Can I Love? escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 10
3ª Parada: O primeiro avanço de Sasuke


Notas iniciais do capítulo

uAU....Com a volta do Nyah vi muitas fics serem atualizadas.. e admito que esperei ansiosa para atualizar essa... espero que gostem do capitulo e que comentem..

Ahh e bem vindos para todos os novos leitores...tenho que comemorar que temos mais de 1.000 acessos a fic..
Bem, é isso..estou aberta a recomendações hein srs



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O barulho estridente das conversas dos alunos fez Sakura franzir a testa ao perceber que começava a ter dores de cabeça, e a odiar barulhos como aqueles.

Provavelmente estou assim pela minha nova, e louca, vida.

Olhou para os lados tentando entender a felicidade de seus colegas ao conversar banalidades com os outros e sorrir por nada. No fundo, Sakura, desejava ser como eles, viver despreocupadamente, suspirou ao olhar para o seu livro de matemática fechado tentando criar animo para abri-lo e estudar para a próxima prova na próxima semana, mas não conseguiu, e ao perceber que Ino ia em sua direção, permitiu que um largo sorriso estampasse o seu rosto. Um sorriso convidativo, que infelizmente Sai viu e tomou aquilo como um convite para se aproximar dela, no mesmo momento em que Ino parou em frente a carteira de Sakura.

–Testuda, você não imagina o que eu escutei – reclamou ao pegar uma cadeira e puxar para o lado de Sakura – Acredita que estão falando que o aluno transferido daqui já é maior de idade?

Sakura ia responder quando avistou Sai próximo a si, sabia que não poderia ignorá-lo e optou pelo pior cenário em sua mente.

–Ino, este é Sai, e esta é Ino, uma grande amiga – Sakura apresentou os dois para o espanto de Ino.

–Como se conheceram? Quero dizer, alem da sala.

–Nós encontramos na escada de emergência. – Sakura confessou ao encarar Ino como se implorasse por silencio, a amiga entendeu e assentiu e logo sorriu mudando o assunto, para a surpresa de Sai. Ele pretendia ver ate aonde Sakura iria para encobrir o seu segredo.

–Então, sabe que Kiba está trabalhando? – falou animada.

–Kiba, meu irmão? – murmurou perplexa diante do olhar animado de Ino.

–Exatamente, um amigo meu o viu andando pela estação de metrô e bem.. ele estava carregando vários papeis. Parece que está trabalhando.

Infelizmente Sakura já havia o visto naquele serviço de antes, e não era nada que pudesse se orgulhar. Uma vez ela o tinha visto na mesma situação e ao abordá-lo descobriu qual era o seu serviço: entregar folhetos de um local de jogos. Aquilo apenas era um acordo que Kiba costumava fazer com o dono do lugar para diminuir as suas dividas em centavos com a esperança de que diminuísse algum dia o valor total. Mas, o que mais pesou na rosada era imaginar os motivos que o fizeram tornar a fazer aquele trabalho já que Sasuke havia pago as dividas.

–Será que ele voltou a jogar? – ela se perguntou baixo com receio de alguém escutasse e ao voltar a sua atenção para Ino, sorriu – Diga-me, vai fazer algo hoje a tarde?

–Tenho um encontro – disse animada sem abalar-se com a presença de Sai ao lado delas que ainda se mantinha em silencio – Quer vir comigo? Posso pedir para ele levar um amigo, soube que tem um amigo que entrou na faculdade de direito, o que acha? Ele deve ser bonito alem de inteligente.

–Acho melhor não – ponderou calma ao imaginar a face de Sasuke ao saber que ela ia a um Gokon (encontro).

–Tem certeza? Poderia faltar um dia em seu emprego, não acho que Sasori iria brigar com você. – Sakura fez uma careta ao se lembrar que Ino nada sabia sobre o ataque de Sasori e a sua fuga do emprego.

–Você trabalha então? – Sai perguntou interessado ao olhar para a rosada que apenas o fitou e em seguida desviou o olhar. Ela não sabia o que responder, pois odiava mentir, mas não queria contar a verdade.

–É claro, Sakura é uma das garotas mais batalhadoras que conheço – Ino disse em sua defesa – Não importa o quanto eu pense, Sakura é mais madura que todos os adultos que conheço. Ela trabalha para ajudar a sua família e ainda tira notas altas no colégio. Ela é perfeita sem contar que é bonita, mas o gênio dela é o pior.

