Amor Eterno escrita por TAYAH


Capítulo 18
A magia do amor verdadeiro - Emma


Notas iniciais do capítulo

É.... eu realmente, de verdade-verdadeira, queria ser mais presente, mas to fazendo o que posso.

Estou há mais de três semanas escrevendo esse capítulo, teve dias que só uma frase saiu. hahahahaha mas consegui, to aqui de novo.

Obrigada a quem continua, obrigada a quem está chegando... obrigada a cada um de vocês! Se ainda não desisti é por vocês! ♥

Boa leitura!



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Não sei o que mais me torturava naquele lugar, se era o medo ou a confusão mental.

Por mais estranho e inédito aquilo fosse, ficar presa em um buraco escuro me parecia familiar. Aquele desespero, aquela dor, as horas se passando lentamente. Eu nunca tinha vivido aquilo, mas algo dentro de mim parecia reconhecer aquela situação. Como se eu já tivesse sido presa um dia.

Minha única companhia naquele buraco eram meus pensamentos. Meu arrependimento de não ter ficado com Regina e minha preocupação de como e onde Henry estava.

Zelena havia ficado completamente louca, ou talvez sempre fosse e eu que nunca havia reparado antes.

Além das minhas loucuras tinham também todas as coisas que estavam acontecendo. Como minha mulher fez os donuts desaparecerem? Como que eu fui parar naquele lugar? Porque tinha tanto odeio no nos olhos dela. De tudo que se passava na minha cabeça como um filme sem nexo, eu só desejava uma coisa: sair dali e encontrar meu filho e Regina.

Sentei-me em um canto qualquer, cada minuto que se passava ali pareciam horas, talvez se eu dormisse um pouco o tempo passaria mais rápido, mas com minha cabeça a mil eu duvido que conseguiria alguma coisa.

Algo em meu bolso estava me incomodando, ao colocar a mão sobre ele eu quase suspirei, meu celular estava comigo. O sinal estava fraco, com sorte conseguiria fazer uma ligação. Não pensei nem duas vezes, liguei para Henry que me atendeu no segundo toque.

— Mãe, você esta bem? - sua voz soou preocupada.

— Zelena me prendeu em um lugar escuro, não faço ideia de onde estou, a internet não está pegando, não tem como eu te mandar minha localização. Mas, fale com David Nolan talvez ele consiga me achar... – Eu falei de uma só vez com medo de que a ligação caísse e eu ficasse ali para sempre.

— Fique calma mãe... O resgate já esta chegando! – Ele não parecia surpreso com o que eu tinha dito. - Glinda descobriu onde você esta. Regina e minhas irmãs estão indo te salvar.

— Suas irmãs? – Perguntei sem entender, talvez eu tenha ouvido errado.

O telefone ficou mudo.

— Henry? Esta me ouvindo? Henry? - Olhei o visor do celular, a ligação havia caído, tentei ligar outra vez, mas foi em vão.

O que meu filho quis dizer com suas irmãs? Ele era filho único! Ou eu tinha realmente ouvido mal, ou ele também estava ficado louco.

Levantei-me com pressa já chamando por socorro, algo muito estranho estava acontecendo. Primeiro meus sentimentos conturbados, depois minhas loucuras, tinha também aquela coisa de macacos com asas pela cidade. Parecia mais um pesadelo e não a realidade.

Depois de quase perder a voz de tanto gritar, voltei para o celular, porem ainda estava sem sinal. A única coisa que eu podia fazer naquele momento era confiar no que Henry havia dito, que era aguardar o tal resgate.

Talvez tenham se passado apenas 2 minutos, mas confesso que para mim, pareceram horas.

Ouvi um barulho estranho, como vidro quebrando, do silencio a seguir a porta se abriu deixando a luz entrar.

— Emma! - A voz de Regina soou ansiosa assim que ela desceu os degraus, praticamente correndo.

— Estou aqui, estou aqui! – Me aproximei das grades.

— Vou te tirar dai! - Ela passou a mão sobre o cadeado abrindo-o de imediato. Como que ela tinha feito aquilo? Parecia até magia. Eu deveria estar realmente sonhando.

Não deu tempo de perguntar, ela entrou na cela e me abraçou com força, foi inevitável não fechar os olhos e sentir aquela paz que só ela me proporcionava. Eu estava aliviada, meu coração estava palpitando de felicidade, o tal resgate havia mesmo chegado. Ainda abraçada a Regina abri os olhos e vi Glinda com as duas meninas de Nolan olhando um pouco assustadas para mim. Essas eram as irmãs de Henry? É eu devo mesmo ter entendido errado.

