Amor Eterno escrita por TAYAH


Capítulo 4
Primeira vista - Emma


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu escrevi esse capítulo com tanta felicidade, que se vocês não gostarem eu vou chorar sangue - drama.

Beeeem, eu to apaixonada pelas minhas ideia futuras, e espero com todo meu amor, eu vocês vibrem felizes como eu.

Vamos ao que interessa, e não deixem de me falarem o que acham, e nem de me contarem suas especulação.

Boa leitura!



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Eu literalmente passei toda a manha pensando na florista. Até mesmo com um monte de trabalho para fazer e problemas para resolver, eu não conseguia parar e de pensar nela um segundo se quer. Cheguei a derramar o café, e perdi até a conta de quantas vezes esbarrei nos móveis da delegacia.

Eu queria ter levado Henry na floricultura, e ter ficado o tempo todo lá com eles. Mas o horário não bateu e quem o levou foi a Zelena, que por sinal tinha me dito que ficaria até tarde resolvendo mil problemas na prefeitura. Problemas bem estranhos, já que ela nunca trabalhava nos finais de semana.

Olhando para o relógio de um em um minuto finalmente meu celular tocou. Era a minha ligação mais esperada do dia.

— Mãe? – Henry falou descontraído do outro lado da linha. – Eu disse que iria te ligar para vir me buscar, mas não vai precisar... – Meu coração se apertou com aquela notícia, eu queria muito ver a Srta. Mills. – É que eu chamei a Regina para almoçar no Granny’s comigo, ai de lá eu vou andando para delegacia.

— Poxa filho, eu também estava pensando em almoçar com você... – Eu reclamei em um impulso querendo que ele me chamasse para comer com eles.

— Mas a gente come junto todos os dias mãe... – Henry não entendeu o meu recado. – O que? Calma ai mãe, Regina está falando comigo. – Eu não consegui entender o que falaram apenas ouvi suas vozes ao fundo. – Então mãe, não precisa mais chorar de saudades minhas, encontre a gente no Granny’s em quinze minutos.

Fiquei sem respirar por alguns segundos ainda com o celular em mãos. Era apena um almoço, mas meu coração a qualquer momento sairia por minha boca. Inacreditável o que aquela mulher estava me causando, e o mais estranho era a saudade absurda que eu sentia a todo momento, como se eu já tivesse tido um vida feliz ao lado dela.

Sai as pressas da delegacia e como fui a primeira a chegar corri para o banheiro, queria checar se estava apresentável para a Srta. Mills. Após me arrumar na frente do espelho, eu contei até dez tentando me acalmar, aquilo não estava normal, aqueles sentimentos e pensamentos iam me enlouquecer a qualquer momento.

Assim que voltei me sentando a uma mesa vazia, a porta se abriu e mesmo sem olhar para trás, eu pude ouvir a voz de Henry tagarelar com Regina.

— Chegou antes de nós? – Henry perguntou surpreso.

— É... Acabei de sentar. – Eu me levantei sem saber como agir.

— Boa tarde, Xerife. – Regina me cumprimentou com um sorriso tímido.

— Boa tarde. – Eu respondi do mesmo jeito que ela ao desviar o olhar para a mesa que estava. – Sentem-se – eu me sentei em seguida.

Henry se sentou ao meu lado, enquanto Regina a nossa frente. Aqueles primeiros minutos foram bem constrangedores. As trocas de olhares tímidas e o receio de falar algo errado. No mesmo instante que eu queria dizer mil coisas para ela, eu não tinha nada de útil para comentar. Aquela confusão constante dentro de mim era de enlouquecer qualquer pessoa, eu tinha era que tomar uma decisão, ou eu me entregava as vozes gritando dentro de mim ou eu dizia adeus a elas e a Regina. Mas só de pensar em nunca mais falar ou ver aquela pessoa que tinha acabado de entrar na minha vida, eu sentia dor, dor em todas as partes do meu corpo, como se um caminhão tivesse me atropelado na noite anterior.