–Ino – Sakura falou envergonhada perante os elogios de sua amiga.

–É a verdade Testuda – sorriu ao se levantar ao escutar a voz da professora de história – vou para o meu lugar ate mais – despediu-se deixando Sakura sozinha com Sai.

–Ate quando irá fingir interesse em mim? – Sakura perguntou angustiada ao olhar para a janela.

–Não estou fingindo – Sai tornou dissimulado – Quero apenas ser seu amigo, é difícil ser um aluno transferido.

–Algo me diz que vai alem disso – o olhou desviando o olhar rapidamente – é melhor ir se sentar, o professor está te olhando. – Sai concordou ao se afastar de Sakura e fechar o semblante. Aquela tarefa começara a se tornar uma dor de cabeça, pois por mais que falasse com Sakura a via resistir a ele.

Talvez eu deva ir pelo modo mais difícil. Isso tornaria tudo divertido no final.

***
A reunião na sala de conferencia da empresa Uchiha encontrava-se repleta de homens sérios com o semblante pálido ao ler os diagramas nos documentos em suas frentes, enquanto o presidente, Sasuke Uchiha, mantinha seu olhar ônix o mais frio possível ao olhar para o rosto de cada um deles. Sua vontade naquele momento seria sorrir, pois os documentos apenas demonstravam a sua eficácia naquela empresa. Uma eficácia que poderia significar o seu lugar naquela empresa por mais alguns anos.

Itachi não tem como esfregar aquele diploma de universidade em minha cara depois disso. Eu conseguirei tudo.

–Isso é incrível, Senhor Uchiha – um dos diretores falou ainda pasmo com um semblante de felicidade ao se dar conta do quanto lucraria aquele trimestre – Estou fascinado em como conseguiu esses números.

–Não fiz nada demais, apenas usei o que aprendei durante esses anos e consegui fechar excelentes negócios.

–Ainda assim é surpreendente – outro elogiou ao sorrir para Sasuke que continuava com a expressão fria na face.

–Não deveriam ficar tão surpresos assim – Sasuke tornou carrancudo ao ver a sua secretaria avançar pela porta e cochichar algo em seu ouvido – Terei que sair agora, peço licenças e minhas desculpas. Naruto – olhou para o seu amigo que o encarava surpreso, já que era a primeira vez em que ele saia no meio de uma reunião – Coordene os pedidos ao final e me passe em seguida – dizendo isso saiu apressado sem dar a chance para ninguém protestar.

–Então, vamos continuar? – Naruto perguntou ainda incomodado pelo modo de Sasuke. Ele tinha certeza que tinha relação com Sakura.

Sasuke caminhou rapidamente para o estacionamento aonde entrou em seu carro dando a partida. Em poucos minutos se viu longe da empresa Uchiha. Ele odiava se rebaixar a aquele ponto, mas não via alternativas, não naquele instante. Ele precisava ir ate o seu pai, e descobrir o que pudesse sobre Itachi. O que mais Sasuke odiava era não ter controle sobre as coisas e para a sua infelicidade, o divertimento de Itachi era deixá-lo daquela forma. O seu irmão amava o ver despreparado e angustiado, porem desta vez o Uchiha mais novo estaria preparado. Ele precisava estar preparado. Pisou no acelerador sentindo o vento no rosto ao mesmo tempo em que desviava dos outros carros com extrema confiança e facilidade. O Uchiha tinha que deixar tudo preparado antes que Itachi voltasse. Ele não poderia dar brechas para que seu plano fosse arruinado. Sua mente trabalhava agitadamente assim que percebeu que se aproximava da casa de sua família. Os Uchihas possuíam propriedades por toda a cidade, entretanto apenas uma fazia o patriarca da família contente, uma casa antiga, no estilo feudal. Uma relíquia como seu pai costumava se referir a ela. Provavelmente o único tesouro do Fugaku Uchiha. Sasuke desprezava sua família e isso não passava despercebido para todos que o cercava. Ao parar o carro em frente a casa, avistou o segurança fazer um sinal discreto para que o portão fosse aberto e logo se viu na residência que tanto aprendeu a odiar. Com os olhos semicerrados estacionou o seu carro de forma que conseguisse sair o mais rápido possível. Assim que a porta da entrada da casa foi aberta, a expressão carrancuda do Uchiha deu vazão a surpresa. O seu pai havia aberto a porta para ele, algo inédito em toda a sua vida.