— Você esta bem? - Perguntou ao se separar levando minha atenção de volta para ela, que me segurou pelos ombros e me olhou da cabeça aos pés. - Aquela... - fez uma pausa junto com um olhar de ódio, suas narinas chegaram a inflar. – Aquela mulher te machucou?

— Eu estou bem, eu estou bem... - sorri aliviada ao olhar para Glinda e as duas pequenas outra vez.

— Temos que ir, ela pode voltar a qualquer momento. - Glinda parecia aflita olhando para todos os lados.

— Nós temos que prende-la! Zelena surtou completamente. – Falei ao lembrar me da raiva que tinha em seus olhos

— Não, acho que sempre foi assim... – Sarah parecia chateada. - Na verdade nós temos que derrota-la, antes de pensar em fazer qualquer coisa. – Sua entonação era séria.

— Derrota-la? - Estava tudo tão confuso. - O que exatamente você quer dizer com isso? O que esta acontecendo com essa cidade? Parece que todo mundo esta ficando maluco. – Minha cabeça girava cada vez mais.

Zelena com aquele papo de que eu não ia voltar a ser da Regina. Pessoas reclamando de macacos com asas. Regina destrancando o cadeado apena com um movimento de mãos. Eu presa em uma jaula. Meu filho falando que suas irmãs iam me resgatar. Sonhos, sentimentos, pensamentos, tudo tão confuso...

— Fica tranquila, querida, logo, logo você vai entender tudo. Vem...- Regina me puxou com cuidado pela mão. - Temos que encontrar os outros e acabar logo com isso.

— Acabar com que? - Eu soltei sua mão exigindo explicação.

— Olha, não temos muito tempo, vamos logo! – Glinda estava realmente nervosa.

— Eu quero ver meu filho, onde ele esta? – Era a única coisa que talvez ainda fosse normal naquele momento.

— Não se preocupe com seu único filho. Ele esta em um lugar seguro esperando por nós. – Elise falou com raiva em sua voz, na verdade não era bem raiva, mas eu não conseguia decifrar o que era.

— Elise... – Sua irmã apenas negou com a cabeça para ela, como se a repreendesse, que por sua vez revirou os olhos já subindo os degraus. Estranhamente achei aquela cena tão lindinha.

Regina pegou em minha mão mais uma vez e me puxou para fora do buraco escuro. A claridade doeu meus olhos, mas aquilo não foi nada em relação do que veio em seguida. Juntas elas se olharam, afirmaram com a cabeça e bum...! Estávamos nas docas. A gente literalmente se telatransportou para lá... Minha cabeça girou e o ar faltou. Eu não consegui dizer uma palavra, na verdade nem se eu tivesse condições acho que conseguiria em vista de tudo que estava acontecendo naquele instante.

Macacos voadores, bolas de fogo, luzes, espadas. Até meu filho estava no meio de toda aquela confusão. Enquanto as estranhas criaturas viravam cinzas eu permanecia estática, como uma estatua. E eu parecia estar surda também, nenhum som era processado, nem mesmo as imagens eu conseguia captar direito. Acredito que fiquei em choque.

— Preste atenção, Emma! Cuidado! – A menina Elise brigou comigo, ao me empurrar para o lado e fazer o macaco voador que vinha em minha direção se transformar em cinzas.

Foi naquele instante em que consegui sair do transe.

Meu filho, Henry... luzes amarelas saiam de suas mãos e atingiam com facilidade os estranhos macacos com asas, e não eram apenas dois ou três, acho que tinham mais de dez nos sobrevoando, ou eu que estava tão assustada que tudo parecia ainda maior.

Regina lançava bolas de fogo em direção as criaturas. As crianças do Nolan também faziam o mesmo, as vezes fogo, outras raios, e até luzes de várias cores como meu filho. Mary Margaret e David eram os únicos com espadas... Ah Glinda também estava lá, soltando luzes brancas pelas mãos.

O mais incrível era que todos eles pareciam saber exatamente o que estavam fazendo e não aparentavam nada surpresos como eu me encontrava.

Aquilo deveria ser um sonho, não havia como não ser.

Sonho ou não eu tinha que me defender. Busquei algo pelo chão e logo encontrei um pedaço de madeira, com pressa o peguei e fiquei em posição de ataque, seja lá o que estivesse acontecendo, mesmo não sendo nada real eu era a Xerife daquela cidade, eu é que tinha que defender todos eles.

