Can I Love? escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 5
1ª Parada - Assinando o acordo


Notas iniciais do capítulo

Olá..voltei mais cedo do que esperava..espero que gostem desse capitulo..
Beijos



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A empresa Uchiha iniciava seus serviços cedo. Os funcionários estavam chegando lentamente quando Sasuke desceu de seu carro com um sorriso na face. Um sorriso que ninguém jamais tinha visto. Andou com segurança ate o seu elevador privativo e gargalhou sonoramente assim que as portas se fecharam. Tudo tinha sido ainda mais fácil do que planejara. Logo que acordou recebeu a ligação da Haruno perguntando quando poderia se encontrar com ele. Nada como levar a caça ate o abatedouro, e foi exatamente isso que o Uchiha fez. Marcou na sua empresa, em sua sala. Ela não teria como fugir dele. Por um segundo pensou que tudo estaria perdido, mas bastou conhecer a família dela para saber como forçá-la a casar com ele.

–Tão fácil que nem tem graça – se pegou falando sozinho antes do elevador abrir as portas.

***
Indecisão. Era assim que Sakura se sentia parada em frente a empresa Uchiha. Sua mão apertou contra a sua vontade a alça da mochila. O uniforme do seu colégio nunca havia a incomodado ate agora. A saia xadrez e a blusa branca lhe davam um ar ainda mais jovial, o que a fez suspirar antes de entrar no edifício. Ela não fazia ideia do que iria esperá-la assim que passasse pela entrada, mas estava decidida a dar uma chance a sua família. Uma chance para que fossem felizes. Respirou fundo ao parar em frente ao porteiro. Um homem que aparentava ter quarenta anos e possuía um rosto sem expressão.

–Bom dia, estou aqui para ver Sasuke Uchiha – Sakura falou incerta consciente do olhar que o homem lançava para ele. Ela sabia que estava chamando mais atenção do que deveria com o seu uniforme escolar, só não teve tempo para trocar de roupa. – Meu nome é...Sakura..Haruno.

–Sakura Haruno – o homem repetiu ainda olhando para ela. Demorou alguns segundos ponderando sobre o que faria a seguir, e se viu telefonando para a secretaria do presidente Uchiha. – Pode subir, 30º andar. – Sakura assentiu ao olhar para os lados e ver pessoas entrarem em um elevador. Foi ate ele, apertou o botão e esperou paciente pelo elevador. Aqueles poucos segundos a fizeram temer ainda mais o seu encontro com Sasuke Uchiha. Ela não fazia ideia de quem ele poderia ser, e a sua relação com ele, entretanto se viu angustiada ao entrar no elevador. Os olhares das pessoas a incomodavam de tal forma que se encolheu no canto a espera do 30º andar. Ela nunca tinha percebido o quanto os elevadores eram lentos e angustiantes ate aquele dia. Assim que o elevador parou no 30º andar, ela correu para fora. Respirou aliviada ao olhar em volta e ver apenas uma mesa no centro do corredor com uma mulher sentada atrás dela. Aproximou-se e sorriu, sem jeito.

–Eu sou...

–Ele já está lhe esperando – a mulher falou ao olhar para Sakura seriamente – Basta entrar na porta que está a sua direita – Sakura assentiu ao olhar para a direita. Ela sabia que aquele momento poderia mudar toda a sua vida e por isso estava hesitando tanto. Seus passos ecoavam pelo corredor. A impressão que a rosada possuía era que estava indo para a morte. Ao se aproximar da porta com detalhes vitorianos, a viu ser aberta pelo mesmo homem da noite passada. O mesmo homem com olhar frio.

–Veio mais rápido do que imaginei – Sasuke disse sério ao observá-la de cima a baixo – Imagino que chamou bastante atenção com essa roupa de colegial. E então, veio me dar a sua resposta. Qual é?

Sakura sentia-se um objeto naquele momento. Um objeto sem valor que apenas estava sendo trocada. Com o restante da dignidade que sentia, ergueu o olhar, e o encarou fixamente. Retirou a mochila de seu ombro e a abriu jogando o dinheiro no chão.

–Isso é um não? – Sasuke perguntou sem abalar-se ao olhar para o dinheiro – Se for, devo dizer que é mais tola do que imaginei.

–Por que eu? – Sakura perguntou ao juntar toda a coragem que sentia – Porque veio ate mim pedir isso? Não nos conhecemos e não parece que estudamos juntos em algum momento. Você deve ter.. 30 anos.

–Trinta? – repetiu ofendido – Tenho 25 anos.

–Parece ser mais velho do que é.

–Acabo de descobrir isso.

–Sim, e não respondeu a minha pergunta.

–Então não deseja salvar o seu irmão da prisão, saldar as dividas de sua família e dar uma vida calma e despreocupada ao seu pai? Não quer nada disso, certo? – indagou sorrindo levemente ao vê-la hesitar – Se veio tão cedo imagino que pensou a noite inteira sobre isso. E ainda assim decidiu não aceitar? És excessivamente tola.

