Amor Eterno escrita por TAYAH


Capítulo 19
Uma grande família - Regina


Notas iniciais do capítulo

Eu não abandonei! E nem vou abandonar! Eu vou terminar isso aqui, custe o que custar!

OBRIGADA A QUEM AINDA ESTÁ POR AI! ♥

Boa leitura.



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Estavam todos ali, Emma, Henry, Sarah, Elise, Snow, Charming e Levi. Minha família reunida na sala de jantar. Algo tão único que mais parecia uma pintura.

Olhando para meu passado mais distante, onde conheci Snow com apenas dez anos de idade, jamais imaginaria que aquele seria o meu real final feliz.

Em apenas segundos eu vi minha vida passar em minha mente... fui uma jovem inocente, louca por liberdade. Fui madrasta daquela que hoje é minha sogra. Meu amor verdadeiro era a menina que tentei matar ao nascer, já meu filho adotivo era filho biológico da mesma. E com a magia mais pura de todas, Emma e eu havíamos feito Sarah e Elise. Minha vida literalmente passou por muitas e muitas mudanças. Entretanto no final mais me parecia que eu havia voltado ao início, só que da maneira certa.

Olhando todos ali, depois de um maravilhoso almoço, o primeiro de muitos por sinal, eu tive vontade de chorar... chorar lagrimas de amor, de alivio, de felicidade. Eu finalmente estava presenciando meu final feliz, eu conseguia sentir, ele me pertencia, não tinha mais nada que pudesse me impedir de finalmente curtir tudo aquilo.

Enquanto Snow e Charming contavam historias sobre seus últimos nove anos, Emma, Henry e eu víamos as fotos tiradas em Nárnia. Aquele era o início da minha vida em paz.

— E essa foto aqui? Porque você estava chorando? - Perguntei para Elise.

— Olha o meu tamanho, você acha mesmo que eu lembro? – Eu achei graça do jeito que ela falou. – Pergunta para Snow. – Ela sorriu sem jeito ao dar de ombros.

— Snow? - Emma perguntou sem entender o motivo de chama-la pelo nome.

— É... Ela me chama assim. - Explicou sem rodeios. - Mas na verdade você estava chorando porque não aceitou que sua irmã não queria fazer o que você mandou. Eu não lembro o que era, mas você ficou tão chateada com ela, que começou a chorar de soluçar e quando eu fui entender que você não tinha se machucado, que estava apenas fazer birra eu tirei a foto, foi assim que eu te fiz parar.

— É, eu não me lembro.... – Elise comentou pensativa ao olhar para foto.

— Eu sei que não, mas consegue se lembrar que sempre foi chorona não é? – Snow falou sorrindo implicando.

— Eu não sou chorona! – Reclamou fazendo bico.

— Chorona e teimosa. – Charming completou também sorrindo.

— Não sou não! – Ela cruzou os braços ao se encostar a cadeira.

— Tudo bem, querida, não é! - Eu falei para ela também sorrindo. Eu sabia que ao concordar com ela a faria relaxar.

— Bem... - Emma fechou o álbum – Já comemos, já vimos fotos, escutamos histórias... Acho que agora é o momento de escolhermos os quartos de vocês... O que acham?

— O vô, a vó e o Levi também vão morar aqui? – Sarah perguntou com os olhos cheios de esperança.

— Não querida... - Snow sorriu meio triste para ela. - Mas não vamos morar longe, prometo.

— Snow... Onde você pretende morar? – Perguntei ao lembrar-me da casa ao lado da minha.

— Estava pensando em voltar para o Loft, somos só nos três.

— Bem... A casa aqui ao lado da minha, ela sempre esteve vazia... Acho que é o mais próximo que vamos conseguir da Floresta Encantada. – Ela me analisou enquanto eu apenas sorria.

— Está dizendo para gente vir morar ao seu lado? – Foi Charming quem perguntou.

— É... Acho que me acostumei a ter uma grande família. – Meu sorriso era permanente. – E mais uma vez eu acredito que tudo sempre esteve planejado, já que a casa ao lado nunca teve morador. Ela é perfeita para vocês.

— Já podemos ir para lá? – Levi perguntou feliz.

