Can I Love? escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 7
2ª Parada: Morando Juntos


Notas iniciais do capítulo

Eis que retorno com um novo capitulo.. Não o achei tão bom quanto os anteriores, mas espero que gostem rsrs
Beijos e comentem hein..



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Kiba sorria apesar de saber estar errado. A sua irmã estava em sua frente arrumando as suas coisas, enquanto ele sorria. A sua felicidade se dava por perceber que a partir daquele momento, nenhuma divida poderia preocupá-lo. Ele havia virado o cunhado de um homem rico. A sua insanidade o cegava para os sentimentos de Sakura, a qual mantinha-se impassível ao retirar as suas, poucas, roupas do armário e guardá-las na mala em cima de sua cama.

–Estou muito feliz – Kiba comentou indiferente a tristeza de sua irmã – Eu não esperava que fosse casar com alguém..como ele. Fez muito bem.

Sakura lutou para não responder ao seu irmão, e ao olhar para ele, por alguns segundos, se viu concordando com o que ele dizia. Apesar da ambição dele, ele ainda era o seu doce irmão. Dobrava as roupas ao guardá-las na mala consciente do olhar de seu irmão em si. Ela queria desabafar e contar que estava fazendo tudo aquilo por ele, mas não conseguiu forças ou razoes para isso. Apenas permaneceu em silencio ate terminar de arrumar tudo.

–Então vai para a França? – Kiba perguntou ao vê-la fechar a mala sem olhar para ele – Ou está fugindo de seu casamento? O que vai fazer?

–Não precisa se preocupar com isso – disse com a voz baixa ao tirar a mala de sua cama e sentar-se – Depois que eu sair você terá uma boa vida. Eu prometo. – Kiba a olhou demoradamente. Seu interior lhe dizia para perguntar o que ela estava fazendo, mas sabia que se o fizesse ela poderia desistir de tudo, e com isso a sua vida se tornaria apenas o que era. A ambição havia lhe cegado. Sem responder a ela saiu do quarto a deixando para atrás com um sorriso triste nos lábios. – Eu sei como deve estar se sentindo – Sakura murmurou para si mesma ao olhar para o teto – ao menos espero que esteja se sentindo assim – suspirou antes de deitar fechando os olhos. O dia seguinte seria algo novo para ela.

A noite se foi dando lugar ao sol. O sol com um brilho forte e acolhedor que fez Sakura abrir os olhos incomodada com a claridade. Ela havia adormecido com a janela aberta. Olhou para o relógio próximo a sua cama e suspirou ao perceber que ainda era cedo demais para se levantar. Virou para o lado voltando a fechar os olhos. Apesar da claridade, adormeceu perdendo a noção do tempo. Tempo depois sentiu algo lhe cutucar, em resposta apenas murmurou algo antes de ignorar o incomodo.

–Sakura – Kiba a chamou incomodado com a sonolência dela. Já havia se passado das oito da manhã e o motorista de Sasuke estava sentado na sala a esperando – Acorde – a cutucou novamente – SAKURA – gritou impaciente. Sorriu ao vê-la abrir os olhos e o encarar sonolenta – O motorista de seu noivo está aqui – esclareceu, e logo a viu se levantar confusa – Está te esperando na sala.

Sakura assentiu ao passar a mão nos olhos e olhar pela janela do quarto. Sentiu o sol em sua pele, o calor em seu rosto e resignada se levantou. Pegou as roupas que já tinha separado e foi para o banheiro. Minutos depois saiu trajando um vestido branco simples que realçava a cor de seus cabelos e de seus olhos. Deixou seus cabelos soltos e voltou para o quarto aonde pegou a sua mala.

–Não há mais volta – murmurou para si ao ir em direção a sala. Se Sakura fosse sincera consigo, perceberia que estava prestes a fugir daquilo tudo. O nervosismo em que se encontrara era tamanho que a sua vontade era de correr para longe dali. Assim que olhou para o homem vestido formalmente sentado em seu sofá sentiu vontade de sorrir. A visão a sua frente era irônica e engraçada. Apesar de estar bem vestido a expressão do homem assemelhava-se a naturalidade e relaxamento. Ele estava a vontade. – Me esperou muito? – perguntou ao sorrir levemente.

–Não, senhorita Haruno. Posso esperar se precisar arrumar mais alguma coisa – tornou solicito ao se levantar apressado.

–Tudo que tenho e preciso está nessa mala – falou tranquila ao olhar para a sua mala – Vamos?

