CAPÍTULO 2 - BEIJO²

Estava na sacada do meu quarto olhando o céu, em outras palavras o nada. Meus pensamentos voavam de forma confusa e eu não conseguia entender [EU NÃO SOU EMO T_T]. Eu nunca pude pensar um dia, sonhar um dia, que ELE em algum momento fosse me beijar. JUSTO O KEVIN. Eu acho que isso é um motivo bom o suficiente pra você procurar um psiquiatra. Tipo, o cara que eu mais detesto no mundo, o que mais me tira do sério e me deixa nervosa, simplesmente me BEIJOU T.T . Ele com certeza estava jogando baixo. Só porque ele não vai com minha cara a ponto de não me suportar, não o da o direito de fazer hora comigo e me deixar maluca daquele jeito. 

Eu tentei encontrar a explicação mais lógica e racional para aquele ATO, mas a única foi: Ele quer te seduzir e depois te fazer sofrer. u.ú Ah mais ele ia ter que ser muito homem a ponto de me seduzir e me fazer sofrer. E ia ter que usar muito mais armas, do quê aquele beijo. E QUE BEIJO VIU. Pára com isso Rebeca. RESPIRA/INSPIRA/SOLTA. uii²

Bom se era esse o plano do troglodita, É CLARO que eu não sairia como a boba da história. Se ele queria me seduzir só porque me detesta, eu o seduziria primeiro, e é claro que faria isso porque o DETESTO MAIS XD.

 E ia começar o jogo de sedução naquela hora, porque o TROGLODITA parece que não tem mais casa e vive ENTOCADO na minha. Vai ver ele pensa que aqui é a Toca dos Weasley’s. ¬¬’

Desci as escadas e vi a porta do quarto do meu irmão aberta. Tomara que nenhum deles peça pra eu entrar naquela “ADORÁVEL” banda.

B2 estava atrás da bateria e o TROGLODITA o acompanhava com a percussão. Eles continuaram tocando quando entrei. Meu irmão estava dando tudo de si, parecia que seu cérebro ia explodir a qualquer segundo que fosse. Kevin estava bastante sério e não demonstrava nenhuma expressão ao tocar, era como se estivesse tocando por obrigação.

Sentei em uma pequena poltrona que estava ali e cruzei as pernas que estavam à mostra graças aquele short rosa que usava e me acomodei na cadeira. Percebi os olhos safira dele caíram sobre min e depois de uns segundos voltaram ao instrumento. Calebe estava tanto concentrado que parecia que eu nem estava ali.

Descruzei as pernas e cruzei novamente pra chamar a atenção do idiota. Ele me olhou mais uma vez e permaneceu com os seus olhos cravados no meu. O QUE EU FAÇO AGORA oO??? Genteeeee não saia por aí tentando seduzir homens. SOU INESPERIENTE NESSA MATÉRIA.

Não ousei desviar os olhos, e ele estava tão sério que não parecia ele, se estivesse bem, na certa já teria dado aquele sorriso cafajeste dele. Já sei, vou jogar o feitiço contra o feiticeiro. Fiz, quer dizer, tentei dar aquele sorriso. ESTAVA ME SENTINDO UMA PALHAÇA.

Bom pelo menos parecia que estava surtindo efeito. Ele começou a se desconcentrar e vi que sua testa transpirava. Ele desviou o olhar e voltou de novo. Olhou pro teto, chão, janela... Parecia que queria fugir dali e isso me estimulou a prosseguir com o plano maquiavélico (66. muhahahaha.

  Levantei e fui direto a instante do meu irmão. Passei os dedos pela prateleira de CD’s a procura de um que eu não fazia idéia de qual fosse. INCENAÇÃO. Olhei pra direção deles e vi que o troglodita olhava as minhas pernas. Tive vontade de rir, ele estava caindo direitinho, ou talvez fosse instinto, homens são pegos pelos seus pontos fracos.

Ele começou a sair do tom da música que tocavam.

- Por hoje está bom. – ele disse tirando o baixo do peito.