Confesso que fiquei decepcionada ao ver o último macaco virar cinzas pelas mãos de Henry, antes mesmo que eu pudesse atingi-lo com minha super-arma de madeira.

— Mãe... mãe... – Henry correu em minha direção, eu ainda estava em posição de ataque. – Você está bem? – Ele ofegava, mas tinha alivio em sua voz e seu leve sorriso.

Eu soltei a madeira e o abracei com força. Senti todo meu corpo tremer ao estar começando a voltar para a realidade. Que diabos estava acontecendo ali?

Com calma, como se eu fosse um extraterrestre, todos eles foram se aglomerando ao meu redor. Olhavam-me de um jeito estranho, mas confesso que era até aconchegante.

— Você está bem, Emma? – Regina perguntou com um sorriso preocupado ao colocar uma se suas mãos em meu braço, enquanto eu ainda abraçava Henry de lado. Confesso que não consegui responder a aquela pergunta, então permaneci em silêncio, acredito que ainda estava em choque.

— Emma...? – Nolan também parecia muito preocupado comigo.

— Temos que ser rápidos, ela pode chegar a qualquer momento. – Glinda disse ao olhar ao redor, como se esperasse mais macacos aparecerem.

— O que...? – Ouvi minha voz sair meio falha, então respirei fundo e prossegui. – Algum de vocês pode me explicar o que está acontecendo aqui? Porque... vocês estão com espadas? – Perguntei para David e Mary. – O que era aquilo que vocês estavam fazendo? – Eu perguntei aos outros, aliviada por conseguir finalmente falar algo. – Por que todos vocês estão me olhando assim... quem vai nos encontrar? O que eram aquelas coisas...?

— Vai tudo fazer sentido, eu te prometo mãe. – Henry sorriu para mim, mas logo se virou para os outros. - Cadê o livro?

— Que livro, do que está falando? Que diabos está acontecendo aqui? – Eu estava ficando ainda mais nervosa. Nada estava fazendo sentido.

— Aqui... – O filho de Nolan entregou um grande e antigo livro para o meu.

— Mãe... – Henry ficou de frente para mim com aquele entranho livro em mãos. – Você precisa saber a verdade.

— O que? – Eu olhei para o livro e fiquei ainda mais confusa. – Contos de fadas? Eu não estou entendendo, Henry.

— Você confia em mim, mãe? – Perguntou sério.

— É claro que eu confio. – Respondi sem nem pensar duas vezes, não importava a situação, nem se aquela fosse a mais louca do mundo, eu confiava nele.

— Então eu preciso que você acredite. – Ainda com o livro em mãos e os olhos cheios de esperança.

— Acredite no quê? – Confesso que tive medo de sua resposta.

— Acredite em magia. – Foi Regina quem respondeu com amor nos olhos. Por aquilo eu não estava esperando, minha mente paralisou.

— O que...? – Eu não sabia o que pensar, imagina o que dizer.

— Preciso que acredite em nós. – A menina... Sarah pediu ao se aproximar com um sorriso meio tímido.

— Precisamos que você acredite que somos uma família. – Sua irmã falou comigo de uma maneira meio rude, meio apressada e assustada. Elise que pareceu não gostar de mim desde o primeiro momento, estava falando comigo, mas não apenas falando, seu tom era completamente diferente das outras vezes, havia algo como carinho ali. Tive uma estranha vontade de chorar e para completar, ela ainda sorriu sem jeito ao segurar na mão de sua irmã. – Que nós somos a sua família. – Ela olhou rapidamente ao redor, mas voltou para mim.

— Somos o seu final feliz. – Sarah completou ao olhar para a irmã e voltar a me encarar.

— Não... não faz sentido... – Eu falei ao olhar para cada um daquele lugar.

Minha família? Meu final feliz? Livro de contos de fadas? Magia? O ar estava faltando de verdade, eu não estava conseguindo processar nada.

— E-Emma... – Elise deu um passo à frente e segurou em minha mão. – Eu sei que você consegue.

Por mais confuso tudo aquilo fosse, ao sentir aquela mãozinha segurar a minha eu desejei mais que tudo que aquilo fosse real. Meu coração sentiu algo tão bom e tão extraordinário que eu sorri para ela, mesmo sem saber o motivo.