–Como a senhorita desejar – o motorista falou sorrindo ao fazer uma reverencia para o irmão e o pai de Sakura, em seguida segurou a mala dela e foi para fora. Sakura olhou para o seu pai com carinho. Com lagrimas nos olhos foi ate aonde ele estava sentado, ajoelhou em sua frente e o abraçou.

–Sentirei a sua falta – murmurou próximo ao seu ouvido – Eu te amo. – Kisashi sentiu as lagrimas rolarem pelo seu rosto e nada fez para as conter. Abraçou a sua filha como se aquela fosse a ultima vez em que a estava vendo.

–Fique saudável querida, e eu sempre estarei aqui por você. Se não quiser ficar lá, apenas volte. Não se preocupe com nada.

–Sim, papai – assentiu sabendo que não poderia fazer aquilo. – Prometo – mentiu ao sentir os braços dele a apertando contra si. Se separaram e o olhar dela se voltou para Kiba – Irmão, eu.. espero que não faça nenhuma bobagem – o olhou com olhos marejados – Por favor, não faça nada.

–Não farei, não se preocupe alem do mais tenho um bom cunhado – a voz divertida dele ocasionou em uma careta em Sakura. Ela se levantou e o abraçou, sussurrando em seu ouvido.

–Se você se meter com jogos, noivo nenhum meu irá lhe salvar. Ajude o nosso pai, cuide ele e não seja egoísta, Kiba. Eu te amo – afastou-se antes que ele pudesse falar algo e correu para a porta. Se continuasse ali dificilmente deixaria a sua casa. Seus pés a levaram para o carro, e antes de entrar olhou para a sua casa. A gravou em sua mente, cada detalhe e entrou sem olhar para trás. Se ela olhasse, jamais conseguiria ir em frente.

***
O olhar impaciente de Sasuke conseguia deixar todos a sua volta inquietos. Na empresa Uchiha nenhum funcionário se atrevia a encarar Sasuke Uchiha por mais de dois segundos. Todos se desviavam de seu caminho, pois em menos de uma hora ele já havia demitido duas pessoas e colocado cinco sob aviso. O dia estava aterrorizante na empresa. Sasuke entrou em sua sala após andar pela empresa afim de averiguar todos os setores, e infelizmente não havia sido como ele planejara. Em cada departamento os seus funcionários enrolavam em vez de trabalharem, um terço, do que ele fazia aprisionado em sua sala. E isso havia o deixado enfurecido. Olhou para a garrafa de uísque em cima de sua mesa e não pensou duas vezes antes de abri-la. Levou a garrafa aos lábios sentindo o gosto amargo e quente. Aquela havia sido a primeira vez em que bebia no trabalho.

–Se isso continuar como poderei competir com Itachi? – se perguntou antes de escutar o seu celular tocar, atendeu e sorriu ao escutar o que tanto desejava – Já estou indo – desligou depositando a garrafa na mesa e saiu da sala – Voltarei mais tarde, cancele meus compromissos para agora – Sasuke disse a sua secretaria que concordou curiosa. Os passos firmes de Sasuke ecoaram pelo corredor do andar ate o elevador e com um sorriso vitorioso, apertou o botão privativo. Em poucos instantes o elevador abriu as suas portas, ele entrou, apertou o botão da garagem e se encostou no vidro atrás de si. Seu plano estava funcionando como desejava, mas sentia que faltava algo. Com seus pensamentos inquietos saiu do elevador e caminhou pela garagem silenciosa. Avistou o seu jaguar prata e o destrancou antes de entrar. Em poucos minutos estaria em casa e em poucos minutos encontraria a jovem que seria a sua esposa.

***
Sakura tentou sorrir ao parar em frente ao único apartamento do andar que estava. O motorista havia a deixado na porta do apartamento com a sua mala, mas antes lhe entregara uma chave magnética. Bastava colocar a chave em frente ao mecanismo ao lado da porta e ela poderia entrar. Tudo era simples, se não fosse a sua hesitação. Isso é pela minha família, repetia em sua mente milhares de vezes ao olhar para o cartão magnético em sua mão. Se ela parasse para pensar, saberia que estava sendo tola, mas não conseguia evitar que o nervosismo preenchesse o seu ser. Havia ido longe demais para voltar atrás. Longe demais para se sentir daquela forma. Olhou para a sua mala e em seguida para a porta na cor preta.