Depois de fazer os pedidos e das coisas começarem a ser mais naturais, tanto da minha parte quanto da dela. A conversa começou a fluir entre nós, fazendo com que Henry parasse um pouco de tagarelar sozinho sobre coisas aleatórias.

— Eu não sei, acho que acredito no destino. – Regina comentou depois do meu discurso sobre acreditar na ciência.

— É que eu sou meio... – Eu não soube que palavra usar.

— Chata, e só acredita naquilo que vê! – Henry falou com deboche.

— Sua mãe não é chata, ela é normal... A maioria das pessoas são assim, só acreditam naquilo que se pode ver e tocar. – Regina era tão paciente com ele.

— Então você está do lado dela? – Henry Protestou.

— Não, claro que não. Se eu fosse escolher um lado, acho que seria o seu nesse momento. – Ela sorriu com carinho.

— Então acredita que possa existir magia? – Os olhos dele brilhavam.

— Bem... Por que não? Eu vejo as flores mais lindas nascerem de pequenas sementes sem graça, se isso não é magia é algo bem parecido.

— Não, isso é ciência! É biológico, natural. Não existe nada mágico nisso. – Eu a corrigir com toda a certeza do mundo.

— Não seja tão cética Xerife. A magia é algo que vai muito além da natureza. – Srta.Mills revezava o olhar entre eu e Henry. – Deixe de ser tão cabeça dura e abre essa sua mente para o mundo das coisas que não se pode ver, mas apenas imaginar e sentir. – Sentir era a única coisa que eu não queria naquele momento, porque se eu deixasse as emoções falarem mais alto, acho que faria uma loucura. – Nunca lhe ocorreu de coisa estranhas surgirem na sua vida, e não conseguir explicar de maneira cientifica? Como aquela sensação de amor a primeira vista, ou sonhos com pessoas que ainda não conhecia, até mesmo conhecer alguém e parecer que já tiveram uma vida inteira juntos... Isso nunca aconteceu com você Swan?

Eu fiquei calada por alguns segundos, era como se ela tivesse me descrevendo, como se soubesse o que eu estava passando naquele momento. Confesso que me senti invadida, mas não de maneira ruim, e sim de um jeito gostoso que me fez ter vontade de tê-las em meus braços me desvendando ainda mais.

— Não sei, talvez. – Minha voz saiu mais baixa do que o normal, o que a fez me olhar de um jeito único e sexy.

— Então como que você me explica esses eventos? Ciência também? – Seu ar de superior era tão galanteador.

— Tem que ter uma explicação. – Eu não queria perder.

— Claro que tem. Se chama magia, destino, algo que vai além dessa sua visão fechada sobre o mundo.

— Cada vez eu gosto mais de você Regina! – Henry comentou feliz ao beber um gole do seu suco de uva, o que fez com que ela sorrisse com amor nos olhos, era lindo o jeito que ela o olhava.

— Só porque ela concorda com vo... – Não consegui terminar minha frase ao ver todo o liquido do copo de Henry se derramar em cima de Regina, a fazendo se levantar com pressa, mas já era tarde, a blusa e até parte da calça tinham sido atingidos pelo suco.

— Opa – Meu filho ainda estava paralisado por não ter conseguido segurar o copo a tempo.

— Henry, olhe só o que você fez! – Eu gritei com ele, também envergonhada pelo desastre que meu filho havia causando.

— Não se preocupe... E-eu já volto. – Regina falou parecendo irritada indo em direção ao banheiro.

— Escapou da minha mão... – Henry comentou com o olhar triste, já esperando que eu brigasse ainda mais com ele.

— Fica ai, vou ver o que posso fazer para ajuda-la.

Eu me levantei brava com o acidente e fui as pressas para o banheiro. Estava tudo indo tão bem, Henry tinha que estragar as coisas.