— Basta apenas acreditar. – Sarah pegou em minha outra mão fazendo todo aquele sentimento se tornar infinito, eu me sentia do tamanho no universo e nem ao menos estava entendendo. Mas sem sombra de duvidas, eu estava amando.

— Emma... – Regina implorou com os olhos que eu acreditasse.

Todos sorriram concordando. Aquilo me fez sentir algo completamente diferente, entretanto familiar. Era mais um velho/novo sentimento, eu estava me sentindo em casa.

— Você acredita em nós? – Sarah perguntou com olhos cheios de medo.

— Acredita? – Elise insistiu em um tom um pouco desesperado, o que me fez apenas afirmar com a cabeça, deixando meu coração falar por mim. – Então pegue. – Elise pegou o livro da mão de Henry e me entregou.

— Vai... – Sarah também pegou no livro, querendo que eu o pegasse.

— Isso tudo é loucura, só posso estar sonhando... – Minha mente cética querendo vencer algo muito maior.

— Não, mãe... Não é um sonho... isso aqui é um pesadelo... Mas apenas acreditando você vai conseguir despertar dele. – Henry colocou a mão sobre os ombros das meninas me incentivando a pegar o livro de contos de fadas.

Eu respirei fundo, fechei os olhos e desejei que tudo fosse real, eu acreditei que era real, eu queria mais que qualquer coisa no mundo que eles fossem mesmo minha família, que toda aquela loucura se transformasse no meu conto de fadas. Eu peguei o livro segurando um choro que até então era desconhecido, mas ao sentir toda a magia passar por mim, ao lembrar-me de cada momento vivido em minha real vida, ao ter de volta tudo que me havia sido tirado, eu abri os olhos já chorando de felicidade.

O pesadelo havia acabado, eu era Emma Swan, a salvadora, filha de Snow White e Prince Charming, mulher da Regina Mills e mãe de três lindos filhos.

— Eu me lembro... – Eu disse com a voz completamente tomada pelas lagrimas e todos aqueles sentimentos do tamanho do mundo. A única coisa que eu não me lembrava era em que momento da vida eu havia me tornado tão sentimental. – Eu me lembro de tudo... – Eu não sabia para quem olhar primeiro, mas foi inevitável não parar meus olhos em Sarah e Elise.

— É uma pena, querida Emma... – A voz de Zelena soou falsamente chateada, me fazendo levar um susto.

Ela não podia esperar só mais um pouco, eu ainda estava me recuperando do susto por ter teletransportado para as docas, queria poder aproveitar mais todas aquelas emoções em paz por alguns minutos...

Todos nos viramos repentinamente para onde ela estava, e é claro que me coloquei a frente, querendo defender toda a minha família. De imediato Elise e Sarah se colocaram ao meu lado.

Tratei de respirar fundo para me controlar. Uma coisa havia realmente mudado, eu não tinha mais medo da Zelena como antes da maldição, não que antes eu tivesse, mas agora ela parecia completamente inofensiva para mim. Ali na minha frente com todo aquele ódio em seus olhos, eu só conseguia enxergar uma coisa: uma mulher infeliz.

— Sem mais blá blá blá, Zelena... – Eu disse confiante. – Já chega disso tudo, você perdeu... – Ela sorriu como se eu tivesse contado uma piada.

— Não querida, você que se engana, tudo será meu de volta, incluindo essas duas meninas encantadoras. – Ela apontou para minhas filhas, meu instinto foi colocar minhas mãos a frente delas.

Minhas filhas... elas... estavam ali... ao meu lado... Minha mente ficou paralisada por um longo segundo tentando absorver aquela informação.

— Já chega, Zelena... – Regina deu um passo à frente já com a mão levantada, ela ia tacar uma bola de fogo, eu sabia que sim. Mas as mãos de Zelena se levantaram com pressa a jogando longe.

— Mãe! – Henry correu em sua direção que estava caída ao chão. Tive que me segurar para não ir até Regina também.

— Você vai se arrepender de ter feito isso, titia... – Elise falou com deboche ao olhar de canto para Sarah que pareceu entender o recado.

— Calada criança. – Zelena movimentou sua mão do mesmo jeito que fazia na floresta encantada, ela ia nos paralisar, mas minhas filhas foram mais rápidas que ela e devolveram o feitiço sem nenhuma dificuldade. Aquilo foi incrível, eu sorri aliviada e orgulhosa.

Zelena estava vulnerável, completamente imóvel. Em seus olhos eu vi o medo, um medo que eu até imaginava existir, mas nunca pensei em presenciar.