— Agora mesmo se quiser. – Respondi também feliz.

Estava tudo indo na direção da perfeição. Snow, Charming e Levi iriam mesmo ficar com a casa. Também conversamos sobre onde Glinda ficaria e achamos que o antigo Loft de Mary Margaret serviria como uma luva. Depois de decidirmos onde cada um iria ficar, Henry levou os três ao andar de cima, para que Elise e Sarah escolhessem seus quartos, nós – os adultos – recolhemos as louças e fomos para a cozinha.

Meus sogros ficaram sentados à mesa, enquanto Emma e eu arrumávamos as coisas.

— É eu não sei... – Snow começou a falar, depois que Emma comentou que Sarah se parecia com Regina, porém lembrava ela. - As vezes acho a Sarah mais parecida com você, Emma, outras vezes acho a Elise. Assim como vezes acho a Elise parecida com a Regina, como a Sarah também. – Ela e David riram juntos, mas ela prosseguiu. - Fisicamente tem uma diferença mais nítida, mas no jeito... – Ela parou por um segundo apenas para ver seu marido concordar. - Um exemplo... Sarah sempre foi mais curiosa e mais aberta sobre vocês duas, ficava triste por não tê-las perto, mas nunca a vi reclamar, ou se sentiu rejeitada, nem nada parecido. Pelo contrário ela sempre sonhou com o dia em que ia conhece-las. Digo... sonhava acordada, planejava, essas coisas... Acredito que Regina era assim quando criança... – Ela sorriu para mim, que não soube responder, apenas tentei analisar se eu era mesmo daquele jeito, fazia tanto tempo. - Já a Elise, mesmo eu sempre vendo a curiosidade nela, ela sempre foi mais fechada, por mais que entendesse tudo muito bem, eu via que se sentia rejeitada, como se tivesse sido uma escolha de vocês terem se separado. Tanto que quando ela começou a ter idade para entender que eu era avó dela e não a mãe, ela se irritou e passou a me chamar só pelo nome. – Snow olhou para Emma como se a explicasse o motivo de Elise chama-la pelo nome. – É estranho explicar, porque tem outras atitudes de Sarah que é a Emma em pessoa, e tem outras de Elise que é a Regina... – Ela e Charming riram juntos outra vez. - Com o tempo vocês vão entender melhor...

— Muitas vezes eu via o rostinho da Emma falando como a Regina, mas agindo com a Emma... – Não só eu, como Emma também, olhamos para David sem entender. - Eu sei, parece difícil... mas elas são incríveis... vocês vão ama-las...– Ele sorriu para Mary Margaret que mudou sua expressão bruscamente para tristeza

— Eu vou sentir tanta falta delas...

— Mãe... A gente não vai para lugar nenhum, não tem como sentir falta... Vocês vão morar aqui do nosso lado.

— Eu sei... eu sei.... mas moramos tanto tempo juntos... Nessas horas é que eu mais sinto falta da Floresta Encantada. Nada melhor do que um castelo para nossa grande e linda família. – Tentou sorrir.

— Snow, vocês vão morar mais perto da gente do que morávamos no seu castelo. Então pare com todo esse drama. Essa família nunca mais vai ser separada.

— Que assim seja minha querida madrasta. – Ela sorriu implicando comigo.

— Por favor, eu não preciso lembrar que minha mulher foi casada com meu avô. – Emma reclamou fazendo careta.

— Fica quieta que até ontem você estava casada com minha irmã. E de fato como você mesma já disse um dia, ainda não somos casadas.

— Falando em Zelena... O que vamos fazer com ela? – David perguntou ao ver que meu comentário tinha sido mais baixo do que deveria.

— Não, hoje eu não quero nem lembrar que ainda temos que resolver isso. Hoje eu quero apenas aproveitar esse dia lindo. Amanhã a gente resolve o problema com o mofo.

Assim que terminamos na cozinha e fomos para a sala, ouvimos as crianças descerem correndo e falando em tom alto, na verdade só dava para ouvir Sarah e Elise praticamente gritando uma com a outra. Eu e Emma nos assustamos e rapidamente nos levantamos esperando que eles surgissem onde estávamos.

— O que aconteceu? – Emma estava aflita.