–Filho, que bom que veio. – Fugaku tornou sorridente ao olhar para Sasuke com carinho. Ele tinha consciência que nunca foi um pai presente na juventude de seu filho mais novo, porem seu trabalho ocupara sua vida tempo demais.

Sasuke não o respondeu, apenas passou por ele enquanto olhava a sua volta.

–Quando Itachi voltará? – perguntou frio ao encarar o seu pai que franziu uma sobrancelha. –O que? Não esperava que eu fosse tão direto?

–Filho, seu irmão está voltando para casa, apenas não o veja como seu rival. O veja como seu irmão.

–Meu irmão? – questionou com escárnio – Claro que o verei desta forma, mas apenas quando ele morrer – tornou sombrio ao desviar o olhar do seu pai tentando segurar o sorriso que teimava em se formar em seus lábios.

–Sasuke – o repreendeu como se habituou a fazer aqueles anos – Não fale isso.

–Não falarei, mas espero que não me peça uma insanidade desta novamente. Vou ate meu antigo quarto – anunciou ao ir em direção a um extenso corredor e em seguida subir, a curta, escada. Não precisou olhar para atrás para saber que seu pai o seguia curioso, já que era a primeira vez de Sasuke naquela casa em anos. Um sorriso discreto surgiu na face do Uchiha mais novo ao entrar no quarto. Percebeu que nada havia sido mudado, foi ate o seu armário e retirou uma caixa preta pequena, antiga. A abriu apenas para que seu pai a visse e em seguida a colocou no bolso do paletó.

–Está conhecendo alguma mulher? – Fugaku perguntou curioso ao perceber que o seu filho fora buscar uma pulseira que sua avó havia lhe dado antes de morrer. Ela havia feito prometer que entregaria aquela pulseira apenas para a mulher com quem se casaria. – Pretende se casar?

Sasuke sorriu diante da facilidade em manipular o temido Fugaku e com apenas um aceno positivamente o deixou sozinho no quarto.

–Tão fácil e tedioso – Sasuke murmurou ao ir em direção ao seu carro.

***
O suspiro frustrado de Sakura preencheu todo o cômodo em que estava. Por mais que Sakura pensasse em um modo de ver as coisas positivamente, não conseguia. O olhar dela perdido em frente ao espelho do banheiro a deixou desnorteada consigo mesma. Ela odiava a sua inutilidade, e odiava ainda mais o papel que se prestava. Olhou para as peças de roupas que levara para o banheiro e constatou que esqueceu sua lingerie. Revirou os olhos sorrindo em seguida ao dar graças aos céus por Sasuke não estar em casa naquela hora, pelo menos era o que esperava. Enrolou a toalha em seu corpo molhado, abriu a porta e antes que pudesse prende-la com firmeza sentiu um corpo colar ao seu. Assim como em um filme de suspense, seus olhos fixaram-se em um ponto do paletó escuro dele ao sentir a toalha caída em seus pés. A vergonha a impedia de afastar-se dele e ao mesmo tempo sentia-se pior por manter seu corpo grudado no dele. Ao perceber que ele pretendia se afastar, em um ato de desespero, passou os seus braços pela sua cintura. A vermelhidão tomava conta da face da rosada.

–Por..favor, não se mexa – ela pediu com a voz trêmula.

Sasuke ainda não manifestara nenhuma reação. Ele havia ido para casa após sair da casa de seu pai, e sem saber como se via em uma situação constrangedora como aquela. Obviamente ele não conseguia odiar totalmente, afinal a jovem nua a sua frente possuía formas sedutoras. Formas que ele jamais acreditaria que ela poderia ter. Engoliu em seco ao ver os cabelos rosados caídos nas costas dela, e curioso olhou para as nadegas dela, sorrindo ao vê-las. Elas eram ainda melhores do que ele poderia imaginar.

–Não imaginei que estivesse tão entusiasmada a minha espera – provocou sorrindo ao perceber o corpo da jovem endurecer.