Minha raiva por aquela mulher ter-me feito passar tantas coisas ruins, me fazia querer vê-la sofrer, mas a verdadeira Emma que eu era, que eu sempre fui, não conseguia deixar o ódio falar mais alto. Ainda mais depois de ter convivido com ela na maldição. Por mais mentira aquela vida fosse, ela foi “real” durante alguns meses. O convívio com Zelena, junto com meu coração de salvadora me imploravam para fazer a coisa certa. Ao respirar fundo eu consegui controlar todos os sentimentos ruins que eu tinha pela irmã da minha verdadeira mulher...

Se Regina que foi uma rainha má tão temida tinha um final feliz, porque Zelena também não merecia um? Todos mereciam uma segunda chance, incluindo ela.

— Pode lutar mentalmente quanto quiser sua bruxa, eu e minha irmã somos muito mais fortes de você. – Elise se vangloriou ao se aproximar sem nenhum medo.

— A guerra acabou, e nós a vencemos. – Sarah falou com classe ao também se aproximar de Zelena. Que meninas incríveis eu havia feito, eu estava sorrindo, como uma mãe babona.

— Quem manda aqui agora somos nós... entendeu, titia? – Elise debochou ao olhar de relance para a irmã como se a autorizasse a fazer algo.

— É, Elise tem toda a razão, e para não ter mais nenhum problema. – Sarah levantou uma de suas mãos, fazendo o colocar que Zelena nunca tirava ir direto para sua mãozinha. – Isso fica com a gente... Na verdade... Vai voltar para quem te deu. – Ela se virou para Glinda fazendo o colar surgir magicamente na mão da mulher. Porque ela e não eu ou Regina?

— Foi mais fácil do que eu imaginei. – Minha mãe comentou aliviada.

— E agora? O que a gente faz com ela? – Elise perguntou para gente.

— Que tal a gente tirar o coração dela? – Sarah falou de um jeito angelical, mas seu olhar era maldoso, como uma mistura perfeita entre eu e Regina.

— Sarah! – Mary Margaret chamou sua atenção.

— Brincadeira. – Sarah sorriu sapeca para irmã que sorriu do mesmo jeito. Como elas eram lindas.

— Agora que Zelena está sem seus poderes... Acho que devemos prende-la até pensar em algo. – David sugeriu ao se aproximar de mim.

— Retire o feitiço, meninas. – Glinda pediu. – Eu a levo até a delegacia... Não sei se a maldição foi quebrada, acho que vocês ainda tem esse trabalho a fazerem.

— Eu sou a Xerife, eu devo leva-la. – Eu olhei desconfiada para a mulher, eu não a conhecia.

— Você prefere levar a Zelena para delegacia, do que conhecer suas filhas? – A mulher sorriu para mim olhando rapidamente para as meninas.

— Olha, você esta com o colar dela, e eu não te conheço...

— Emma, querida. – Minha mãe se aproximou sorrindo para mim, que saudades daquele sorriso. – Glinda é nossa amiga, pode confiar nela, se preferir, seu pai, eu e seu irmão vamos juntos para delegacia. Ai mais tarde a gente se encontra no Granny’s para matar a saudade.

Olhei para toda a minha família... meus pais, meu irmão, Regina, meus filhos... Eu queria todos ali comigo naquele momento. Mas tínhamos uma maldição para quebrar e Zelena para prender. Eu ia ter tempo de aproveitar todos eles, o melhor a se fazer era acabar logo com aquilo.

— Mãe... Pai... – Eu sorri para eles e abri os braços para abraça-los. – Senti falta de vocês. – Ficamos abraçados por um tempo, tentando matar a saudade. Depois de um tempo os soltei. - Ajudem a amiga de vocês a levarem Zelena para delegacia, mais tarde a gente se encontra. – Eu sorri aliviada, ao ver o sorriso deles. E baguncei os cabelos de Levi como um cumprimento.

— Meninas... – Glinda olhou de um jeito duro para elas, só então percebi que Zelena ainda estava sobre o encanto.

Sarah e Elise giraram suas mãos juntas, trazendo Zelena de volta.

— Vocês deveriam ter optado por me matar e não me prender. – Ela sorriu vitoriosa.

— Cala a boca. – Meu pai a virou de costas para colocar as algemas.

