Can I Love? escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 11
Decisões solitárias


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estao? Espero que estejam aproveitando o sao joao para colocar a leitura das fics em dia kkkkk

Antes de tudo, devo agradecer a todas pela paciencia por acompanhar a fic apesar de nao postá-la com frequencia.. Espero que gostem do capitulo e logo trarei o outro... um capitulo em que Sasuke terá um embate de frente com a rosada (o que não é mta novidade), mas a graça estará nas consequências kkkk
Enfim...
Boa leitura...
Beijoss



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O quarto escuro juntamente com o silencio, fez Sakura estremecer ao erguer a coberta ate o pescoço. Aquela era a primeira vez em que se deitava na cama que compartilharia com Sasuke, seu coração tremia assim como o seu corpo. Não pela ansiedade, mas por medo do que ele poderia fazer. Medo do que ele poderia falar a ela.

Estou sendo pateticamente ridícula. Ele pode dormir na sala.

Antes que ela pudesse terminar seus pensamentos um vulto passou pela porta do quarto. Sakura manteve o olhar fixado nele. Observou os movimentos rápidos dele em tirar a sua blusa, a sua calça e seguir para a cama. O seu corpo endureceu-se no segundo seguinte em que sentiu a cama ceder ao seu lado com o peso dele. Sasuke resmungou algo antes de cobrir-se com o lençol e fechar os olhos sem ao menos se importar com a rosada deitada ao seu lado. Sakura não se recordou de um momento tão perturbador como aquele antes. Ela estava preparada para fugir da cama em sinal de qualquer avanço dele, entretanto não demorou para escutar um rouco bem baixo. Sasuke dormia ao seu lado. Ela suspirou e sorriu levemente antes de se entregar aos sonhos, implorando ao seu subconsciente que sonhasse algo bonito. Algo lindo que a fizesse desejar acordar.

O tempo passou rapidamente para o casal que dormia profundamente e sem que percebessem o sol invadiu a janela do quarto, a qual Sakura havia esquecido de fechar. Todo o cômodo iluminou-se causando uma irritação em Sasuke que abriu os olhos irritado pela claridade e somente então ele percebeu a posição em que se encontrava. Ele não fazia ideia de como aquilo aconteceu. Sua mão esquerda encontrava-se em cima do seio da rosada, a qual estava dormindo de barriga para cima com os braços jogados ao lado de seu corpo e sua cabeça virada na direção dele. Com cuidado, Sasuke puxou a sua mão e antes de se afastar dela a escutou resmungar algo como em um protesto. Suspirou aliviado quando se viu ao lado dela e observou os traços de seu rosto.

–Continua uma criança aos meus olhos – Sasuke falou a si mesmo ao se levantar da cama sem importar-se em estar trajando apenas sua cueca box. Andou ate o banheiro aonde se trancou ate estar arrumado para ir trabalhar.

A frieza característica da casa do Uchiha conseguiu deixar a rosada sem jeito aquela manha. Apesar de ter acordado logo em seguida do seu noivo, ela optou por ir se arrumar no outro banheiro e sair antes dele apenas para evitar qualquer contato, mas infelizmente ela não estava com sorte, pois assim que depositou a louça do café da manhã na pia, escutou a voz dele atrás de si, e ela poderia jurar que ele estava se divertindo.

–Imagino que esteja envergonhada por ter dormido comigo – Sasuke falou ao parar a poucos centímetros de Sakura. Ele estava intrigado sobre como ela se comportaria aquele dia, após a primeira noite deles dormindo na mesma cama. Nem ele mesmo entendia o que esperava da reação dela.

Sakura não imaginou aquele comentário vindo dele, mas respirou fundo antes de se virar e sorrir em resposta.

–Estou bem e você ronca, sabia? – perguntou indiferente antes de voltar a sua atenção para a louça suja e reprimir um sorriso.

–Eu não ronco – Sasuke reclamou ultrajado, já que ela era a primeira mulher, ou garota no caso, que o acusava de roncar.

–Não se preocupe, pode dizer que roncou porque estava cansado, é plausível.

–Você só pode estar me irritando de proposito – murmurou ao passar a mão pelos seus cabelos, bagunçando-os no momento em que ela se virou. O olhar da rosada focou-se nos cabelos negros de Sasuke, no contorno de seus braços no paletó azul marinho e na expressão em sua face. Uma expressão divertida e impaciente.

