara punia todos que encontrava, ele não permitia o nascimento de Aleera.


 


- Não entendo. Ele não permitia o nascimento, mas agora deseja o poder.


 


- Acho que agora ele vê benefícios. Antes ele acreditava que Aleera traria destruição para nossa raça. Mas agora sabendo que Aleera pode ser controlada para a destruição dos humanos, ele deseja o poder. – virou-se para encará-la – Mas também acho que não é apenas isso.


 


- Há mais?


 


- Madara nunca superou a morte de Sophie. E você Sakura se parece bastante com ela. Creio que ele a veja como Sophie.


 


- Como? – Sakura arregalou os olhos – ECA, ECA, ECA. De jeito nenhum...


 


- Apenas uma teoria. – sorriu – Ainda quer saber o resto da história?


 


- Claro.


 


- Sua mãe acreditou que estava grávida. Ela só acreditou após ter sentido um movimento dentro dela. Ela só se alimentava um dia a cada semana, mas com a gravidez, Sophie passou a se alimentar três dias a cada semana. Ela manteve isso em segredo. Voltou para Konoha e retornou ao clã Hunumi e não saia de sua casa. Apenas para se alimentar. Tsunade ficou seriamente preocupada...


 


“- Lirit deixe-me falar com Sophie. – Tsunade se dirigiu ríspida a vampira ao seu lado


 


- Tsunade sama, Sophie não quer falar com ninguém. Ela ainda está sofrendo.


 


- Duas semanas se passaram depois daquilo. Já é hora de seguir em frente. Eu necessito falar com Sophie. Não desobedeça as ordens do conselho Lirit.


 


- Está bem. – Lirit deu um suspiro cansado


 


Lirit seguiu para o quarto de Sophie seguida por Tsunade.


 


- Sophie! Eu posso entrar?


 


- Não entre Lirit. – murmurou ofegante – BLERRGH


 


- Isso... – Tsunade se aproximou rapidamente da porta e encarou assustada a maçaneta – - O que foi esse barulho? Sophie abra essa porta AGORA! – ordenou


 


- Não se metam.


 


- Sophie que barulho foi aquele? – a irmã de Sophie perguntou preocupada


 


- Arrombe essa porta Lirit.


 


- O que? Eu não posso fazer isso. Ela é minha irmã.


 


- Por ser sua irmã você deve fazer isso. Arrombe!


 


Lirit suspirou e deu um soco na porta. A porta se destruiu em vários pedacinhos. Sophie estava sentada na cama, mais pálida do que o normal, com os olhos assustados, a barriga um pouco mais cheinha? Isso foi o que Tsunade pensou.


Ela olhou para Sophie que estava ofegante, suada, com os longos cabelos colados em seu rosto... Suas mãos, algo que Tsunade notou, foram às mãos de Sophie em forma protetora em seu ventre.


 


- Sophie... – Tsunade se aproximou – O que você fez?


 


- O que ela fez? Como assim Tsunade sama? O que está acontecendo?


 


- Lirit, eu quero que você vá chamar Jiraya e Angelique.


 


- NÃO! – Sophie gritou


 


- Vá Lirit!


 


- Sim. – ela concordou


 


Lirit olhou assustada para a irmã. Acenou rapidamente com a cabeça e correu para achar aqueles que Tsunade havia mandando-a trazer.


 


- Sophie... – Tsunade tirou os fios de cabelo que estavam grudados em sua face


 


- Tsunade sama, eu...


 


- Como ocorreu isso? Isso é impossível.


 


- Como você sabe? – Sophie perguntou


 


- Eu ouvi você vomitar. Vampiros não vomitam. Depois quando entrei no quarto era só terminar de matar a charada. Sophie, explique-me.


 


- Eu não sabia de nada Tsunade sama. Aquela mulher, ela me enganou. Me deu uma bebida e eu de inocente a bebi. Tsunade acredite em mim.