Zelena, meus pais, meu irmão e Glinda se foram, enquanto eu fiquei ali parada, sem saber o que fazer. Regina estava abraçada a Henry de lado, já as meninas... estavam a frente deles... Os quatro me olhando... Não pensei, apenas agi. Fui ao encontro da minha família e os abracei. Um abraço em conjunto, o melhor abraço da minha vida, cheguei a ir me abaixando de tanta emoção, não só eu como Regina também. Quando soltamos do abraço e eu abri os olhos, Regina e eu estávamos de joelhos uma ao lado da outra. As meninas a nossa frente, Henry logo atrás delas.

— Olha como eles são lindos, Emma. – Regina falou baixinho com a voz chorosa.

— Nossos três filhos... – Eu sorri olhando primeiro para Henry, que sorriu orgulhoso e apontou com a cabeça para as meninas. – Minhas princesas... – Eu não sabia o que dizer...

Elas estavam de mãos dadas, se olharam por segundos, mas eu sabia que havia tido uma longa conversa naquele pouco tempo entre seus olhos. Voltaram para Regina e eu, e sorriram, cada uma de um jeito. Sarah como se tivesse feito arte, já Elise meio chorosa.

— Nós amamos vocês. – Elas falaram juntas a nos abraçarem novamente

Magia... Aconteceu... A magia do amor verdadeiro passou por nós e se dissipou para todos os lados.

— A maldição... – Henry falou animado. – Foi quebrada! – Eu ri mais que feliz.

— Vem cá criança. – Eu puxei Henry para mais um abraço maravilhoso em família. – Eu amo vocês! – Falei como minha mãe.

— Eu amo vocês... – Regina sussurrou.

— Eu amo vocês. – Henry foi o último a dizer, enquanto dávamos mais um longo e apertado abraço.

Zelena estava presa, a maldição havia se rompido, minha família estava ali. Era muita emoção para tão pouco tempo.

Levantei-me ajudando Regina em seguida, a olhei com toda a saudade do mundo e selei seus lábios com vontade. É... acho que eu agora conseguia entender perfeitamente os meus pais e toda aquela coisa melodramática que eles tinham.

Olhei para minhas filhas a minha frente... Elas tinham quase o mesmo tamanho de quando vi Henry pela primeira vez. Mas ali, naquela situação, era completamente diferente.

Quando Henry surgiu em minha vida, eu não estava esperando, eu não sabia nada sobre como ser uma mãe, eu tinha até medo de ser mãe. Na verdade tudo era diferente. Eu havia sido largada, estava presa, gravida, sozinha, apavorada. E por medo eu o dei, dei sem saber para onde ele iria, nem se ficaria bem. Sempre dei a desculpa de que era para ele ter uma chance melhor de vida, mas eu sempre soube que na verdade fui covarde... Porem, independente de qualquer coisa ou escolhas que eu tenha feito no passado, não mudava o fato de que eu sempre pensava nele, de tudo a única coisa que eu não esperava, era que fosse voltar a vê-lo e muito menos, me tornar mãe dele.

Mas com Sarah e Elise... eu as gerei com Regina, eu acompanhei cada passo daquela gestação, eu ajudei a escolher os nomes, eu já era mãe, eu sabia e estava mais que preparada para aquilo... Minha família já era completa com Regina e Henry, mas com elas ficariam ainda melhor. Eu não queria a separação, por mais que eu soubesse que elas seriam muito bem criadas pelos meus pais, eu não queria. Tentamos evitar, fizemos o possível e o impossível... Mas o tempo passou, não sei exatamente quando para mim, mas para elas, para Sarah e Elise... nove anos tinham se passado, e ali estavam minhas duas pequenas.

— O mais incrível é que conheci os meus três filhos com a mesma idade. – Eu sorri ao bagunçar os cabelos delas. Elise sorriu sem jeito e nem ligou para os cabelos. Sarah por sua vez sorriu sem graça e logo passou as mãos para ajeitas os fios que ficaram fora do lugar.

— Eu era mais velho, mãe. – Henry reclamou sorrindo.

— Claro, desculpa. Você tinha dez, e elas têm... nove. Uma grande diferença. – Eu também baguncei os cabelos dele, mas voltei a olhar para elas. - Oi... – Eu não sabia o que dizer para, mas queria falar alguma coisa.

— Oi... – Sarah respondeu com um sorriso tímido.

— Vocês conseguiram... Vocês voltaram, vocês quebraram a maldição... – Sorri mais uma vez orgulhosa enquanto admirava a beleza delas... Depois de alguns segundos em silêncio contemplando o que Regina e eu tínhamos feito eu lembrei de ter visto algo incomum naquele dia. – E você em criança? – Eu olhei para Henry. – Desde quando você faz magia?