- Mas não faz nem uma hora que agente está ensaiando. – B2 disse como uma criança querendo bala, ele estava tão concentrado naquilo que nem percebeu o verdadeiro motivo pra o fim do ensaio. EU.

- Eu tenho um compromisso agora. Amanhã ensaiamos de novo. Está bom pra você?

- Beleza. Eu vou pegar o lanche então.

- Não precisa eu já estou de saída. – disse Kevin. Eu observa tudo de onde estava.

- É rápido. – meu irmão saiu da bateria e foi pegar o lanche.

Eu não estava nervosa, e nem com medo. Afinal se eu não jogasse primeiro, seria usada como bola. Eu estava segura. Eu estava até ele se aproximar de min...

- Você por acaso quer me deixar maluco? – ele estava tão perto que eu sentia sua respiração quente. – Não se brinca com homens Rebeca. – ele dizia sério e isso me causou calafrios.

- Eu não estou brincando. – disse com sarcasmo.

- E o que você faria se eu caísse na tentação? – um dos seus braços envolveu minha cintura e me puxou pra mais perto.  

Eu não sabia o que responder, porque não sabia o que faria se ele caísse. Fiquei calada e imóvel. Os seus olhos pareciam tão mais azuis e vivos quando olhados a centímetros de distancia. A cor dos seus olhos sumiram da minha mente quando ele me beijou e tudo perdeu o sentido. Eu estava gostando daquilo, estava gostando daquele beijo e queria que ninguém interrompesse aquele momento. Quando me dei conta eu estava correspondendo intensamente com aquilo. Ele Beijava o meu pescoço e eu passava a mão em seus cabelos. Sua mão percorria minhas costas e delineava minha cintura... E na melhor parte ele falou:

- Tenho que ir. – “?” COMO ASSIM??? o.O 

Ele saiu me deixando com cara de tacho T.T

EU DEFINITIVAMENTE NÃO CONHEÇO OS HOMENS! Eu mais que depressa arrumei meu cabelo que estava pro ar e saí do quarto.

ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH que raiva que eu tava. Raiva por não entender a cabeça dos homens e ficar quase maluca por isso. É por isso que quanto mais eu entendo os homens mais eu amo meu cachorro [detalhe: EU NÃO TENHO CACHORRO].

Eu não sabia mais o que pensar. Uma hora ele me beija, outra hora ele para de me beijar. EU VOU FICAR MALUCA!!! Tomei um banho bem relaxante com todos os sais que minha pele merecia e fiquei horas me refrescando ali.

Kevin era o homem mais complicado que eu conhecia e estava complicando a minha vida.

Sexta eu tinha um encontro. Alec sim era um cara legal. Bonito, simpático e educado. Com certeza seria bom conhecer novas pessoas. 

Kevin só sabia me irritar, e era grosso e mal educado. E às vezes parecia que não tinha sentimentos.

Eu não sei muito sobre a vida dele, sei que ele mora com os pais que são muitos reservados no último andar. Uma vez desci no elevador junto com eles. Ele não disseram nenhuma palavra e muito menos cumprimentaram. Tal pai, tal filho. Isso explicava bastante coisas.

Kevin era um galinha em pessoa, vivia rodeado de garotas. O que elas vêem nele??? O.O Ele é um idiota, troglodita, lindo, gostoso e sexy. VOCÊ NÃO DISSE ISSO REBECA. É eu não disse, porque eu não falo sozinha U.U MAS PENSEI e.e  RESPIRA/ISPIRA, RESPIRA/INSPIRA.  Vai ver é excesso de sais. Saí da banheira, vesti uma roupa mais confortável e fui fazer uns deveres que estavam meio que acumulados, ultimamente estava com a cabeça um pouco atordoada.

**

Ouvi umas batidas na porta do meu quarto.

- Entra.

- Mamãe ta te chamando pra jantar. – era Calebe.

- Já estou descendo.

- Ah e a propósito. – ele riu e depois continuou. – Kevin veio jantar conosco.