 


- Que mulher Sophie? – a anciã tentou acalmá-la


 


- Uma bruxa. Na noite em que Raphael morreu, ela apareceu e me contou. Depois desapareceu, tentei encontrá-la, queria saber de um modo para impedir o nascimento dessa criança.


 


- Porque você não me contou?


 


- Eu tive medo... Quando não encontrei a mulher, eu tentei de todos os modos matar essa criança. Tentativas fracassadas. – sorriu cinicamente – Mas, quando eu notei minha barriga crescer um pouco, eu me senti humana. Eu já amo essa criança Tsunade sama. E eu não quero perdê-la. Por isso não contei.


 


- Nunca pensei que isso um dia iria ocorrer novamente.


 


- Essa criança, será Aleera?

- É bem provável. Para a magia de Aleera não consiga se manifestar, quando essa criança nascer...


 


- NÃO! – Sophie se afastou de Tsunade bruscamente – Não deixarei matá-la.


 


- Lógico que não. – sorriu – Essa criança nascerá. Mas para impedir o poder de Aleera ela usará um amuleto que mantém o poder lacrado. Sophie, não deverá contar a ninguém sobre essa criança.


 


- Tsunade! O que houve? – uma mulher loira igualmente pálida apareceu na porta


 


- Angelique... – Tsunade olhou para Lirit que aparecia na porta – Onde está Jiraya?


 


- Eu não o encontrei. Ele deve estar caçando.


 


- Lirit se retire. E mantenha segredo sobre o que ocorreu aqui.


 


- Eu não sei o que está ocorrendo... Mas manterei segredo.


 


- Tsunade? O que está havendo? – Angelique se aproximou das duas – Sophie... Você está bem?


 


- Sophie está grávida.


 


- Grávida?


 


- Magia. Ainda existem bruxas em Konoha.


 


- Devemos destruir essa criança... – Angelique falou


 


Sophie ao ouvir essas palavras se contorceu...


 


- Não. Ela irá nascer e iremos criá-la para o bem. Não representará perigo. Angelique, devemos colocar o selo quando essa criança nascer.


 


- Claro. Isso ficará em total sigilo. Mandarei guardas ficarem alertas a qualquer ataque a minha casa. Sophie, você irá morar comigo. Te protegerei.


 


- Eu não posso aceitar isso... Não há perigo. – Sophie sorriu enquanto acariciava a barriga – É apenas um bebê.


 


- Madara e Orochimaru ainda não sabem. Aliás, todos os outros vampiros do conselho não sabem. Quando souberem, você e essa criança morrem Sophie. Algo incrível é ainda existir bruxas aqui. Madara mandou caçar todas... – Angelique olhou para fora – E bem embaixo do nariz dele não consegue ver. Estúpido.


 


- Iremos te proteger Sophie. E como provavelmente seu filho será uma menina, já escolheu um nome?


 


- Sakura. – sorriu – O nome dela será Sakura.


 


- Um lindo nome.


 


Passaram dias... Sophie estava com uma barriga enorme. Era a hora...


 


- Sophie escute-me. Não tem como tirar essa criança de dentro a não ser perfurando sua carne com nossos dentes. – Tsunade falava seriamente – E você sabe que nossa espécie, se nós mordemos outro de nossa mesma espécie, nós sentimos, é doloroso. Eu peço que você não faça barulho...


 


- Está bem Tsunade sama. Faça.


 


Tsunade mordeu a barriga de Sophie em quatro pontos. Conseguiu abrir e por fim tirou Sakura lá de dentro.


 


- Realmente, muito linda. Se parece com você Sophie.


 


- Me dê... – murmurou – Eu quero segura-la.


 


- Como está sua sede? – Angelique perguntou


 


- Não irei machucá-la. Não tem como machucar um anjo.


 


Tsunade e Angelique se olharam e deram um sorriso. Tsunade limpou Sakura e lhe entregou a Sophie.


 


- Olá Sakura. Sou eu, sua mãe.


 


- Sophie, devemos levá-la para selar a magia de Aleera.