— É mesmo, desde quando? – Regina perguntou com um sorriso tão orgulhoso quanto o meu.

— Bem... Digamos que... desde hoje. – Ele sorriu contente. – Não sou mais o patinho feio, agora sou parte completa da família.

— Garoto, você sempre foi parte completa. Com ou sem magia.

— Senti sua falta, mãe. – Ele sorriu para mim.

— Mas a gente nunca se separou, criança.

— Senti falta da verdadeira, Emma Swan. – Ele sorriu. – Que tal irmos agora o Granny’s? Acho que temos muito que conversar não é?

— É claro, eu quero saber de tudo... – Calma, desde quando Henry e Regina haviam recuperado as memórias? – Desde quando vocês se lembram? – Perguntei diretamente para Regina.

— Ontem de manha.

— E como foi isso?

— Por que em vez de irmos para o Granny’s, nós não vamos para a nossa casa, e lá a gente conta tudo, e juntas conhecemos melhor essas duas princesas? – Ela pegou no queixo de cada uma.

— Casa? – Sarah perguntou confusa.

— É, a nossa casa, pequena. – Regina respondeu como amor.

— E onde fica? – Elise perguntou.

Regina sorriu, girou a mão e com fumaça roxa, nos levou para a mansão, a mesma casa onde ela morou na outra maldição, e a mesma casa onde eu estava vivendo com Zelena e Henry.

— É aqui. – Regina foi em direção a porta. – Henry, liga para sua avó e fala para ela passar no Granny’s para pegar o álbum e o diário antes de vir almoçar com a gente, estou mais que ansiosa para abri-los.

— Que álbum? Que diário? – Perguntei curiosa.

— A vovó escreveu um diário do nosso crescimento para vocês. – Sarah quem respondeu, olhando animada para a fachada da mansão.

— E o outro é um álbum de fotografia nossas, desde pequenas. – Elise tinha um jeitinho tão particular de falar, um jeito tão parecido com o de Regina, que eu sorri.

— Tinha câmera em Nárnia? – Pergunte surpresa, ao abrir a porta da frente e dar passagem a todos.

— Snow disse que um andarilho vendeu uma Polaroid para ela, e que a boazinha fez filmes surgirem com magia... Foi isso que entendi. – Regina respondeu minha dúvida ao entrar logo atrás de mim. – Quando lancei a maldição eu acordei aqui nessa casa. – Ela começou a falar ao parar próxima a escada e olhar ao redor. – Não é tão grande quanto os castelos da Floresta Encantada, mas para esse mundo é uma cada enorme para a mulher solitária que eu era na época. – Ela se virou para nós, seu tom de voz era cansado, mas seus olhos estavam em paz. – Eu mal sabia o que fazer com tanto espaço, são cinco quartos lá em cima, acho que tem uns dois que nunca nem entrei... – Sorriu ao soltar e ar e voltar a falar. – Agora, olhando para a vida que tenho pela frente, para vocês ai parados, eu vejo que essa casa sempre foi feita especialmente para mim, para atender a todas as minhas... as nossas necessidades. Um quarto para gente – apontou para mim - um para Henry, um para Sarah, um para Elise... E quem sabe vem mais um por ai? Temos um quarto sobrando. – Ela sorriu para mim daquele jeito que me fazia prender o ar.

— Hey, ainda estamos aqui. – Henry e as meninas estavam com aquela típica cara de nojo.

— Tem comida nessa casa, Emma? – Regina perguntou com certo nojo misturado com raiva e ciúmes.

— Tem sim. – É... eu fiquei meio sem graça, eu morava ali com a Zelena até aquela manha.

— Então, vamos todos para cozinha... – Regina apontou para o outro cômodo. - Enquanto eu faço o almoço, vocês duas deveriam mostrar aquelas coisinhas para Emma. – Ela voltou para olhar Henry. – Não esquece de ligar para seus avós.

— Ok mãe... – Ele tirou o celular do bolso e fomos todos em direção à cozinha.

{Cena extra}

(Henry)

No instante em que a ligação caiu, uns três macacos voadores surgiram e começaram a nos atacar. Fiquei assustado, mas eu queria ajudar. Meus avós tinham espadas, e Levi sua magia, eu não sabia o que fazer. Me afastei apenas observando e buscando algo que pudesse me ajudar a derrota-los, mas nada ali parecia servir. Queria tanto ter uma espada, ou quem sabe fazer magia.

