Amor Eterno escrita por TAYAH


Capítulo 21
Casa comigo? - Regina & Zelena


Notas iniciais do capítulo

Está chegando ao fim. O próximo será nosso último! Espero que vocês tenham gostado de tudo. Que mesmo com minhas demoras nos últimos tempos, que eu tenha feito vocês felizes. Obrigada a cada um de vocês!

Boa leitura!



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{Zelena}

Quando a inveja me invadiu pela primeira vez, eu ainda era uma inocente, eu ainda não sabia para onde ir ou o que fazer. A única coisa que me parecia certa, era ver Regina deteriorar. Mas quanto Glinda entrou em minha vida, depois da morte da minha mãe adotiva, eu senti depois de muito tempo que fazia parte de algo.

Aceitar que poderia controlar meu destino, que poderia ser feliz, fez com que eu me sentisse em casa, sentisse amada. Porem quando me vi ameaçada sem nem me dar ao trabalho de pensar, ou até mesmo conversar com Glinda, eu deixei as trevas entrarem e ao voltar a ficar verde, a magia de luz que havia em meu pingente se tornou escuridão, me cegando de uma maneira absurda... Fiz coisas horríveis... E perdi a chance de ter um final feliz.

O pingente que havia se transformado em trevas, praticamente me guiava a tomar decisões ruins... Eu me dediquei a tudo aquilo, a escuridão era como meu grande amor.

Depois de tantos anos sendo parte de um mundo obscuro, ali, sem a magia em mim, eu não sabia mais dizer quem eu era, ou o que eu queria. Digo... Felicidade é o que todos desejam... Entretanto eu já não conseguia acreditar que a merecia. Eu realmente estava perdida dentro de mim. E mesmo com todo mal que fiz a Glinda, ela ainda era a mesma, ainda estava ali, lutando pela minha felicidade.

Eu estava com medo, medo de ser feliz, eu nem sabia se aquilo era possível, mas o que estava verdadeiramente me deixando apavorada, era não conseguir fazer Glinda feliz. De mais uma vez acabar com tudo.

— Onde estamos? – Glinda perguntou olhando ao redor.

— Em algum apartamento na cidade. – Eu me aproximei da janela vendo a Torre do relógio.

Meu coração batia forte. Minha boca estava seca. Minha cabeça dava voltas sem parar. A falta da magia faziam as coisas parecerem mais nítidas... claras até demais. Como se o sol quisesse entrar em meu corpo e lavar minha alma.

Outra coisa que também estava me fazendo ficar tonta, era estar livre.

Como Regina simplesmente havia me deixado ir...?

— Ela me deixou ir... – Pensei em voz alta quebrando o silêncio.

Glinda não disse nada de imediato, o que me fez permanecer olhando pela janela.

— Regina teve uma vida conturbada, Zelena... – Me virei para ela que pareceu pensar antes de continuar. – Pode parecer que não, mas vocês são muito parecidas, só que ela... Bem... Ela conseguiu deixar as trevas, ela se redimiu e deixou o amor entrar... – Fez silêncio por alguns segundos. – Eu não sei como você tá se sentindo agora... mas uma coisa eu tenho certeza... ainda pode ser feliz... Talvez precise de um tempo para colocar as coisas em ordem... pensar no caminho que quer...

— Não, Glinda... Você realmente não entende... – fizemos silêncio mais uma vez, por um longo segundo. - Eu não sou mais aquela menina inocente que você conheceu há tantos anos atrás... Eu perdi a minha essência... – Minha voz era calma e baixa, as coisas eram realmente diferentes sem aquele pingente. – E depois de tudo que fiz, todo o mal que causei... eu nunca poderei ter um final feliz...

— Nunca é algo que não existe... Se existisse eu não estaria aqui. – Ela deu um passo em minha direção. – Você não vê que mesmo com todos os obstáculos que a vida colocou... ainda estamos aqui... frente a frente.

— Pare... – Eu pedi sentindo minha voz falhar. Virei-me de volta a janela. - Não tem como desfazer o que eu fiz... Eu te bani, Glinda. Te amaldiçoei... Como que você consegue ainda esta aqui... – Voltei a encara-la. – Aqui na minha frente dizendo essas coisas?