 


- Mas... – Sophie apertou a criança ainda mais perto do corpo


 


- Olhos verdes como esmeralda... – a anciã comentou


 


- Olhos de Raphael.


 


Alguns dias se passaram... Sophie e Sakura viviam em completa harmonia. Escondidas. Sempre escondidas.


Uma mãe que fazia de tudo para proteger seu bebê.


Uma noite, Sakura estava brincando com sua mãe, Angelique e Tsunade, com um simples descuido, Sakura acabou furando seu dedo. Um choro estarrecedor cresceu por sua garganta.


 


- Sakura, Sakura... Shii. – Sophie tentava acalmá-la – Não chora...


 


- Tsunade... Está escutando?


 


- Sentiram o cheiro de sangue? Ouviram o choro?


 


- Impossível. Esse sangue está me repelindo. Não tem como e acho que não deu tempo de algum barulho vazar.


 


- Alguém os avisou. – Tsunade se levantou – Devemos tirar Sakura daqui.


 


- Irei atrasá-los...


 


- O que está acontecendo? – Sophie perguntou


 


- Vampiros... Alguém sabia disso tudo e contou. Bem provável que estão vindo para matar você e Sakura. Sophie, vá embora daqui. Perto do rio há uma casa com uma humana dentro dela. Ela é de total confiança e irá lhe ajudar.


 


- Tsunade sama, eu irei defender minha filha. Por favor, leve-a para um local seguro. Eu sei matar vampiros melhor que você. Quando acabar, eu a encontrarei.


 


- Sophie...


 


- Faça isso, por favor Tsunade.


 


Tsunade concordou. Sophie deu um grande abraço em Sakura e a entregou para Tsunade. A mesma correu com Sakura em seus braços.


Vampiros se aglomeraram na frente de Sophie. Angelique se juntou a ela.


 


- Estranho você estar aqui. – Angelique sorriu para a parceira


 


- Sei matar esses inúteis melhor que ninguém.


 


- Sophie, vamos brincar.


 


As duas em um movimento rápido avançaram e atacaram os vampiros... 1 caiu 2 caíram, 3, 4, 5 e assim por diante... Até notarem que havia só pó no chão e nada em pé.


 


- Fácil. – Sophie bateu as mãos com Angelique


 


- Eu não diria isso...


 


- Madara.


 


- Foi um erro estar aqui Angelique. Minha inimiga, minha rival. – Madara cruzou os braços – Sinto lhe informar, mas você morrerá hoje à noite. Exatamente agora.


 


- Está a fim de lutar Uchiha? – Angelique olhou mortalmente para ele, seus olhos tomaram uma cor rubra extremamente forte e seus caninos ficaram a mostra


 


- Não. Mas eles estão.


 


Sophie e Angelique arregalaram os olhos ao verem o que estava em frente. Seus maiores inimigos estavam sendo domesticados por vampiros? Lobisomens em casa de vampiros?


 


- Eu quis te dar uma nova chance Sophie. Mas ao saber que você estava gerando Aleera em seu ventre me fez te odiar. Traidora.


 


- Cale-se estúpido. – Sophie ordenou


 


- Soltem-os. – o Uchiha sorriu friamente para as vampiras a sua frente


 


Sorridentes, os capangas de Madara soltaram as correntes e os lobos pularam encima das duas vampiras. Após alguns minutos de luta, as vampiras derrotadas, mas ainda vivas, Madara matou os lobos e pegou Angelique.


 


- O que você está fazendo? – Angelique perguntou ofegante


 


- Machucados feitos por lobisomens demoram para curar não é?


 


- Desgraçado.


 


- Vamos. Eu irei sumir com você e terei tempo de ir atrás de Tsunade. Vocês terminem o serviço. Sophie ainda está viva.


 


- So-phie. – a líder do clã olhou para a amiga deitada imóvel no chão


 


Sophie deitada no chão, dilacerada. Ensangüentada. Olhou para Angelique e sorriu. Após isso, fechou os olhos. Finalmente ela pensou, finalmente poderei dormir eternamente e encontrar você meu amor.


