Can I Love? escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 4
Uma luz


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem..



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O estacionamento do restaurante Bon Amour encontrava-se, praticamente, vazio com exceção de um carro preto e das três pessoas que estavam em frente a ele. O homem com olhos de ônix olhava com um sorriso vitorioso para a jovem de cabelos rosados, a qual olhava fixamente para a mala de dinheiro caído sob seus pés. Sakura olhava para a mala sem saber o que dizer em tal situação. Ela tinha certeza que jamais vira aquele homem em sua vida, e ao tentar pensar nos motivos da proposta dele, se viu meneando a cabeça ao negar.

–Não posso aceitar – Sakura falou sério sabendo que se arrependeria – Não posso aceitar me casar com você.

–E porque? A única desesperada por dinheiro é você – ele falou cínico ao encará-la com divertimento.

–Você é humano? – perguntou começando a se alterar – Não posso me casar com alguém que não conheça.

–Mas estava prestes a se vender para aquele homem.

–Não é.. inteiramente verdade – murmurou culpada. Ela sentia-se intimidade pelo homem que a olhava com desprezo. – Eu não ia aceitar. – revelou nervosa ao olhar em seus olhos.

–Não ia? Mesmo se não fosse aceitar, ele iria conseguir de uma forma ou de outra – deu de ombros – Haruno não sou de dar prazos as pessoas que excedam uma hora, entretanto lhe darei um dia para aceitar a proposta. – olhou para o motorista que retirou do bolso uma pequena caixa prateada, a abriu retirando um cartão de visita e entregou a Sakura – Ligue-me amanhã ate as sete horas da noite. Se não ligar, irei atrás de você.

–Como sabe meu nome? – murmurou inquieta.

–É meu dever saber – falou sério ao ir para o carro, mas antes de entrar a olhou fixamente – O dinheiro ficará com você, já que aceitará o casamento de qualquer forma – dizendo isso entrou e logo o carro se afastava sem dar a chance dela falar alguma coisa. Sakura ainda sentia-se tremula quando voltou a sua atenção para o cartão de visita em sua mão. O cartão continha apenas uma logo que ela desconhecia e o nome, Sasuke Uchiha, juntamente com um numero de telefone.

–Sasuke Uchiha –disse no silencio do estacionamento sozinha. Permaneceu parada durante longos minutos ate perceber que precisaria retornar ao restaurante para pegar as suas coisas. Relembrou a sensação de desespero ao ter as mãos de Sasori em seu corpo, e apenas isso foi suficiente para fazê-la ir para casa como estava. Olhou para a mala caída no chão, indecisa sobre o que fazer, todavia se viu agachada fechando-a e levando consigo. Naquela noite, pareceu que KamiSama estava dando uma atenção especial para ela, pois o dinheiro que estava em seu avental lhe salvara. Chegou em casa mais tarde do que gostaria e ao abrir a porta encontrou tudo bagunçado e revirado. Assustada, correu para a sala, carregando a mala, encontrando o seu pai sentado no sofá com a expressão derrotada. Os cabelos da rosada encontravam-se bagunçados quando ela se ajoelhou em frente ao pai.

–Papai, eu prometo.. vou arrumar tudo isso – murmurou desolada ao segurar a mão dele. Kisashi olhou com carinho e vergonha para a filha que tanto amava. Uma filha que lhe lembrava a sua esposa pela bondade.

–Minha querida, não há nada que possamos fazer. Vamos apenas continuar a viver.

–Mas.. ele é meu irmão.

–E meu filho. – disse triste ao perceber o quão fraco ele era. – Vá dormir, amanhã você tem aula. Eu farei o possível, está bem? – Sakura assentiu ainda arrasada com a sua inferioridade. Ela sabia que sua família não poderia fazer nada para ajudar o seu irmão, entretanto o que mais lhe doía era saber que ele estava preso porque não tinham dinheiro para tirá-lo de lá.

–O mundo é mesmo injusto – ela murmurou para si ao levantar-se do chão. Andou tropeçando nos objetos no chão ate o seu quarto, onde deixou as lagrimas caírem. A maleta conseguia pesar a cada segundo que ela passava segurando-a. A largou próxima a cama. Deitou-se encolhendo o corpo – Eu..não sei se posso fazer isso, Kiba. Como posso salvá-lo, se isso for a minha ruína? – balbuciou ao olhar para a maleta preta fechada. Sua mente logo a fez recordar-se do homem de olhos cor de ônix. – Eu.. não posso, certo? – murmurou antes de entregar-se a escuridão.