— Porque minha vida está ligada a sua, Zelena. Eu não posso simplesmente jogar isso fora... nós... não podemos. Você pode sim ter feito mil coisas sombrias depois que eu parti... Mas já passou, não tem mais volta. Agora o futuro, esta em suas mãos, em nossas mãos... Se você quiser eu... - Zelena a interrompeu.

— Só pare de falar... – Voltei para janela com o coração querendo sair pela boca. - Eu... eu não sei... eu não sei o que fazer... – soltei o ar com força, estava difícil de respirar ali.

O silêncio mais uma vez prevaleceu por um tempo quase infinito. Até os passos que Glinda deu até a mim, pareceram mais demorados que o normal.

Sua mão tocou meu ombro o que me fez fechar os olhos instantaneamente.

— Fecha os olhos... – Pediu me fazendo sorrir por já estar de olhos fechados. – Quero que se lembre das coisas boas que vivemos... deixe apenas o lado bom te invadir... todos os sorrisos... as conversas... Foque apenas no que te fazia feliz naquela época.

Eu fiz, eu foquei, eu lembrei. E mais uma vez era como se o sol quisesse me invadir.

— Zelena... – Ela chamou meu nome depois de um tempo. – Ainda de olhos fechados... me diz o que está sentindo...

— O sol... – sussurrei – é como se a luz quisesse lavar minhas trevas... – Abri os olhos lentamente com o sorriso de Glinda fixo em minha memória, prossegui sem olhar para ela. – Seu sorriso... – Me verei de uma só vez. Ela estava tão próxima.

— Continua...

Eu neguei com a cabeça. Glinda era a luz que estava me consumindo lentamente. Eu não queria dizer mais nada. Não queria ouvir mais nada. Não naquele momento... Ali, naquele exato instante, em que eu parecia começar a me encontrar, eu só precisava sentir.

Com apenas um movimento, puxei Glinda para mim, a beijando como se fosse o último e único beijo de nossas vidas. Depois de tantos anos imaginando como seria aquele momento, não tinha como ser melhor.

Eu senti cada parte do meu corpo reagir. Eu senti lágrimas descerem em meu rosto. Eu senti tudo o que eu achei que sentiria e o que eu nunca nem imaginei... É, eu podia sim ser feliz... mas eu não merecia alguém como Glinda...

Afastei-a de mim tão rápido quanto tudo aquilo que estava acontecendo.

Eu estava apavorada.

— Eu preciso... – Comecei a falar, mas o sorriso dela era tão grande que me desconcentrei. - Preciso de um tempo...

Sai praticamente correndo pela porta de entrada. Eu precisava ficar um pouco sozinha.

Caminhei até o píer. Sentei-me em um banco e passei o resto do dia encarando o mar. Pensando em tudo o que eu havia vivido. Desde a minha lembrança mais antiga, até o gosto doce de Glinda em meus lábios.

A lua já estava no céu e o frio ainda mais intenso.

Eu havia passado o dia ali pensando e repensando, desejando respostas, exigindo uma solução. Entretanto eu não tive muito sucesso... talvez eu precisasse de ajuda.

Em um estalo, me levantei e girei as mãos, ri de mim, ao lembrar que não tinha mais magia para me levar a outro lugar. Então caminhei até a mansão que foi minha durante a maldição.

Eu estava com medo, aquilo também era algo estranho e novo. Já que as trevas não me permitiam ser fraca, a ponto de assumir que eu estava apavorada.

Bati na porta e esperei que alguém abrisse.

— O que você está fazendo aqui? – Regina perguntou em tom baixo ao fechar a porta logo atrás delas, como se não quisesse que me vissem.

— Precisamos conversar. - Ela apenas arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços, me induzindo a prosseguir. - Eu não espero seu perdão... E mesmo sem ter direito a nada eu vim te pedir ajuda... Na verdade, eu queria saber como você conseguiu...?

— Seja clara, Zelena.

— Como conseguiu deixar seu passado para ter seu final feliz...?

Regina me analisou por alguns segundos antes de começar a falar.