- O QUÊ???

Calebe riu mais e fechou a porta saindo do quarto.

*RESPIRA/INSPIRA* Não ta funcionando... *SOCA A PAREDE* Desisti da idéia quando minha mão doeu. EU MEREÇO ISSO ¬¬’

Calma Rê. O que tem demais o seu vizinho adorável jantar com sua família??? *.* SIMPLES, de adorável ele não tem nada. E COM QUE CARA EU VOU OLHAR PRA ELE??? Com a mesma!!! Quem te beijou foi ele. MAS EU CORRENPONDI... A carne é fraca. Acalme-se!!!

Respirei fundo e desci.

Estavam todos na mesa, todos inclusive ELE. Vi meu pai e ele estava com o sorriso de orelha a orelha, estava com saudades dele, tinha uns três dias que não o via dentro da nossa própria casa. TRABALHO, TRABALHO E TRABALHO o inimigo das famílias. Fui até sua direção e o beijei na face.

- Trouxe um presentinho pra você querida. – ele disse.

- Não precisava. – ele era muito prestativo. Sentei do lado do Calebe e de frente pra a ASSOMBRAÇÃO, abri a caixinha e deparei com uma linda pulseira de ouro branco, com dois pingentes prateados, uma águia e uma linda borboleta.

- Amei, obrigada pai.

- Eu comprei a águia e sua mãe a borboleta. Quero ver essa pulseira cheia de pingentes.

- Claro.

[...]

- E como ta indo a banda? – meu pai perguntou e Calebe prontamente respondeu:

- De vento e poupa. Estamos pensando em tocar pro festival de talentos.

- Só vocês dois Kevin? – dessa vez meu pai perguntou pro Kevin pra não correr risco do Calebe se atropelar nas palavras. A alegria dele era repugnante.

- Por enquanto sim. Estamos à procura de um guitarrista. – seus olhos ficaram em min por fração de segundo e eu fingi não perceber. – E de um tecladista.

- Hm... A Rebeca toca guitarra você sabia? – paiêÊÊ você está atrasado, ele sabe e até me encheu o saco com essa história ¬¬’

- Sim, ela ficou de pensar sobre o assunto. – QUE???????????????? PENSAR???  Ele deve ta pirado.

- Ainda bem que você vai pensar melhor Rê. Talvez taí uma oportunidade de você mostrar seu talento. – até você mãe??? TO PERDIDA ¬¬’

- Ficou Rê? – Calebe cravou os olhos em min, olhei em volta e vi oito pares de olhos, pai, mãe, Calebe e KELVIN -.-‘ EU VOU MATAR ELE.

Eu fiquei sem saber o que responder [NOVIDADE ¬¬’]. Eu não ia dizer não em quanto meu pai esperava o SIM.

- É, fiquei de pensar. – enfiei uma gafada de arroz na boca.

- É isso aew maninha. – disse afagando meu ombro.

- Menos b2, menos. – disse o reprimindo.

- O jantar está ótimo, mas eu tenho que ir mesmo agora.

- Calma Kevin, você nem provou da sobremesa que a Lucy fez.

- Eu tenho que ir mesmo.

- Você não me faria uma desfeita dessa. – mão sempre hospitaleira.

- Fica pra outro dia.

Ele então se despediu do meu irmão, do meu pai, da minha mãe, e de MIM. Quem via assim pensava que ele tinha educação, pura FAIXADA.

**

Meu dia de quarta-feira começou péssimo, não tão péssimo porque graças a meu bom anjo da guarda não encontrei ELE no elevador, mas ELE não deixou de me irritar por isso. Me atazanou quando cheguei na escola.

- Você não olha pra onde anda não? Mal educado. – eu estava puta da Vida.

- Não.

Arghhhhhhhhhhhhhhh.

- Idiota.

- Você que deveria olhar pra não esbarrar em min. – eu o quê??? Ele que fez minhas coisas cair no chão.

RESPIRA/ISNPIRA.