***
O antigo escritório de Fugaku Uchiha agora pertencia a seu filho mais novo, Sasuke. No escritório da empresa podia-se ver apenas uma silhueta masculina em frente a janela de vidro. Sasuke vestia apenas a camisa social, enquanto segurava um copo com uísque. Seus olhos estavam fixados nas luzes da cidade. Apesar de estar concentrado em seus pensamentos, continuava atento para o que acontecia a sua volta. Escutou passos e sorriu levemente ao levar o copo aos lábios.

–Não sabia que ainda estava aqui, Naruto – Sasuke disse sem virar-se assim que Naruto parou em frente a porta com um sorriso no rosto. Naruto conhecia Sasuke desde pequenos, e por tal motivo conhecia as manias e seus modos incomuns mais do que ninguém.

–Alguém tem que falar quando é hora de ir para casa – retrucou carrancudo ao afrouxar a gravata azul, e abrir os primeiros botões de sua camisa – Como está indo os preparativos para a chegada de Itachi?

–Perfeitos como minha mãe deseja – respondeu frio.

–Entendo – sussurrou ao aproximar-se de Sasuke e parar ao seu lado sem importar-se com a escuridão no escritório – O que pretende fazer para continuar na presidência? Nós dois sabemos que o seu pai irá escolher Itachi. Eu iria preferir você apesar de seu péssimo temperamento, afinal em seus três anos aqui fez milagre. Enquanto Itachi..

–Estava estudando administração em uma das melhores universidades do mundo – o completou sombrio – Mas nada irá me tirar desta presidência, eu conseguirei tudo. Eu serei o herdeiro do império Uchiha.

–E como pretende fazer isso?

–Sakura Haruno.

–Flor de cerejeira? – indagou confuso – Sua salvação é alguém com nome de flor?

–É mais do que isso – falou evasivo com um sorriso estranho – Ela é a salvação de tudo – revelou ao beber o restante do uísque.

–O que pretende fazer afinal? – perguntou temeroso.

–É segredo – sorriu ao se recordar de Sakura – Patético a forma como eles montaram esse circo. – Naruto o observou curioso em como seu amigo conseguiria o que tanto almejava. De uma coisa ele tinha certeza, Sasuke sempre conseguia tudo o que queria.

***
O despertador não precisou acordar Sakura pela primeira vez em quinze anos. Antes das seis da manhã, ela já estava arrumada com as mãos tremulas segurando o cartão de visita e com a maleta preta ao seu lado no quarto.

–Por mais que eu pense.. essa é a única forma – murmurou para si mesma ao fechar os olhos, entregando-se ao seu desespero. Os minutos passaram arrastados enquanto ela permanecia sentada em sua cama segurando o cartão de visitas. Toda a angustia que sentia aumentava a cada segundo, ela ainda se perguntava o quanto estava disposta a sacrificar pela sua família. O quanto o seu irmão valeria para ela. Por mais que pensasse, ainda não havia chegado a uma conclusão quando o relógio marcou sete horas da manhã. – Não está cedo para ligar, não é? – murmurou. Olhou para a maleta novamente antes de levantar-se e fechar a porta do quarto, trancando-a. Esvaziou a sua mochila colocando todo o dinheiro dentro dela. A fechou antes de colocar a maleta embaixo da cama e sair do quarto. A casa ainda estava bagunçada, e internamente a rosada prometeu que arrumaria tudo assim que chegasse. Andou silenciosamente pela casa ate avistar o seu pai adormecido no sofá. Uma cena que lhe partiu o coração. O homem antes tão viril e forte aos seus olhos agora estava caído em desespero. Um desespero que ela poderia evitar. Foi ate ele com os olhos entregues ao medo, acariciou o seu rosto e depositou um beijo terno em sua testa – Tudo acabará bem – prometeu antes de dar as costas e sair de casa.


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Notas finais do capítulo

Ler os comentarios de vcs me ajudam a escrever e a ter animo rsrs então.. que tal comentarem sobre o que estao achando? rsrs
Beijos



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