— Eu não deixei meu passado... Eu apenas me perdoei, digo isso porquê não me arrependo de nada do que fiz. Porque foi assim que cheguei onde estou. Eu segui em frente e soube perdoar a pessoa amarga que fui... – Ela relaxou ao soltar ao descruzar os braços. - Zelena... Snow contou a nossa mãe que eu ia fugir com o homem que eu estava apaixonada, para não me casar com o rei... E sabe o que a nossa mãe fez? – Eu neguei com a cabeça, o que a fez sorrir de leve. - Arrancou o coração dele na minha frente e o esmagou... – Fez uma pausa. – Passei a vida culpando Snow por isso... Me dediquei com todas as forças para destruí-la... Eu lancei uma maldição acabando com todos os finais felizes... Eu quis matar Emma quando nasceu, por saber que ela quebraria minha maldição... Eu quis devolver Henry à adoção quando descobri que ele era filho da salvadora. Eu quis matar Emma mais um monte de vezes quando ela surgiu depois de 28 anos, como a profecia havia dito... E mesmo depois de muito lutar contra ela, com ela e com meus próprios sentimentos, eu me vi em uma situação que jamais sonhei... – Ela fez mais uma pausa, olhou ao redor com um leve sorriso de canto e voltou a me encarar. – Emma sempre foi meu final feliz e eu o dela... É claro que não foi fácil... É claro que eu achei que estava louca... Mas as coisas haviam mudado... Emma havia me mudado... e quando me dei conta, estávamos mais uma vez salvando a vida da outra... O que de início acreditei que seria a minha destruição... Eu consegui enxergar que na verdade era a minha salvação... Eu me perdoei... me perdoei para poder seguir em frente e ter o que tenho hoje... Esse é o segredo, só você pode fazer você feliz... E pelo o que sou hoje, Zelena, eu também consigo te perdoar, porquê eu me vejo em você, eu vejo a mesma alma desesperada por afeto, atenção e aceitação. Aceite quem você é, escolha seu melhor lado para viver... e se entregue a felicidade. É mais simples do que imagina...

— Nossa mãe fez mesmo... Com o homem? – Era muita coisa para absorver, mas aquilo me deixou bem chocada, eu tinha que ter certeza do que havia ouvido.

— Você pode achar que eu tive tudo por ter vivido com ela, mas te garanto, que você foi a sortuda e não eu.

— Eu queria tê-la conhecido.

— Acredite em mim... Ela não valia a pena... Talvez ela até poderia ser uma boa mãe... Mas a escolha de não ter um coração foi dela e não minha.

— Como assim?

— Olha, eu posso ter te perdoado, mas ainda não estou a fim de conversinha... Ontem mesmo você trancou a minha mulher em um abrigo de furacão... Então espero já ter te ajudado com sua confusão...

— É... obrigada... – Eu dei as costas.

— Zelena... – Me virei para ela. – Quando as coisas estiverem mais calmas em mim... eu te conto algumas coisas sobre nossa mãe.

— Obrigada. – Sorri para ela que deu as costas e entrou em casa.

Sai de lá me sentindo outra pessoa. Regina era minha família. Não só ela como toda a família dela também. Se ela conseguiu depois de tudo. Por que comigo seria diferente? Eu era tão filha da Cora quanto ela. Eu merecia um final feliz como todos daquele lugar.

Ao caminhar pela noite fria de volta ao apartamento que havia deixado Glinda, deixei que a luz me invadisse e lavasse toda a podridão que havia lá. Eu fiz o que Regina tinha dito para eu fazer... eu estava me perdoando.

Bati na porta com a mão suando, mesmo com o frio que estava fazendo. O nervosismo que tomava conta de mim era enorme, mas completamente gostoso. Eu não estava mais com medo de ser feliz.

Glinda abriu a porta com uma xícara em mãos. Seu sorriso tão grande que eu tive ainda mais certeza de tudo. Era ela. Glinda era meu final feliz.

— Casa comigo? – Perguntei ainda do lado de fora, fazendo-a sorrir ainda mais.

— O quê?

— Casa comigo?

— Você tem certeza disso?

— A única certeza que tenho é que não aguento mais esperar...

Glinda abriu os braços, me fazendo-a abraça-la por um longo tempo. Um abraço tão único... que me senti em casa, me senti amada, me senti a pessoa mais especial do universo.

Ao me soltar, seus olhos estavam cheios de lágrimas como os meus. Com calma ela apoiou a mão vazia em meu rosto, o acariciando e me fazendo fechar os olhos. Selou meus lábios com tanto amor, que o seu gosto era ainda mais doce.

— Bem vinda a nossa nova casa. – Ela me deu passagem.