–Isso é bem.. diferente – Sakura murmurou impactada pela imagem, mas logo meneou a cabeça e esboçou um cálido sorriso – Vou indo para o colégio – disse antes de passar por Sasuke, entretanto sentiu a mão fria dele em seu braço ocasionando em um arrepio nela. –O que.. foi?

–Eu vou te levar – a avisou soltando-a em seguida – Não é certo a noiva do Uchiha andar por ai sozinha, não é? – piscou. Deu as costas para ela e seguiu para a sala sem ao menos espera-la, ele saiu do apartamento indo em direção ao elevador. Sasuke odiava esperar e ficar parado em frente ao elevador não ajudava em nada. Batia o pé agoniado enquanto olhava para a porta do apartamento e apenas quando viu o cabelo rosa de Sakura conseguiu respirar novamente. Ele estava muito irritado e se não precisasse dela, ele tinha a certeza que poderia mata-la por tê-lo feito esperar 10 minutos. Assim que Sakura parou ao seu lado, ele apertou o botão e logo entravam no elevador em silencio.

–Desculpe o atraso – Sakura desculpou-se sem jeito ainda sem saber ao certo o motivo de se desculpar considerando que ela nem tinha pedido para ele a levar.

–Na próxima vez não se atrase, eu odeio esperar – Sasuke revelou como se aquilo fosse um segredo de que ninguém desconfiasse. O elevador parou no estacionamento segundos depois e Sakura se viu caminhando apressada para acompanhar os passos do Uchiha. Quando ele destravou a porta do carro, ela não esperou pelo comportamento dele. Sasuke havia aberto a porta do passageiro para ela. O olhar de Sakura revelou todo o terror que aquele gesto lhe proporcionou. – Entre, eu já estou perdendo a paciência – Sasuke falou ao ver Sakura ainda parada o encarando.

–Certo – murmurou inquieta ao passar por ele e sentar-se colocando o cinto de segurança. Ela esperou que Sasuke desse a volta no carro e sentasse ao seu lado. Em seguida o barulho do motor foi escutado, mas antes de pisar no acelerador, Sasuke jogou no colo dele uma caixa preta de veludo.

–Abra, é seu. Use sempre. Nunca o tire – falou antes de arrancar com o carro. Sakura olhou para a pequena caixa em seu colo sem saber como deveria se sentir naquele momento. O gesto dele era suspeito e ao mesmo tempo ela ficou feliz, pois era a primeira vez em que ganhava algo. A primeira vez em que ganhara um presente após a morte de sua mãe. Desde que seu pai perdeu tudo, Sakura não havia sido presenteada com nada. Após a morte de sua mãe tudo apenas piorou, já que seu irmão entregou-se ao jogo como passatempo e logo as dividas aumentaram, seu pai não conseguia dizer não ao seu filho por achar que o comportamento errôneo dele era sua culpa. Seu pai culpava-se por tudo que acontecia com eles, e Sakura sentiu compaixão, pena, dele e por isso resolveu ajuda-lo logo que conseguiu. Ela não conseguiu se lembrar da única vez em que foi presenteada por seu pai ou irmão após a morte de sua mãe. Ela realmente tentou, mas não conseguiu. Recordou-se de todas as vezes em que seu irmão chegou em casa com medo de ser morto, dos choros de seu pai a noite achando que ninguém o escutava e de sua própria solidão. Hesitou antes de pegar a caixa e abri-la. A sua respiração ficou suspensa ao ver a pulseira. A pulseira era de ouro branco com diamantes pequenos por toda a sua extensão e entre cada diamante havia pedras azuis que brilhavam com a luz do sol, intercalados com uma pedra, menor, verde. Ela nunca virá uma pulseira como aquela antes, a segurou impressionada com a sua beleza e somente então se deu conta do quão cara ela deveria ser. Voltou a coloca-la na caixa, e a fechar.

–Ela é linda, mas não posso aceita-la – Sakura revelou assim que Sasuke estacionou o carro em frente ao colégio dela. Virou-se para encará-lo tentando decifrar a expressão carrancuda dele, para apenas se dar conta que era a expressão normal dele.

–Do que está falando Haruno? – Sasuke falou controlando-se para não gritar com ela. Ele não conseguia entender como adolescentes poderiam ser chatos e insuportáveis.

–Ela é muito cara além do mais, não sei porque está me presenteando com ela. – ergueu a caixa para o homem com o semblante fechado a sua frente, e o esperou pegá-la, algo que não aconteceu – Eu não posso usá-la, entende isso? É muito cara.