— Henry, cuidado! – David me alertou apontando para trás de mim, eu abaixei com pressa e ao olhar para trás vi que mais e mais surgiam.

Eles precisavam de ajuda, e eu não tinha o que fazer. Aquilo era tão angustiante. Enquanto eu apenas olhava e me torturava por não poder fazer nada, Levi correu até mim.

— Eu vou precisar da sua ajuda! – Falou ofegante sem parar de jogar raios nos macacos que se aproximavam.

— Tá! Mas, como? – Perguntei mais desesperado do que o normal.

— Magia! – Disse como se fosse obvio.

— Mas eu não... Eu não tenho magia! – Senti a raiva em minha voz, era uma droga ser um garoto normal.

— É claro que tem! Suas mães tem magia! – Ele me empurrou para o lado e jogou mais raios em um outro que vinha em minha direção.

— Levi e Henry, fiquem perto de mim. – David mandou ao acertar mais um com sua espada.

— Eu sei me cuidar, pai. – Falou em tom alto e ao jogar mais um raio na direção do pai, onde um outro vinha para atacá-lo.

— Não sou filho biológico da Regina, Levi... – Respondi ao que ele tinha dito antes.

— Eu sei, mas você só precisa acreditar! Você tem que nós ajudar! – Eu estava com medo, não de ser verdade, de que era apenas preciso acreditar e sim de que mesmo que eu acreditasse, eu não conseguisse.

— E-eu não sei como, eu nunca tive nada mágico.

— Henry. – Ele parou para me olhar por alguns segundos. - Sua mãe, minha irmã, Emma, é filha do amor verdadeiro, a magia dela é muito poderosa, você é filho dela e sem duvidas tem o dom da magia... Eu sei que você consegue, tem apenas que acreditar... – Ele falou com convicção e voltou a atacar os macacos, que a cada minuto surgiam mais.

— Acreditar é o que eu sei fazer de melhor. – Meu coração pulava em meu peito.

— Eu sei, você tem o coração de um verdadeiro crédulo, e isso é um dom bem incomum.... Então acredite em você, e sinta a magia tomar conta. É assim que funciona, acreditando e sentindo...

— Mas... – Eu estava realmente com medo de tentar e fracassar.

— Mas nada Henry, eu não vou conseguir sozinho... – Seu tom era firme e forte.

— Você tem mesmo 9 anos? – Perguntei apenas para ter certeza, ele era tão esperto para uma criança.

— Na verdade eu ainda tenho 8... – Ele sorriu como minha mãe costumava fazer.

Foi dali que eu tirei as minhas forças, de sua coragem e sua sabedoria, mesmo para um menino de 8 anos. Fechei os olhos e acreditei, amei e desejei que eu pudesse ajuda-los, que eu pudesse fazer aquilo. Ao abrir os olhos acreditando mais em mim, do que jamais acreditei e sentindo uma energia que nunca havia sentido... eu fiz... eu fiz magia com minhas próprias mãos, fazendo um daqueles macacos horrorosos virarem cinzas.

— Viu? Não é tão difícil assim. – Levi sorriu feliz ao ver o que eu tinha feito, não só ele, como meus avós, e eu é claro. Eu tinha feito, eu era como minhas mães, eu era como minha família, eu estava a ponto de explodir de tanta felicidade. – Agora vamos, temos que fazer picadinho desses macacos. – Meu tio de 8 anos sorriu mais uma vez ao ver que eu acertei mais um macaco com minhas luzes mágicas. Aquilo era mais que incrível, era extraordinário...


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Nada a ver com o pensaram? Ficou bom? Será que consegui fazer vocês felizes com esse capítulo? Aguardo suas respostas. :D

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Vocês já viram os vídeos que eu fiz? Tem um que é da FIC Linha Tênue... a primeria temporada dessa fic aqui.

Linha Tênue: https://www.youtube.com/watch?v=mG1QBQqGpBE

Tem também um que resume a primeira temporada de Once Upon a Time, mas só a parte Swan Queen, e um da segunda temporada, que também resume a parte Swan Queen.

Primeira Temporada Swan Queen: https://www.youtube.com/watch?v=k6whus5gn2o
Segunda Temporada Swan Queen: https://www.youtube.com/watch?v=EztN1RUR8LM

To para fazer o das outras... Mas se está difícil escrever, imagina fazer video hahahahaha
Bem, espero que gostem.... Até mais meus amores.



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