Depois de toda surpresa com o parto da Sakura e da correria para o hospital, agora eles estavam na sala de espera, ou como Sasuke gostava de pensar:“A sala da tortura”, isso porque o tempo não passava nunca e a cada contração Sakura apertava sua mão desumanamente.

Sasuke tinha que a lembrar a todo instante da sua super força.

Sakura já estava cansada e nada da tão sonhada hora do “bebê nascer” chegava e isso tudo porque ela tinha escolhido o parto normal.

Sasuke suspirou cansado, ele estava sentado ao lado da cama aonde Sakura estava. Estavam ali há cinco horas e nada da dilatação chegar a 10 centímetros.

Sasuke não fazia ideia de que essas coisas demoravam horas e horas. Estava pior do que uma missão nível A.

De hora em hora Shinuze aparecia para ver se já tinha atingido os tão esperado 10 centímetros.

“Como você está se sentindo?” Sakura que perguntou, sua voz estava mais baixa e ela já estava mais pálida que o normal.

“Eu que deveria estar fazendo essa pergunta” Sasuke respondeu, olhando para suas mãos entrelaçadas.

“Está duvidando das minhas capacidades, Uchiha?” ela perguntou em tom de divertimento.

“Está duvidando das minhas, Senhora?” ele sorriu com o canto da boca.

“Nunca” ela disse, fazendo círculos com seu dedo sobre a mão do moreno.

“Naruto e seus pais estão chegando” Sasuke anunciou um tempo depois.

Ela colocou sua mão livre sobre a barriga, mais uma forte contração estava vindo. Era como se um osso fosse quebrado toda vez que essa dor latejante aparecia.

Apesar da dor, Sakura sorria, era um sonho sendo realizado. Algumas lagrimas caíram de seus olhos verdes.

“O bebê nem nasceu e eu já estou chorando” ela sussurrou mais para si mesma do que para Sasuke.

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Depois do que pareceram ser horas, finalmente o momento tinha chegado. Uma vida iria nascer em poucos momentos. Parecia tudo uma grande ilusão.

“Venha por aqui”, Shizune falou e Sasuke concordou com a cabeça. Estava na hora, ele iria assistir ao parto de sua filha.

Estava suando frio, nunca tinha se sentido desse jeito antes. Nada no mundo poderia ser comparado ao que ele estava sentindo agora. Uma mistura maluca de emoções se arrastavam por todo seu corpo.

Quando chegou na sala de cirurgia, Sakura já estava deitada sobre a cama, e a baixo dela estava Tsunade, fazendo todo o processo. Sasuke foi para o lado de sua esposa e segurou sua mão, do mesmo jeito que estava fazendo no quarto.

“Só mais um pouco Sakura, só empurra mais um pouco” Tsunade pedia, em meio aos gritos de sua ex- pupila.

Sasuke observava tudo em silêncio, porque realmente não saberia o que dizer numa hora dessas, ele só estava esperando o momento que sua pequena filha viria ao mundo.

“Está vindo” Tsunade anunciou com alegria e em poucos minutos depois o choro mais lindo do mundo foi ouvido.

Nessa hora foi como se um filme passasse pela cabeça de ambos, Sasuke olhava aquele ser pequeno que tinha acabado de chegar ao mundo e lembrava de todas as vezes que pensou que fosse ser uma pessoa sozinha na vida, que nunca teria ninguém e muito menos alguém para voltar. Para querer voltar. Pensou em seu irmão, em seus pais e em todo mundo que já lhe foi querido que havia partido.

Seu coração se encheu de um amor tão puro e singelo, que não parecia real. De uma hora para outra seu mundo mudou, assim que segurou seu sangue nos braços, tão pequena e frágil, percebeu que não haveria nada no mundo que não faria por ela. Por elas.

As lágrimas foram inevitáveis. Sasuke e Sakura choravam junto com sua pequena filha que havia acabado de nascer.

Toda dor havia ido embora em um piscar de olhos. O mundo começou a fazer sentido.

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“Qual vai ser o nome dela?” Sakura perguntou, com a pequena de cabelos tão negros quanto o pai nos braços. Ela estava quietinha, como se aproveitasse dos braços da mãe e de seu cheiro.

Estavam de volta ao quarto, finalmente.

E Sasuke estava ao lado, assistindo a cena mais linda do mundo, a primeira amamentação de sua filha.

Quando terminou, fez questão de segurar ela de novo. Estava quieta, e então seu pequeno bebê abriu os olhos e nesse instante um sentimento de orgulho abateu sobre ele quando olhou para ela e para os olhos negros idênticos ao dele e respondeu

“Sarada.”