–Você é a noiva de Sasuke Uchiha, consegue entender isso? – a viu permanecer com o semblante inalterado – Com uma ligação posso comprar um pequeno país em qualquer lugar do mundo e ainda me restaria muito dinheiro. Eu sou rico Sakura, e essa pulseira não é nada. Você tem que usá-la, é uma obrigação sua como minha noiva.

–Mas.. isso.. como pode ser tão mesquinho? – ela perguntou pasma ao encará-lo – como pode jogar na minha cara o quão rico você é? Você é um homem que nunca deve ter lutado por nada em sua vida. Nem deve saber o valor do dinheiro – sorriu irônica ao tirar a pulseira da caixa e segurar enquanto abria a porta do carro – vou exibi-la por ai, não é isso que quer? – saiu do carro antes que Sasuke pudesse falar algo. Com passos firmes e raiva no olhar Sakura entrou no colégio sem olhar uma única vez para trás. Sasuke resmungou algo ao vê-la desaparecer de suas vistas, e antes que cedesse ao seu impulso e fosse atrás dela lhe falar poucas e boas, ligou o carro optando por ir para a empresa.

Sakura bufou alto antes de entrar na sala ainda segurando a pulseira que Sasuke a obrigou a pegar. Olhou para a sala e para si mesma, e optou por ir para as escadas de incêndio. Ela precisava pensar e se acalmar já que a raiva a consumia. Recordou-se de sua família ficando curiosa para saber como estariam sem ela. Seus pensamentos se voltaram para Kiba e seu pai, não demorando para sentir um aperto no peito.

–Eu deveria ir visita-los – se viu falando sozinha ao sorrir. Se recordou de Kiba e se perguntou o quanto ele poderia ter melhorado ou gastado nos jogos desde a ultima vez em que os vira. Sorriu de seus pensamentos bobos ate levar a mão ao bolso da calça e segurar a pulseira. A olhou como se a temesse, suspirando ao imaginar o quão cara ela seria – Porque ele insistiu tanto? Será que tem algum GPS nela? – questionou-se curiosa, sorrindo em seguida – Ele não seria tão louco, eu acho. – voltou a sua atenção para o céu e ao vê-lo tão azul se viu sentindo-se melhor. – Eu farei isso – murmurou fascinada pelo céu antes de fechar os olhos sentindo a brisa do vento.

–Sabia que estaria aqui – a voz atrás de Sakura a fez abrir os olhos e suspirar profundamente para ter paciência antes de virar-se, e se deparar com Sai. Ela o olhou com os olhos semicerrados como se daquela forma pudesse perceber suas intenções por trás de seus gestos gentis. – Não quer assistir aula hoje? Eu também não quero – sorriu ao sentar-se ao lado dela.

–O que faz aqui, Sai? Porque veio atrás de mim? – Sakura questionou sem olhar para ele apenas mantendo a sua atenção no horizonte.

–Eu fiquei preocupado. Amigos se preocupam uns com os outros, não?

–Amigos, Sai. Nós mal somos conhecidos – o corrigiu calmamente.

–Mas é assim que conhecidos se tornam amigos – sorriu largamente ao passar a mão em seus cabelos antes de olhar para a mão de Sakura – Bela pulseira, me parece bem cara.

–Ela? – olhou para a pulseira que Sasuke lhe dera – É um pouco sim.

–Tem muito bom gosto.

–E você entendi de joias.

–Um pouco – murmurou.

–Sabe Sai.. eu quero entender o motivo de tentar ser meu amigo com tanto afinco, se for sincero.. tudo isso se tornaria mais fácil. – Sakura virou-se para olhar nos olhos de Sai e esperou encontrar algum lampejo de sincero, mas em seu lugar encontrou um par de olhos frios e um sorriso falso.

–Eu já me considero seu amigo, Sakura, mas como é desconfiada eu pretendo fazer o possível para que sejamos amigos.

Sakura sorriu amarelo antes de se levantar afastando-se o mais rápido que conseguiu dele. Por mais que olhasse para Sai não conseguia identificar confiança vindo dele. Olhou para atrás apenas para ter certeza de que não estava sendo seguida, entrou na sala rapidamente, apenas para pegar a sua mochila, e saiu antes que algum professor entrasse. Pela primeira vez em anos ela burlaria a regra da escola, e sairia. Ela iria ver a sua casa e encontrar a sua família.


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Notas finais do capítulo

E ai..o que acharam??