— Eu já disse, eu quero aquele e pronto. – Foi a primeira vez que vi Sarah com a voz elevada e com meu jeito de falar.

— Mas eu não quero, vai ser o outro, eu disse antes de você! – Elise rebateu.

— I dai que você disse antes? Eu ainda nem tinha visto o outro, então não vale, o que vale é o que é a minha vez, e eu quero aquele, e você vai ter que aceitar. – Elas pararam uma de frente para outra.

— Do que estão falando? – Emma perguntou outra vez.

— Sua vez nada, foi sua vez da ultima vez. – Elise respondeu a irmã. Ambas estavam ignorando a todos.

— Claro que não, você não lembra? – Sarah colocou a mão na cintura ao dar um passo na direção da irmã. – Não lembra que eu deixei você – apontou em sua direção – ir primeiro? Além da ultima vez ter sido sua... – Sua voz era autoritária, firme, fazendo sua irmã abaixar um pouco a cabeça e respirar ofegante. – Ela era minha! Mas eu deixei passar... Então não tem mais nada para gente discutir aqui, eu quero aquele e acabou. – Ela bateu o pé e se virou para nós que as olhávamos assustadas, sem entender nada.

Incrível! Eu consegui me ver naquela menina, nas palavras nos gestos, nos olhares, enquanto via Emma em Elise, o olhar baixo a respiração alterada, a raiva por estar perdendo, mas aceitando. Acho que estava começando a entender o que Snow e Charming nos falaram na cozinha.

— O que exatamente está acontecendo? – Perguntei para elas em um tom acima. Mais para obter logo uma resposta, do que para ser durona.

— Eu não sei, cada uma gostou de um quarto e estão brigando por isso. – Henry parecia tão confuso quanto a gente.

— Nada de mais... – Levi comentou descontraído ao dar de ombros e olhar para seus pais, que parecia se divertir com a nossa confusão.

— Se cada uma gostou de um quarto, porque estão brigando? – Perguntei curiosa, aquilo realmente não fazia sentido.

— Porque eu quero o que fica de frente para o quarto do Henry. – Elise falou com a voz dura e braços cruzados.

— Problema seu! Eu quero o quarto ao lado do dele. – Sarah ainda falava como eu.

Elas ficaram se encarando de cara feia, enquanto eu e Emma olhamos para Snow e David implorando por uma explicação para aquela primeira briga que presenciávamos. Ambos ainda parecia se divertir com a gente, o que fez com que eu me sentisse uma idiota. Elas eram minhas filhas, mas ainda eram muito mais deles do que nossas.

— Elas dormem juntas. – David explicou com calma, fazendo-me lembrar da noite anterior que eu havia as colocado na cama e contado uma história.

— Mas temos um quarto para cada uma. – Emma respondeu como se não fizesse sentido.

— Foi o que eu disse para elas lá em cima. – Henry ainda parecia confuso.

— Porque não fazem como era em Nárnia? – Levi sugeriu.

— Exatamente, mas eu quero o que fica ao lado do Henry. – Sarah repetiu ainda brava. Ela era tão lindinha daquele jeito.

— E eu quero o que fica de frente para o dele. – Elise falou com um pouco de deboche e semicerrou os olhos em direção a irmã, mas pela minha analise do último meio minuto, eu sabia que Sarah ia ganhar aquela batalha.

— Vocês não acham que já estão bem grandinhas para dormirem juntas? – David comentou com calma. – Porque cada uma não fica com o quanto que gostou?

— Não! – Ambas falaram juntas e bravas.

— Eu tive uma ideia. – Emma começou a falar ao se aproximar delas e puxa-las pelas mãos. – Elise fica com o quarto que gostou, decora ele como ela quiser e Sarah fica com o dela, também decorando ao seu gosto. – Sua voz era calma e feliz. – E para não ter problema, cada noite uma dorme no quarto da outra, assim as duas podem ter o que querem... As duas ficam felizes.

— A primeira noite vai ser no meu. – Sarah falou como se desse um ponto final para aquilo, fazendo Elise respirar fundo e revirar os olhos.

— Está bem. – Respondeu como se também desse um ponto final.