{Regina}

Era sexta-feira. Quase três semanas haviam passado desde a quebra da última maldição. Aqueles dias tinham sido longos, mas incrivelmente maravilhosos. Decoramos os quartos das meninas, demos um jeito no quarto de Henry também. Ajudamos com a nova casa dos Charming’s. Matriculamos as meninas na escola. Snow voltou a dar aulas. Demos até uma festa na praça para inaugurar o portal. Aquela vida de corre para lá, corre para cá, era a melhor coisa do mundo.

O sol estava começando a se pôr. E como combinado, todos da família íamos usar o portal pela primeira vez.

— Estão prontos? – Perguntei com a mão na maçaneta da linda e grande porta no meio da praça.

— Sim! – Elise, Sarah e Levi falaram juntos.

— Então vamos. – Eu abri dando passagem a eles.

De um a um eles passaram pelo portal. Emma e eu fomos as últimas, sorrimos uma para outra antes de ir. Em um segundo estávamos em Storybrooke, no segundo seguinte estávamos lá, em frente ao castelo dos Charming’s.

— Uau. – Levi comentou encantado.

— Onde ficam os cavalos? – Elise perguntou animada quase pulando.

— Calma, querida, vamos conhecer o castelo antes. Depois te levo para conhecer Ciena e Razago.

— É né?! – Concordou um pouco frustrada.

— Senti falta desse cheiro. – Emma comentou comigo ao pegar em minha mão.

— Vamos, quero mostrar tudo para eles. – Charming falou já caminhado.

É eu também estava com saudades de tudo. Por mais conflitos que a gente tenha tido naquelas terras, não só Emma e eu com Zelena, mas sim de toda a minha trajetória por aqueles bosques.

Foi naquele mundo em que meu destino foi traçado. Desde o momento em que salvei Snow, até a concretização do meu amor por Emma. Sem a floresta encantada, eu jamais teria meu final feliz.

Mostramos tudo para os três pequenos curiosos, que mesmo sem conhecer de fato aqueles lugares, os conheciam das histórias. Vê-los reconhecer e também contar o que sabiam de lá, era a coisa mais linda do mundo. Os olhos deles brilhavam com cada detalhe compartilhado.

Depois da excursão com as histórias. Enquanto Snow preparava o jantar, levei as crianças ao estábulo, mas já era tarde, apenas prometi que cavalgaria com Elise pela manhã.

Na hora do jantar, sentamos na parte externa, rindo por não ter mais com que se preocupar. Enquanto comíamos e conversávamos, admirávamos a noite linda que fazia. Era tão bom estar lá com minha família.

— Podemos vir todos os finais de semana? – Sarah perguntou animada ao dar sua última garfada.

— Podemos vir com frequência. Mas todos? Podemos ir a outros lugares, e também podemos aproveitar um pouco mais Storybrooke. – Dei a ideia a ela.

— É, acho que seria legal. Eu amei muito aqui, nunca achei que fosse gostar tanto. – O sorriso de Sarah era tão igual ao meu.

— Eu disse que era legal. – Henry falou para a irmã.

— Eu amei o Razago, estou ansiosa para amanhã. A gente podia levar ele para Storybrooke?

— Acho que ele sentiria falta da Ciena. – Henry respondeu.

— Levamos ela também. – Elise e suas soluções para tudo.

— Acho que não seria uma boa ideia, criança. – Emma falou com calma, não queria chateá-la. – Aqui é o lugar deles, eles são especiais demais para viveram lá.

— A gente também é especial e vivemos lá, logo deveríamos viver aqui então. – Reclamou, me fazendo sorrir para Emma.

— Eu vou te dar um cavalo de presente em Storybrooke, está bem? – Charming disse para a neta.

— Mas o Razago gostou de mim... – com a voz meio triste.

— Ele gostou mesmo. – Eu sorri. – mas você só poderá montá-lo quando estiver aqui... Tudo bem? Não podemos levá-lo.

— Está bem... – Ela deu de ombros ainda chateada.

Terminamos de comer entre conversas sobre o que faríamos no dia seguinte.

Eu já estava um pouco cansada e pensando em dormir naquela cama maravilhosa, quando Emma me puxou para perto e falou em meu ouvido.

— Quero te levar em um lugar.

— Agora?

— Sim, agora. – Seu sorriso era uma mistura de malícia com amor. Era o sorriso mais irresistível que ela tinha.

— Para onde vamos?

— Você vai ver.