Sakura sentiu vontade de socar o moreno a sua frente ao mesmo tempo em que poderia enfiar a sua cabeça em algum buraco. Ela estava morrendo de vergonha e não fazia ideia de como poderia explicar a situação a ele. Segurou com mais força o paletó dele temendo que ele a afastasse.

–Não é.. isso – murmurou desconcertada – Eu..

Sasuke suspirou diante da situação. Dividido entre provocá-la, afastá-la de si e continuar seu plano para seduzi-la, optou pelo ultimo.

–Então devo presumir que não estava tentando me seduzir, certo? – Sasuke perguntou com a voz divertida.

–É claro que não – controlou-se para não gritar.

–Muito bem, então eu vou me virar e você se afasta.

–Não – gritou assustada – Se... você se afastar vai acabar vendo tudo – disse com a face vermelha.

–Acredite, eu já vi muitas mulheres nuas, e você não terá nada que eu nunca vi – dizendo isso, segurou Sakura pelos ombros, e a afastou rapidamente. Antes que ela pudesse falar ou fazer algo, ele se virou. – É melhor ser rápida.

Sakura assentiu tremula ao pegar a toalha no chão e correr de volta para o banheiro sem lembrar-se de sua lingerie. A única coisa que desejava era fugir de Sasuke e de sua vergonha.

Longos minutos depois, uma rosada envergonhada, já arrumada, saiu do quarto após buscar coragem para ir comer. Assim que saiu do banheiro encontrou o quarto vazio, suspirou aliviada ao perceber que teria tempo para encara-lo. Escutou uma musica suave a medida que avançava em direção a sala, e parou surpresa próxima ao cômodo da sala ao ver Sasuke com os olhos fechados, sentado no sofá segurando uma taça de vinho entre os dedos delgados e longos. Apesar de ser uma imagem normal, o efeito que causou em Sakura podia ser comparado a um choque. Sem saber o motivo, ela se viu hipnotizada diante da imagem dele. Uma imagem que lhe deixava constrangida e impressionada pela beleza dele. Sakura não se deu conta do tempo em que ficou parada o observando, apenas se moveu quando o viu encará-la com uma expressão curiosa. A rosada deu dois passos para trás engolindo em seco. Sasuke levantou do sofá com calma ainda segurando a taça de vinho, com passos firmes andou pela sala sem desviar os olhos de Sakura. Ele não transpareceu nenhuma reação ao parar em frente a ela, e com a mão livre tocou o cabelo de Sakura, segurou o seu fio rosado, abaixou a cabeça e aspirou o aroma doce dela.

O olhar de Sakura era de pura perplexidade diante do que acontecia. Sasuke encontrava-se tão próximo dela que ela conseguia sentir o seu aroma e sentir a sua respiração. O toque dele em seu fio de cabelo dificilmente seria esquecido, apesar da sutileza.

–O que...está..fazendo? – Sakura perguntou incomodada.

–Apenas sentindo o cheiro da minha noiva – Sasuke respondeu ainda com a mecha de seu cabelo na mão, sorriu antes de soltá-la e aproximar o seu rosto da face assustada de Sakura. Eles estavam tão próximos que conseguiam sentir a respiração um do outro. O halito com cheiro de vinho de Sasuke misturou-se ao halito de menta de Sakura.

Sasuke levou a mão ate a nuca de Sakura, e com leveza aproximou o seu rosto do dele. ele pretendia beijá-la. O choque no semblante de Sakura fez Sasuke sorrir, e internamente questionou-se se aquele seria o primeiro beijo dela. Curioso com esta ideia atreveu-se a avançar ainda mais, e antes que percebesse o que acontecia, ela o empurrou e o fuzilou com o olhar.

–O que pensa que fará? – Sakura perguntou brava ao cruzar os braços em frente ao seu corpo – Posso estar morando com você, posso ser um troca por uma divida, posso ser muitas coisas, mas não ache que se aproveitará de mim.

Sasuke apenas a olhou e sem nada dizer voltou para o sofá aonde sentou-se com um sorriso estranho na face. Um sorriso que incomodou a rosada e que se perguntava o motivo dele ter insistido tanto naquela loucura.

Sou tão valiosa assim para ele? Mas por quê? Perguntou-se angustiada ao retornar ao quarto temendo pela presença dele.


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Notas finais do capítulo

Recomendações? Comentários?? srs
Beijoss



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