Aquela era apenas a primeira... a primeira de muitas brigas que viriam. Não só entre elas duas, como entre todos daquela família. Mas junto também viriam as partes boas, as reconciliações, as vitórias, as noites de chuva vendo tv, os dias quentes de passeio no parque. Entre mil e outras coisas que uma família de verdade fazia, entre mil e outras coisas que meu final feliz me proporcionaria.

Depois de muito papo, risadas, mais historias e até algumas pequenas briguinhas entre as crianças, todos fomos até a casa ao lado onde Snow, Charming e Levi viveriam. Explorarmos tudo e ao voltarmos para a sala principal da mesma, Sarah pediu atenção.

— Eu estive pensando sobre algumas coisas hoje... – Ela olhou rapidamente para a irmã que rapidamente colocou-se ao lado dela. – Se o amor verdadeiro é a magia mais poderosa de todas e com ele podemos fazer qualquer coisa... – Ela fez uma pequena pausa. – E nós duas somos produto do amor verdadeiro... que veio de outro amor verdadeiro... Então acho que a gente pode fazer tudo em dobro, ou triplo... – Sarah parou de falar, mas não tinha dito absolutamente nada.

— Eu não estou entendendo, o que quer dizer com isso, Sarah? – Perguntei diretamente para ela, mas quem respondeu foi Elise.

— Queremos conhecer a Floresta Encantada. Queremos visitar nossos amigos em Nárnia. Queremos ir em Oz. Queremos poder ir para qualquer lugar a qualquer hora. – Soltou tudo de uma vez como se tivesse guardando aquilo há anos.

— Me desculpe, queridas, mas acho que isso será impossível. – Falei meio triste, não queria decepciona-las.

— Não é impossível, eu acho que a gente consegue! – Sarah levantou a voz com convicção.

— E como é que vocês pretendem fazer isso? – Perguntei sem nenhuma esperança.

— Abrindo um portal, ué! – Elise disse como se fosse óbvio.

— Claro, mas como? – Emma quem perguntou para ela.

— Apenas abrindo, uma porta talvez, que nos levasse a qualquer lugar e nos trouxesse de volta quando quiséssemos. – Sarah explicou ao dar de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Certo... Então vocês duas pretendem abrir um portal? Sabe que isso é algo... Digamos... Nem mesmo o senhor das trevas conseguiu isso... – Eu as alertei, não queria tirar aquele brilho lindo dos olhos delas.

— I dai que o avô do Henry não conseguiu? Ele não é a gente! Aposto que somos mais especiais que qualquer um desse mundo. – Elise disse como se fosse realmente a melhor de todos.

— Bem, nunca tivéssemos problemas, sempre que a gente realmente quis fazer algo nós conseguirmos, então não custa nada tentar. – Sarah completou, era apenas uma proposta.

— Eu só não quero que fiquem frustradas se não conseguirem, está bem? – Emma sorriu daquele jeitinho único, como se passasse confiança para elas. Senti vontade de beija-la, mas ainda não era o momento.

— Nós vamos conseguir. – Elise falou dando as costas e indo lentamente em direção ao hall de entrada.

— A gente podia abrir ali na frente daquele lugar que ficamos, naquela praça. – Sarah parecia já ter tudo planejado.

— Eu tinha pensado em um lugar mais escondido. – Snow comentou apreensiva, como se já estivesse tudo pronto para aquilo acontecer.

— Claro que não, aposto que todos dessa cidade iriam querer visitar outros lugares. – Elise se virou para gente parando entre a sala e o hall.

— Calma meninas, nem sabemos se vão conseguir... – Eu as alertei novamente.

— Nós vamos! – Elas falaram juntas, cada uma de um lado do cômodo.

— Tá. Se conseguirem, eu digo, se... Colocar um portal em um lugar público é perigoso.

— Não se o fizermos com algumas regras. – Sarah sorriu.

— Lá vem você acabar com toda a diversão. – Elise revirou os olhos e atravessou a passagem.

— Podemos falar sobre isso depois de amanha? Depois que resolvermos o que vamos fazer com Zelena? – Eu pedi já pensando em ter que começar uma longa conversa sobre regras de um portal, do qual era bem provável ele nunca nem existir.