Deixamos as crianças nas mãos de Snow e Charming. É claro que eles ficaram curiosos e queriam ir com a gente. Mas Emma pediu com aquele sorriso encantador que nos dessem um tempinho a sós. Elise bufou, Sarah deu de ombros e Henry apenas riu, como se estivéssemos indo fazer algo errado.

Emma me levou até o outro lado da parte externa onde não podiam nos ver. Era aquele o lugar que ela queria me levar?

— É aqui?

— Shiih... – Ela colocou um dedo sobre meus lábios. Em seguida fechou os olhos se concentrando em algo, provavelmente magia. Ela era tão encantadora. E a amava tanto, que chegava a doer as vezes.

Ela abriu os olhos girou uma das mãos, fazendo uma fumaça azul nos cobriu, levando-nos diretamente ao coreto que nos beijamos a primeira vez.

— Consegui! – Ela sorria como uma criança em noite de natal.

— Por que estamos aqui, Emma? – Eu também sorria como ela.

— Naquele dia, em que viemos aqui... eu estava tão confusa... com tanto medo... – Sorriu mais uma vez. – Você se lembra de tudo? Em como foi perfeito? Nós duas pedindo respostas com perguntas... nosso primeiro beijo. – Sorrimos uma para outra - Depois a gente contando para o Henry e para a Tinker. O almoço. As risadas, os olhares que trocamos naquele início... Henry contando seu segredo da blusa, as cócegas... – Eu e ela sorriamos ao lembrar. – Até minha mãe aparecendo do nada foi incrível... – Rimos juntas. Em seguida seu sorriso diminuiu – De todos os lugares do mundo, eu não consigo imaginar um melhor para fazer o que quero.

— E o que você quer? – Meu sorriso ainda era enorme.

— Bem... hoje eu estou vestida...

— Uma pena. – Falei sedutoramente ao olha-la da cabeça aos pés, já captado onde ela queria chegar.

— Se quiser eu posso tirar a roupa. – Ela brincou já com as mãos em sua jaqueta.

— Não, eu mesma prefiro fazer isso depois. – Retirei suas mãos da jaqueta.

Com calma ela olhou a lua que brilhava no céu por alguns segundos, voltando a me encarar em seguida.

— Esse lugar é ainda mais perfeito com a luz da lua. – Emma pegou em minhas mãos e as beijou. – Eu te amo, Regina.

— Eu também te amo, Emma. – Falávamos tão baixo e com tanta calma.

Emma soltou minhas mãos, pegou um pequeno saquinho de veludo em seu bolso e despejou duas alianças em sua mão. Fazendo meu coração disparar instantaneamente. Ela estava mesmo fazendo aquilo.

— Casa comigo, Regina Mills? Vamos fazer nosso conto de fadas ser ainda mais perfeito? Você de rainha e eu de sua princesa salvadora. – Ela mordeu seu próprio lábio como uma criança travessa.

Eu fiquei sorrindo encarando as alianças em sua mão. Eu já tinha meu final feliz, minha família, meus filhos, aquilo era apenas a cereja do bolo.

Olhei em seus olhos que estavam marejados, eu amava quando ela deixava as emoções transbordares em lágrimas.

Segurei sua mão que estava com as alianças e puxei seu corpo todo para mim. Beijei sua boca com amor e felicidade. Parei o beijo lentamente lhe dando vários beijinhos pelo rosto. Abri os olhos e encarei seus verdes, que estavam fixos nos meus. Como era possível amar tanto uma pessoa como eu a ama? Como era possível alguém me amar tanto daquele jeito?

Selei seus lábios com vontade mais uma vez antes de me separar.

— Isso era tudo que faltava para o nosso conto de fadas ser mais que completo... Sim, Emma Swan, eu aceito me casar com você.

Com calma ela colocou uma das alianças em minha mão, fazendo-me pegar a outra e colocar na dela. Já tínhamos filhos, casa e uma vida de casada. Mas ter uma festa e ver minha Emma vestida de noiva?! Eu precisava daquilo!

— Acho que você já pode começar a tirar minha roupa. – Ela deu um passo em minha direção colando seu corpo no meu.

— Só depois do casamento... – Mordi meu lábio com um leve sorriso ao pegar em sua cintura.

— Tem certeza? – Eu soltei uma risada irônica e girei minha mão, nos levando até o nosso quarto no castelo dos Charming’s.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? :D