 


Madara levou Angelique para um lugar distante. Um lugar que quando amanhecesse era iluminado pelo sol...


 


- O que? O-que vo-cê irá fa-zer?


 


- Você ira observar o nascer do sol. – Madara sorria enquanto amarrava Angelique em uma árvore


 


- Es-tá lou-co? MORREREI.


 


- Exatamente. Amarrarei você aqui e como ferimentos de lobisomens demoram para curar, você ficará amarrada aqui até o amanhecer... Bons sonhos, doce Angelique.


 


- DESGRAÇADO.


 


Madara sorriu vitorioso e partiu para a direção onde sentiu o cheiro de Tsunade.


Ao chegar à casinha ele encontrou Tsunade com as mãos ensangüentadas e com a expressão triste, com um corpinho espedaçado em sua frente.


 


- Tsunade.


 


Tsunade o olhou e virou novamente seu rosto para o corpo em sua frente.


 


- O que aconteceu? – ele perguntou


 


- Aleera era perigosa. Utilizou seu poder em mim. Tive que matá-la.


 


- Está louca Tsunade? – gritou – Você não deveria ter feito isso


 


- Essa criança iria nos trazer destruição. Eu não iria deixá-la viver. Como você ficou sabendo sobre essa criança?


 


- Lirit sempre me obedeceu. Sabe Tsunade, essa criança iria nos salvar. Iria salvar o mundo podre... Eu iria ser o conselheiro dela, iria fazê-la virar uma arma contra os que me desprezam. Eu iria varrer o mundo de gente podre.


 


- Você é doente Madara. – Tsunade olhou-o – DOENTE.


 


- Isso foi um erro. Eu estava esperando Sasuke treinar mais para matar todos os velhos do conselho. Mas você está sozinha aqui, não conseguirei matá-la, mas farei você dormir eternamente e com o tempo você irá deteriorar.


 


- Não ocorrerá isso.


 


 - Veremos... – sorriu


 


Uma luta começou. Tsunade sempre muito forte tentava dar golpes certeiros em Madara, mas ele era muito habilidoso e sempre se esquivava...


Até que Madara a mordeu e injetou o veneno dos vampiros em seu organismo.


 


- Acabou. – Madara murmurou em seu ouvido


 


- O que você fez?


 


- Nada de tão surpreendente. Você apenas dormirá tranquilamente por toda eternidade Tsunade Hime. Agora eu irei ver o estrago que ocorreu em Konoha e dizer que está tudo um lixo e que a direção deve começar a mudar.


 


- Dro-gg....


 


Os últimos suspiros foram dados, as últimas palavras foram ditas. Tsunade caiu e seu império estava corrupto.


 


- Tsunade sama... – Myuke apareceu perante sua conselheira, após Madara ter desaparecido”


 


- Mas se Tsunade matou aquela criança, como estou aqui? Está vendo idiota, eu não sou Aleera.


 


- Parece que Tsunade enganou Madara. Esperta... Como ela fez nunca iremos saber...


 


- Isso é extremamente confuso. – Sakura bufou – Eu tenho curiosidade para saber como é essa tal de Angelique.


 


- Criadora do clã Hunumi. Extremamente linda. Possuía um cabelo curto da altura do queixo, loiro... Refletia como um sol. Tinha um corpo bastante perfeito. Olhe um retrato e veja por si mesma.


 


Sakura olhou a foto e ficou impressionada. Uma certa inveja passou por seus olhos...


 


- Acho que não gostei de ver essa foto. – franziu os lábios – Eu ainda não consigo entender a parte de Sasuke.


 


- Sasuke tem um lado obscuro. Que quando ele fica com muita raiva esse lado se liberta. É extremamente forte. Isso é o único meio de matar os anciões. Sasuke traz a destruição você traz prosperidade, traz a cura. – ele se dirigiu para a porta – Agora já é tarde. É hora de te levar para dormir.



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Notas finais do capítulo

Enjoy, reviews e recomendações ~