— Eu estou com fome e cansada – Elise colocou a cara para dentro da sala. - Quero comer e dormir. – Ela forçou um sorriso.

Não só ela, como todos estavam realmente cansados, já era noite e só tínhamos almoçado. A casa nova de Snow não estava mobilhada, nem mesmo a minha estava apropriada para todos, mas resolvemos que aquela primeira noite passaríamos em minha mansão.

Charming ligou para a delegacia avisando que iria buscar Glinda, que ainda estava lá tomando conta de Zelena. Entretanto a mesma disse que não era preciso, que queria ficar lá, que dormiria no sofá e que já havia arrumado comida para ambas. Confesso que de inicio achei uma atitude suspeita, mas em seguida lembrei que Glinda a amava, e que provavelmente estava apenas tentando dar inicio ao seu final feliz, seja ela com ou sem minha irmã.

Pedimos uma pizza, comemos na cozinha, rimos e brincamos mais um pouco. Colocamos as crianças para tomar banho. Em seguida, Henry ficou com os três em seu quarto, para que nós – os adultos – tomássemos os nossos.

Emma e eu acomodamos o casal feliz, junto com o pequeno Charming no quarto de hospedes, para logo após colocarmos nossos filhos para dormir.

— Queridos... – Eu disse ao entrarmos no quarto de Henry.

— Elise já está dormindo. – Sarah comentou baixinho apontando com os olhos para a irmã, que estava deitada em seu colo, que por sua vez estava sentada no tapete do quarto.

— Elas vão dormir aqui? – Henry perguntou sentado na beira da cama com uma revista em quadrinho em mãos.

— Os outros quartos estão vazios, pensei em fazer uma cama para você no chão. – Emma disse também em tom baixo. – E como é a primeira noite delas aqui, pensei que você não ligaria em ceder sua cama.

— Tudo bem. – Henry concordou sorrindo.

— Deixa que eu pego ela. – Emma se aproximou das meninas e se abaixou para pegar Elise, que no instante em que tentou move-la, ela despertou.

— Eu estou acordada. – Ela sentou-se completamente sonolenta.

— Vem, vamos deitar na cama... – Emma não ligou a pegando mesmo assim, que por sua vez fechou os olhos e abraçou a mãe já voltando a dormir.

Emma a colocou na cama. Sarah logo levantou com pressa e deitou ao lado da irmã, que de imediato a procurou e a abraçou, como se fosse algo essencial em seu sono.

Emma olhou rapidamente para mim. Eu podia ver uma lagrima se formar em seu rosto, ela estava apaixonada pelas filhas, assim como eu também.

Não me aproximei, chamei Henry com a mão para se juntar a mim. Queria que Emma fizesse aquilo sozinha, mesmo comigo e Henry ali presentes. Era como se eu me sentisse menos culpada, por tê-los colocado para dormir na noite anterior sem ela.

Foi inevitável meu sorriso estampado e algumas lagrimas rolando. Emma estava perfeitamente linda com aquela carinha de medrosa apaixonada, como se não soubesse o que fazer com as meninas. Olhou-me assustada me pedindo ajuda, o que me fez sorrir ainda mais tentando lhe mostrar que ela tinha que ser apenas ela.

Com calma ela respirou fundo, as encarou em seguida. As cobriu, sentando-se na beira da cama.

— Foi um longo dia... – Emma falou ao colocar sua mão sobre o peito de Sarah, que de imediato colocou sua mãozinha por cima da dela. – Estou orgulha do trabalho que fizeram e mais que feliz por estarem finalmente aqui. – Engoliu o choro.

— Também estamos felizes... – Sarah falou pelas duas. – Foi um dia maravilho, nós amamos tudo.

— É o primeiro de muitos e muitos que estão por vir. – Emma olhou rapidamente para mim, voltando para Sarah. – Mas agora, temos que descansar... – Colocou a outra mão sobre o rosto de Elise a admirando um pouco. – Durma bem criança ... – Beijou demoradamente a testa de Sarah, lhe sorrindo ao encara-la.

— Boa noite... mãe... – Sarah falou com Emma, se virando na minha direção em seguida. – Boa noite mãe. – Ela sorriu para mim ao fechar os olhos.