— Srta. Mills me desculpe... – Eu perdi as palavras ao vê-la só de sutiã lavando sua camisa na pia do banheiro.

— Não tem problema, essas coisas acontecem. – Ela mantinha os olhos no que estava fazendo.

— É... tem uma lavanderia na parte de trás do Granny’s. – Eu não queria encara-la mas estava difícil manter meu olhos longe se suas costas seminuas.

— Tem? – Ela se virou para mim me fazendo olhar para o lado rapidamente. – Ah é, tem sim... Tinha me esquecido eu acho. – Ela pareci confusa com aquela informação. – Bem, então vou colocar lá, porque não sou nada boa em fazer essas coisas a mão. – Ela estendeu a blusa que pingava água, sabão e suco.

— Toma... – Eu retirei minha jaqueta com pressa já estendendo a ela. – Não vai ficar andando assim por ai. – Eu disse mais autoritária do que deveria.

— Por quê? – Ela se olhou buscando algo de errado - Algum problema com minha lingerie, Swan? – Ela disse ao colocar uma de suas mãos na cintura como se me desafiasse, aquilo era extremamente sexy e me fez querer avançar em sua direção. Tinha alguma coisa muito errada comigo.

— Na-não. – Eu estava em ar. – Claro que não. – Tentei me recompor. – É que está frio. – Ela sorriu achando graça.

— Não está frio, Swan. – Ela ainda sorria de um jeito encantador, ela tinha mesmo que fazer aquilo?

— Tá, mas... – Eu não tinha argumentos, na verdade eu não tinha nada além de vontade de sentir seu cheiro, tocar sua pele, beijá-la. – Se você quer sair só de sutiã por ai tudo bem... – Eu abaixei a mão que ainda estava estendida em sua direção, o que a fez abrir ainda mais aquele sorriso. Ela não estava sorrindo para mim e sim rindo de mim, aquilo fez com que eu me sentisse ainda mais idiota.

— É claro que eu não vou sair daqui desse jeito, Xerife. – Ela invadiu meu espaço pessoal e pegou minha jaqueta ficando mais próxima do que deveria. – Obrigada. – Ela disse olhando em meus olhos, seu cheiro eu já conseguia sentir, com mais um passo eu poderia colar meu corpo com o dela, mas a própria se afastou já vestindo minha jaqueta cor de vinho.

Estranho, mas eu achei engraçado vê-la com uma de minhas jaquetas preferidas. E ao ver que eu estava tentando prender o riso ela me olhou de cima, como uma rainha costuma fazer.

— Qual é graça, Swan? – Sua expressão era séria, mas sua voz ainda saia sedutora, ou era eu que estava a ponto de explodir achando tudo naquela mulher tão atraente.

— Ficou bem em você.

— Não faz meu tipo, mas da para usar por um tempinho. – Ela disse com um humor sarcástico ao fechar a jaqueta.

Fomos até a lavanderia onde rapidamente ela colocou sua blusa dentro da maquina, enquanto eu, de braços cruzados, encostada a secadora, observava seus movimentos, que até ali eram de me fazer tirar o ar.

Eu já estava começando a me sentir como uma daquelas pessoas viciadas, que tentam resistir ao prazer proibido, quando ele está bem a sua frente, dançando e te chamando para se afundar em um mundo sombrio e sem volta. Mas confesso que ali, eu já nem estava mais pensando no certo e no errado, uma Emma totalmente diferente da que eu era, havia me tomado completamente.

— Podemos esperar com o Henry. – Ela disse ao se levantar jogando seus cabelos para trás, aquela foi a gota d’água para mim.

— É só uma blusa, ele espera um pouco, não vai demorar. – Eu me virei para ela, mas sem deixar de desencostar da secadora. – Sobre aquele assunto que estávamos falando... Você acredita mesmo nessa bobeira de a primeira vista, sonhos que revelam coisas... magia...