–Ele deve ser uma pessoa bem sombria – murmurou antes de encostar o cartão no painel ao lado da porta. Escutou um barulho e empurrou a porta. – Vamos lá – segurou a mala ao passar pela porta e em seguida escutou o barulho dela fechando. Não precisou apertar nenhum interruptor para as luzes serem acessas. Olhou abismada para o apartamento dele. A sala de estar conseguia ser maior que a sua sala e a cozinha juntos. Havia um enorme sofá preto no meio da sala, em frente a ele uma televisão grande presa na parede e abaixo dela diversos aparelhos eletrônicos modernos. Avançou deixando a mala para trás, ainda admirada com o que via. Vagou por todo o cômodo ate avistar uma porta branca, curiosa foi ate ela parando estupefata ao ver uma cozinha como aquela. Uma cozinha que via apenas na televisão e jamais imaginara que existisse. No meio da cozinha havia um balcão em mármore com gavetas na parte de baixo. Duas geladeiras estavam posicionadas no lado, um fogão com seis bocas em frente a geladeira do outro lado da cozinha e diversos armários pela parede. Ela jamais tinha visto uma cozinha parecida com aquela. Era impressionante. Suas mãos já iam em direção aos armários quando estancou ao perceber o que fazia. Arrependida pelo seu modo impulsivo retornou para a sala, sentando-se no sofá em silencio. Ela não sabia pelo que esperava, mas optou por permanecer quieta. Os minutos se arrastaram assim como o tédio se tornava pior a cada segundo. Começou a murmurar uma canção antiga quando escutou a porta sendo aberta. Levantou-se assustada ao olhar para atrás. Seus olhos sustentaram o olhar gélido de Sasuke que a encarava com seus olhos ônix sem expressar nada. As mãos de Sakura se tornaram geladas instantaneamente, seu coração bateu apressado ao vê-lo caminhar em sua direção. O ar da sala começava a sufocá-la e antes que fizesse alguma loucura ou cometesse algum erro, inspirou para se controlar.

–Não perca o cartão da casa – Sasuke disse frio ao olhar para ela retirando o paletó azul escuro, jogando-o em cima do sofá, e afrouxando a sua gravata – Não lhe darei a minha senha ainda, traga a sua mala que lhe mostrarei o quarto – ergueu uma sobrancelha diante da passividade dela – O que está esperando? – perguntou cruzando os braços em frente ao seu corpo. Sakura se moveu lentamente ate a porta, aonde havia deixado a sua mala – Vamos – falou impaciente ao seguir por um corredor e parar em frente a primeira porta a direita, a abriu consciente que ela estaria atrás de si. Entrou no quarto sorrindo ao admirá-lo. Não importasse quantas vezes entrasse, sempre sentia-se bem naquele cômodo. – É aqui que irá dormir – Sasuke informou ao se virar para identificar a expressão em seus olhos.

Sakura assentiu ao olhar em volta. O quarto possuía uma cama king size próximo a varanda, havia uma parede pintada de preto e duas portas na parede oposta.

–Em uma porta é o armário e em outra é o banheiro – informou – Pode guardar as suas roupas nas partes vazias – a incentivou a ir enquanto se deitava na cama com um sorriso estranho no rosto. Sakura o encarou em silêncio e com a mala nas mãos foi ate o armário. Ao abrir a porta ficou duplamente surpresa. Primeiro, o armário conseguiu ser do tamanho do seu antigo quarto. Havia dois lados, um estava completamente vazio e o outro possuía algumas roupas e no meio do armário tinha um espelho de corpo todo mantinha em frente a poltrona. Segundo, as roupas arrumadas eram todas de homem. Sakura voltou para o quarto sem expressão e olhou para Sasuke.

–Esse... é o seu quarto? – perguntou com um péssimo pressentimento ao vê-lo sentar e sorrir para ela. Um sorriso travesso e divertido.

–Sim – respondeu simples.

–Está dizendo que devo dormir no mesmo quarto que você?

–Aonde esperava dormir? – indagou divertido – Não me diga que pensou que eu teria dois quartos e que um deles seria para você? Não seja tola. Já disse que isso não é um filme ou um livro. Irá dormir na minha cama, comigo ao seu lado, mas não se preocupe não tenho interesses em crianças, como já tinha falado – deu de ombros ao olhar para a parede preta – Isso tudo é necessário para o grande teatro – disse evasivo antes de se levantar – Arrume suas coisas, se ficar com fome.. se vire. Voltarei apenas mais tarde – do mesmo modo com que entrara em casa, a deixou sozinha ainda perplexa.

–Ele não pode estar falando sério, não é? – se perguntou ao olhar para a cama.


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