— Durma bem também, pequena. – Emma beijou a testa de Elise do mesmo jeito que da outra.

— Você também mãe... – Elise respondeu ao entreabrir os olhos, sorrir de canto e aconchegar-se aos braços da irmã, que também já estava de olhos fechados.

Emma levantou já passando a mão em seu rosto, não queria que nós víssemos que era uma chorona, mesmo Henry e eu sabendo mais que ninguém no mundo, que ela era sim.

— Pode chorar, mãe. Regina chorou ontem também. – Henry me entregou rindo.

— Vem cá garoto! – Ela o puxou e o abraçou. – Eu não estou chorando, ok? – Ela o soltou e me puxou pela cintura me olhando dentro dos olhos. – Três filhos... – Seu sorriso era enorme. – Temos três filhos lindos. – Ela selou meus lábios rapidamente me soltando em seguida.

— Somos boas no que fazemos. – Eu sorri maliciosamente para ela.

— É... Da para vocês duas fazerem minha cama e se retirarem, por favor? – Henry disse fazendo careta.

— É para já, pequeno príncipe. – Eu movi minhas mãos e com magia, fiz uma cama improvisada sobre seu tapete.

— Boa noite mãe! – Henry me abraçou. – Boa noite mãe! – Ele abraçou Emma. – Boa noite meninas... – Ele disse baixinho ao olhar para as irmãs antes de ir para sua cama.

— Boa noite, garoto. – Emma sorriu para ele.

— Boa noite, querido. – Eu também sorri para ele, mas antes de me retirar fui até a cama dar um beijo nas meninas. – Boa noite minhas princesinhas. – Beijei a testa de cada uma.

Apaguei a luz e fechei a porta ao saímos.

Fomos para o meu antigo e amado quarto, onde infelizmente Zelena e Emma dormiram nos durante a maldição. Assim que acendi a luz e vi que não estava como deveria, movi minhas mãos e fiz tudo voltar ser como antes, mas é claro que deixei as coisas de Emma onde estavam.

— Agora sim eu posso dizer... Enfim sós... – Me virei para Emma que olhava com atenção as mudanças que eu tinha feito em apenas um segundo.

— Bem melhor agora... – Ela sorriu daquele jeito que me fazia prender o ar.

Mais nenhuma palavra foi dita naquele instante. Nos abraçamos como se fossemos imãs, um abraço longo e apertado. Que falta eu sentia daqueles braços em volta de mim.

Afastamos nossas cabeças, nos encaramos com toda a saudade do universo, deixando nossos olhos terem aquela conversa intima de sempre.

Levei minha mão até sua nuca junto com a sua que foi até a minha. Encarei sua boca mordendo levemente o meu lábio. Qualquer movimento que eu ou ela fazíamos era perfeitamente sincronizado.

Emma sorriu de canto, fechou os olhos e roçou seus lábios nos meus. Meu coração batia forte e extremamente feliz. Ela tentou buscar minha boca com a sua, fazendo-me recuar com um sorriso malicioso.

Entrelacei meus dedos em seus cabelos puxando seu rosto ligeiramente para trás. Olhei em seus olhos verdes que queimavam lentamente.

Emma Swan era minha, nada mais em reino algum a tiraria de mim novamente.

— Eu te amo, Emma...

Sussurrei antes de literalmente devorar sua boca.

Um beijo quente, digamos que até um pouco selvagem. Despertando todas as melhores sensações que alguém poderia provar. Emoções que nem mesmo explicando alguém poderia entender. Era mais que magia, era mais que amor... Um beijo tão único quanto cada uma de nós. Seu sabor, sua textura, seu aroma, seus movimentos... Eu poderia beija-la por horas, dias, anos, que jamais cansaria do êxtase que apenas aquela boca me proporcionava.

Emma segurou com firmeza em meu rosto, separando-se do beijo para recuperar o ar.

— Eu também... – pausa para pegar fôlego - eu também te amo... – seu sorriso era dilicioso

Sua voz era tão sexy ofegante daquele jeito, que foi inevitável não deixar uma única risada sair de minha boca, quase como um gemido, fazendo-a voltar a me beijar ainda mais intensamente que antes.