— Se fosse bobeira mesmo, acho que não estaria me perguntando. – Ela estava tão perto, que se eu estendesse o braço eu poderia tocá-la

— E você já sentiu? – Eu me esforçava para não encarar sua boca, e tentava manter minha respiração regular.

— Você já? – Ela molhou levemente seus lábios, o que fez toda a minha concentração ir embora encarando sua boca por mais tempo que deveria.

— Porque não responde a minha primeiro? - Eu consegui voltar para seus olhos, que pareciam ainda mais próximos que antes, na verdade estávamos mais próximas, e eu nem se quer havia reparado que tinha me movido.

— Porque você não responde a minha? – Ela falou em tom baixo, encarando meus lábios sem piscar, me fazendo mirar o dela do mesmo jeito, que entreabriu a boca sutilmente soltando o ar que estava preso.

Eu contei mentalmente até três, fechei os olhos com força e ao abri-los puxei Regina pela cintura com firmeza e rapidez, não dava para ser sutil ou até mesmo delicada, eu estava a mil e o “lento” não iria me satisfazer naquele momento. Rocei meus lábios nos dela, que não resistiu em nenhum momento, ela me queria tanto quanto eu, aquilo era mais que nítido.

Segurei em seus cabelos com uma de minhas mãos, e puxei seu rosto um pouco para trás, eu queria poder ver seus olhos mais uma vez antes de beijá-la com toda a minha vontade. Quando nosso olhar se cruzou, eu senti algo muito forte, tão forte quanto um abraço caloroso de alguém que você não via há muito tempo, era como matar a saudade. Aquele contato durou menos que um segundo, mas foi suficiente para me fazer beijá-la de um jeito que eu nunca tinha beijado ninguém em minha vida.

Minhas mãos lhe segurando firme pela lateral do corpo, era a primeira vez que eu a beijava, mas por dentro era como se eu a conhecesse melhor do que qualquer coisa. Aquela boca, aquele gosto, era tão maravilhosamente familiar, tão meu, tão perfeito, que foi impossível não deixar de pensar na conversa que estávamos tendo. Definitivamente eu acreditava em magia, acreditava em amor a primeira vista. Porque aquilo ali, não tinha como ser só um beijo, não podia ser só aquilo. Todo o meu ser gritava para que eu nunca mais a largasse e vivesse feliz para sempre naquela lavanderia.

Em meio a beijos, mãos, respirações e mais, algo dentro de mim estalou, como se me acordasse para a realidade, e me chamasse para a vida real, do qual meu filho estava nos esperando a alguns metros de distancia. E que ali era um lugar publico que qualquer pessoa poderia vir e nos ver naquela situação... maravilhosa.

Com um lado me pedindo para ficar e o outro me mandado parar, eu a soltai de repente, me afastando com pressa ficando de costas para ela, porque eu sei que se continuasse a olhar para aqueles castanhos únicos, eu me perderia novamente e as coisas poderiam sair completamente do meu controle.

— É eu acho melhor a gente esperar com o Henry. – Eu estava sem ar, ainda de costas para ela.

— Foi o que eu disse. – Ela também tinha sua respiração ofegante.

— Vamos? – Eu me virei, tentando não encara-la, mas foi inevitável não ver a tristeza em seus olhos, que me deram vontade de correr e abraça-la e nunca mais soltá-la.

— Vamos... – Ela arrumou os cabelos, passou a mão nos lábios, ajeitou a jaqueta e saiu andando a minha frente, fazendo seu cheiro ficar por onde eu a seguia.

Assim que avistei a mesa onde estávamos eu simplesmente congelei, e senti um medo até então desconhecido. A frente de Henry, onde Regina estava sentada, minha mulher Zelena se encontrava conversando com nosso filho.


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Notas finais do capítulo

E AI??? ME DIGAM, ME DIGAM!