–Ainda não dei a minha resposta.

–E o que está esperando? – perguntou impaciente ao olhar para o rolex dourado em seu pulso – Não sou como você, tenho compromissos e sua indecisão esta me atrasando. Diga-me de uma vez, vai aceitar ou não? Não tenho tempo para perder com coisas insignificantes.

–Só desejo saber porque eu – disse após suspirar – só isso que quero entender.

–Se aceitar, irá descobrir – tornou sério. Cada segundo falando com a jovem estava lhe deixando nervoso e impaciente. Ele odiava ser alvo de perguntas e ainda mais ter que se explicar para alguém como ela.

Sakura ponderou sobre o que ele disse. Ela já havia feito a sua escolha, somente não entendia o motivo de sua hesitação.

–Eu...o que fará pela minha família se eu aceitar? – perguntou insegura.

–Irei providenciar uma casa melhor, uma mesada, pode-se dizer assim, e tudo o que precisarem – falou sem importância.

–Eu posso..confiar?

–Se quiser peço para que façam um contrato, se sentir-se mais segura assim.

–Acho que me sentiria – murmurou pensativa ao desviar o olhar e encarar o vazio – Eu.. aceito me casar com você.

–Excelente – sem emoção foi ate onde ela estava parando em sua frente – Antes iremos discutir algumas coisas, já que aceitou.

–Sobre.. o que iremos falar?

–Sobre seus deveres de esposa comigo – sorriu ao passar por ela – Fique nesta sala ate eu voltar. Não saia daí – ordenou ao sair e deixá-la sozinha, completamente perdida e arrependida. Olhou para o dinheiro no chão em frente a si sentindo as lagrimas surgirem em seus olhos.

–Esse será o preço pra que todos sejam felizes – balbuciou em meio as lagrimas que não paravam de cair.

No momento em que Sasuke saiu de sua sala, olhou para atrás e suspirou. Ele percebeu o quão cansativo seria aquela mentira, mas tudo iria valer a pena quando fosse o presidente da empresa. Quando ele controlasse tudo.

Sakura não soube por quanto tempo esperou naquela sala. Um escritório sombrio e vazio assim como ela imaginava que o dono era. Seus pés já estavam doendo de tanto ficar em pé no mesmo lugar. Não sentia-se a vontade de explorar o lugar por receio, ate que se deu por vencida. Olhou para o sofá tão perto de si, a poucos centímetros de distancia, e foi ate ele. Ao se sentar, sorriu. Tocou o estofado ficando fascinada pela maciez e o modo como ele se ajustava a ela. Aquele tinha sido o melhor sofá em que já sentou. Por um segundo esqueceu do motivo de estar ali, recordando-se ao ver o dinheiro no chão. Mantenha-se focada, repetia para si mesma incontáveis vezes ate escutar a porta ser aberta e em seguida passos. Olhou para o lado se deparando com o olhar frio de outrora.

–Eu.. estava lhe esperando – Sakura falou ao se levantar apressada – Disse que iríamos conversar..

–Eu não sofro de Alzheimer, Haruno – tornou ao erguer uma pasta cinza para ela – Leia isso, eu esperarei ate terminar. – Sakura pegou a pasta e ao abri-la encontrou um documento com, aproximadamente, treze paginas. A cada parágrafo que lia, a sua respiração falhava momentaneamente. Ela não acreditava no que estava lendo. Demorou dez minutos para colocar os papeis em cima do seu colo, e olhar para Sasuke, incrédula – Vejo que acabou. Duvidas? – indagou friamente.

–Como pode me mostrar isso e agir tão friamente?

–Como deseja que eu me porte? O que leu ai é o suficiente para entender toda a situação, se concordar basta assinar na ultima pagina. Como pode ver, eu já assinei.

–Isso.. é loucura – murmurou – Como.. eu.. tenho que concordar com tudo que está aqui escrito? – ele assentiu ao encará-la friamente – e em troca, cuidará de minha família, não é?

–Sim, cuidarei – concordou sério. Ele observou o modo como ela hesitava e resolveu apimentar as coisas – Lembre-se do seu irmão antes de qualquer coisa, alem do mais tem o seu pai. Ele já está fraco e velho, não é? – a viu morder o lábio inferior e abaixar o olhar como concordância e nervosismo – A única que pode decidir é você sobre como será o futuro deles. – Sem falar nada, Sakura tirou uma caneta de sua mochila e assinou o papel em sua frente.

–Está feito – murmurou ao erguer o olhar e se deparar com o sorriso sombrio dele.


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Notas finais do capítulo

Devem estar curiosos sobre o conteudo do documento, nao é? Eu acredito que colocarei no proximo capitulo, e ai.. ja tem ideia? srsrsrs



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