- Não sei por que você fingi ser o que não é. É um grande mentiroso.

- Do que está falando?

- Ontem, nem parecia você, só te compra quem não te conhece.

- Você não me conhece. – ele disse muito sério, ciente do quê falava.

- Conheço a ponto de saber que é falso e arrogante.

- Não devia falar o que acha só porque pensa estar certa, o mundo é bem maior do que o teu umbigo.

Ele saiu e me deixou com meu “umbigo” ali. Abaixei-me pra arrumar meus materiais.

- Não liga pra ele, é um grande idiota. – alguém por favor me abana *.*

- Alec... – ele se abaixou pra me ajudar a recolher, cadernos, folhas e livros.

Sem querer ou por QUERER, ele colocou a mão na minha. Sentir minha face corar, ele era tão... GATO.

- Aqui estão. – ele me entregou tudo. Ergui a mão pra pega as coisa só que ele retirou de volta - Eu levo pra você.

- Obrigada. – correspondi ao lindo sorriso dele. Ele era gato e CAVALHEIRO *.*.

Ele me acompanhou até a sala e entrou comigo colocando os matérias na mesa.

- Tenho que ir agora. Até a sexta, ou qualquer hora antes.

- Até... – eu fiquei lá na cadeira como se tivesse visto o passarinho verde. Olhei pra trás e vi o troglodita me olhando com cara de poucos amigos. Ele deve sofrer de problemas psicológicos ou caído muito do berço e batido a cabeça quando criança, SÓ PODE!!! Ainda bem que ele parecia ter esquecido O BEIJO. Ainda bem [?]

As aulas transcorreram normais, e o meu dia ficou bem mais alegre depois do lindo sorriso do Alec *.*.

Eu e Jessy falamos sobre várias coisas e ela me fez jurar que contaria tudo pra ela do nosso encontro, eu e ALEC.

Alec tinha os olhos escuros, pretos para ser mais exata e o cabelo da mesma cor, era moreno e alto corpulento, suas feições entrava em perfeita sintonia consigo o fazendo um deus GREGO. Eu estava super ansiosa com aquele encontro, precisava espairecer um pouco.

 As aulas acabaram e estava toda feliz e serelepe quando encontrei, O MAIOR IDIOTA QUE EU CONHEÇO, ele, nada mais, nada menos que KEVIN. É, nossa paz sempre corre risco de acabar até mesmo quando você está entrando no seu lar, doce lar. Fingi não ter o visto. Ele estava na portaria conversando alguma coisa com o porteiro. Entrei no elevador mais que depressa e apertei o cinco. Quando a porta se fechou... SIMPLESMENTE ABRIU DENOVO o.O Ele entrou e apertou o 10.

- Você deve dizer não ao convite daquele crápula.

- Você não deve me dizer o que eu devo ou não dizer as pessoas.

- Ele não quer só beijos Rebeca. – ele falava sério.

- Você não sabe de nada. E PARA DE SE METER NA MINHA VIDA.

- Você vai se machucar se sair com ele, ele é um lobo disfarçado de ovelha.

- Eu não acredito em você. E me deixa em paz. E para de fingir que é meu amigo.

- Como você pode ser tão teimosa? Eu não vou deixar você sair com ele.

- Você acha que é o quê? E porque não, ciúmes?

- Não seja patética. Porque me sentiria culpado de saber de tudo e não fazer nada.

- Tudo o quê? Você não deve se sentir culpado por min. – do que ele estava falando? - Vai a merda. E para de assumir várias personalidades em poucas horas. E para de fingir que sente alguma coisa.

O elevador abriu e eu sai, ouvi uma coisa do tipo:

- Você vai se ferrar se não me ouvir...

FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. Eu acho que vou parar no manicômio. Uma hora ele me beija, outra hora briga, outra quer dar uma de CONSELHEIRO??? E por que ele não queria que eu saísse com o Alec??? Affe ¬¬. Devia ser dor de cotovelo. Afinal Alec era um Sonho *.*

Continua...

Brenna Dabella