Ainda estávamos no meio do quarto, entre beijos infinitos, e mãos apertando uma a outra sem parar. Meu corpo desejava tanto o dela, que eu sentia que a qualquer momento faríamos parte uma da outra, como se fosse possível nos fundir para sempre.

Com minhas mãos em seus seios, as suas em minha bunda me apetando contra seu corpo, fui a empurrando até a cama, a fiz sentar e mordi levemente seu lábio inferior, me separei do contato físico, ficando a sua frente em minha melhor pose.

Não tirei meus olhos dos dela um segundo se quer, que ardiam tanto quanto os meus. Abri meu hobby com mais calma do que ela desejava, o fazendo deslizar sobre meu corpo nu até o chão. Seus olhos demostravam tanto desejo e amor, que eu conseguia sentir todos os seus toques antes mesmo deles acontecerem.

Com pressa Emma retirou sua blusa xadrez do pijama deixando seus belos seios a mostra... minha boca chegou secar. Ela ia me puxar pela cintura, mas a interrompi a empurrando para que deitasse. Sorrimos uma para outra demoradamente demonstrando a excitação que sentíamos.

Com a mesma calma que tirei meu hobby, arranquei a calça de Emma junto com sua calcinha... observei cada parte do seu corpo nu, perfeito e delicioso, sorri satisfeita mais uma vez. Balancei a cabeça negativamente lhe mostrando que a noite seria longa, que riu sentando-se rapidamente me puxando pela mão, fazendo-me cair sobre seu corpo e beija-la com ainda mais desejo.

Nossos corpos se encaixaram com perfeição. Nossas bocas beijavam tudo que era possível. Rosto, orelhas, pescoço, colo, seios, barriga, braços, peras, nucas, sexo... um ciclo sem fim e completamente viciante.

Não tinha como não ser mágico. Eu conhecia aquele corpo, ela conhecia o meu corpo. Não havia pudores, não havia mais medo, não havia mais nada que nos impedisse de explorar nosso sexo de todas as formas.

Nos amamos por horas e horas como se fossem as únicas e últimas de nossas vidas. Só algumas palavras soltas e sussurradas foram ditas, éramos daquele jeito, em sintonia com todo o nosso amor, com o nosso final feliz. Eu poderia dizer até que éramos incansáveis, mas depois de um dia tão longo, e com tanta coisa para viver pela frente... parar um pouco quando o sol estava quase nascendo, era mais que necessário para termos energia, naquele novo dia que estava surgindo pela janela do nosso quarto.

— A gente pode parar o tempo por uma semana e ficar nessa cama nos amando sem pensar em mais nada? – Emma perguntou ainda com a voz embriagada pelo último ápice que havíamos atingido. Eu estava deitada com as costas para cima, enquanto ela deitada sobre mim, com a cabeça apoiada no meio de minhas costas.

— Confesso que estou exausta, mas ao mesmo tempo sei que quero mais, e mais, e mais... – Apoiei meu peso sobre meus cotovelos olhando para a janela. – Já está amanhecendo... temos que descansar algumas horas... – Tentei olhar para ela, que começou a beijar minhas costas, descendo em direção a minha bunda.

— Mesmo? – Ela disse com malicia dando um beijo mais profundo.

— Não faz isso, querida... – Eu suspirei sedutoramente ao fechar os olhos. – Vamos dormir um pouco. – A tirei de cima de mim a abraçando de frente para que não se mexesse mais. – Quando acordarmos a gente pode... começar bem nossa manhã... – Sorri maliciosa antes de selar seus lábios. – Eu te amo, querida. – Aconcheguei minha cabeça entre a sua.

— Eu te amo, Regina... – Ela fechou os olhos, demostrando todo o seu cansaço, mas seu sorriso ainda estava estampado em sua face. – Que a gente durma bem...

— Não tem como não dormir bem ao seu lado. – A apertei com força, mas logo afrouxei novamente – Boa noite... quero dizer, boa manhã, meu amor...

— Boa manhã...

Crédito da imagem: artbyjoana.tumblr.com

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Notas finais do capítulo

E AI???? O QUE ACHARAM? ALGUÉM AINDA LENDO ISSO AQUI?